Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Nos dias 30 e 31 de Julho estarei participando do curso sobre a vida e obra dos Irmãos Coen no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 - P. Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vem, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esses grandes irmãos cineastas.
AJUSTE FINAL
Sinopse: Tom Regan, conselheiro de um chefão do crime nos anos da Lei Seca, tenta manter a paz entre famílias mafiosas rivais, mas se vê envolvido numa trama em que nada é exatamente o que parece ser.
Inúmeras traições e reviravoltas em uma trama complexa escrita pelo diretor e seu irmão Ethan. Namorando bastante o gênero de filme de máfia, o filme é de um impressionante requinte, fugindo aos clichês do gênero. A violência é estilizada e poética, como na memorável seqüência do atentado a casa do chefão. Rodado em Nova Orleans, com uma ótima fotografia de Barry Sonnenfield (diretor da Familia Addams)
Curiosidades: Quando Tom visita Drop Johnson, é possível ver um pôster de boxe à direita da entrada, onde abaixo aparece escrito "Lars Thorwald". Este é o nome do personagem de Raymond Burr em Janela Indiscreta (1954);
O diretor Sam Raimi e a atriz Frances McDormand, casada com o diretor Joel Coen, aparecem em pequenas pontas.
Sinopse: O diplomata Joseph Wilson (Sean Penn) escreveu um editorial para o jornal New York Times, no qual alega que a administração do presidente George W. Bush manipulou informações de relatórios sobre a existência de armas de destruição em massa no Iraque, de forma a justificar a invasão. Como retaliação Valerie Plame (Naomi Watts), esposa de Wilson e agente secreta da CIA, tem sua identidade revelada intencionalmente. É o início da luta de Wilson para que os responsáveis por este ato, um crime federal, sejam punidos. Ao mesmo tempo Valerie precisa se adaptar à nova realidade, afastada do trabalho e com a vida exposta pela imprensa.
Muitos atribuem o sucesso da trilogia Bourne graças ao ótimo desempenho da direção de Paul Greengrass no segundo e terceiro filme, mas temos que levar em conta que tudo começou apartir do primeiro filme cujo responsável foi Doug Liman que por um motivo ou outro, acabou sendo substituído nas continuações seguintes. Mesmo assim, Doug segue com uma carreira discreta, mas que chama atenção por sua direção agiu e segura, mesmo em filmes que não exigem cenas de perseguição e luta e Jogo do Poder é uma bela prova disso. Único filme americano do ano passado a competir em Cannes, a trama gira em torno de um casal que não se intimidou em acusar a administração do presidente Bush que inventou uma desculpa esfarrapada para invadir o Iraque e o resto da historia todo mundo já sabe. Doug Liman não se intimida em retratar os homens do poder como verdadeiros vilões da trama e não teria como ser diferente, já que atualmente, até mesmo o povo americano em geral sabe que aquilo tudo não passou de uma grande piada de mau gosto, muito embora seja mostrada a paranóia da época em que qualquer um que não fosse americano poderia ser muito bem um terrorista.
Vistos juntos em filmes como 21 Gramas (2003) e O Assassinato de Richard Nixon (2004),Naomi Watts e Sean Penn novamente demonstram ter boa química juntos na frente das câmeras e ambos merecem aplausos a todo momento quando retratam o casal em crise, principalmente Penn que esta mais do que a vontade em um filme que cutuca o famigerado governo de Bush e que ele na vida real sempre foi contra.
Ágil e refinado, o filme é um de muitos ótimos filmes que irão surgir para retratar os anos que o povo americano vivia da mentira e da paranóia num mundo pós 11 de setembro.
Curiosidade: Inicialmente seriam Nicole Kidman e Russell Crowe os protagonistas de Jogo de Poder.
RANGO
Sinopse: O filme conta a história cômica e transformadora de Rango um camaleão protegido que vive como animal de estimação e que enfrenta uma grande crise de identidade. Afinal o quão alto pode ser seu objetivo quando o propósito de sua vida é se adaptar?
Sempre quando da, o cinema norte americano tenta resgatar esse que foi um dos gêneros mais filmados da historia, o faroeste, que infelizmente durante as ultimas décadas acabou sofrendo pela falta de interesse do publico e por historias melhores, contudo nem tudo esta perdido. De uns tempos para cá, cada vez mais vem surgindo títulos do gênero (como o grande sucesso Bravura Indômita) que alem de filmes que tentam resgatar esse gênero, acabam também surgindo filmes que prestam uma homenagem aos bons e velhos tempos como esse ótimo Rango.
