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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 5 de outubro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'O Culpado'

Sinopse: Ao atender uma chamada de emergência, um ex-policial precisa correr contra o tempo para salvar uma mulher sequestrada. 

Não é de hoje que o cinema norte americano refilma em seu território ótimos filmes de outros países.  Temos como exemplo genuíno o clássico alemão "Asas do Desejo" (1987), que em território norte americano virou uma versão até que interessante intitulada "Cidade dos Anjos" (1998) e estrelado pelo ator Nicolas Cage. "O Culpado" (2021) é mais um desta lista infindável de refilmagens norte americana, mas que ao menos se sustenta graças ao seu interprete em cena.

Refilmagem do filme Dinamarquês "A Culpa" (2018), a história é sobre um policial Joe Bayler (Jake Gyllenhaal) em um dia tedioso na central de chamadas de emergência 911. Bayler foi punido e rebaixado, por isso vive sempre rabugento. Um dia em questão, após ficar atendendo chamadas de emergência enquanto acontece um incêndio florestal que vai se aproximando da cidade de Los Angeles, Califórnia, EUA, ele recebe uma chamada inusitada. A princípio uma mulher (Riley Keough) parece estar chamando seu filho, mas na verdade está discretamente reportando seu próprio sequestro. Tentando encaixar cada detalhe vago que ela dá, Bayley precisa colocar a cabeça para funcionar para garantir sua segurança, jogando todas as suas habilidades e intuição, mas a partir que o crime começa a se revelar, mostrando sua verdadeira natureza, o psicológico do policial começa a se enfraquecer, mas precisa se forçar para se reconciliar com demônios do passado.

Por ser um filme recente, "A Culpa" é um filme que me marcou bastante pelo seu formato, já que ação toda ocorre do outro lado da linha enquanto nós acompanhamos toda a tensão vinda do seu protagonista em cena. Se tinha ali uma forma de fazer com que o cinéfilo imaginasse várias situações que são somente ditas do outro lado e fazendo com que criássemos uma história paralela, porém, interligada com o que acontecia na tela. Na refilmagem o resultado é basicamente o mesmo, porém, com algumas diferenças significativas.

Para começar, o filme foi filmado justamente no momento da pandemia. Rodado em apenas 11 dias, o filme se concentra como um todo em seu protagonista, mas ao mesmo tempo acontece um incêndio na Califórnia e cujo o evento é visto em uma grande tela na frente do personagem. Talvez isso não sirva somente como distração, como também uma espécie de simbolismo da inquietude e incerteza da qual estávamos passando no momento em que a pandemia havia começado.

Observações a parte, o longa ganha contornos graças a incrível interpretação de Jake Gyllenhaal e chegando a ser superior se for comparado a versão original da qual era estrelada pelo ator Jakob Cedergren. Gradualmente, vamos conhecendo o seu personagem, desde um pouco sobre a sua vida pessoal, como também um certo problema que ele obteve através da justiça, mas cujo o fato é revelado somente no ato final da trama. Até lá, ficamos testemunhando o protagonista se desconstruindo, ao ponto de ficarmos com receio com relação aos seus atos no meio do serviço.

Dirigido por Antoine Fuqua, o mesmo de "Um Dia de Treinamento" (2001), o realizador procura criar um clima claustrofóbico, ao ponto de ficarmos aliviados quando o protagonista troca de cenário, mas para somente essa sensação aumentar ainda mais, já que ali ele praticamente fica ainda mais isolado. Ao mesmo tempo em que ele tenta ajudar a vítima principal da trama, observamos que há uma mistura de sentimentos sendo passada pelo protagonista, como se ele quisesse se redimir por algo através dessa situação em que ele está se envolvendo. Como eu disse acima, Jake Gyllenhaal dá um show de interpretação e carregando nas costas toda a responsabilidade pelo resultado final da obra.

