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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 25 de março de 2025

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 27 DE MARÇO A 02 DE ABRIL

 ESTREIAS:

A BATALHA DA RUA MARIA ANTONIA

OESTE OUTRA VEZ

Brasil/Drama/ 2024/137min

Direção:Erico Rassi

Sinopse: No sertão de Goiás, homens brutos que não conseguem lidar com suas fragilidades são constantemente abandonados pelas mulheres que amam. Tristes e amargurados, eles se voltam violentamente uns contra os outros.

Elenco:  Ângelo Antônio, Rodger Rogério, Antônio Pitanga, Babu Santana, Adanilo, Daniel Porpino e Tuanny Araújo.


A BATALHA DA RUA MARIA ANTONIA

Brasil/ Drama/ 2023 / 84min

Direção: Vera Egito

Sinopse: Outubro de 1968. Durante a ditadura brasileira, estudantes e professores do Movimento Estudantil enfrentam ataques do Comando de Caça Comunista vindos do outro lado da rua, numa noite crucial conhecida como 'A Batalha dos Estudantes', contada em 21 planos-sequência.

Elenco: PâMELA GERMANO ISAMARA CASTILHO CAIO HOROWICZ JULIANNA GERAIS PHILIPP LAVRA.

EM CARTAZ:

MILTON BITUCA NASCIMENTO

Brasil/ Documentário/ 2024/ 110min

Direção: Flavia Moraes

Sinopse: O documentário musical parte da turnê de despedida de Milton Nascimento, um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos, para entender a complexidade simples de sua obra, e o quanto os mistérios que ele carrega nos fazem refletir sobre a alma brasileira.

Elenco:Milton Nascimento, Quincy Jones, Spike Lee, Caetano Veloso, Chico Buarque, Paul Simon, Gilberto Gil, Simone, Maria Gadu, João Bosco, Mano Brown, Os Gêmeos, Speranza Spalding e os integrantes do Clube da Esquina.


HORÁRIOS DE 27 DE MARÇO A 02 DE ABRIL (não há sessões nas segundas-feiras):

15h: MILTON BITUCA NASCIMENTO

17h: A BATALHA DA RUA MARIA ANTONIA

19h: OESTE OUTRA VEZ


Ingressos

Os ingressos podem ser adquiridos a R$ 14,00 na bilheteria do CineBancários. Idosos (as), estudantes, bancários (as), jornalistas sindicalizados (as), portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 7,00. São aceitos cartões nas bandeiras Banricompras, Visa, MasterCard e Elo. Na quinta-feira, a meia-entrada é para todos e todas.

EM TODAS AS QUINTAS TEMOS A PROMOÇÃO QUE REDUZ O VALOR DO INGRESSO PARA TODOS E EM TODAS AS SESSÕES PARA R$ 7,00.

CineBancários/ Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre/ (51) 3030.9405 ou pelo e-mail cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

segunda-feira, 24 de março de 2025

Cine Especial: Clube de Cinema - 'É Tempo de Amar'

Nota: Filme exibido para os associados no dia 23/03/25. 

Sinopse: Em 1947, em uma praia na Normandia, Madeleine, uma garçonete e mãe de um menino pequeno, conhece François, um estudante rico. Com o tempo, descobre-se que François busca escapar ao entrelaçar o destino de Madeleine com o seu próprio. 

Nos últimos tempos eu tenho percebido o lançamento no cinema  de alguns títulos que exploram as consequências que as pessoas convivem após o término da Segunda Guerra Mundial. Se em "O Brutalista" (2024) vemos um EUA que vive só da promessa de um país livre e que acolhe os imigrantes, por outro lado, "A Garota da Agulha" (2024) é um retrato ainda mais cru das mulheres que são deixadas à própria sorte após o término do conflito. "É Tempo de Amar" (2023) segue uma cartilha semelhante com o último filme citado e do qual vemos os personagens lutarem para serem eles mesmos.

Dirigido por Katell Quillévéré, o filme é baseado na história da sua própria avó que havia revelado e seu passado até então não revelado. A trama gira em torno sobre Madeleine que, após o final da Segunda Guerra, precisa se virar sozinha na vida e com o seu único filho que é fruto de um relacionamento com um soldado nazista. Certa vez, na praia da Normandia, ela conhece François e ambos se apaixonam, mesmo quando cada um possui um segredo distinto. Não demorou muito para que o passado venha atrás deles e fazendo com que ambos lidem com os seus próprios temores.

