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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 20 de fevereiro de 2024

Cine Curiosidade: Uma breve apresentação do Clube de Cinema de Porto Alegre

 

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segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'Zona de Interesse'

Sinopse: Uma família de um oficial vive tranquila em sua casa com um imenso pátio. O paraíso, porém, não abafa o fato que o local se encontra justamente ao lado do campo de concentração de Auschwitz.  

Nos últimos trinta anos o cinema nos proporcionou experiências emocionais ao testemunharmos tramas que nos levava aos tempos da Segunda Guerra Mundial e onde os nazistas estavam dispostos em riscar os judeus da face da terra. De todos, um dos mais angustiantes foi para mim "O Menino de Pijama Listrado" (2008), cuja fantasia e os sonhos de um menino alemão dão de encontro com a realidade nua e crua do campo de concentração através de um menino judeu. "Zona de Interesse" (2023) possui uma proposta familiar, mas cujo horror do extermínio é banalizado e fazendo com que os personagens fiquem agindo como se nada estivesse acontecendo.

Dirigido por Jonathan Glazer, do genial "Sob a Pele" (2014), o filme é uma adaptação de um livro escrito por Martin Amis. Na trama, Rudolf Höss (Christian Friedel) é um comandante de Auschwitz, e sua esposa Hedwig (Sandra Hüller) vivem uma vida aparentemente simples e cujo pátio parece a entrada para o paraíso. Porém, tudo não passa de uma verdadeira cortina de fumaça, pois ao lado do muro se encontra justamente o campo de concentração de Auschwitz e do qual foi cenário de inúmeras mortes de judeus. No decorrer do filme, as atrocidades nunca vemos, mas sentimos que algo terrível está acontecendo.

Se filmes como "A Lista de Schindler" (1993) e "O Pianista" (2002) era mostrado o lado explicito do genocídio cometido pelos nazistas, aqui a situação é inversa, já que em nenhum momento testemunhamos as mortes praticadas por eles, mas elas estão lá e sentimos a cada minuto de projeção. Isso é obtido graças ao design de som realizado por Johnnie Burn, onde ele cria inúmeros efeitos sonoros dos quais ouvimos e fazendo a gente ter a consciência sobre o que realmente está acontecendo do outro lado do muro. Atenção para abertura e o encerramento da trama, onde o som transitando com a trilha sonora nos cria uma sensação bastante peculiar e arrasadora.

Outro fator de destaque e que merece ser mencionado é as diversas situações que acontecem ao fundo da cena do cenário principal da trama. Em um determinado momento, por exemplo, se nota um trem chegando através apenas de sua fumaça, ou da mesma sendo vista saída de uma chaminé e fazendo a gente se dar conta com relação ao que está realmente queimando. Um artificio foi muito bem usado no ótimo "Roma" (2018) e que nos dava uma noção maior sobre os eventos principais da trama.

Jonathan Glazer procura nos passar a mentalidade daquela sociedade alemã daquela época, sendo que a própria passou por uma verdadeira lavagem cerebral através da propaganda nazista e fazendo das mortes dos judeus algo banal e do qual deveria ser menosprezada. A melhor personagem que sintetiza muito bem essa minha observação é a personagem Hedwig, esposa do comandante e que revela a sua real pessoa no momento em que descobre que existe a possibilidade de perder a sua casa e conforto vindo dela. Enquanto a própria se preocupa com o seu bem-estar as mortes que são ouvidas cada vez ficam mais intensas, mas não despertando nenhuma compaixão vindo dela e é graças a ótima interpretação assombrosa de Sandra Hüller que testemunhamos uma personagem verdadeiramente fria e calculista.

Além dela, os demais personagens vistos na tela vão se revelando perante as atrocidades do outro lado do muro, sendo que cada um age de uma forma diferente, mas jamais mencionando sobre o que realmente acontece. Ao final, tudo é questão de obter poder, status e não se importando com as consequências e sobre o que a história irá julgar e dizer futuramente. Neste último caso, por exemplo, essa resposta vem nos minutos finais da trama e fazendo dela ainda mais pesada e reflexiva do que se imagina.

Indicado a cinco Oscars, incluindo Melhor Filme, "Zona de Interesse" é um retrato incomum sobre os horrores praticados no campo de concentração de Auschwitz, sendo visto pela perspectiva nazista e fazendo da experiência muito mais sombria.         