Dirigido pelo sortudo Gore Verbinski (dono da bilionária trilogia Piratas do Caribe) o filme que conta a historia de um camaleão em busca de sua identidade através de uma cidade que sofre pela falta de água, nada mais é do que uma mera desculpa para soltar inúmeras homenagens ao gênero. Para começar, não faltam momentos que o filme remete diretamente aos filmes de Sergio Leone como a trilogia do estranho sem nome e de sua obra prima Era uma vez no Oeste, ou vai me dizer que aquele barulhinho do ventilador é tirado de onde? Uma clara referencia ao barulho que o moinho de vento fazia no inicio do clássico estrelado por Henry Fonda.
O bom disso, que o filme, não somente é pura diversão para os jovens como também diversão garantida para os adultos que curtiam antigamente esses filmes e durante a projeção ira contar as inúmeras referencias que o filme faz. Fora isso, os personagens são cativantes, onde cada um tem uma personalidade distinta e bem detalhada, tanto do modo de ser como fisicamente, alias, devo tirar o chapéu para a primeira incursão da Industrial Light & Magic de George Lucas em animação já que os seus personagens possuem cada detalhe tão realista que parece que realmente os bichos do deserto resolveram se vestir e falar como gente. Mas não é só isso, o filme reserva momentos de pura ação como na seqüencia da perseguição do desfiladeiro que não só faz uma homenagem ao clássico Nos Tempos das Diligencias como também ao filme de guerra Apocalypse Now e mesmo sendo uma referencia, soa algo irresistível e original
Com ato final de reserva uma aparição pra la de inusitada de um clássico personagem do gênero, Rango já é considerado um dos melhores filmes do ano que soube, não somente ser uma boa animação, mas que também soube fazer uma bela homenagem ao gênero sem ser repetitivo.
NOTA: Aproveitem e confiram também As Inspirações de Rango que escrevi na época da estréia do filme.
Sinopse: Na segunda parte do final épico da série a batalha entre o bem e o mal no mundo da magia se torna uma guerra entre centenas de bruxos. Os riscos nunca estiveram tão altos e nenhum lugar é seguro o suficiente. Assim Harry Potter precisa se apresentar para fazer o seu último sacrifício enquanto o confronto final com Lorde Voldemort se aproxima. Tudo acaba aqui.
Sem sombra de duvida, que ao longo dos anos, a saga Harry Potter será sempre lembrada como uma das franquias mais arriscadas e bem sucedidas da historia do cinema. Sucedida isso todo mundo sabe, digo arriscada pelo fato de manter não só o elenco original desde o inicio, como também jamais deixar a qualidade das adaptações caírem em cada capitulo e isso já um feito e tanto, principalmente se comparada a outras franquias que vai piorando em cada capítulo que é lançado. Mas talvez o grande acerto fosse apartir do quinto filme, quando foi escolhido o diretor David Yates, que acabou sabendo injetar maturidade e um calor mais humano nos personagens ao longo dos anos.
Com isso, Yates teve toda a tranqüilidade de dirigir os dois últimos filmes ao mesmo tempo e como a franquia estava mais do que estabilizada no gosto do publico e critica, eis que ele ousa de uma forma incrível no penúltimo capitulo ao colocar o trio de heróis em situações ate então inéditas e num ritmo lento, mas nunca aborrecido. Mas se faltava ação no filme anterior, toda ela se passa nesta ultima fase onde os heróis precisam destruir os objetos que dão vida ao grande vilão da saga, mas ao mesmo tempo Harry enfrentara a grande verdade sobre segredos que ele jamais imaginava. Falando em segredos, o espectador que jamais leu os livros, deve se sentir muito surpreso ao conhecer somente no final da saga a verdadeira natureza das motivações do personagem de Severo Snape (Alan Rickman ótimo), pois nunca tínhamos uma exata certeza do que ele realmente queria, mesmo tendo sido responsável pela morte de Dumbledore no sexto filme. Aqui é explicado de uma forma impressionante, onde enlaça todas as perguntas que ficavam no ar dos filmes anteriores, e isso tudo graças a boa direção que todos os envolvidos tiveram nas produções anteriores e principalmente ao desempenho de Rickman que soube passar toda ambigüidade que o personagem tinha ao longo desses anos.