Katell Quillévéré capricha em uma bela reconstituição de época, sendo que o cenário principal que surge que é a praia da Normandia se torna um colírio para os nossos olhos. Esse cenário nos transmite uma certa promessa para novos tempos, sendo que os minutos iniciais são de puro horror, pois vemos a protagonista e outras mulheres serem hostilizadas por terem se relacionado com nazistas e tendo que sofrer com duras consequências. A partir do momento em que ela conhece François parece que há uma busca pela sua redenção, mas isso só não basta.

O filme ainda explora a dura relação entre Madeleine e o seu filho e do qual o mesmo deseja saber sobre o destino do seu pai do começo até o final da obra. Em contrapartida, a protagonista insiste em não revelar nada e ao mesmo tempo demonstrando certa dificuldade de encarar o seu próprio filho, pois infelizmente ela enxerga nele o homem que fez da sua vida um verdadeiro inferno. É nestes momentos em que a atriz Anaïs Demoustier brilha como um todo, principalmente quando o olhar de sua personagem fala por si e não escondendo os seus sentimentos perante a realidade em que convive.

Já François não é muito diferente de sua esposa, já que foge do seu passado, mas não com relacionado sobre a guerra, mas sim procurando fugir de si mesmo. Vincent Lacoste nos brinda com uma atuação assombrosa, onde as suas expressões e seus trejeitos falam por si, principalmente quando ele busca lutar contra algo do qual nasceu dentro dele desde sempre, mas temendo o preconceito de uma sociedade ainda muito conservadora daqueles tempos. Já o soldado americano, sendo interpretado pelo ator Morgan Bailey, se torna uma espécie de catalisador para que o casal central possa realmente se conhecerem, mesmo quando os atos e consequências já não possuem mais volta.

O filme em si fala sobre as guerras intermináveis, seja aquelas entre conflitos entre países, como também aceitar ser você mesmo e tendo que conviver com o preconceito a aflorar de uma sociedade desinformada com relação à verdadeira natureza humana. Embora se estenda por demais em alguns momentos, o filme é aquele caso em que os personagens bem construídos fazem com que o tempo se torne um mero detalhe e fazendo a gente acompanhar passo a passo o destino deles. Ao final, tudo o que resta é aceitar as perdas e conviver com o passado que continuará sempre incrustado nas memórias.

"É Tempo de Amar" é uma curiosa história de amor sobre pessoas que carregam cicatrizes emocionais, mas que precisam saber conviver com elas e consigo mesmo na vida. 

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Cine Dica: Cineclube Vestígio realiza ciclo de filmes em parceria com a Sala Redenção em 2025

Em 2025, o cinema universitário realiza um ciclo mensal em parceria com o Cineclube Vestígio, formado há um ano por estudantes universitários de Porto Alegre. A primeira sessão exibe o filme “Variety” e acontece na quinta-feira, dia 27 de março, às 19h. Os encontros são sempre seguidos de debate após a projeção. 

O ciclo faz parte da mostra “À Flor da Pele”, programação do cineclube que exibe filmes que retratam diferentes tipos de prazer e formas de exercer a sexualidade, abrindo o caminho para lugares onde o desejo não é tabu, mas uma nova maneira de experienciar o mundo. A curadoria tem o objetivo de tensionar os limites que censuram as inúmeras possibilidades de existir enquanto seres pulsantes e vivos, considerando que nossos jeitos de se relacionar intimamente também compõem as nossas formas de viver. 

O filme de 1983 é o primeiro longa da cineasta Bette Gordon e hoje é considerado um clássico cult feminista. Escrito em parceria com Kathy Acker, ícone da cena punk, o filme reflete sobre a subversão do olhar masculino.  “Variety” é contextualizado pela diretora como uma reação aos movimentos conservadores que, nos anos 80, apelavam à proibição da pornografia nos Estados Unidos. O filme conta a história de Christine, vendedora de bilhetes em um cinema pornô, perto da Times Square. Em vez de se distanciar da natureza escura e erótica do lugar, ela desenvolve uma obsessão que começa a consumir a sua vida.do lugar, ela desenvolve uma obsessão que começa a consumir a sua vida.

A entrada é franca e aberta à comunidade em geral. A Sala Redenção está localizada no campus central da UFRGS, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333.



SINOPSE:

VARIETY

(dir.Bette Gordon | Estados Unidos | 1983 | 100 min | Drama | 18 anos)Christine consegue um emprego como vendedora de bilhetes em um cinema pornô, perto da Times Square. Em vez de se distanciar da natureza escura e erótica do lugar, ela desenvolve uma obsessão que começa a consumir a sua vida.

