Sinopse: Anos 1970. O mundo
sexy e glamouroso da Fórmula 1 é mobilizado principalmente pela rivalidade
existente entre os pilotos Niki Lauda (Daniel Brühl) e James Hunt (Chris
Hemsworth). Eles possuíam características bem distintas: enquanto Lauda era
metódico e brilhante, Hunt adotava um estilo mais despojado, típico de um
playboy. A disputa entre os dois chegou ao seu auge em 1976, quando ambos
correram vários riscos dentro do cockpit para que pudessem se sagrar campeão
mundial de Fórmula 1.
Quando o nosso Senna morreu
em 1º de Maio de 1994, era o encerramento definitivo da era romântica da Formula
1, em que os pilotos se arriscavam ao máximo nas pistas para vencer, mesmo
correndo sérios riscos de perderem as suas vidas. Uma dessas passagens mais
lembradas desse período foi nos anos 70, onde Niki Lauda e James Hunt disputavam
palmo a palmo por cada ponto e corrida que disputavam um contra o outro. Embora
grandes rivais nas pistas, surpreendiam pelo fato que havia sim um certo
respeito entre ambos, mesmo quando dava a entender que queriam se pegar fisicamente
nos bastidores da categoria.
O filme de Ron Howard (Uma
Mente Brilhante) não é somente uma bela reconstituição da época, como também é
fiel aos eventos divulgados e sobre o duelo tanto dentro como fora das pistas
entre os dois pilotos. Talvez o maior
trunfo seja realmente a caracterização que a dupla central faz ao ter que encarar
o fato de interpretarem pessoas tão conhecidas: Daniel Brühl (Bastardos Inglórios)
sai ganhando disparado na interpretação, ao encarnar de forma assombrosa Niki
Lauda, sendo que até mesmo o olhar penetrante que o piloto tinha, ele consegue
passar com total precisão. Já Chris
Hemsworth (Thor) não fica muito atrás ao encarnar James Hunt, que se por um
lado ele não é muito parecido, pelo menos passa uma atuação sincera sobre quem
era realmente o piloto, que sempre se envolvia entre baladas, mulheres e muita bebida.
É claro que não poderia faltar as
cenas de corrida da categoria, que aqui, são retratadas com uma montagem e fotografia
que se casam muito bem na tela e que simboliza um período mais brilhante e perigoso. A cena
que Niki Lauda sobre um grave acidente e que deixou marcado pelo resto da vida
são dignos de nota. Vale lembrar, que a cena que vemos Niki Lauda no hospital
tentando se recuperar enquanto vê o seu rival ganhando as corridas seguintes
são de uma angustia só e pouco aconselhado para pessoas mais sensíveis.
Com
um final que nos brinda com um depoimento e imagens reais dos verdadeiros
pilotos, Rush - No Limite da Emoção infelizmente foi esnobado no ultimo
Oscar, sendo que figura tranquilamente
entre os melhores filmes do ano passado. No final das contas, o tempo fará
justiça com relação a esse filme, que é com certeza um dos melhores ao retratar
essa categoria do automobilismo tão disputada.
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