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Quem sou eu
- Marcelo Castro Moraes
- Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
- Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
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segunda-feira, 5 de novembro de 2012
Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O Espetacular Homem Aranha
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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quinta-feira, 1 de novembro de 2012
Cine Dica: Em Cartaz: Atividade Paranormal 4
Sinopse: 'Atividade
Paranormal 4' se passa em 2011, cinco anos depois de Katie matar seu namorado
Micah, sua irmã Kristi e seu marido Daniel e levar seu bebê, Hunter. A história
centra-se em Alice (Kathryn Newton) e sua mãe, experimentando atividades
estranhas quando os novos vizinhos mudam-se para a casa ao lado.
Confesso que esperava com
grande ansiedade esse capitulo, pois tanto o segundo como o terceiro filme da
franquia, souberam muito bem em não se repetir, mas sim explorar mais os
motivos que levaram a acontecer os eventos do primeiro filme. Infelizmente não
é isso que acontece neste quarto capitulo que em vez de se explorar novas revelações desse universo fantasmagórico,
a trama simplesmente não passa de "enchimento de linguiça", para que quando chega
ao seu assustador final (melhor parte do filme), acaba voltando exatamente à
estaca zero.
O que vemos em quase uma
hora e meia, é as mesmas formulas vistas nos filmes anteriores, só que desta
vez dosando mais para o lado do humor (fraquinho alias), enquanto os momentos
que é para dar sustos na platéia são muito raros, se concentrando somente mais no
seu ato final já citado. Como se já não bastasse, os novos personagens
inseridos na trama acabam não despertando nenhuma simpatia em nos e tão pouco
nos importamos com o destino de cada um deles. Somente a jovem protagonista Alice
(Kathryn Newton) é que nos desperta certo interesse, pois é ela que carrega de
lá para cá o seu notebook com web camp, mas pouco ela pode fazer, já que a
trama não ajuda a nos convencer.
Para piorar, os criadores
inventam um pega ratão sobre a verdadeira identidade de um dos personagens, que
embora nos surpreenda em certo momento, essa revelação simplesmente se perde no
caminho, por nos já estarmos cansados de vermos as mesmas situações, tanto
usadas nos filmes anteriores, sendo jogadas aqui e sem nada a acrescentar. Sem
novas idéias, os produtores ainda têm a cabeça de prestar homenagens desnecessárias
de outros filmes como O Iluminado, e que pelo andar da carruagem, a franquia
irá se abraçar em elementos já vistos em filmes como O Bebê de Rosemary ou A
Profecia.
Claro, que mesmo com todos
esses pesares, o filme irá render o suficiente, para então os produtores
quererem estender a trama para um quinto ou até mesmo sexto filme. Mas se não
tomarem cuidado, o que poderia ser uma ótima franquia de terror, acabará apenas
como um verdadeiro caça níquel.
Leia também: Trilogia Atividade Paranormal
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Cine Dicas: Estreias no final de semana (01/11/12)
Começamos esse inicio
de mês com um ótimo feriadão para nos curtirmos, descansarmos e de quebra, curtirmos inúmeras
estréias no cinema. É claro que a maior pedida fica mesmo a cargo de Frankenweenie. Super elogiado pela critica, o filme é à volta para as raízes que o cineasta
Tim Burton faz consigo próprio depois de muito tempo. Para os fãs do cineasta, que
acreditavam que a sua carreira não andava bem nas pernas, é um prato cheio e
deixar a alma mais do que aliviada.
Confiram as outras estréias
abaixo e desejo a todos um ótimo feriadão e bom descanso.
Frankenweenie
Sinopse: Victor (Charlie Tahan) adora
fazer filmes caseiros de terror, quase sempre estrelados por seu cachorro
Sparky. Quando o cão morre atropelado, Victor fica triste e inconformado.
Inspirado por uma aula de ciências que teve na escola, onde um professor mostra
ser possível estimular os movimentos através da eletricidade, ele constrói uma
máquina que permita reviver Sparky. O experimento dá certo, mas o que Victor
não esperava era que seu melhor amigo voltasse com hábitos um pouco diferentes.