27 de março | quinta-feira | 19h sessão seguida de debate

Confira outras programações da sala no site oficial clicando aqui e aqui. 

domingo, 23 de março de 2025

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'Sing Sing'

Sinopse: Mesmo preso Divine G encontra um propósito ao atuar em um grupo de teatro junto com outros detentos, incluindo um novato desconfiado.

O subgênero de filmes de prisão sempre tem como pano de fundo o conflito e o desejo dos protagonistas em saírem do confinamento para que assim possam desfrutar a sua liberdade. Porém, filmes como "Um Sonho de Liberdade" (1995) é um curioso exemplo de que a liberdade tem o seu preço e que nem sempre se consegue restabelecer dentro da sociedade. Porém, Sing Sing (2025) é um retrato curioso de presidiários que decidem se dedicar à cultura da interpretação para que assim possam colocar para fora os seus reais sentimentos tanto tempo escondidos.

Dirigido por Greg Kwedar, acompanhamos a história de Divine G (Colman Domingo), um homem injustamente preso que encontra um novo objetivo ao se reunir com um grupo de teatro na prisão. Ao lado de outros detidos, ele embarca em um projeto artístico que vai além do confinamento, descobrindo na arte uma poderosa ferramenta de transformação e resistência. A chegada de um novo integrante, cauteloso e desconfiado, desafia o grupo a superar suas próprias barreiras emocionais e a explorar a comédia como meio de expressão.

Baseado em fatos verídicos o diretor Greg Kwedar tem a proeza de unir atores profissionais com verdadeiros detentos que interpretam eles mesmos em cena. Porém, é impressionante a atuação de cada um visto na tela, sendo que eles expressam, tanto as suas alegrias, como também as suas tristezas e os obstáculos que todos ali enfrentam no dia a dia. Dos detentos reais destaque para Clarence Maclin que rouba a cena ao ser a figura deslocada do grupo, mas que logo vai se encaixando uma vez que já teve contato com a magia da cultura no passado.

Vale destacar as cenas dos ensaios de Hamlet dos quais eles participam, sendo que os dilemas do personagem de William Shakespeare se tornam o reflexo dos demônios interiores que cada um ali está enfrentando em cena. Por conta disso, a batalha para aflorar a veia shakespeariana cada um ali gera cenas até mesmo tensas, pois a qualquer momento alguém dali irá colocar a sua real dor para fora. Neste último caso, por exemplo, temos a ótima atuação de Colman Domingo.

Vindo de filmes como "A Voz Suprema do Blues" (2020), Colman Domingo consegue construir para si um personagem complexo, onde nos transmite segurança através da arte em que ele tanto preza, mas não escondendo em seu olhar a frustração perante um sistema que o mantém preso de forma injusta. Uma vez que um personagem próximo sai de cena é então que o protagonista se encontra em verdadeiro desequilíbrio e sintetizando isso na cena de ensaio onde ele se parte ao meio. Não é à toa que o ator recebeu uma merecida indicação ao último Oscar de melhor ator.

Ao final constatamos que a cruzada para esses detentos é árdua, porém, compensatória, pois é através da cultura que eles obtêm um novo significado sobre a vida. Em tempos em que a sociedade está cada vez mais acelerada e presa em suas atividades corriqueiras, vemos então um grupo de detentos voltarem a se sentirem realmente humanos quando obtêm contato com a literatura e o teatro e fazendo que consigam voos mais altos. "Sing Sing" é uma grata surpresa ao nos transmitir o poder da atuação através de detentos que se acharam na vida através dessa arte prazerosa. 

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Cine Dica: O filme venezuelano "El Amparo" será exibido pelo Cineclube Torres

O ciclo Ibero-americano entra nas suas últimas semanas, na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, do Cineclube Torres, junto da Up Idiomas Torres. O filme é inspirado em um fato de crônica, que aconteceu em 1988, perto cidade de El Amparo, fronteira com a Colômbia, onde o Exército Venezuelano fez uma sangrenta emboscada contra uma embarcação de pesca no rio Arauca.

De câmara na mão, num registro realista, o diretor Rober Calzadilla, no seu longa de estreia, segue a reação dos sobreviventes e da comunidade local, em busca da justiça e da verdade. O filme foi o vencedor dos prêmios de melhor filme e roteiro na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 2016, tendo sido indicado e premiado em vários outros festivais sul-americanos.