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Cine Dica: Sam Peckinpah - O Rebelde Implacável

Um dos mais controversos e revolucionários autores do cinema americano, Sam Peckinpah  (1925-1984) trilhou um caminho de aventura e autodestruição. Dono de um temperamento forte, aliado a uma visão político-social ousada, ele chocou público e crítica. Em sua carreira relativamente curta, viveu uma guerra pessoal interminável contra estúdios, produtores e a moral vigente. Tantas vezes comparado ao escritor Ernest Hemingway, Peckinpah foi o cronista de uma era agonizante, redefinindo as tradições do Western com muito chumbo e sangue. Porém, debaixo da aparente truculência, havia um artista sensível e nostálgico.

Realizou clássicos absolutos como Meu Ódio Será Sua Herança  (The Wild Bunch - 1969), Pat Garrett e Billy the Kid (Pat Garrett and Billy the Kid - 1973) e Tragam-me a Cabeça de Alfredo Garcia (Bring Me the Head of Alfredo Garcia - 1974), tornando-se um cineasta influente e cultuado até os dias de hoje.

Objetivos

O Curso de Férias SAM PECKINPAH: REBELDE IMPLACÁVEL, ministrado por Cesar Almeida. tem como objetivo analisar a obra deste grande mestre filme a filme, além de mergulhar nas histórias reais e lendárias de sua vida pessoal atribulada, combustível para os conflitos que exibiu nas telas.

Ministrante: CESAR ALMEIDA

Pesquisa e escreve sobre cinema. É o autor do livro Cemitério Perdido dos Filmes B . Também atua como tradutor e editor, além de escrever ficção policial com o pseudônimo Cesar Alcázar. Foi um dos criadores e organizadores do Porto Alegre Noir. Já ministrou os cursos “Mestres & Dragões: A Era de Ouro das Artes Marciais no Cinema”; “À Queima-Roupa – A Literatura Policial Americana no Cinema”; “Blaxploitation – O Cinema Negro Americano dos Anos 70”; “Zumbis no Cinema – Eterno Retorno” e “Era Uma Vez o Spaghetti Western” pela Cine UM.


Curso de Férias

SAM PECKINPAH: O REBELDE IMPLACÁVEL 

de Cesar Almeida


* Datas

24 e 25 de Fevereiro

(sábado e domingo)


* Horário

14h30 às 17h30


* Local

Cinemateca Capitólio

(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro - Porto Alegre - RS)

INSCRIÇÕES / INFORMAÇÕES

https://cinemacineum.blogspot.com/2024/02/sam-peckinpah-o-rebelde-implacavel.html


Realização

Cine UM Produtora Cultural


Apoio

Cinemateca Capitólio


sexta-feira, 16 de fevereiro de 2024

Cine Especial: Revisitando 'Os Abutres Têm Fome'

Para continuar existindo o gênero de faroeste teve que passar por uma metamorfose ao longo das décadas. No princípio era tudo muito claro, sendo sempre o mocinho contra o bandido, porém, a realidade ao longo do percurso bateu à porta e comprovou esse lado poético não poderia ser colocado sempre em prática. Quando os anos cinquenta chegaram esses filmes tiveram um teor mais psicológico e humano, enquanto nos anos sessenta o subgênero "Spaghetti western" vindo da Itália trouxe um faroeste mais sujo, realístico e onde não se tinha uma divisão entre o bem e o mal, mas sim retratavam pistoleiros vingativos, foras da lei e que buscavam qualquer missão para obter determinado lucro.

Esse tipo de cinema Italiano acabou influenciando o cinema norte americano, ao ponto que o início da década de setenta surgiu alguns títulos que lembravam esse tipo de subgênero, mas que ao mesmo tempo se misturava com que já era visto em território americano. Um dos títulos que melhor se saiu dessa mistura foi "Os Abutres Têm Fome" (1970), um faroeste americano, com coprodução do México, que mesclou elementos já vistos no "Spaghetti western" e ao mesmo tempo incrementando pitadas de humor que já estava sendo explorado na Itália no mesmo ano pelo filme "Trinity" (1970). Vale salientar que a obra tem trilha sonora do mestre Ennio Morricone, compositor que obteve sucesso ao criar trilhas inesquecíveis no cinema italiano e que aqui a sua trilha ressoa de forma inconfundível.

