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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Cine Classico: Floresta Petrificada

Sinopse: Um escritor falhado vagueia pelo deserto e entra num café onde encontra uma jovem sonhadora por quem se vai apaixonar. Entretanto, um famoso criminoso anda fugido à polícia e refugia-se no café. O encontro vai alterar o curso das vidas de todos.
Dirigido por Archie Mayo, o filme é baseado na peça teatral de Robert Sherwood. Sendo assim, a produção não esconde suas origens e toda a ação se passa dentro do bar e com isso aumenta a tenção a cada minuto que passa, com os personagens se despindo-se psicologicamente. Embora simples, não a como deixar de se enfeitiçar pela carisma de cada um dos personagens, principalmente pelo vilão da trama interpretado com intensidade por Humphrey Bogart, talvez, o melhor personagem de sua carreira. O filme foi lançado numa época que o estúdio Warner lançava bastante filmes de gângster, embora a trama carregue bastante elementos do gênero noir. Um belo retrato da época decadente que os EUA estavam passando no tempo da Depressão.

Curiosidade: Com um orçamento de 500 mil dólares, A Floresta Petrificada demorou apenas dois meses a ser filmado (o filme tem praticamente um único cenário) e estreou em Fevereiro de 1936 nos Estados Unidos

Cine Dicas: Estreias do final de semana (21/01/11)

Bom dia gente. Neste mês fiquei devendo as dicas de cinema de final de semana, mas antes tarde do que nunca. Infelizmente boas estréias não estão no cardápio neste final de semana, a não ser que a pessoa seja muito fã de Zé Coméia e aceite os absurdos que o roteiro do filme apresenta, ou seja então muito fã de Johnny Depp e aceite o filme O Turista como uma comédia que não é comedia, alias, aonde estava a cabeça dos responsáveis do Globo de Ouro em indicar esse filme na Categoria Melhor Filme Musical ou Comedia?? Uma prova de que o ano que passou foi ruim para o cinema americano e simplesmente não tinham muitas escolhas para colocar na premiação. Talvez a estréia mais significativa seja Biutiful do cineasta mexicano Alejandro González Iñarritu - diretor de Babel e Amores Brutos.

Confiram as dicas e se arrisquem ou não:

O TURISTA
Sinopse: Depp é Frank Taylor, um norte-americano que improvisa uma viagem pela Europa a fim de curar um coração partido. Tendo como cenário as românticas e excitantes cidades de Veneza e Paris, ele conhece a extraordinária e misteriosa Elise (Jolie), que, sempre elegante e bem vestida, cruza seu caminho e rapidamente o seduz.
O que o turista nem imagina é que seus flertes brincalhões e divertidos podem levá-lo a uma perigosa rede de intrigas, crimes e perseguições, já que sua identidade é confundida com a de outro homem procurado por criminosos. O jogo se transforma em romance e o relacionamento entre os dois evolui na mesma velocidade em que eles se envolvem nessa teia mortal.

Zé Colmeia - O Filme
Sinopse: No longa, assim como na TV, o cenário é o Parque Jellystone, onde Zé e Catatau moram, roubam cestas de piquenique e vivem grandes aventuras em busca de guloseimas. Porém, o ganancioso prefeito Brown (Andrew Daly) pretende fechar e vender o local, já que o número de visitantes diminui a cada dia. Isso significa que as famílias não poderão mais apreciar as belezas da natureza e, pior do que isso, os dois ursos perderão a única casa que conhecem.
Chega a hora, então, de Zé Colmeia provar que é o urso mais esperto de todos e se juntar a Catatau e ao Guarda Chico (Tom Cavanagh) para encontrar uma solução para o problema, salvar o parque e continuar filando o lanche das famílias que visitam o local.

BRASIL ANIMADO
Sinopse: Stress e Relax são os personagens que guiam o espectador em uma viagem em busca do Grande Jequitibá Rosa. O primeiro, um empresário que só pensa em dinheiro, vê uma grande oportunidade de enriquecer com a cobrança de ingressos para visitar a árvore mais antiga do Brasil. Já o segundo é um diretor de cinema que vive insistindo para conseguir investimentos do estressado empresário para seu novo filme.
Sem ter a mínima ideia de onde encontrar a árvore, os dois saem em uma aventura pelo país, sem mapa, sem bússola e sem noção, passando por paisagens maravilhosas.