Possessão
Sinopse: Baseado em fatos reais, a
história decorre sobre Clyde (Jeffrey Dean Morgan), um pai de duas filhas
recém-separado, que faz de tudo para deixá-las felizes, então não dá muita
importância quando sua filha mais nova, Em (Natasha Calis), fica obcecada por
uma velha caixa de madeira encontrada em um brechó. Entretanto, aos poucos a
menina se torna agressiva e quieta, levando seus pais a desconfiarem que seu
comportamento tenha alguma relação com seu objeto precioso.
Elefante Branco
Sinopse:O padre Julián (Ricardo Darín)
e o padre Nicolás (Jérémie Renier) trabalham ajudando os menos favorecidos na
favela de Villa Virgen, periferia de Buenos Aires. O local é um antro de
violência e miséria. A polícia corrupta e os próprios sacerdotes da Igreja nada
fazem para mudar essa realidade e os dois clérigos terão de por suas próprias
vidas em risco para continuar do lado dos mais pobres.
Magic Mike
Sinopse:Mike (Channing Tatum) é um
experiente stripper, que está ensinando a um jovem a arte de seduzir as
mulheres em um palco, de forma a conseguir delas o máximo possível de
benefícios. Ao mesmo tempo que em passa seus conhecimentos para Adam (Alex
Pettyfer), começa a se interessar pela a irmã dele, Brooke (Cody Horn). Com o
tempo, Adam vai se mostrando cada vez mais confiante e deixa o dinheiro fácil
subir na cabeça. Começa a lidar com drogas e a ignorar as pessoas próximas, mas
ainda assim contará com a apoio de Mike e Brooke. Dirigido por Steven
Soderbergh (Traffic), o longa conta ainda com Matthew McConaughey, Joe
Manganiello e Olivia Munn no elenco.
O Mar Não Está Prá Peixe 2: Tubarões à
Vista!
Sinopse: Treinado nas artes dos
ancestrais poderes aquáticos, o peixinho Pê agora pode facilmente derrotar um
tubarão com as próprias nadadeiras, mantendo afastados quaisquer predadores que
ameacem seus amigos e vizinhos do recife. Infelizmente, ser o único herói da
cidade também tem seu preço, especialmente quando um grupo de maléficos
tubarões famintos (liderado por um sujeito desagradável que Pê conhece muito
bem) declara que o fim daquela região está decretado – e se aproxima o mais
rápido possível! Sozinho, talvez Pê não consiga. Então, ele vai ter que treinar
um grupo de bravos companheiros (além de seu próprio filho) para combater esta
ameaça cheia de dentes.
DIÁRIO DE UM BANANA 3
Sinopse: “Durante suas férias de verão, o
banana Greg Heffley bola um plano para fingir que tem um emprego em um clube
country — o que falha em mantê-lo longe dos dias de cão da estação (os dias de
verão inativos de calor e umidade), incluindo acontecimento vergonhosos em uma
piscina pública e uma viagem para acampar que sai muito errado.”
Contos Gauchescos
Sinopse: Contos Gauchescos é baseado
no livro homônimo de João Simões Lopes Neto, uma das obras principais da
literatura brasileira.
Três Histórias, Um Destino
Sinopse: O filme Três Histórias, Um Destino, baseado num
livro do missionário R. R. Soares e rodado nos Estados Unidos, estreará
primeiro no Brasil no próximo dia 02/11.
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quarta-feira, 31 de outubro de 2012
Cine Especial: Dia das Bruxas: O que irei assistir hoje?
Sempre no mês de outubro
eu escrevo sobre filmes de terror, como uma forma para aqueles que leem o meu
blog, tenham boas dicas para quem for ver um filme que de arrepios no dia 31
desse mês. Infelizmente não tive tempo de escrever essas postagens, mas não
quer dizer que não faça uma agora, que alias, essa já fazia um bom tempo que
deveria ter escrito. Vamos a ela.
A Casa Que Pingava
Sangue
Sinopse: Detetive da Scotland York investiga o
desaparecimento de um famoso astro de cinema, logo após este alugar uma antiga
casa no interior. Entretanto, o detetive acaba descobrindo outros terríveis
quatro casos que já aconteceram na casa.
