O MÁGICO
Sinopse: Um senhor trabalha como mágico, mas vê o público diminuir cada vez mais devido à preferência por atrações mais jovens e populares. Como consequência, ele tem menos oportunidades de trabalho e precisa viajar para se manter. Numa destas viagens, rumo à Escócia, ele conhece uma garota, a quem presenteia com um par de sapatos. Ao ir embora ela decide ir com ele. Ao mesmo tempo em que deseja ajudá-la, ele precisa encontrar meios para sustentar ambos.
Depois do primor que foi As Bicicletas de Belleville, muitos estavam esperando qual seria o próximo projeto de Sylvain Chomet e se seria igual ou melhor que o seu filme anterior. A resposta esta no filme O Mágico, obra tão ousada e fascinante que pode muito bem entrar na fila de obras primas recentes criadas na França.
Ao apresentar o dia a dia de dois personagens em busca de uma forma de sustento, o filme toca em um assunto delicado sobre as quão certas pessoas tem enorme talento, mas possui uma grande dificuldade em atrair o publico com o seu dom. O mágico em si, protagonista na trama, é um gênio nesta arte, mas o publico em geral se afasta dessa arte devido a outras formas de entretenimento que por vezes, soam vazias. Em contra partida o protagonista consegue força através da garota que conhece e tenta de todos os meios sustentá-la, mas o ótimo filme como ele é, tem um pé na realidade e com isso nem tudo sai como o esperado.
Com uma bela fotografia cor pastel e traços incomuns na animação, O Mágico foi indicado a inúmeros prêmios, incluindo o Oscar de melhor filme de animação, perdendo é claro para Toy Story 3, mas isso é o que menos importa, pois provou que Sylvain Chomet pode ir muito mais longe em termos de animação. É esperar por novas obras primas que estarão por vir nos próximos anos através dele. .
ALÉM DA VIDA
Sinopse: Três pessoas são tocadas pela morte de maneiras diferentes. George (Matt Damon) é um americano que desde pequeno consegue manter contato com a vida fora da matéria, mas considera o seu dom uma maldição e tenta levar uma vida normal. Marie (Cécile De France) é jornalista, francesa, e passou por uma experiência de quase morte durante um tsunami. Em Londres, o menino Marcus (Frankie McLaren/George McLaren) perde alguém muito ligado a ele e parte em busca desesperada por respostas. Enquanto cada um segue sua vida, o caminho deles irá se cruzar, podendo mundar para sempre as suas crenças. (RC).
Se por um lado Clint Eastwood já ter anunciado em parar de atuar ( sua ultima atuação foi em Gran Torino) por outro lado, não mostra nenhum sinal em largar a cadeira de diretor e por conta disso, podemos esperar outros títulos para fazer parte de sua filmografia. Em seu mais novo filme, o diretor toca no assunto muito bem conhecido pelo publico brasileiro (após Nosso Lar e Chico Xavier) que é sobre vida após morte ou simplesmente sobre o espiritismo, através de três pessoas. Um tem o dom de se comunicar com os mortos (Matt Damon como ele mesmo) que faz de todo o possível largar essa vida. Um garoto ( Frankie McLaren espetacular) perde o irmão gêmeo e decide procurar um meio de se comunicar com ele, mesmo sendo cético em alguns momentos. E por ultimo, temos a jornalista (Cécile De France ótima) que após ter sobrevivido em um tsunami (em uma seqüência espetacular) começa a ter visões do que poderia ser da vida após morte e com isso procura respostas.
Embora o cruzamento de ambos os personagens soe forçado quando finalmente se encontram, o diretor consegue com muito esforço manter a atenção do espectador com relação a historia dos três, principalmente do personagem de Frankie McLaren, que foi o melhor desenvolvido. Embora com um final sem muitas surpresas, Clint Eastwood cumpre com o seu papel de bom diretor, mesmo em uma trama simples, porem, eficaz.