O filme foi dirigido por Don Siegel, realizador que já havia trabalhado anteriormente com Clint Eastwood em "Meu Nome é Coogan" (1968) e que repetiria a parceria em obras como "O Estranho que Nós Amamos" (1971), "Perseguidor Implacável" (1971) e "Fuga de Alcatraz" (1979). Aqui, o realizador e o intérprete trazem a figura do estranho sem nome criado por Sergio Leone, ao menos na abertura do filme, pois o protagonista tem uma identidade, porém, não há como deixar de associá-lo a figura lendária criada na Itália. Isso se intensifica ainda mais quando ouvimos os acordes sublimes de Ennio Morricone e fazendo a gente se lembrar de imediato a "trilogia dos Dólares" comandada por Sergio Leone.

Nesta aventura desenfreada e anárquica que desenrola no México do século XIX, um mercenário americano (Eastwood) salva uma freira (Shirley MacLaine) dos seus pretensos molestadores. Mais tarde, ele descobre que este encontro casual foi golpe de sorte, já que ela sabe muito acerca dos oficiais do quartel que ele planeja invadir. Ambos unem forças e formando uma dupla inusitada ao longo de suas jornadas.

Embora tenham tido conflitos durante as filmagens é notório que há uma química perfeita entre Eastwood e Maclaine, sendo que ambos se saem bem no humor romântico e até mesmo refinado em alguns momentos. Maclaine está incrível como uma freira que aparenta ser mais do que a gente imagina e cuja revelação sobre a sua real natureza na reta final da trama não surpreende muito, pois ao longo do percurso ela já havia dado todos os sinais. É notório também que Don Siegel buscou também inspiração no clássico "Uma Aventura na África" (1951), já que ambos os filmes são sobre um casal improvável que embarcam em uma perigosa aventura, mas que ao longo do percurso percebem que possuem mais em comum do que se imagina.

O filme somente desliza um pouco quando o roteiro descamba para mais ação e menos humor, sendo que o filme já estava se sustentando muito bem pela química do casal central e fazendo a gente desejar que eles continuassem cavalgando do que se meterem no conflito entre os mexicanos e os franceses. Ao menos há também cenas de ação interessantes, como a queda do trem e cuja cena se assemelha em uma passagem vista no clássico "A General" (1926) de Buster Keaton. O filme, logicamente, termina de forma previsível, mas de um jeito engraçado e se casando com a proposta da obra como um todo.

"'Os Abutres Têm Fome' é um faroeste que deu certo ao usar elementos distintos um do outro, sendo uma obra que nasceu em meio a mudanças do gênero e se adaptando conforme o tempo foi passando.    

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quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (15/02/24)

Zona de Interesse

Sinopse: Um complexo caso de amor entre um oficial nazista e a esposa de um comandante do campo de concentração de Auschwitz. Tudo se torna ainda mais complicado quando ele começa a suspeitar da infidelidade de sua esposa.


BOB MARLEY: ONE LOVE

Sinopse: Bob Marley: One Love é um filme biográfico dirigido por Reinaldo Marcus Green (King Richard: Criando Campeãs) que contará a história de Robert Nesta Marley OM, mais conhecido como Bob Marley, grande ícone do reggae. 


MADAME TEIA

Sinopse: Sinopse: Uma paramédica em Manhattan que pode ter habilidades de clarividência. Forçada a confrontar revelações sobre seu passado, ela forja uma relação com três jovens destinadas a futuros poderosos... se elas conseguirem sobreviver ao presente ameaçador.

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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2024

PROGRAMAÇÃO DE 15 A 21 DE FEVEREIRO DE 2024

SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

A cinesemana de 15 a 21 de fevereiro traz várias novidades na nossa programação. Uma delas é DIAS PERFEITOS, novo longa-metragem do cineasta alemão Wim Wenders e que está entre os cinco indicados ao Oscar de filme internacional. A produção, muito aguardada pelo público cinéfilo, terá uma sequência de sessões antecipadas em pré-estreia durante esta semana.