Apesar do filme ser o mais corrido e cheio de ação dentre todos os capítulos, a também espaço para reflexões sobre a vida e a morte que o personagem já havia começado a enfrentar apartir do quarto filme. Harry precisou amadurecer e vencer os obstáculos da vida da pior maneira possível. Vendo pessoas queridas partindo e sem puder fazer nada, mas é algo que ele tinha que aprender, pois isso é a vida. Pessoas morrem e isso é inevitável, mas não quer dizer que não possa ser superado e o filme é corajoso ao tocar num assunto tão espinhoso, mas muito bem representado na partida dos aliados do protagonista numa forma muito bem orquestrada pelo diretor. Curiosamente o próprio Harry teve que enfrentar a sua própria morte e é neste momento que ocorre um dos momentos mais interessantes da saga, onde ira reaparecer um velho conhecido ao lado do herói, se tornando um dos momentos mais cruciais e interessantes. Reflexões e momentos chaves a parte, o filme ainda nos brinda com um ato final cheia de moral onde herói e vilão ( Ralph Fiennes assustador) tem o grande confronto no mano a mano que não deve nada aos clássicos filmes de faroeste do estilo mocinho contra bandido. Mas nem todas as glorias ficam somente para Harry, pois há espaço para os coadjuvantes darem seu show a parte. Se Hermione e Rony (Rupert Grint, Emma Watson) cumprem os seus deveres de amizade e lealdade com o amigo (e finalmente encerrando a novela do beija ou não beija de ambos) o personagem Neville Longbottom (Matthew Lewis) participa de um momento crucial e muito importante da trama além de ser o protagonista dos momentos mais divertidos.
Com os minutos finais que enlaçam e fazem uma referencia aquele pequeno Harry Potter do primeiro filme que mal sabia o que se tornaria futuramente, a saga do jovem bruxo se encerra de uma forma tão redondinha e perfeita que no fundo desejamos voltar novamente Hogwarts para participarmos novamente das aventuras quase anuais que tivemos ao longo desses dez anos de aventura e fantasia. Sentimento como esse que não sentia desde que a trilogia do Senhor dos Anéis que se encerrou no final de 2003 e só tendo esse sentimento, já um feito e tanto. Sentiremos saudades.
Chegamos a um final de semana com pouquíssimas estréias no cinema, mas isso é mais do que lógico. Afinal, quem vai querer competir com o jovem Bruxo Harry Potter?
Mais do que uma simples estréia de um capitulo de uma cine serie, a ultima aventura de Potter no cinema esta se tornando o grande evento cinematográfico deste ano, onde em todo lugar esta sendo divulgado, seja TV, internet ou jornal, a Potter mania ira se estender por vários e vários dias. Tenho algo contra a isso? Nem um pouco. Não sou fanático pela cine serie, mas duas coisas eu tenho que concordar. Uma, pelo fato da serie de livros do personagem ter despertado o interesse dos jovens em querer lerem livros, numa época que estava havendo um desinteresse muito grande, por parte dos jovens, pela leitura e isso lá pelos anos de 1999. Pode não ser nenhuma obra prima, mas desde que tenha feito uma geração inteira desinteressada a ler novamente, está mais do que valendo. O segundo motivo é a apreciação que sinto ao assistir a cada capitulo e observar as mudanças graduais que a serie foi passando. De uma aventura colorida com pequenos bruxinhos, foi passando por historias mais sombrias e que ao mesmo tempo foi explorando amadurecimento e o lado psicológico dos personagens, principalmente de seu protagonista.
Por conta disso, é mais do que lógico que a cine serie Harry Potter fará falta. Um exemplo de grande saga cinematográfica que foi crescendo e jamais perdendo os seus fãs, diferente de outras que em cada capitulo é lançado, vai perdendo o publico devido a sua qualidade ficar emperrada e não conseguir superar o inicio da saga.
Abaixo, deixo as principais matérias do que eu já fiz sobre a saga até aqui e em breve, minha critica sobre o capitulo final. Cliquem nos links abaixo e boa leitura.