Para os desavisados, a trama pode até mesmo surpreender, mas para os cinéfilos como eu fica aquela sensação chata de fazer as comparações com o filme original. O filme cumpre o que promete, mas me veio também a sensação de que Hollywood realmente enfrenta uma crise de falta de criatividade ao recorrer cada vez mais aos filmes que deram certo lá fora ao invés de criar algo novo em território americano. Polêmicas a parte, "O Culpado" é uma trama que irá agradar em cheio para aqueles que apreciam um bom suspense, mesmo para aqueles que sabem qual é a sua verdadeira fonte de origem.   

Onde Assistir: Netflix

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segunda-feira, 4 de outubro de 2021

Cine Dica: Próximo Cine Debate: 'O Tigre Branco'

Sinopse: A trajetória de Balram (Adarsh Gourav), um jovem indiano que nasceu em meio à miséria e que foi ensinado desde pequeno que seu destino era escolher um grande marajá para servir até o fim com muita lealdade. 

Embora o mundo tenha conhecido mais de perto a realidade atual da Índia através do filme "Quem Quer Ser Um Milionário?" (2008), convenhamos, o final foi romanceado para agradar as plateias do ocidente que gosta de comprar a ideia da superação positiva perante os obstáculos da vida. Porém, nos últimos tempos, cada vez mais se percebe que não há como esconder a realidade em que vários países começam a sentir os efeitos negativos do sistema capitalista e filmes como "Coringa" (2019) e "Parasita" (2019) cada vez mais se tornam símbolos cinematográficos sobre o caminho sem volta de uma sociedade cada vez mais sufocada e sem para onde ir, a não ser se vender ao poder para sobreviver. Aliás, essa minha última observação se casa com a proposta do filme "O Tigre Branco" (2021), do qual o indivíduo comum não deseja pertencer mais ao abate, mas sim pular do galinheiro e se tornar em definitivo o chefe.

Dirigido por Ramin Bahrani, o filme é baseado no best-seller escrito por escrito por Aravind Adiga, que conta a história de um ambicioso motorista indiano chamado Balram (Adarsh Gourav) que decide sair do seu vilarejo e crescer na vida sendo motorista de uma família poderosa. Durante o percurso, ele usa toda a sua astúcia e sagacidade para escapar da pobreza e se libertar de sua vida de servidão a patrões ricos. Contudo, há um alto preço a ser pago.

Confira a minha crítica completa da época clicando aqui. 

Mais informações como participar logo abaixo: 


sexta-feira, 1 de outubro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'A Menina que Matou os Pais/O Menino que Matou Meus Pais'

Sinopse: Em 2002, Suzane Von Richthofen e Daniel Cravinhos chocaram o Brasil por serem os responsáveis pelo brutal assassinato dos pais de Richthofen. Acompanhando o julgamento dos dois, o famoso caso é recontado, buscando respostas sobre o que levou os jovens a cometerem esse crime. 

Crimes hediondos chocam as pessoas e despertam nelas o desejo de verem os criminosos serem punidos a todo custo. Porém, a sociedade se esquece que os criminosos também são seres humanos, cheio de falhas e sempre correndo o risco de escolherem um caminho sem volta. O cinema, ao menos nas últimas décadas, começou a explorar os dois lados da mesma moeda para que a gente compreendesse o que leva uma pessoa a despertar o seu Diabo no corpo.

No ótimo "Lobo Atrás da Porta" (2013), por exemplo, assistimos há duas versões diferentes de um mesmo crime, sendo que a primeira versão é apresentada no primeiro ato, mas logo a seguir os verdadeiros fatos são revelados. Já "Herói" (2003) vemos três versões diferentes de uma trama da qual leva o protagonista conseguir chegar ao imperador da China com a intenção de assassina-lo. "A Menina que Matou os Pais/O Menino que Matou Meus Pais" (2021) são dois filmes que contam a mesma história, mas cujo os seus prelúdios se diferem um do outro e fazendo a gente se perguntar qual é o verdadeiro.