Também temos a comédia dramática francesa TODO MUNDO AMA JEANNE, filme de estreia da diretora Céline Devaux, e o drama brasileiro HORIZONTE, também estreia na direção do ator brasileiro Rafael Calomeni. Para completar o quadro de estreias, temos a coprodução entre Portugal e Brasil de CASA FLUTUANTE, novo filme do veterano diretor português José Nascimento.

E seguem em cartaz alguns sucessos absolutos de público, incluindo MONSTER, do diretor japonês Kore-Eda, e o drama romântico VIDAS PASSADAS, de Celine Song, um dos dez indicados ao Oscar de melhor filme em 2024.

Confira nossa programação completa e portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


14h45 – MONSTER Assista o trailer aqui.

(Kaibutsu - Japão, 2023, 125min). Direção de Hirokazu Kore-eda, com Ando Sakura, Soya Kurokawa, Eita Nagayama. Imovision, 12 anos. Drama.

Sinopse: Uma mãe percebe que seu filho está se comportando de maneira estranha e tenta descobrir os motivos. Pelo relato do menino, tudo indica que um dos seus professores é o responsável. A mãe vai à escola e exige uma explicação – enquanto isso, a verdade começa a surgir junto com as versões de todos os envolvidos. O filme foi o vencedor do prêmio de melhor roteiro no Festival de Cannes em 2023.


17h – VIDAS PASSADAS Assista o trailer aqui.

(Past Lives - Estados Unidos/Coreia do Sul, 2023, 105min). Direção de Celine Song, com Greta Lee, Teo Yoo, John Magaro. California Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Nora e Hae Sung eram amigos muito próximos na infância, até que a família dela decidiu emigrar para o Canadá. Doze anos depois, eles se reencontram virtualmente e percebem que ainda têm muitas coisas em comum. Depois de mais alguns anos, finalmente, eles ficam frente à frente e têm a chance de confrontar noções de destino, amor e as escolhas que fizeram na vida.


19h – DIAS PERFEITOS – PRÉ-ESTREIA - (NÃO HAVERÁ SESSÃO NA TERÇA, DIA 20) Assista o trailer aqui.

(Perfect Days – Japão/Alemanha, 2023, 125min). Direção de Wim Wenders, com Koji Yakusho, Min Tanaka, Arisa Nakano, Tokio Emoto. O2 Play/Mubi, 14 anos. Drama.

Sinopse: Hirayama vive em Tóquio e é responsável pela limpeza de vários banheiros públicos. Além do trabalho modesto, ele preenche seus dias com a paixão pela música, pelos livros e pela fotografia de árvores. Hirayama parece perfeitamente feliz com sua rotina metódica, mas alguns encontros inesperados trazem revelações surpreendentes sobre o passado do protagonista. O filme estreou no Festival de Cannes, onde recebeu os prêmios do júri ecumênico e melhor ator para Koji Yakusho, e é um dos cinco indicados ao Oscar de filme internacional.


SALA EDUARDO HIRTZ


15h15 – MONEYBOYS Assista o trailer aqui.

(Taiwan/França/Áustria, 2021, 120min). Direção de C.B. Yi, com Kai Ko, Chloe Maayan, Yufan Bai. Pandora Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Fei é um rapaz que nasceu na China rural e hoje sustenta sua família como garoto de programa. Mas as relações são difíceis, já que os familiares aceitam o dinheiro, mas não o modo de vida do rapaz. Fei encontra apoio para superar suas dificuldades em Long, um apaixonado amigo de infância. C.B. Yi foi aluno de Michael Haneke na Áustria e “Moneyboys” é seu primeiro longa, apresentado em première na mostra Um Certo Olhar do Festival de Cannes.


17h30 – MEU AMIGO ROBÔ Assista o trailer aqui.

(Robot Dreams - Espanha/França, 2019, 102min). Animação de Pablo Verger. Imovision, 10 anos.

Sinopse: Dog vive sozinho em Manhattan e resolve comprar um robô para lhe fazer companhia. Os dois se tornam grandes amigos e aproveitam o verão em vários passeios pela cidade, ao som do clássico pop “September”, da banda Earth, Wind & Fire. Mas, na última noite do verão, Dog é obrigado a deixar o Robô em uma praia, de onde ele só poderá sair no próximo ano – se a amizade dos dois resistir. O longa é uma adaptação da HQ americana "Robot Dreams", de Sara Varon, e é um dos cinco títulos indicados ao Oscar de melhor animação.