Escrito por Robert Louis Stevenson e publicado em 1886, O Médico e o Monstro se tornou um dos grandes sucessos da literatura, principalmente para aqueles que procuram uma boa dose de suspense e ficção. Com o sucesso do livro, era inevitável que um dia surgissem inúmeras adaptações para o cinema e houve varias, dentre elas, a mais conhecida, foi à adaptação de 1931 que rendeu o Oscar de melhor ator para Fredric March. Os estúdios Hammer por sua vez não ficou atrás em adaptar a obra na sua forma de fazer cinema na época e com isso, surgiram dois filmes baseados na obra, mas que diferem uma da outra. Confiram:
O MONSTRO DE DUAS FACES
Sinopse: Londres, 1874. Henry Jekyll (Paul Massie) é um dedicado pesquisador que há 6 anos está casado com Kitty (Dawn Addams), mas lhe dá pouca atenção. Com isso ela se apaixonou por Paul Allen (Christopher Lee), o maior amigo de Jekyll. Paralelamente Henry desenvolve uma fórmula que faz vir à tona o lado negro de cada ser e, ao aplicar em si esta droga, Jekyll se altera não só psicologicamente como fisicamente. Logo ele está na Sphinx, uma casa noturna cara mas de má reputação. Lá encontra Kitty e Paul, que conversam com ele. Logo Jekyll está dançando com Kitty, que não imagina que este desconhecido que diz se chamar Edward Hyde é o seu marido, que ela tanto evita. Este encontro marca o início de várias tragédias.
Dirigido (novamente) por Terence Fisher, a produção se diferencia se comparado ao livro. Ao começar pelo fato de que aqui, Hyde não tem um aspecto monstruoso e sim de um homem bonito, mas com um olhar diabólico, dando a entender, que o diretor quis passar a idéia de que o mau esta em todo o lugar, não importa o seu aspecto, seja feio ou bonito. Mesmo desconhecido por boa parte do publico, Paul Massie tem um ótimo desempenho fazendo o papel duplo do protagonista e mesmo auxiliado pela maquiagem, o ator soube criar uma interpretação que diferenciasse uma da outra. Novamente, Christopher Lee retornaria nesta produção para trabalhar com Fisher, mas como personagem secundário, mas importante para a trama. Curiosamente, Lee faria Henry Jekyll numa versão interessante feita pelo estúdio rival Amicus.
Curiosidade: Oliver Reed (A Maldição do Lobisomem) aparece num pequeno papel em uma festa
O Médico e a irmã monstro
Sinopse: Na busca pelo elixir da vida eterna, o Dr. Henry Jekyll começa a usar hormônios femininos retirados de cadáveres frescos fornecidos por Burke e Hare .Estes têm o efeito de alterar não só o seu comportamento (para pior), mas também de mudar seu gênero, transformando-o em uma linda porém diabólica mulher.
Feito em 1971, é baseado no conto, mas foi a produção que mais teve liberdade para criar algo que se diferenciasse do livro. É notável por mostrar Jekyll se transformar em um Hyde feminino, mas também incorpora elementos da história de Jack - o Estripador, e o caso Burke e Hare, dois imigrantes irlandeses que mataram 17 pessoas em Edimburgo , na Escócia, e venderam seus cadáveres para dissecação.
Apesar do elenco desconhecido, a produção é bem redonda e caprichada, mesmo numa época que o estúdio estava começando a entrar em decadência. Do elenco desconhecido, se destaca Ralph Bates eMartine Beswick, ambos fazendo o protagonista(s) da trama.
Nos dias 30 e 31 de Julho estarei participando do curso sobre a vida e obra dos Irmãos Coen no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 - P. Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vem, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esses grandes irmãos cineastas.
Arizona Nunca Mais
Sinopse: Um casal formado por um ex-detento e uma ex-policial não consegue ter filhos e decide roubar um dos quintúplos de uma rica família, mas acaba se envolvendo em complicações muito maiores do que esperava.
O segundo e grande filme da carreira dos irmãos, após a estréia primorosa com Gosto de Sangue. Esse segundo filme possui uma brilhante utilização de steadycam (câmera em movimento). Um dos primeiros sucessos de critica da carreira de Nicolas Cage (Despedida em Las Vegas) e de Holly Hunter que retornaria a trabalhar com os autores em E ai Meu Irmão Cadê Você? Uma comedia hilariante e com um estilo inovador e contagiante.