Biutiful
Sinopse: Com assinatura do cineasta mexicano Alejandro González Iñarritu - diretor de Babel e Amores Brutos -, Biutiful traz aos cinemas brasileiros a trágica história de Uxbal (Javier Bardem), um dedicado pai que, sentindo a iminência da morte, prepara seus filhos para este difícil momento. Em meio a uma realidade distorcida e um destino que parece estar sempre contra ele, o homem se sente impedido de amar e perdoar - aos outros e a ele próprio.
Paralelamente à história deste homem em constante queda emocional, que tenta manter a dignidade, está um mundo desestruturado, com imigrantes se submetendo a subempregos para conseguir sobreviver na Europa. Isso porque Uxbal trabalha como agenciador de chineses que chegam à Espanha.

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Cine Dicas: Lançamentos em DVD (19/01/11)

Em um ano que passou, em  que o cinema americano só decepcionou, bons títulos de outros países é o que não faltaram. Com isso deixo abaixo três dicas de países diferentes.

BAARÌA - A PORTA DO VENTO
Sinopse: Escrito e dirigido por Giuseppe Tornatore, Baarìa - A Porta do Vento é um filme autobiográfico, uma saga épica sobre a vida e a morte, amor e ódio, que acompanha 40 anos de história em uma vibrante cidade siciliana durante a primeira metade do século 20. O filme segue a vida de Peppino Torrenuova, desde sua infância como um filho problemático na década de 30, passando pela Segunda Guerra Mundial e o autoritário regime fascista, até seu romance proibido e casamento com a bela Mannina, que culmina em uma tumultuada vida política ao ingressar no Partido Comunista Italiano. Uma jornada cheia de emoção, nostalgia, alegrias e tragédias em um mundo tão distante do nosso, porém tão próximo.
Superprodução Italiana do diretor Giuseppe Tomatore (Cinema Paradiso) que soube muito bem narrar a saga do protagonista Peppino, sua família e a cidade de Baaría. Usando ficção misturados com momentos históricos da historia e política da época, o filme é de uma beleza plástica fantástica em que a fotografia e edição de arte se casam muito bem e se a longa  projeção do filme assusta para os desavisados, o diretor soube muito bem dosar inúmeros momentos de humor no qual torna a trama rápida e por alguns momentos bem divertida, mesmo em momentos mais sérios.
Destaco a trilha sonora de Ennio Morricone que rouba a cena em muitos momentos, principalmente no ato final e que deixa o espectador com os últimos minutos de projeção em sua mente.


O Guerreiro Silencioso
Sinopse: 1000 AC. Durante anos, um guerreiro mudo de força sobrenatural, foi mantido prisioneiro. Ajudado por um menino, ele mata seu opressor e junto fogem, iniciando uma viagem ao coração das trevas. Durante a fuga, quando estão a bordo de um navio Viking, mas o navio é logo engolido por um interminável nevoeiro que o leva a uma terra desconhecida. Este novo mundo revela os seus segredos e os Vikings confrontam um destino terrivel e sangrento. É neste Mundo que o Guerreiro Silencioso irá descobrir quem na vedade ele é.
Apesar de curto (1h30min) o filme pode parecer um pouco mais longo para os desavisados, principalmente para aqueles que esperam um filme de aventura épica, mas quem espera isso acabou caindo do cavalo. O filme é uma espécie de pequeno retrato da transição quando o mundo começou largar a teoria sobre Deuses para abraçar totalmente o Cristianismo e com isso, mostra a loucura do homem em si em busca do paraíso em uma crusada cujo o caminho é  sem volta. Dividido em capitulos, o protagonista dessa jornada misteriosa é um guerreiro violento e misterioso, interpretado com intensidade pelo ator Mads Mikkelsen (007 - Cassino Royale) em que, mesmo não falando nada, transmite tudo o que esta sentindo. Curiosamente o filme me lembrou elementos de outros filmes como Apocalypse Now e Aguirre-A Colera dos Deuses, mas o filme fala por si com belas imagens que sobressai a historia, embora o publico em geral dificilmente ira compreender o seus significados.