19h30 – TODO MUNDO AMA JEANNE – ESTREIA - (NÃO HAVERÁ SESSÃO NA QUARTA, DIA 21) Assista o trailer aqui.

(Tout Le Monde Aime Jeanne – França/Portugal, 2022, 95min). Direção de Céline Devaux, com Blanche Gardin, Laurent Lafitte. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Jeanne não está em um bom momento da vida. Seu principal projeto fracassou, ela ficou com muitas dívidas, o namoro terminou e a mãe morreu recentemente. Tudo que lhe restou foi um apartamento, que a mãe deixou de herança em Lisboa – e que Jeanne precisa vender com urgência. No aeroporto, antes de embarcar no voo de Paris para Lisboa, acontece um reencontro inusitado com Jean, um antigo colega de escola que Jeanne nem lembrava que existia.


SESSÃO ESPECIAL

LANÇAMENTO REVISTA ALMANAQUE21 DEDICADA A DAVID BOWIE

QUARTA, DIA 21, ÀS 19h15 – INGRESSOS À R$ 7,00


ZIGGY STARDUST AND THE SPIDERS FROM MARS

(Reino Unido, 1979, 100 min). Direção de D.A. Pennebaker, com David Bowie, Mick Ronson, Trevor Bolder, Mick Woodmansey. 16 anos. Musical.

Sinopse: Depois de uma turnê mundial bem-sucedida, David Bowie se despede do personagem Ziggy Stardust em seu país-natal, em um histórico show em Londres, no dia 3 de julho de 1973. O diretor D.A. Pennebaker capturou essa última apresentação da Ziggy Stardust and the Spiders from Mars, com a apresentação de faixas como Moonage Daydream, Changes, Space Oddity e Hang on to Yourself.

(Sessão comentada com o editor-chefe da Almanaque21, o jornalista e crítico de cinema Rodrigo de Oliveira, e com o jornalista e músico Jimi Joe.)


SALA NORBERTO LUBISCO


15h – OS COLONOS Assista o trailer aqui.

(Los Colonos - Chile/Argentina/Reino Unido, 2023, 100min). Direção de Felipe Gálvez, com Alfredo Castro, Sam Spruell, Mark Stanley, Mariano Llinás. O2 Play/Mubi, 16 anos. Drama.

Sinopse: No início do século XX, um rico fazendeiro da Terra do Fogo, no inóspito sul chileno, contrata um tenente britânico e um mercenário norte-americano para protegerem sua propriedade. Junto com eles vêm o mestiço Segundo, um exímio atirador, que acaba testemunhando um dos maiores massacres à população indígena do Chile. Elogiado relato sobre a colonização e o nascimento das fronteiras ao sul da América Latina, o filme ganhou o prêmio Fipresci no Festival de Cannes e foi indicado pelo Chile na disputa pelo Oscar de filme internacional.


17h15 – HORIZONTE - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 108 min). Direção de Rafael Calomeni, com Raymundo de Souza, Ana Rosa, Suely Franco, Alexandra Richter. A2 Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Aos 75 anos, Rui perde sua casa e seus familiares mais próximos. A solução é recomeçar em uma vila para idosos, construída por uma ONG. Lá, Rui faz novos amigos e conhece Jandira, que é tão sozinha quanto ele. Juntos, vão viver as alegrias e os problemas desta fase da vida, incluindo o amor maduro, questões do passado e a importância de perdoar. O filme é a estreia na direção do ator Rafael Calomeni.


19h15 – CASA FLUTUANTE - ESTREIA

(Portugal/Brasil, 2020, 115min). Direção de José Nascimento, com Inês Pires Tavares, Carolina Virgüez, Bernardo Mayer. Panda Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Rodado entre Portugal e o Brasil, a trama conta a história de Araci, uma índia Ticuna que sai da Amazônia e vai viver com o marido no Alentejo. O objetivo é oferecer um futuro melhor para Joana, sua neta, depois que a mãe dela foi assassinada por lutar pela preservação da floresta. Em Portugal, Araci tenta preservar valores culturais que não existem na cidade grande e procura repassar a Joana os ensinamentos indígenas. O diretor dedica seu filme “à Floresta Amazónica, aos índios que lutam pela sua preservação e a todos que com ela mantêm uma relação de amor”.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 14 de fevereiro de 2024

Cine Dica: Em Cartaz - 'A Cor Púrpura'

Sinopse: Separada da irmã e filhos, Celie enfrenta muitas dificuldades na vida, incluindo um marido abusivo. Com o apoio da cantora Shug Avery e sua enteada, Celie encontra uma força extraordinária nos laços inquebráveis de um novo tipo de sororidade. 