"Se os mestres do cinema se preocupam com finais abertos, que permitem interpretações diversas, colocando quem assiste também como autor, El Amparo questiona da primeira à última cena, promovendo um debate interno que torna a aventura cinematográfica ainda mais intensa." (Bianca Zasso, Papo de Cinema).

A sessão, com entrada franca, integra o 10° Ciclo de filmes de expressão ibero americana, realizado na Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, pelo Cineclube Torres, associação sem fins lucrativos com 13 anos de história, em atividade desde 2011, Ponto de Cultura certificado pela Lei Cultura Viva federal e estadual, Ponto de Memória pelo IBRAM, Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística certificada pelo Ministério do Turismo (Cadastur), contando para isso com a parceria e o patrocínio da Up Idiomas Torres.


Serviço:

O que: Exibição do filme  "El Amparo", de Rober Calzadilla (Venezuela) - 1h39m

Onde: Sala Audiovisual Gilda e Leonardo, junto à escola Up Idiomas, Rua Cincinato Borges 420, Torres

Quando: Segunda-feira, 24/3, às 20:00

Ingressos: Entrada Franca, até lotação do local (aprox. 22 pessoas).


Cineclube Torres

Associação sem fins lucrativos

Ponto de Cultura – Lei Federal e Estadual Cultura Viva

Ponto de Memória – Instituto Brasileiro de Museus

Sala de Espetáculos e Equipamento de Animação Turística - Cadastur


CNPJ 15.324.175/0001-21

Registro ANCINE n. 33764

Produtor Cultural Estadual n. 4917

sexta-feira, 21 de março de 2025

Cine Especial: Conhecendo 'De repente, no último verão'

Dirigido por Joseph L. Mankiewicz, o filme é baseado em uma peça teatral de um ato escrita por Tennessee Williams - que também assinou "Um bonde chamado desejo" - e roteirizado pelo próprio autor e pelo escritor Gore Vidal. "De repente, no último verão" (1959), foi um filme bastante a frente do seu tempo, mas que teve que ser  readaptado para a sua transição para o cinema, pois o longa foi lançado ainda nos tempos do Código Hays  e que jamais aceitaria temas que fossem lavados de forma explicita, que vai desde ao incesto, homossexualidade, estupro e canibalismo. Ainda assim, foi muito por causa das críticas contra a obra como um todo que ele acabou fazendo um grande sucesso, além de reunir nomes de peso como Taylor e Hepburn que  acabaram sendo indicadas ao Oscar de melhor atriz, e Liz foi premiada com o Globo de Ouro por seu desempenho como a complexa Catherine Holly - papel que Patricia Neal havia defendido com garra na montagem da peça em Londres.

Apesar de aparecer somente do primeiro terço de projeção, Catherine, a personagem de Taylor, é a peça-chave da trama de Williams, dirigida com pulso firme por Mankiewicz - famoso por sua tirania e pelo Oscar de diretor pelo inesquecível "A malvada"(1950). Antes que ela surja em cena, o público é apresentado a ela através da história contada por sua tia, a milionária Violet Venable (Katharine Hepburn), que vive isolada em uma mansão excêntrica, solitária desde a morte de seu único filho, Sebastian, descrito por ela como um poeta sensível e delicado. Segundo Violet, a morte do rapaz, acontecida um ano antes devido a um ataque cardíaco em uma praia da Espanha, causou um grande desequilíbrio em sua sobrinha, que, desde então, vem sofrendo de sérios problemas de desequilíbrio mental.

Preocupada, Violet quer que John Crukowicz (Montgomery Clift) - famoso por suas experiências no campo da neurocirurgia - faça uma lobotomia na jovem, acenando com uma generosa doação para seu hospital. Quando conhece Catherine, porém, o médico passa a desconfiar que sua doença tem origem nas lembranças ocultas que ela tem da morte do primo e resolve forçá-la a encarar a tragédia - que não aconteceu conforme narrado por Violet. Ainda que exagere em muitos pontos em sua trama - inspirada em sua própria irmã, que sofreu uma lobotomia - Williams consegue, em "De repente, no último verão", construir uma tensão crescente, que prende a atenção do público até seus momentos finais e que chocam mesmo nos dias atuais.