Dirigido por Mauricio Eça, o filme conta a história de um crime cometido em São Paulo que chocou o Brasil. A jovem Suzane von Richthofen (Carla Diaz), junto ao seu namorado Daniel Cravinhos (Leonardo Bittencourt) e seu irmão Cristian (Allan Souza Lima), assassinaram seu pai Manfred von Richthofen (Leonardo Medeiros) e sua mãe Marísia (Vera Zimmerman). Dezoito anos depois, o caso é revisitado em ambos os filmes com perspectivas diferentes.

Não é de hoje que o cinema nos apresenta dois filmes lançados ao mesmo tempo e que mostram os dois lados da mesma história. Clint Eastwood, por exemplo, havia lançado em 2006 "Cartas de Iwo Jima" e "A Conquista da Honra", cuja a trama se passa durante uma missão na Segunda Guerra Mundial e que mostra os dois lados do conflito. No caso dos dois filmes de Mauricio Eça há uma diferença, já que assistimos a mesma trama, mas cujo os atos que desencadeou as consequências se diferem uma da outra.

Em comum ambos possuem uma edição ágil que nos prende do começo ao final de ambas as obras, assim como uma reconstituição cuidadosa sobre o início do século 21, mas cujo os costumes não são muito diferentes do que se vê hoje em dia. Em comum, ambos falam sobre a divisão de classe que ainda se encontra encravada em nossa sociedade brasileira e cujo o desejo pela posse revela o pior da pessoa ao longo de sua história. Em ambas as versões se encontram as falhas do ser humano que se acha intocável, mas que logo se percebe o quanto é falho uma vez que dá o seu derradeiro passo em falso.

Independentemente de quem foi o culpado que levou a Suzane Von Richthofen a participar desse crime, ambos os filmes revelam que ela não nasceu dessa maneira, mas sim que ela foi construída. Se na versão em que ela era abusava pelo pai soa verossímil, por outro lado, a versão em que ela foi moldada pelas atitudes do seu namorado não ficam muito distantes da possibilidade de que isso realmente ter acontecido. Pelo fato de os filmes serem somente baseados nos depoimentos de ambas as partes, ou seja, de Suzane e Daniel, ambos os projetos nasceram para colocar a gente na dúvida sobre a real origem do crime e cabe cada um tirar as suas próprias conclusões após assistirem ambas as obras.

Mas independente de qual filme é o mais coerente, Carla Diaz é o coração e alma do projeto. Depois de pagar o maior mico na última edição do BBB, atriz se reencontra consigo mesma para nos brindar com uma das grandes atuações do ano, onde ela interpreta a mesma personagem em ambas as obras, mas cuja a sua queda possui duas visões distintas uma da outra. Não importa qual foi o ponto de partida para a inevitável queda, pois em ambos os casos Suzane von Richthofen estava condenada a ser abusada, viciada e despertando o pior do seu interior e nisso Carla Diaz nos surpreende em cada cena.

Embora sejam ótimos filmes com relação a esse crime, porém, solto aqui uma opinião pessoal sobre aquela época. Ao meu ver deveria ter um terceiro filme, só que dessa vez explorando a visão dos fatos pela perspectiva da imprensa da época, sendo que essa última, em boa parte dela, sugou até a última gota sobre um crime que chocou a sociedade brasileira, mas que convenhamos, crimes hediondos como esse ocorrem no Brasil desde sempre, mas cuja a maioria nunca é acolhida pela grande imprensa por não achar de grande interesse para os donos da audiência. Tudo o que a mídia midiática faz talvez não seja realmente procurar os verdadeiros fatos, mas sim transformar tudo em um verdadeiro circo e dominar as emoções e os desejos de uma sociedade cada vez mais dominada por um jornalismo sensacionalista.

"A Menina que Matou os Pais/O Menino que Matou Meus Pais" é sobre os dois lados da mesma moeda, mas cujo os atos que moldaram a história cabe cada um tirar as suas próprias conclusões após assistirem as duas obras.     


Onde Assistir: Amazon Prime. 