Era o início dos anos oitenta e o diretor Steven Spielberg já era apontado como um dos grandes diretores daquele tempo, mas sendo acusado por alguns detratores de ser somente um realizador de filmes “arrasa quarteirão”. Não querendo ser somente rotulado dessa forma ele lançou o seu primeiro grande drama em 1985, intitulado "A Cor Purpura", baseado na obra de Alice Walker e que consagrou até então a desconhecida Whoopi Goldberg. Embora tenha sido indicado a dez Oscar, o filme acabou sendo esnobado, mas se tornando um grande clássico da carreira do realizador ao longo do tempo.

Curiosamente, o filme acabou gerando uma versão da  broadway de bastante sucesso e chamando atenção do cineasta novamente. Como Spielberg vive atualmente em uma fase de revisitar alguns clássicos, como no caso de "Amor Sublime Amor" (202), não seria de se surpreender que ele próprio revisitaria um dos seus clássicos para assim lançar uma nova versão. Pois bem, a nova versão de "A Cor Purpura" (2023) não supera o filme original, mas nem por isso deixa a desejar como muitos poderiam imaginar.

Embora produzido por Steven Spielberg o filme é dirigido por Blitz Bazawule e conta basicamente com a mesma trama, onde ela é contada partir das cartas escritas por uma jovem. Celie (Fantasia Barrino), uma mulher afro-americana que vive no sul dos Estados Unidos no início do século vinte. Ela tenta enfrentar os traumas deixados pelos abusos do pai e do marido ao longo de sua vida, além de sofrer com a partida de sua irmã que tanto ama. Porém, ela contará com a força de um grupo de mulheres que farão a diferença para ela.

Logicamente o cinéfilo mais atento irá fazer comparações a todo momento com relação as duas versões que, embora semelhantes em trama, elas possuem tons diferentes. Enquanto Spielberg tratou a sua versão de 1985 de uma forma mais pesada e dramática, aqui o realizador permitiu que Blitz Bazawule fosse fiel a versão  broadway e, portanto, podem esperar por vários momentos em que a trama principal dá espaço para os momentos musicais que, por vezes, são empolgantes e que não deve em nada aos outros musicais de antigamente. Porém, devido a esse recurso narrativo, o filme acaba se tornando mais leve, ao ponto de os elementos dramáticos soarem menos tensos e jamais fazendo com que nos emocione realmente.

Se isso desequilibra a narrativa, ao menos, o elenco faz a diferença, mesmo quando alguns falham durante a jornada. Fantasia Barrino, por exemplo, faz o que pode ao carregar o fardo de ser a protagonista, mas não conseguindo superar o incrível desempenho de Whoopi Goldberg na versão original. Taraji P. Henson, por sua vez, defende com unhas e dentes a sua atuação como Shug Avery e sempre fazendo encher a tela toda vez que surge em cena. E como é bom rever uma velha amiga que no caso é Danielle Brooks, sendo que a conheci na cultuada série "Orange Is the New Black" (2013 - 2019) e assim como em outros papeis ela esbanja força descomunal e se tornando também uma peça importante na vida da protagonista.

O filme em si não fala somente sobre tempos em que o racismo ainda aflorava forte em território norte-americano, como também sobre os abusos dos homens contra as mulheres em um tempo em que a ideia do patriarcado ainda era por demais forte. A nova versão, portanto, vem em um momento em que as mulheres do mundo todo lutam até hoje por igualdade, respeito e cujo certos abusos feitos no passado não poderão mais ser repetidos. Embora não supere o clássico a mensagem ainda serve em tempos em que as mulheres ainda lutam em seu dia a dia em todo o globo.

A nova versão de "A Cor Purpura" falha em termos de comparação ao clássico, mas não é por conta disso que mereça ser descartado, mas sim visto com um olhar que não possua nenhum preconceito. 

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