Um Doce Olhar
Sinopse: Yusuf (Bora Altas) é uma criança que mora com os pais numa isolada área montanhosa. Para ele, a região de floresta torna-se um verdadeiro mistério e aventura a partir do momento em que ele acompanha o pai em um dia de trabalho. O filme acompanha sua incrível jornada pela busca de algum sentido a sua vida.
Esse curioso filme Turco ganhou o premio de melhor filme no ultimo festival de Berlim. O projeto é o terceiro de uma trilogia, que foi feita em ordem cronológica inversa. Cada um dos filmes foi exibido em um grande festival europeu. Yumurta (Ovo) estreou em Cannes em 2007. Süt (Leite) teve sessões em Veneza, em 2008. E BAl (titulo original do filme) acabou ganhando o Urso de Ouro. O filme é mais simples possível, sem trilha sonora e poucos truques de câmera, o objetivo é somente mostrar o dia a dia apartir da visão do garoto Yusuf (Borá Altas) que com certeza acabou conquistando o júri do festival pois ele conquista o publico por sua simpatia e inocência que transmite e os melhores momentos do filme são quando ele segue seu pai com um olhar de orgulho e curiosidade. Resta saber se a distribuidora ira trazer as duas outras partes da trilogia. 

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Cine Especial: O melhor de 2001 a 2010: Réquiem para um Sonho

Uma descida ao inferno do mundo das drogas
Sinopse: Uma visão frenética, perturbada e única sobre pessoas que vivem em desespero e ao mesmo tempo cheio de sonhos. Harry Goldfarb (Jared Leto) e Marion Silver (Jennifer Connelly) formam um casal apaixonado, que tem como sonho montar um pequeno negócio e viverem felizes para sempre. Porém, ambos são viciados em heroína, o que faz com que repetidamente Harry penhore a televisão de sua mãe (Ellen Burstyn), para conseguir dinheiro. Já Sara, mãe de Harry, viciada em assistir programas de TV. Até que um dia recebe um convite para participar do seu show favorito, o "Tappy Tibbons Show", que transmitido para todo o país. Para poder vestir seu vestido predileto, Sara começa a tomar pílulas de emagrecimento, receitadas por seu médico. Só que, aos poucos, Sara começa a tomar cada vez mais pílulas até se tornar uma viciada neste medicamento.
Esse filme é desaconselhável para pessoas sensíveis. Na época, esse filme foi o segundo trabalho do diretor Aronofsky (que anteriormente havia feito o elogiado PI) é uma incomoda decida ao inferno da dependência química. O longa faz bom uso da tecnologia digital para criar imagens que traduzem tanto a sensação de euforia como também a angustia do consumo de narcóticos pesados. Quase um filme realista de terror, a obra parte do romance de Hubert Selby Jr (de Noites Violentas no Brooklin) e é uma inquietante investigação sobre a decadência moral e social dos EUA, com trilha sonora escolhida a dedo e um constante clima de pesadelo. Aronofsky extraiu a melhor interpretação em anos da veterana atriz Ellen Burstyn (O Exorcista) e que acabou sendo indicada ao Oscar.

Curiosidades: A maioria dos filmes contém entre 600 e 700 cortes. Réquiem para um Sonho possui mais de 2000 cortes;
Esta é a segunda vez em que o livro "Last Exit to Brooklin", escrito por Hubert Selby Jr., é adaptado para o cinema. A primeira foi em 1989 e recebeu o nome de Noites Violentas no Brooklyn;

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Cine Curiosidade: Os vencedores do Globo de Ouro 2011

Aconteceu ontem as 23horas a 68º cerimônia do Globo de Ouro onde muitos consideram o melhor termômetro do que pode rolar no Oscar. Particularmente achei a cerimônia bem boa, principalmente no momento do prêmio Cecil B. DeMille pelo conjunto de sua obra foi para Robert DeNiro, que agradeceu a homenagem fazendo piadas com os fiascos que tem em seu currículo, incluindo aí o recente Entrando Numa Fria Maior Ainda com a Família.
Confiram os vencedores e o que eu acho:

Melhor filme (drama)
A Rede Social
Mereceu? Um dos melhores filmes do ano onde soube sintetizar o que é essa geração atual sintonizada com tudo e a todos. David Fincher criou um trabalho agiu, ousado e que não deve nada aos seus filmes anteriores. Torcia também para A Origem, mas com certeza no Oscar será um pouco diferente a disputa, vamos ver.


