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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 12 de março de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 2


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.  


Fata Morgana

Sinopse: Uma viagem pela África, poética e surreal, como um sonho, fragmentária, por ser destituída de qualquer história, ainda assim amparada em uma coerência interna. Herzog confronta os mitos da criação com imagens da destruição.

Documentário com belas imagens, mas que se deve ser assistida com a mente aberta e adentrar sem pestanejar neste mundo que Herzog filma sem pressa num vasto deserto. A proposta esta sobre a criação da vida em meio ao nada e do nada surge à vida e da vida vem à destruição. Complicado? Assistindo de começo ao fim tem então uma vaga idéia da proposta do diretor. Homem surge do nada, com o nada ele cria e sua criação ele destrói gradualmente nos anos que ele passa no lugar onde nasceu. Não é para qualquer um, mas que representa muito bem o que é Herzog.
  
La Soufrière

Sinopse: Verão de 1976: há uma ameaça de uma erupção devastadora do vulcão "La Soufrière" na ilha de Guadalupe, Antilhas Francesas. A ilha é evacuada. Werner Herzog e sua equipe de filmagem ficam para filmar a catástrofe – e aguardam a erupção em vão.

Assim como seus personagens dos seus filmes, Werner Herzog é alguém que vai alem dos seus limites sem se importar com os riscos que ira aparecer a sua frente. Só mesmo explicando dessa forma para tentar entender os motivos que ele levou a adentrar em uma cidade fantasma, que havia sido abandonada com a ameaça da explosão de um vulcão. Durante o documentário, vemos imagens assustadoras de ruas desertas, casas abandonadas, assim como pobres animais que ficaram para traz e sem ter tido um pingo de esperança.
Um dos pontos altos do documentário esta na entrevista de duas pessoas, que se recusaram a sai da cidade e aceitam a morte com tamanha facilidade, unicamente pelo fato que um dia irão morrer mesmo, então ficar ali para morrer ou depois não fará a mínima diferença. São depoimentos humanos de pessoas simples, que possuem poucos recursos, mas tem muito a dizer. No fim a erupção jamais aconteceu, mas serviu para colocar no mapa a situação humilde da ilha de Guadalupe e do lado imprevisível da mãe natureza.
  
Lições da Escuridão

Sinopse: Pouco antes da segunda Guerra do Golfo, tropas iraquianas incendiaram campos de petróleo e terminais durante sua retirada do Kuait. Herzog e seu cinegrafista tentam registrar o inconcebível, o apocalipse, através de suas imagens.

Através de imagens aéreas vibrantes, Herzog testemunha o inferno na terra quando os campos de petróleo começam a pegar fogo e tanto o céu como a terra vira um mar negro em chamas com imagens e depoimentos de pessoas afetadas por uma guerra sem sentido. Curiosamente vendo essas imagens, não me surpreenderia se Sam Mendes tivesse se inspirado nessa obra de Herzog para criar uma das cenas chaves do filme Soldado Anônimo.


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NOTA: CERTIFICADO NA MÃO

Valeu CENA UM, valeu Leonardo BomFim por essa ótima atividade. 


Leia tudo sobre Brian de Palma: Poder da imagem clicando aqui.

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segunda-feira, 11 de março de 2013

Cine Especial: O QUE É UM DOCUMENTÁRIO?: Parte 1


Nos dias 26 e 28/Março; 02 e 03/Abril, estarei participando do curso "O que é um Documentário?", criado pelo Cena Um e ministrado pelo jornalista Rafael Valles. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui, estarei postando sobre últimos documentários nacionais e internacionais que eu assisti nos últimos anos.  
  
Diário de uma Busca

Sinopse: Celso Afonso Gay de Castro morreu aos 41 anos, em Porto Alegre. Exilado pela ditadura militar brasileira, ele percorreu Argentina, Venezuela, Chile e França, sempre carregando consigo sua família. Só que sua repentina morte jogou por terra o ideal político existente.