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quinta-feira, 30 de setembro de 2021

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (30/09/21)

 Cry Macho: o Caminho Para a Redenção

Sinopse: Cry Macho - O Caminho Para a Redenção conta a história de Mike Milo (Clint Eastwood), um ex-astro de rodeio e criador de cavalos fracassado, que, em 1979, aceita uma proposta de trabalho de um ex-chefe para trazer Rafa (Eduardo Minett), o jovem filho desse homem, de volta do México para casa.

 007 - Sem Tempo para Morrer

Sinopse: Bond deixou o serviço ativo e está desfrutando de uma vida tranquila na Jamaica. Sua paz não dura muito quando seu velho amigo Felix Leiter, da CIA, aparece pedindo ajuda. A missão de resgatar um cientista sequestrado acaba sendo muito mais traiçoeira do que o esperado, levando Bond à trilha de um vilão misterioso armado com nova tecnologia perigosa.


Alcione – O samba é primo do jazz

Sinopse: A trajetória musical da diva da música brasileira Alcione Dias Nazareth. A partir de suas referências musicais, sua inserção no mundo da música e sua relação com família e amigos, somos apresentados a uma Alcione descontraída e matriarcal, tanto em relação a sua vida pessoal quanto à vida artística.

De volta para Casa

Sinopse: O jovem escritor Chang-rae começa seu dia cuidando sozinho de sua mãe com câncer, enquanto, ao longo de um dia, prepara para a família um jantar tradicional do Ano Novo coreano que aprendeu com ela. Logo as emoções e memórias começam a vir à tona, levando-o de volta a momentos decisivos, de quando enfrentou as expectativas e planos de seus pais para ele e se impôs. 

Ainbo - A Guerreira da Amazônia

Sinopse: Ainbo é a história de uma jovem garota que nasceu e cresceu na selva da Amazônia na aldeia de Candamo. Um dia ela descobre que sua terra natal está sendo ameaçada e percebe que há outros humanos além de seu povo no mundo. 


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 30 DE SETEMBRO A 6 DE OUTUBRO DE 2021 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

 “Ladrões de Bicicleta” 


SALA 1 / PAULO AMORIM


15h15 – PEDRO E INÊS, O AMOR NÃO DESCANSA Assista o trailer aqui.

(Portugal/França/Brasil, 2021, 120min). Direção de António Ferreira, com Diogo Amaral e Joana de Verona. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: O filme é baseado no romance extraconjugal do rei português Dom Pedro I (1320 – 1367) com a jovem aia Inês de Castro, considerado uma das maiores histórias de amor de Portugal. A paixão entre os dois era tanta que, mesmo depois da morte da amada, Pedro teria feito uma cerimônia para coroá-la rainha. O roteiro do longa, baseado no livro “A Trança de Inês”, de Rosa Lobato de Faria, mostra este romance em três épocas distintas: na Idade Média, nos dias atuais e num futuro distópico.


* No domingo, dia 3, não haverá sessão devido a exibição do filme “Ladrões de Bicicleta” (1948), de Vittorio de Sica, dentro do ciclo “Clássicos na Cinemateca – 35 anos” às 15h.

15h – LADRÕES DE BICICLETA (SESSÃO SOMENTE DOMINGO) Assista o trailer aqui. 

(Itália, 1948, 95min). Direção de Vittorio de Sica, com Lamberto Maggiorani, Enzo Staiola, Lianella Carell e Vittorio Antonucci. MPLC, 14 anos. Drama. Ingresso: 6 reais.

Sinopse: Em Roma um trabalhador de origem humilde, Antonio Ricci (Lamberto Maggiorani), luta para sustentar a família. Precisando de uma bicicleta para começar em um novo emprego, Ricci penhora as roupas de cama da casa. Para desespero da família, a bicicleta é roubada e Antonio sai junto com o filho Bruno (Enzo Staiola) para procurá-la pela cidade.


17h30 – CIDADÃOS DO MUNDO Assista o trailer aqui.