Melhor filme (musical / comédia)
Minhas Mães e meu Pai
Mereceu? Uma ótima comedia dramática em que se retrata uma família um tanto que incomum, mas tão humana como qualquer outra. Com certeza ira figurar entre os dez no próximo Oscar, a não ser que os velhinhos da academia não tenham largado totalmente o preconceito.


Melhor ator (drama)
Colin Firth - O Discurso do Rei
Mereceu? Esse ótimo ator já devia ter ganhado no ano passado pelo filme O Direito de Amar. Com o Globo de Ouro em mãos, ele se torna o franco favorito para a estatueta dourada.

 

Melhor atriz (drama)
Natalie Portman - Cisne Negro
Mereceu? Natalie é uma das mais talentosas atrizes de sua geração e nem mesmo George Lucas conseguiu estragar isso dela na nova trilogia de Star Wars. Com o Globo de Ouro, Natalie tem campo livre para ganhar sua primeira estatueta, a não ser claro que os membros da academia achem o filme um tanto pesado.


Melhor ator (musical / comédia)
Paul Giamatti - Barney's Version
Mereceu? Johnny Depp merece todos os prêmios que concorre, mas convenhamos, ter sido indicado a dois filmes que não foram lá essas coisas e ganhar por um deles seria um tanto que forçado. Portanto Paul Giamatti mereceu ganhar desta vez, porque desde o Anti-Herói Americano, o ator vem de numa carreira exemplar onde sabe misturar momentos de humor e drama.

Melhor atriz (musical / comédia)
Annette Bening - Minhas Mães e meu Pai
Mereceu? Talento é o que não lhe falta para essa atriz, o problema é que sempre quando é a grande favorita, sempre tem alguém pelo caminho. Pelo menos isso acontece com ela no Oscar, pois das duas vezes que ela foi indicada, ela perdeu nas duas vezes e pela mesma atriz Hilary Swank. Com vitoria no Globo de Ouro, Annette com certeza ira ser indicada, contudo, novamente uma jovem atriz de grande talento estará no seu caminho, Natalie Portman.

Melhor ator coadjuvante
Christian Bale - O Vencedor
Mereceu? Apesar da fama de briguento que conseguiu entre 2008 e 2009, Bale é um ótimo ator desde o tempo que era apenas um garoto no filme O Império do Sol. Alem de ser o novo Batman no cinema, ele conseguiu demonstrar dotes de camaleão em mudar drasticamente em cada personagem que faz como no caso de Operário. Em O Vencedor ele rouba a cena a cada momento que aparece e com isso se torna o grande favorito na categoria no Oscar.


Melhor atriz coadjuvante
Melissa Leo - O Vencedor
Mereceu? Apesar de uma longa carreira e com 50 anos de idade, Melissa Leo só ganhou reconhecimento apartir do filme Rio Congelado. Com a vitoria no Globo de Ouro, ela pode finalmente quem sabe ganhar sua merecida estatueta, a não ser é claro que os membros da academia finalmente dêem o premio a Amy Adans pelo mesmo filme.


Melhor diretor
 David Fincher - A Rede Social
Mereceu? Aqui é difícil dizer, pois gosto muito de David Fincher e ele merecia já ter ganhado a muito tempo, desde o tempo de Seven. O problema é que na mesma categoria estava Christopher Nolan pelo seu A Origem, um dos melhores e mais originais filmes do ano e ele já deveria ter ganho pelo Cavaleiro das Trevas. Com esse quadro, Fincher se torna favorito no Oscar, mas Christopher não ficara atrás.