Curiosidade: O diretor Barry Sonnenfeld, de A Família Addams e Homens de Preto, trabalhou em Arizona Nunca Mais como o responsável pela fotografia do filme.
Barton Fink: Delírios de Hollywood
Sinopse: Década de 40. Um dramaturgo em ascenção vai para Hollywood escrever o roteiro de um filme B sobre luta livre. Em meio a uma série de acontecimentos, ele entra em crise e se sente bloqueado na hora de escrever, contando apenas com a ajuda e companhia de um vendedor de seguros.
Em minha opinião, é o mais enigmático filme feito pelos irmãos, levando aos extremos o conflito entre os fantasmas da criação e o opressivo mundo real, com uma cenografia excepcional, elenco secundário impecável e um humor negro refinado. O ato final é completamente absurdo e ao mesmo tempo surpreendente. Ganhou a Palma de Ouro em Cannes, alem dos prêmios de direção e interpretação.
Curiosidades: O roteiro de Barton Fink foi escrito por Joel e Ethan Coen em meio a um período em que eles mesmos estavam passando por bloqueio de escritor, quando elaboravam o roteiro de Ajuste Final;
Barton Fink foi o primeiro filme da história a ganhar os três principais prêmios do Festival de Cannes, sendo que a Palma de Ouro foi uma escolha unânime do júri;
Diferente da Universal, que criaram inúmeros filmem para cada um dos grandes conhecidos monstros do cinema, o estúdio Hammer acabou se concentrando mais somente em Drácula e Frankenstein, criando assim, para cada um, uma estensa franquia. Entretanto, outos tiveram sua vez, pelo menos uma unica vez. Confiram:
A MALDIÇÃO DO LOBISOMEN
Sinopse: Bebê indesejado, nascido na noite de Natal, caiu uma terrível maldição. Criado por Don Alfredo, o jovem Leon passa a sofrer transformações com a chegada da lua cheia. Só o amor verdadeiro e a compreensão podem salvá-lo de seu terrível destino.
Diferente de outras produções que sempre deixam claro a origem da besta, aqui existe uma certa duvida do porque do homem virar fera. Para começar, a historia possui duas partes e a primeira que mostra a tragetoria de um pobre mendigo, que por sua vez perde a razão e acaba estuprando uma garota que dava algo para comer numa prisão. Gravida, a vitima é acolhida, mas logo morre no parto e o que gera um menino que futuramente viraria a se tornar um lobisomem. No decorrer disso, é levantada inumeras teorias sobre a origem da maldição, mas é o propio espectador que devera tirar suas propias conclusões. Novamente, é Terence Fisher que comanda esse espetaculo gotico e que revelou até então um desconhecido talento, Oliver Reed. Ator com uma forte expressão e que viria a fazer dentre outras coisas, atuar em uma caprichada adaptação dos Três Mosqueteiros.
Curiosamente, A Maldição do Lobisomem foi a unica investida do estudio Hammer com relação ao mostro. Contudo, é uma produção muito bem lembrada por ser muito bem caprichada, mesmo com os poucos recursos da epoca.
A MUMIA
Sinopse: Stephen Banning (Felix Aylmer) e seu filho John (Peter Cushing) viajam ao Egito, em busca das relíquias arqueológicas do túmulo da Princesa Ananka (Yvonne Furneaux). Mesmo avisados quanto ao risco que corriam, ignoraram tais ameaças e profanaram a cripta, acordando de seu sono milenar Kharis (Christopher Lee), sacerdote condenado a vigiar eternamente o túmulo, gerando uma série de terríveis acontecimentos.
Versão melhor e muito superior se comparada a clássica produção de 1931 da Universal.Terence Fisher realmente tirava leite de pedra, pois mesmo com poucos recursos que o estúdio tinha, o diretor criava todos os elementos para se fazer uma historia cheia de suspense.
E como não poderia deixar de ser, Peter Cushing e Christopher Lee voltam juntos em cena. Esse ultimo sendo a propia Mumia e esta completamente assustador, muito mais que o propio Boris Karloff que interpretou o mesmo personagem anos antes. Os melhores momentos da trama ficam na parte onde mostra a verdadeira origem da mumia e sua maldição. A produção renderia mais dois filmes do mesmo genero, mas sem ligaçao alguma com esse, muito menos por possuir a mesma qualidade deste que atualmente é muito bem lembrado.