(Lontano, Lontano - Itália, 2021, 90min). Direção de Gianni di Gregorio, com Ennio Fantastichini, Gianni Di Gregorio, Giorgio Colangeli. Imovision, 12 anos.

Sinopse: Três velhos amigos que moram em Roma decidem mudar de vida quando percebem que suas aposentadorias (em euro) não pagam as contas do dia a dia. Cada um acrescenta suas histórias e vivências à esta epopeia: o Professor é um homem culto que ensinou latim a vida inteira, Giorgetto é tão pobre que divide o banheiro com um imigrante, enquanto o conversador Attilio tenta ganhar a vida vendendo antiguidades. O plano dos três é viajar para as ilhas dos Açores, mas percebem o quanto é difícil dar adeus às suas lembranças e seu cotidiano.

SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h30 – O SILÊNCIO DA CHUVA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 95min). Direção de Daniel Filho, com Lázaro Ramos, Cláudia Abreu, Mayana Neiva, Otávio Muller. Elo Company, 14 anos. Policial.

Sinopse: O detetive Espinosa é escalado para investigar o assassinato de um executivo, encontrado morto a tiros em seu carro em uma noite chuvosa. Mas o caso toma proporções inesperadas quando ocorre mais um assassinato e vários envolvidos começam a desaparecer. O filme é baseado no livro homônimo do escritor Luiz Alfredo Garcia-Roza, lançado em 1996 e que venceu os prêmios Nestlé e Jabuti, com publicação em nove países. O diretor Daniel Filho fez adaptações para os dias atuais, incluindo o protagonismo das mulheres na polícia.


16h20 – MEU FIM. SEU COMEÇO. *ESTREIA* Assista o trailer aqui.

(Mein Ende. Dein Anfang. - Alemanha, 2019, 110min). Direção de Mariko Minoguchi, com Saskia Rosendahl, Julius Feldmeier, Edin Hasanovic. Arteplex Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Nora e Aron formam um casal apaixonado e cheio de planos - até que um assalto coloca um ponto final neste sonho. Ao mesmo tempo, no outro lado da cidade, Natan descobre que sua filha pequena precisa de um tratamento caro para curar uma leucemia. É neste momento de muita dor que os destinos de Nora e Natan se cruzam – mas o que os dois não sabem é que suas vidas já estavam conectadas há muito tempo. Este é o primeiro longa-metragem da diretora de 33 anos, que nasceu em Munique e é filha de pai japonês e mãe alemã.


18h30 – DNA *ESTREIA* Assista o trailer aqui.

(ADN - França, 2020, 90min). Direção de Maïwenn, com Louis Garrel, Fanny Ardant, Maïwenn, Marine Vacth. Vitrine Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: A morte do velho patriarca Emir Fellah é um pretexto para o encontro de suas filhas, netos e bisnetos. Em especial para a neta Neige, que sempre admirou e respeitou o avô e pouco sabe sobre suas origens argelinas. A partir dos pequenos conflitos que surgem neste momento, Neige resolve mergulhar na história de sua família, conhecer o passado do avô – que buscou exílio na França aos 22 anos – e questionar, ela própria, suas verdadeiras origens.


* Na quarta-feira, dia 6, não haverá sessão devido exibição do documentário “Trinta Povos”, de Zeca Brito, no ciclo “O Que é o Cinema Gaúcho?” às 19h.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores tem direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional.

Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 29 de setembro de 2021

Cine Dica: Streaming: 'Kate'

Sinopse: Após ser envenenada, uma assassina tem menos de 24 horas para descobrir o responsável e se vingar. 

A franquia "John Wick" (2014 - 2019), estrelada pelo ator Keanu Reeves, parece que deu uma boa revitalizada ao gênero de ação, mais especificamente aquele típico filme em que o protagonista sai atirando, elimina diversos inimigos pelo caminho e tudo moldado por uma edição caprichada e muita câmera lenta poética. Acabou servindo até mesmo de influência para títulos recentes como, por exemplo, "Atômica" (2017), "Aves de Rapina: Arlequina e Sua Emancipação Fantabulosa" (2019) e o recente "Anônimo" (2021). Nos dois primeiros casos, ambos são protagonizados por mulheres duras na queda e que não devem em nada perante a ala masculina.