Sem pausa para o humor ou instantes mais leves, o roteiro discorre fluentemente sobre assuntos pouco agradáveis ao gosto médio do público, conforme dito anteriormente. Não há espaço para romantismo - ainda que a atração entre o médico e Catherine seja óbvia - ou para soluções fáceis. Mankiewicz filma o hospital psiquiátrico sem dourar a pílula, mostrando com crueza o estado dos pacientes e não hesita em pesar a mão quando necessário. Infelizmente as restrições da censura - que limou a maioria das cenas que esclareciam a real personalidade de Sebastian - não permitiram que o filme fosse mais a fundo, o que certamente daria à obra uma ressonância ainda maior.

Forte, tenso e interpretado por três dos maiores interpretes da era dourada de Hollywood, "De repente, no último verão" é uma prova de que, apesar do caráter pouco admirável, Joseph L. Mankiewicz era capaz de prestar grandes serviços à sétima arte.

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Cine Especial: Neste final de semana, o Clube de Cinema te convida para uma sessão dupla especial

No sábado, nosso ponto de encontro será na Sala Redenção, às 10h15, para assistirmos "Greice", longa-metragem de Leonardo Mouramateus, cineasta cearense conhecido por transitar entre os limites da realidade e da ficção. Em “Greice”, acompanhamos um envolvente drama sobre juventude, pertencimento e os vínculos tênues entre o acaso e a responsabilidade.

No domingo, nosso encontro será na Sala Eduardo Hirtz da Cinemateca Paulo Amorim para assistirmos o comovente "É Tempo de Amar", retrato das dores e desafios de uma mulher que vive à margem das convenções sociais de sua época, ao mesmo tempo em que entrelaça com sutileza os destinos de personagens marcados por perdas e desejos.


📍 SESSÃO DE SÁBADO – 22/03

Local: Sala Redenção (Rua Eng. Luiz Englert, 333 – Bairro Farroupilha – Campus Central da UFRGS)

Horário: 10h15 da manhã


Greice

Brasil, 2024, 110 min, classificação livre

Direção: Leonardo Mouramateus

Elenco: Amandyra, Mauro Soares, Felipe De Paula

Sinopse: Greice, jovem brasileira de 21 anos, estuda na Universidade de Belas Artes de Lisboa. Nos primeiros dias do verão, envolve-se com o misterioso Afonso. Após uma festa de boas-vindas aos calouros, os dois são acusados de um estranho acidente. De volta a Fortaleza para renovar seu visto, Greice se refugia em um hotel, tenta manter sua mãe alheia ao ocorrido e, com a ajuda de amigos, busca algum abrigo simbólico no mundo.


Sobre o Filme: No filme "Cópia Fiel" (2010) do mestre Abbas Kiarostami se explora a questão sobre a importância das cópias, sejam elas como arte ou até mesmo com relação as pessoas. Em um determinado momento, por exemplo, vemos os protagonistas fingirem serem (ou não) outras pessoas e vendo até onde isso dará ao longo do tempo. Já no caso do filme "Greice" (2024) a trama nos diz que as próprias adversidades nos fazem mentir e fazendo com que a gente crie os nossos próprios personagens ou situações falsamente corriqueiras unicamente para fazermos prosseguir na vida.
Dirigido por Leonardo Mouramateus, o filme conta a história sobre Greice (Amandyra), uma jovem brasileira que estuda na Universidade de Belas Artes de Lisboa. Nos primeiros dias do verão, ela se envolve com um rapaz misterioso chamado Afonso (Mauro Soares). Depois de uma festa de boas-vindas para os novos estudantes, o casal é acusado de um estranho acidente que ocorreu no evento e fazendo com que Greice precise retornar a Fortaleza, sua cidade natal, para renovar a autorização de residência. Porém, as coisas não são assim tão fáceis de se resolver.

Confira a minha crítica já publicada clicando aqui. 

📍 SESSÃO DE DOMINGO – 23/03

Local: Sala Eduardo Hirtz – Cinemateca Paulo Amorim (Rua dos Andradas, 736 – Casa de Cultura Mario Quintana)

Horário: 10h15 da manhã


É Tempo de Amar

França, 2023, 125min, 16 anos

Direção: Katell Quillévéré

Elenco: Anaïs Demoustier, Vincent Lacoste, Morgan Bailey

Sinopse: Em 1947, em uma praia na Normandia, Madeleine, uma garçonete e mãe de um menino pequeno, conhece François, um estudante rico. Com o tempo, descobre-se do que François busca escapar ao entrelaçar o destino de Madeleine com o seu próprio.

Nos vemos lá!

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