A trama é macabra, mas bem
divertida. Um investigador da Scotland Yard tenta solucionar quatro casos
misteriosos envolvendo uma mansão macabra: No primeiro conto; Um escritor se
depara com um estrangulador de sua própria criação; O segundo conto conta a
estória de dois homens obcecados pela figura de cera de uma mulher que remete
aos seus passados; Na terceira estória, uma menina demonstra um obscuro
interesse por feitiçaria; E por fim, um ator de cinema encontra um manto que
lhe dá poderes sobrenaturais.
A Casa que Pingava Sangue
(The House that Dripped Blood),de 1971, é um clássico do Horror produzido pela
lendária Amicus Productions. De 1965 a 1973, Max J. Rosenberg e Milton Subotsky
da Amicus estúdios produziram inúmeros filmes inspirados em contos de Horror vindos das
páginas da inesquecível revista EC Comics, responsável pela publicação da série
Tales from the Crypt. Boa parte desses filmes se tornaram rapidamente grandes
clássicos do cinema de Horror e dentre as mais lembradas é sem sombra de duvida
a produção A Casa que Pingava Sangue, de
Peter Duffell, que conta com a participação de dois grandes ícones do cinema de
Horror: Christopher Lee e Peter Cushing; além da musa Ingrid Pitt, estrela
máxima dos estúdios Hammer durante os anos 70.
Infelizmente Peter
Cushing estava sofrendo bastante durante
as gravações, devido ao fato de ter ficado distante de sua esposa que se
encontrava muito doente, mas este triste momento de sua vida não comprometeu em
nada a sua dedicação e a sempre marcante atuação dessa lenda do cinema. Curiosamente, Christopher Lee aparece em uma cena lendo seu livro favorito, "O Senhor
dos Anéis", sendo que mais de 30 anos antes dele atuar no filme homônimo
dirigido por Peter Jackson.
Com um roteiro fantástico o
elenco de primeira e a direção segura de Peter Duffell fizeram deste filme um
dos maiores clássicos do cinema de Horror de todos os tempos! A Atmosfera
extasiante do Horror setentista está aqui, um prato cheio para os fãs do puro e
verdadeiro Horror! Recomendo incondicionalmente para assistir hoje neste dia
das Bruxas.
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terça-feira, 30 de outubro de 2012
Cine Dica: Em Cartaz: GONZAGA - DE PAI PARA FILHO
Sinopse: A relação entre o
sanfoneiro Luiz Gonzaga (1912-1989) e seu filho, o cantor e compositor
Gonzaguinha (1945-1991), dois artistas, dois sucessos. Um do sertão nordestino,
o outro carioca do Morro de São Carlos; um de direita, o outro de esquerda.
Encontros, desencontros e uma trilha sonora que emocionou o Brasil. Esta é a
história de Luiz Gonzaga e Gonzaguinha, e de um amor que venceu o medo e o
preconceito e resistiu à distância e ao esquecimento.
Breno Silveira pegou o gosto de
fazer filmes que reconstituem a vida de celebridades do universo musical, sendo
que Gonzaga: De Pai para Filho se fecha
uma espécie de trilogia iniciada com 2 Filhos de Francisco e A Beira do Caminho.
Com a chegada do centenário do Rei do Bailão, era uma questão de lógica que
houvesse uma adaptação sobre a vida do cantor, que felizmente nas mãos de Silveira, consegue fazer com competência e sem cair num lugar comum. Para o
ponto de partida, o cineasta foi engenhoso na criação da trama, se baseando nas gravações
de áudio gravadas por Gonzaguinha no inicio dos anos 80, onde se ouve a
conversa que ele teve com o seu pai e na sua tentativa de ambos se entenderem.