Melhor roteiro
Aaron Sorkin - A Rede Social
Mereceu? A Rede Social é ótimo e isso graças ao seu roteiro ágil e inteligente na medida certa. O problema é que estava torcendo para Christopher Nolan pelo roteiro original de A Origem. Com relação ao Oscar, os dois roteiros estarão concorrendo em categorias diferentes, Roteiro Original e Roteiro Adaptado,

Melhor filme em lingua estrangeira
 Em um Mundo Melhor
Mereceu? Essa é uma das categorias que não posso dizer nada porque não vi nenhum desses filmes (não sou de ferro também gente)

Melhor longa animado
Toy Story 3
Mereceu? Meu Malvado Favorito, Como Treinar o Seu Dragão, O Mágico e Enrolados foram ótimos filmes animados e que fizeram grande sucesso de publico e critica neste ano, mas Toy Story 3 pegou muita gente desprevenida. Com o seu roteiro emocionante onde pegava o espectador e o colocava em uma verdadeira montanha russa de inúmeros sentimentos nos quais difícil de descrever. Pois não é sempre que alguém (como eu) chora e depois ri em poucos segundos ao assistir determinada seqüência. Com isso, essa magnífica animação, não somente concorrera a melhor longa de animação no Oscar como também de melhor filme. Será dessa vez que a Academia surpreendera dando o prêmio principal da noite a um filme de animação?

Melhor trilha sonora original
Trent Reznor e Atticus Ross - A Rede Social
Mereceu? Além de uma direção e historia ágil, a trilha Sonora é de uma qualidade positiva e que faz cada seqüência se tornar de uma agilidade única.


Melhor canção original
You Haven't Seen The Last of Me" - Burlesque
Mereceu? Enrolados merecia ganhar nessa categoria. Nada contra a filmes musicais mas acho que deram esse premio para esse filme de Cher unicamente como uma espécie de consolação, já que dificilmente essa produção terá alguma chance no Oscar.





sábado, 15 de janeiro de 2011

Cine Dicas: Lançamentos em DVD e Blu-Ray (15/01/11)

E ai gente, andei meio ausente nas postagens por aqui devido a problemas pessoais como havia deixado em nota, mas mesmo com os problemas (familiares) jamais deixarei esse blog parado por muito tempo, pois o que mais quero é divulgar o que eu mais gosto.
Atualmente estou de férias do meu serviço e com isso tive mais tempo de assistir filmes em casa, portanto abaixo solto quatro lançamentos em DVD e Blu-Ray nas locadoras, confiram:


Nosso Lar
Sinopse: Ao abrir os olhos André Luiz (Renato Prieto) sabe que não está mais vivo, apesar de ainda sentir sede e fome. Ao seu redor ele apenas vê uma planície escura e desértica, marcada por gritos e seres que vivem na sombra. Após passar pelo sofrimento no purgatório, André é levado para a cidade de Nosso Lar. Lá ele tem acesso a novas lições e conhecimentos, enquanto aprende como é a vida em outra dimensão.
Grande sucesso do cinema brasileiro desse ano. Baseado no livro de André Luis que foi escrito através da ajuda de Chico Xavier ha vários anos. É um filme que se deve ser assistido com a mente aberta, pois o mais descrentes vão tratar com desdém, porem, os com mais fé com certeza irão adorar a trama onde mostra a vida dos seres humanos após a morte em um mundo reconfortante cheio de luz e esperança (que por vezes parece o planeta Krypton do Superman).
Visualmente o filme pode ser considerado uma das maiores super produções do cinema brasileiro, efeitos visuais que não devem em nada se comparado a uma produção estrangeira. Momentos de brilho quando é retratado o paraíso e ao mesmo tempo de angustia (como a parte do purgatório). Renato Preto cumpre bem seu papel como protagonista André Luis e a direção de Wagner Assis, apesar burocrática, cumpre o que promete pretendo a atenção do espectador.
Não é um filme para todos os gostos, mas trazer a mensagem de que a algo além dessa vida é sempre reconfortante, mesmo com uma certa presunção em demasia.

Curiosidade: O livro no qual Nosso Lar é baseado já vendeu 2 milhões de exemplares. Ele já foi traduzido para o inglês, alemão, francês, espanhol, esperanto, russo, japonês, tcheco, braile e grego.