Falando nelas, já se foi o tempo em que a dama indefesa aguardava ser resgatada, pois cabe a própria rasgar o vestido e mostrar as suas armas perante o perigo. Em "Atômica", por exemplo, a personagem de Charlize Theron varre o chão com criminosos, tudo orquestrado por edição dinâmica e alinhada com planos-sequências que ainda hoje impressiona. Isso e muito mais é novamente sentido em "Kate" (2021), filme que não traz nenhuma novidade para dentro do gênero, mas que é tudo orquestrado para o visual estupendo pule perante os nossos olhos.

Dirigido por Cedric Nicolas-Troyan, do filme "Branca de Neve e o Caçador" (2012), o filme conta a história da meticulosa e sobrenaturalmente habilidosa, Kate (Mary Elizabeth Winstead), uma assassina perfeita que se encontra no auge de sua carreira. Mas quando uma operação para matar um membro da Yakuza não ocorre do jeito esperado e Kate é envenenada, ela tem apenas 24 horas para se vingar dos seus inimigos. Conforme seu corpo se deteriora rapidamente, a assassina forma um vínculo improvável com Ani (Miku Patricia Martineau), a filha adolescente de uma de suas vítimas anteriores. Embarque em uma caçada frenética pelas ruas de Tóquio com Kate.

De originalidade o filme não tem nada, tanto que a premissa lembra bastante o filme de ação "Adrenalina" (2006) protagonizado por Jason Statham. Porém o que salva o filme é sua bela direção, sendo que cada cena é muito bem pensada, como se o diretor quisesse nos passar um mosaico cheio de informações visuais de acordo com os movimentos de sua câmera e notasse também que essa fotografia colorida cheia de neon é uma tendência desde o primeiro filme de "John Wick" e dando sinais que essa fórmula tende a cansar. Contudo, aqui ela ainda funciona muito bem no universo de Tóquio, sendo que não me surpreenderia se o diretor tenha prestado uma homenagem aos clássicos "Blade Runner" (1982) e "Fantasma do Futuro" (1995) em algumas cenas, já que o universo Cyberpunk está cada vez mais impregnado nas terras do sol nascente hoje em dia.

O filme também não funcionaria se não houvesse uma boa protagonista e atriz Mary Elizabeth Winstead tira isso de letra. Em "Aves de Rapina", por exemplo, mesmo tendo ganhado um tempo menor se for comparado com as suas companheiras de cena, ela acabou surpreendendo em cenas de ação e luta impressionantes ao interpretar a personagem Caçadora. Aqui ela não faz diferente, sendo que a sua personagem come o pão que o Diabo amassou, mas leva vários de seus algozes para vala e em cenas de pura violência que beira ao cartunesco de tão absurdo. E se num primeiro momento possa parecer piegas, a relação entre ela e a jovem Ani (Miku Patricia Martineau), e a dinâmica entre as duas é o grande destaque do filme depois das cenas de luta, pois mostra um lado mais humano da personagem, escapando um pouco de seu aspecto durona.

O filme como um todo talvez fruste aqueles que buscam algo de novo dentro do gênero, mas se torna um exemplo de que velhas ideias ainda podem ser bem aproveitadas desde que sejam bem dirigidas. Talvez a tendência de filmes que nos lembre a franquia "John Wick" venha acabar, mas até lá teremos muitos tiros, sangue e neon para nos ofuscar. "Kate" é um filme divertido, descartável, mas que nos dá um certo desejo de revisita-lo quando for possível. 

Onde Assistir: Netflix.   