Não e fácil montar um quebra cabeça de vários fatos de quando se era criança, mesmo quando a vida dessas, era um tanto que diferente da vida de outras crianças. Mas persistente como é, Flávia Castro foi a fundo, entre fatos e meia verdades sobre vida do seu pai, Celso Castro, que morreu de causas ainda hoje misteriosas em Porto Alegre no ano de 1984. O interessante, é que o documentário não se prende ao caso policial em si, mas sim nas lembranças, pelo olhar ainda inocente de Flavia, nos anos que ela e sua família ficavam passando de país em país, num tempo em que boa parte dos países Sul Americanos vivia em conflitos e golpes políticos, tendo como o foco, as descrições bem definidas do seu dia a dia, como quando ficava por dias isolados em um único quarto enquanto o mundo prosseguia no outro lado da janela.
Os depoimentos de familiares e pessoas ligadas a Celso são outro ponto chave do filme, pois são por eles que temos uma definição de como ele era, não como um guerrilheiro ou revolucionário, mas como um homem comum e com seus defeitos. Agora o que levou a sua morte, qual é o seu verdadeiro significado, isso o filme não responde, mas sim é o próprio espectador que deve tirar suas próprias conclusões. Portanto o filme termina e Flavia nos da às costas, mas a historia processe em nossas mentes, sendo essa (talvez) a principal intenção da diretora.

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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: 007 - Operação Skyfall

Leia a minha critica já publicada clicando aqui. 

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sexta-feira, 8 de março de 2013

Cine Especial: BRIAN DE PALMA: O PODER DA IMAGEM: FINAL

Bom, chego ao final desse especial sobre os filmes de Brian de Palma e que antecede minha participação do curso sobre ele pelo CENA UM. Abaixo, segue uma matéria especial de um filme ainda inédito dele em nossos cinemas e que merece ser conferido, não importa de que forma.
  
 Guerra Sem Cortes (Redacted)
  
Sinopse: Um esquadrão de soldados americanos está parado em um posto no Iraque, convivendo com a população local e a mídia instalada na região. Cada grupo destes é afetado pela guerra de forma distinta, e suas histórias são contadas pelas imagens criadas no momento: um soldado produz um vídeo-diário, uma equipe francesa filma um documentário, sites árabes colocam cenas de insurgentes plantando bombas, mulheres mandam mensagens para seus maridos via blogs e o You Tube revela a barbaridade existente na guerra.