As Múmias do Faraó
Sinopse: Adèle Blanc-Sec (Louise Bourgoin) é uma jovem repórter aventureira. Ela parte rumo ao Egito em busca da cura da doença de sua irmã, que pode estar na tumba secreta de um faraó. Ao retornar a Paris, percebe que a população local está em pânico. Um ovo de pterodáctilo, de milhões de anos, misteriosamente chocou no museu, o que faz com que a criatura alada ameace os habitantes da cidade. Além disto, outras situações misteriosas acontecem em torno do museu.
Divertida e envolvente aventura dirigida pelo diretor Luc Besson (O Quinto Elemento). Baseado numa HQ Francesa, o filme possui elementos de aventura e humor pastelão na medida certa que por vezes, lembra outros filmes de aventura como Indiana Jones, A Múmia e os antigos filmes das matines, mas com todo um estilo refinado a lá francês. Louise Bourgoin (A Garota de Mônaco) se sai muito bem como aventureira Adèle Blanc-Sec que não mede esforços para tentar salvar a irmã em estado vegetativo (cuja a origem do motivo é a parte mais sombria do longa) mas em meio a isso, precisara passar por vários obstáculos e é neste momentos que o filme guarda os momentos de pura diversão, principalmente na seqüência da cadeia em que a personagem tenta resgatar um determinado personagem.
As múmias em si existem na trama, mas elas ficam relegadas ao segundo plano e somente tem destaque no ato final da trama, mas quando elas aparecem é mais uma prova que o cinema francês não deve em nada para Hollywood em termos de efeitos visuais.
Para aqueles que se decepcionaram (e com razão) com os filmes de aventura de 2010 de Hollywood, As Múmias do Faraó é uma agradável surpresa vindo de um país que faz filmes  voltados para temas mais sérios.

Curiosidade: 'As Múmias do Faraó' foi exibido no festival de Cannes deste ano e visto por mais de 1,5 milhão de pessoas na França.


Resident Evil 4: Recomeço
Sinopse: Em um mundo devastado por um vírus mortal, Alice continua sua jornada para encontrar e proteger os poucos sobreviventes que restaram. Lutando contra a Umbrella, a guerra se torna mais violenta e ela recebe ajuda inesperada de uma velha amiga.
O único lugar que ainda permanece aparentemente seguro é Los Angeles, até que a cidade é invadida por milhares de zumbis que trarão terror aos poucos vivos que ainda restam, Alice está prestes a entrar em uma armadilha mortal.
O que dizer de um filme que não era necessário existir? Mas existe e isso se deve pelo fato da cine serie Resident Evil nunca teve a pretensão de mudar a vida de ninguém mas sim somente entreter, mesmo que por muitas vezes exija a paciência do espectador em assistir momentos sem pé nem cabeça. O grande atrativo dessa quarta parte continua sendo Milla Jovovich como Alice, com sua beleza estonteante e boa de braço, ela sempre foi uma das melhores coisas de toda a serie e isso os fãs não tem o que reclamar. Mas fora ela, o filme ganha pontos por usar e abusar das cenas de ação e efeitos visuais principalmente no inicio do filme que por uns momentos lembra uma quarta parte de Matrix e fora isso, o filme possui um 3D de qualidade que ajuda a disfarçar o roteiro com inúmeros furos para distrair o espectador.
Com um gancho para uma eventual quinta parte, é muito provável que veremos mais filmes da cine serie futuramente, resta saber até quando o publico em geral ira se interessar por isso.