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terça-feira, 28 de setembro de 2021

Cine Dica: Em Cartaz: 'A Casa Sombria'

Sinopse: Em A Casa Sombria, lutando por conta da morte inesperada de seu marido, Beth (Rebecca Hall) vive sozinha em sua casa à beira do lago. Ela tenta o melhor que pode para se manter bem, mas possui dificuldades por conta de seus sonhos.  

O gênero de horror convencional norte americano deixou o público preguiçoso, pois o mesmo não aceita determinados filmes que fogem do padrão dos filmes que eles estão acostumados. Filmes como, por exemplo, "A Bruxa" (2015) e "Hereditário" (2018) são obras que fogem do parâmetro previsível, ao fazer a gente questionar o que o filme nos quer passar, mas decepcionando uma parcela do público acostumada a ser brindada com tudo explicado e não fazendo os mesmos pensar. "A Casa Sombria" (2021) facilmente entrará na lista dos filmes de horror que não irá agradar a todos, mas é justamente isso que o faz a gente querer conferi-lo.

Dirigido por David Bruckner, o filme conta a história de Beth (Rebecca Hall), que vive lutando por conta da morte inesperada do marido e vive sozinha em sua casa à beira do lago. Ela tenta o melhor que pode para se manter bem, mas possui dificuldades por conta de seus sonhos. Visões perturbadoras de uma presença na casa a chamam, acenando com um fascínio fantasmagórico. Indo contra o conselho de seus amigos, ela começa a vasculhar os pertences do falecido, ansiando por respostas. O que ela descobre são segredos terríveis e um mistério que está determinada a resolver.

Revelar mais seria estragar algumas surpresas que o filme nos reserva ao longo da projeção. O que eu posso dizer que é um filme que não fica somente preso a uma fórmula de sucesso, mas sim transitando nas diversas possibilidades sobre o que realmente pode estar acontecendo na tela. Se por um momento achamos que estamos assistindo a um filme sobrenatural, do outro, logo constatamos que o filme se envereda mais para o horror psicológico e algo muito próximos ao que já foi apresentado em filmes recentes e dos quais estão sendo intitulados de "pós-terror".

O filme também brinca com as inúmeras possibilidades dos significados dos sonhos, dos quais somente Freud explica, mas já sendo explorado alguns anos pelo próprio cinema. Ao mesmo tempo as questões sobre a vida e a morte são investigadas aqui com certa delicadeza, como se os realizadores não quisessem ofender, tanto aqueles que acreditam na vida pós morte, como também aqueles que duvidam de tal possibilidade. Tudo isso orquestrado por uma boa direção de David Bruckner que faz, por exemplo, a casa onde acontece os principais acontecimentos da trama como peça essencial para todas as dúvidas que vão surgindo na tela.

Mas o filme não seria o mesmo se não houvesse um grande desempenho e nisso atriz Rebecca Hall tira de letra. A interprete constrói para a sua personagem uma personalidade que transita entre a dor, sarcasmo e melancolia, mas não escondendo certa força que ela tenta manifestar para se manter sana. O filme como um todo é protagonizado por ela, sendo que os demais coadjuvantes em cena somente fazem com que a mesma colhe pistas para descobrir o que realmente está acontecendo na casa em que ela mora e sobre quem era realmente o seu marido. Mesmo em momentos em que o roteiro flerta pelo convencional é Rebecca que faz com que esses pontos se tornem diferentes e que não soe um Déjà vu.

O ato final, por sua vez, irá nos colocar na sombra da dúvida, já que cada um terá a sua interpretação sobre os eventos que moldam os últimos minutos da trama. Isso é proposital, já que o mote principal é sobre questões sobre a vida e a morte e cuja a discussão nos leva até hoje em um impasse que nem mesmo diversas religiões podem explicar. É claro que haverá alguns que dirão que o filme termina de uma forma até convencional, mas se observarmos mais de perto se perceberá que é bem ao contrário.

"A Casa Sombria" foge dos padrões normais do gênero de horror e nos coloca para questionar diversos temas que na maioria dos casos fugimos para não ouvir as respostas. 


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