Durante boa parte da minha vida que assisto filmes, tanto no cinema como em casa, normalmente jamais recuo ou fecho os olhos quando assisto uma imagem do mais puro terror, Talvez porque lá no fundo do meu subconsciente, algo grita dizendo que aquilo, por mais forte que seja, é uma ficção. Contudo, talvez o ser humano seja preparado a assistir a uma imagem forte, porém artificial, mas jamais estará preparado para ver o horror da realidade e meu “ser” não estava preparado para os segundos finais de uma das ultimas obras realizadas por Brian De Palma.
Mas cinema é isso: seja para entreter, fazer reflexão ou simplesmente dar uma tapa na cara e fazer o cinéfilo acordar para a realidade. Num mundo “pós governo Bush”, haverá outros filmes como esse, que não terão papas na língua para escancarar a idiotice que foi a invasão do Iraque, mas enquanto não houver mais filmes sobre o assunto, esse será o melhor representante do que foi toda essa guerra. Com pouco mais de cinco milhões de dólares do bolso e feito no formato digital, De Palma cria um falso documentário que retrata a historia real de um grupo de soldados norte americanos que estupra e assassina uma jovem de 15 anos Iraquiana, além de fuzilar toda a sua família por meio de um ato cruel e sem sentido. De Palma culpa quem nesse episódio? Culpa o governo norte americano que inventou a mais fajuta desculpa para invadir aquele país? Culpa os soldados despreparados que não souberam administrar seus atos em meio à guerra? Culpa a própria guerra em si, que faz nascer o pior de nos?
A resposta para isso talvez seja um tanto difícil e que com certeza, para encontrá-la, se alonga por muito tempo a busca, mas está mais do que provado que De Palma, assim como muitos, foi contra a essa guerra que acabou tirando inúmeras vidas de ambos os lados. O filme não tem heróis e tão pouco vilões, pois tudo que se vê são seres humanos, que acabam por ficarem cegos demais perante o que acham certo ou errado, perante as suas crenças duvidosas e perante a espera interminável pelo inevitável ataque vindo de qualquer lugar. Tudo que se vê, são pessoas que se perdem nas estribeiras de um inferno que não pediram para estarem ali. E para fazer todo esse terrível cenário, De palma está quase que irreconhecível, pois o filme em nada lembra sua pirotecnia com a câmera e sim lembra mais um filme realmente amador e cru e o diretor aproveita para escancarar que, por mais que o governo tente censurar um determinado ato, não existe mais como. Isso graças à tecnologia rápida atual como a internet, em que inúmeras pessoas usam e abusam para escancarar e fazer a sua critica, um retrato mais do que atual e que o diretor soube muito bem retratar
Os momentos de pura tensão como o ato do estupro e a decapitação de um determinado personagem feito por um grupo terrorista, são de momentos que o espectador prende a respiração. Contudo, o diretor jamais nestes momentos quer ser 100% explicito e com isso a câmera se afasta, ou determinado personagem fica na frente do aparelho, sendo isso tudo para fazer o espectador ficar ainda mais aflito, ou fazer-lo imaginar o que esta acontecendo nos segundos em que o diretor tenta esconder o terror dos nossos olhos, mas que o pior estava por vir. Após a declaração em forma de desabafo de um determinado personagem sobre o que viu na guerra, o diretor joga na tela fotos de cenas que mostram o horror desse conflito, como mortos e feridos, mas nada me preparou para a foto da verdadeira menina de 15 anos estuprada e morta pelos soldados norte americanos. Sinceramente não esperava por aquilo e foi um verdadeiro baque para o meu cérebro que tentou, mas não conseguiu esquecer-se daquela cena. Alias isso me fez me lembrar de outro filme de guerra, a animação Valsa com Bashir, no qual o protagonista tenta, mas não se lembra do que lhe ocorreu na guerra do Líbano, sendo que o motivo veio como resposta no final do filme com cenas terríveis dessa guerra no qual o protagonista, perante o horror do que viu, subconscientemente fez por esquecer daquilo tudo. No meu caso não participei de uma guerra, e sim simplesmente vi uma terrível cena na qual, depois da sessão tentei, mas não consegui esquecer, felizmente, a luz do sol da tarde me serviu de consolo.
Em Apocalipse Now foi dito que a guerra era um horror. Em Guerra ao Terror foi dito que a guerra era uma droga, sendo essas duas palavras não precisaram ser ditas no filme de Brian de Palma, elas simplesmente irão soar na mente de cada espectador que for assistir a esse filme, que é para poucos, mas basta um para dizer o que viu, seja numa guerra ou em um filme que retrate ela de maneira real, nua e crua.

Nota: Infelizmente esse filme se encontra ainda inédito nos cinemas e sem previsões de chegar em DVD no Brasil. Tive o privilegio de participar de uma sessão especial e debate seguido no Cinebancários de Porto Alegre tempos atrás. Para a direção dessa sala os meus parabéns.  
  
Leia também: BRIAN DE PALMA: O PODER DA IMAGEM: Partes 1,2,3,4,5,6,7 e 8.

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Cine Dicas: Estreias do final de semana (08/03/13)


Oz, Mágico e Poderoso

Sinopse: Oscar Diggs (James Franco) trabalha como mágico em um circo itinerante, é bastante egoísta, mas é seu envolvimento com mulheres que o acaba levando para uma mágica aventura na Terra de Oz. 

A Parte dos Anjos

Sinopse: Robbie (Paul Brannigan) escapa, por pouco, de uma sentença de prisão. Ele acaba de ter um filho com a namorada Leonie (Siobhan Reilly) e promete que o futuro do primogênito será diferente de tudo que viveu. Durante o serviço comunitário, ele conhece pessoas que enfrentam a mesma dificuldade de encontrar emprego e descobre um dom em degustação de whisky, que pode mudar suas vidas para sempre.