O Ultimo Exorcismo
sinopse: Quando o reverendo Cotton Marcus chega à fazenda de Louis Sweetzer na Louisiana ele espera realizar mais um exorcismo de rotina. Fundamentalista Sweetzer entrou em contato com o pregador como um último recurso certo de que sua filha adolescente Nell está possuída por um demônio que deve ser exorcizado antes que uma tragédia inimaginável aconteça. Cotton permite que seu último exorcismo seja filmado para a realização de um documentário. Mas ao chegar à fazenda da família ele se surpreende ao perceber que nada se compara ao verdadeiro mal que encontra lá. Agora tarde demais para voltar as crenças do reverendo Marcus ficam abaladas até o âmago quando ele e a equipe de filmagem precisam encontrar uma maneira de salvar Nell e salvarem-se também antes que seja tarde demais.
Talvez nem os próprios criadores de A Bruxa de Blair imaginariam que a sua idéia de criar um falso documentário sobre uma possível bruxa na floresta gerasse tanto filme que se beneficiaria com a idéia, mas foi isso que aconteceu. Tivemos Rec., Diário Dos Mortos, Cloverfield e Atividade Paranormal, todos ótimos filmes que, apesar de todos terem algo em comum um com outro, falavam por si, mas nem tudo é unânime.
Aproveitando o baixo orçamento, o diretor Daniel Stamm aproveita ao maximo a insinuação do que o terror explicito, portanto o que vemos é mais um terror psicológico sobre a possível possessão da menina do interior, algo que até eu admiro muito, pois não é preciso se ver nada para sentirmos medo, contudo se a intenção era fazer um falso documentário que passasse certas limitações ao publico, o diretor se descuidou e feio, pelo fato de ter inserido uma trilha sonora de suspense nos momentos de tensão. Mas como? Se a intenção era fazer um filme que parecesse ser um vídeo caseiro barato, não era para surgir aquela trilha em nossos ouvidos o que eu achei desnecessário.
Entretanto o filme ganha pontos pela tensão crescente que vai aumentando e põem cada vez mais duvida no publico se estamos vendo realmente uma possibilidade de possessão ou somente um caso de problemas mentais devido a abuso ou algo pior. Não importa, o suspense aumenta ainda mais, principalmente em momentos inusitados quando a própria possuída pega a câmera e mata um gato, momentos como esse que o filme se torna imprevisível. Mas se há imprevisibilidade em alguns momentos, o filme também esta cheio de imitação e em certos pontos lembra outros filmes do gênero como O Exorcismo de Emily Rose, O Bebê de Rosemary, O Chamado e até mesmo a Bruxa de Blair onde em seu ato final, o filme termina com um verdadeiro déja vu, o que o torna algo previsível e sem brilho, isso sem contar que antes do filme acabar, nos já sabemos como irá terminar.
Gosto desse gênero de filme falso caseiro, mas se continuar assim, talvez seja melhor dar um tempo para esperar algo novo e que de novo sopro ao gênero.

Curiosidade: A atriz Ashley Bell fez todos os contorcionismos de sua personagem, sem o uso de efeitos especiais;

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Cine Clássico: BRAVURA INDÔMITA

Com aproximação da estréia da nova versão feita pelos irmãos Coen, vamos nos relembrar desse pequeno clássico

Sinopse: Uma garota, Mattie Ross (Kim Darby), contrata por 100 dólares um xerife caolho e beberrão, "Rooster" Cogburn (John Wayne), para que capture o assassino de seu pai. Ela exige que vá junto na jornada, para ter certeza que a meta foi cumprida. Na perseguição eles acabam entrando em território índio, na intenção de alcançar o criminoso.
John Wayne é um daqueles atores que se tornaram um dos grandes símbolos do cinema. Dono de uma imagem icônica, o ator ficou marcado por sempre por ter feito ele mesmo nos filmes de faroeste. Não que ele fosse mau ator, muito pelo contrario, mas o publico da época gostava dele sempre dessa forma, como o herói caubói que não levava desaforo para casa. Mesmo que preso na maioria das vezes somente por um gênero (faroeste) Wayne mostrava seus dotes de interpretação e com eles provava que ia mais longe do que se imaginava e bons exemplos não faltaram como Rastros do Ódio e Homem que Matou o Facínora, mas foi num pequeno filme que Wayne ganhou seu único Oscar na vida.
Bravura Indômita foi lançado numa época que o gênero faroeste já demonstrava seu desgaste, mesmo assim, a trama é uma pequena boa aventura de um homem já sentindo a idade nas costas mas que continua fazendo o melhor no que faz, mesmo ficando bêbado na maioria das vezes. O charme do filme esta na amizade do personagem de Wayne com a jovem Mattie (Kim Darby) e não é preciso ser gênio para descobrir que ambos ficaram ligados como pai e filha. Porque Wayne ganhou o Oscar? O personagem não foi o melhor de sua carreira mas também não fez feio, portanto vendo atualmente, acredito que foi uma espécie de prêmio de consolação para esse grande ator que já começava aos poucos dando Adeus a sétima arte e que se encerrou  dez anos depois, mas não antes de deixar sua marca para sempre e se tornando um dos maiores símbolos desse gênero.

Curiosidade: Por insistência de John Wayne foi ele mesmo, e não um dublê, quem realizou a cena a cavalo em que este pula uma cerca;