Nesta viagem no tempo, o cineasta
constrói minuciosamente a trajetória da criação do mito, que por sua sorte, soube
bem escolher os três interpretes que dariam vida a Gonzaga no decorrer do
filme. Adélio
Lima, Land Vieira e Chambinho do Acordeon estão ótimos interpretando Gonzaga em
determinadas épocas especificas, porém, é Julio Andrade que da um verdadeiro
show de interpretação, ao passar para o espectador, toda a dor que Gonzaguinha
sentia em não se entender com o seu pai. Embora Gonzaga seja o foco principal,
me pergunto se não seria interessante ter um filme sobre a trajetória solo de
Gonzaguinha e novamente com Julio de Andrade. Já que Silveira pegou o gosto de
fazer esses tipos de filmes e com empenho, um filme derivado desse seria
questão de lógica e muito bem vinda.
Com uma boa reconstituição de época, embalada com as mais
belas paisagens do nosso país, Gonzaga: De Pai para Filho, é um bom filme sobre
a redenção de duas gerações, que embora diferentes, tem muito mais em comum do
que se possa imaginar.
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Cine Dica: PORTO DOS MORTOS CHEGA A CAPITAL
SALA P. F. GASTAL ESTREIA LONGA
A Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar) lança na sexta-feira, 2 de novembro (Dia de Finados), o longa gaúcho de horror Porto do Mortos. Escrito e dirigido por Davi de Oliveira Pinheiro (que divide a produção com Isidoro B. Guggiana), Porto dos Mortosacompanha a jornada pós-apocalíptica do Policial (Rafael Tombini), personagem que caça um assassino serial místico conhecido como Passageiro (Adriano Basegio).
Vencedor de dois prêmios internacionais e selecionado para mais de 30 festivais, entre eles o espanhol Festival de Cinema de Sitges (considerado o mais importante festival de cinema fantástico do mundo), Festival de Cinema Latino de Chicago e Festival Internacional del Nuevo Cine Latinoamericano (Cuba), Porto dos Mortos (Beyond the Grave no exterior) alcançou status de filme de culto entre festivais de cinema “underground” e críticos de Internet ao redor do mundo. Em produção desde 2007 e rodado em HD na cidade de Porto Alegre (RS) e arredores, o filme tem orçamento estimado em 300 mil reais. Porto dos Mortos também pode ser assistido instantaneamente no serviço por assinatura Netflix em todo o Brasil, Estados Unidos e América Latina. Maiores informações podem ser encontradas na página do filme no Facebook:www.facebook.com/ portodosmortosoficial
Porto dos Mortos marca a estreia na direção de longa-metragem de Pinheiro (33 anos), que também escreve e produz essa mistura de horror, road movie existencial e western spaghetti. "O primeiro filme estabelece sempre quem o cineasta é, qual sua personalidade. Talvez ainda não enxergue claramente, mas com a distância pode ser que eu veja todas as sementes de meus futuros filmes nesse primeiro momento criativo", acredita o diretor. A história de Porto dos Mortos acompanha a caçada de um policial a um maníaco sobrenatural por entre paisagens desoladas e estradas vazias povoadas apenas por mortos vivos. O policial encontra em seu caminho outros sobreviventes como o casal adolescente Atirador (Ricardo Seffner) e Nina(Amanda Grimaldi), o amistoso Franco (Alvaro Rosacosta), a grávida Adriene (Luciana Verch) e o truculento Ashley (Leandro Lefa), entre outros. "Criar Porto dos Mortos foi um processo que aconteceu em Porto Alegre. É um filme daqui, da nossa terra, e após circular durante esse tempo pelo mundo, é emocionante ver o filme voltar à cidade e o dispor ao olhar dos meus conterrâneos. Foi uma longa jornada para chegar até aqui", avalia Pinheiro.
Informações e horário das sessões vocês conferem na pagina da sala clicando aqui.
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segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Cine Dica: Em Cartaz: 007 - Operação Skyfall
Sinopse: O vazamento
de dados confidenciais revela a posição de diversos agentes infiltrados em
células terroristas, colocando suas vidas em risco. O próprio James Bond
(Daniel Craig) é um dos afetados e precisa demonstrar sua lealdade a M (Judi
Dench) para ajudá-la a resolver o problema. Logo ele passa a investigar quem
está por trás do ataque ao MI6 e percebe que o responsável está bastante
familiarizado com o modo de funcionamento da agência de espionagem britânica.