Amigos Inseparáveis

Sinopse: Em 'Amigos Inseparáveis', dois criminosos idosos decidem chamar os antigos companheiros para uma última noite de trapaças, quando um deles é contratado para executar o parceiro.

Amor é Tudo o que Você Precisa

Sinopse: AMOR É TUDO O QUE VOCÊ PRECISA é uma comédia romântica, passada em Sorrento e na Costa Amalfitana, na Itália. Duas famílias muito diferentes encontram-se em uma casa de campo na Itália para festejar um grande casamento, planejado nos mínimos detalhes. Mas nada ocorre como esperado... Em meios aos preparativos da grande festa, muita confusão, encontros, desencontros e grandes revelações.

Mulheres Africanas - A Rede Invisível

Sinopse: Este documentário apresenta a trajetória de lutas e conquistas históricas da mulher africana em diferentes países do continente africano. São retratadas não apenas as grandes líderes reconhecidas que têm se destacado em diferentes áreas, mas também as mulheres comuns, igualmente corajosas e vitoriosas em suas lutas do dia-a-dia.


O Quarteto

Sinopse: Membros de um mundialmente renomado quarteto de violino lutam para continuarem juntos. 

Tainá 3 - A Origem

Sinopse: Depois de Tainá – Uma Aventura na Amazônia e Tainá 2 – A Aventura Continua, a indiazinha mais famosa do Brasil está de volta. E desta vez o público poderá descobrir como começou a saga da pequena guerreira. Em Tainá – A Origem, Tainá, uma indiazinha órfã de cinco anos, que sonha em se tornar uma guerreira e descobrir sua verdadeira origem, faz amigos surpreendentes como Laurinha (Beatriz Noskoski), uma garota da cidade, perdida na selva, e Gobi (Igor Ozzy), um indiozinho nerd.


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Cine Dica: FILME COLETIVO SOBRE A PACIFICAÇÃO DAS FAVELAS CARIOCAS ENTRA EM CARTAZ NO CINEBANCÁRIOS



O CineBancários lança com exclusividade a partir de 12 de março o documentário 5x Pacificação, produção coletiva assinada pelos mesmos diretores que realizaram o projeto de ficção 5x Favela – Agora por Nós Mesmos (2010), coordenado pelo cineasta Cacá Diegues, no qual um grupo de cineastas oriundos de favelas do Rio de Janeiro fez uma releitura contemporânea do clássico do Cinema Novo Cinco Vezes Favela (1962).5x Pacificação permanece em exibição no CineBancários de 12 a 24 de março, em três sessões diárias, às 15h, 17h e 19h.

Ingressos: R$ 6,00 para público geral e R$ 3,00 para bancários e jornalistas sindicalizados, idosos, estudantes e clientes do Banrisul

Como seu título indica, 5x Pacificação está dividido em cinco episódios. Em"Morro" os habitantes de comunidades que já possuem Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) instaladas entram em confronto com pessoas que vivem em comunidades ainda não atendidas por elas. Em "Polícia" é abordada a preparação de novos policiais para que possam trabalhar nas UPPs e prestar apoio à população local. Em "Bandidos" vários ex-traficantes contam suas histórias e a tentativa de reintegração à sociedade, a partir de um programa de empregabilidade realizado pela sociedade civil. Em "Asfalto" os vizinhos de comunidades pacificadas expressam sua opinião, analisando também as consequências da implementa&cce dil;ão das UPPs para o Rio de Janeiro como um todo. Em "Complexo" é abordado o processo da invasão do Complexo do Alemão, realizado pelo BOPE e a polícia em 2010.
Um fato curioso a respeito de 5x Pacificação é que originalmente o projeto previa a realização de apenas quatro episódios. Entretanto, durante a produção do longa-metragem aconteceu a invasão do Complexo do Alemão, o que fez com que os diretores se reunissem e rodassem um novo episódio sobre o tema. Entre os diretores envolvidos no projeto, Cadu Barcellos era o único que não morava em uma comunidade pacificada durante as filmagens.

Mais informações e horários das sessões, vocês conferem na pagina da sala clicando aqui. 

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