Dirigido por Sam Mendes e com Javier Bardem, Ralph Fiennes, Albert Finney,
Helen McCrory e Ben Whishaw no elenco.
Quando se vai com
muita sede ao pote há de sempre se decepcionar. Não que o gosto seja ruim, mas
ele não se parece com nada com que a gente imaginava anteriormente. Essa foi a
minha sensação com Cavaleiro das Trevas Ressurge desse ano, que embora tenha
fechado com chave de ouro a trilogia do homem morcego, o filme não se casava com a
minha expectativa que estava a mil e o mesmo acontece com a mais nova aventura do agente
secreto inglês. Não que o filme seja decepcionante, muito pelo contrario, sendo
que ele é bem superior ao filme anterior que ficou devendo, mas a propaganda que a MGM fez para vender o seu peixe foi tão positiva, que eu esperava ver algo no mínimo nunca antes
visto.
O filme explora sim situações
que antes o protagonista nunca passou, como o fato dele se sentir uma verdadeira peça
de museu perante o mundo novo de hoje, desde alta tecnologia, a vilões cada vez
mais imprevisíveis. Embora seja bem vinda essa proposta, é interessante que ela
contradiz com o primeiro filme desse reboot do personagem, já que lá, James
Bond a recém estava ingressando como agente e aqui ele já sente o peso da idade. Se por um lado isso possa parecer um furo dos grandes, por
outro, tudo é muito bem orquestrado sem ser
muito forçado e isso graças à mão segura de Sam Mendes.
Vindo de filmes mais
autorais (como o genial Soldado Anônimo), Mendes não se intimida em fazer
belas cenas de ação bem verossímeis. E diferente do que foi visto aventura
anterior, as cenas de ação surgem sempre para agilizar, mas nunca deixar a trama
incompreensível, tanto para os fãs como para o marinheiro de primeira viagem.
Além disso, o cineasta é hábil na direção do elenco, que mesmo alguns
apresentando suas limitações, ele consegue tirar melhor proveito de cada um deles.
Mesmo ainda mantendo a
cara de gelo imutável, Daniel Craig se mostra cada vez mais a vontade com o
personagem, que para a surpresa de muitos, solta até mesmo piadas que nos fazem
nos lembrar dos 007 de antigamente. Para alguém que antes mesmo do primeiro
filme era considerado como uma escolha errada, ele está fazendo muito bem o seu
dever de casa. Mas o que dizer de Judi Dench, que mesmo depois de 17 anos
dentro da cine série interpretando a superiora de Bond, consegue novamente nos
surpreender com a sua personagem, que luta para se manter firme como uma
verdadeira dama de ferro, mas terá que encarar as conseqüências dos seus atos,
que embora eles sejam a serviço de um bem maior, sempre acontece de haver seqüelas.
Uma delas é o próprio
vilão da trama, Raoul Silva,
interpretado de uma forma extraordinária por Javier Bardem, que mesmo possuindo
desejos de vingança previsíveis, eles tem uma certa lógica e compreendemos as suas motivações.
Bardem ainda nos brinda com um personagem cheio de camadas, sendo a mais
explicita, quando ele se apresenta pela primeira vez na trama para Bond, com umas atitudes nem um pouco suspeitas digas se de passagem. O dialogo de ambos nesta
cena é riquíssimo e desde já esta entre os melhores momentos de toda a cine
série.
Com todos os piões no
lugar, o jogo da trama se envereda para alguns lugares até então nunca
explorados na vida do protagonista perto do final da trama, que se num primeiro
momento possa parecer nenhum pouco espantoso, isso acabou por fazer do personagem
mais humano e que nos faz agente compreender um pouco mais do porque dele embarcar neste mundo de espionagem. Com um ato final cheio de tensão (e emoção), o filme
encerra de uma forma satisfatória esse circulo que se iniciou com Cassino Royale,
mas que ao mesmo tempo traz de volta a tona velhos elementos tão bem conhecidos
pelos antigos fãs. Eis que então paira a pergunta: para continuar firme e forte
neste mundo atual, 007 deve se abraçar a velhos hábitos? Talvez nunca seja
demais olhar um pouco para traz!
Leia tudo sobre 007
clicando aqui.
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