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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 10 de julho de 2019

Cine Dica: Anos 90 de Jonah Hill e Isabel Sarli no Projeto Raros (11 a 17 de julho)

PROJETO RAROS CELEBRA A ARTE DE ISABEL SARLI ANOS 90 DE JONAH HILL ENTRA EM CARTAZ

A partir de quinta-feira, 11 de julho, a Cinemateca Capitólio Petrobras promove a estreia de Anos 90, primeiro longa-metragem de Jonah Hill. Inferninho, de Guto Parente e Pedro Diógenes, ganha novas exibições até o dia 17 de julho. O valor do ingresso é 16 reais, com meia entrada para estudantes e idosos.

ANOS 90
(Mid90s)
ESTADOS UNIDOS, 2019, 84 minutos, DCP
Direção: Jonah Hill
Distribuição: Diamond Films
Aos 13 anos, Stevie (Sunny Suljic) é um garoto de Los Angeles tentando curtir o início da adolescência enquanto tenta relevar o relacionamento abusivo com o irmão mais velho. Em plena década de 1990, ele descobre o skate e aprende lições de vida com o seu novo grupo de amigos.

ISABEL SARLI GANHA HOMENAGEM NO PROJETO RAROS
Na sexta-feira, 12 de julho, às 20h, o Projeto Raros da Cinemateca Capitólio Petrobras exibe Fuego (1969, 90 minutos), clássico drama sexploitation argentino protagonizado por Isabel Sarli, a célebre “La Coca”, morta em junho deste ano. O filme é uma das mais cultuadas parcerias da atriz com o diretor, produtor, ator e seu companheiro de vida, Armando Bo. Com exibição digital e legendas em inglês, a sessão tem entrada franca
Fuego é, em definição da própria atriz, a história de uma mulher insaciável, uma ninfomaníaca incapaz de se contentar com qualquer homem ou mulher.  
A sessão conta com introdução de John Waters, cineasta apaixonado pela filmografia de Sarli e Bo desde os anos 1960, registrada no programa de televisão “John Waters Presents Movies That Will Corrupt You”. O pesquisador Carlos Thomaz Albornoz participa de um debate após a exibição.  

GRADE DE HORÁRIOS
11 a 17 de julho de 2019

11 de julho (quinta)
14h – Kinoclube: Historietas Mal Assombradas
15h30 – Anos 90
17h – Longa Jornada Noite Adentro
19h30 – Suspíria – A Dança do Medo

12 de julho (sexta)
14h – Inferninho
15h30 – Anos 90
17h – Suspíria – A Dança do Medo
20h – Projeto Raros (Fuego, de Armando Bo)

13 de julho (sábado)
14h – Inferninho
15h30 – Anos 90
17h – Longa Jornada Noite Adentro
19h30 – Suspíria – A Dança do Medo

14 de julho (domingo)
14h – Inferninho
15h30 – Anos 90
17h – Longa Jornada Noite Adentro
19h30 – Suspíria – A Dança do Medo

16 de julho (terça)
14h – Inferninho
15h30 – Anos 90
17h – Longa Jornada Noite Adentro
19h30 – Suspíria – A Dança do Medo

17 de julho (quarta)
14h – Inferninho
15h30 – Anos 90
17h – Longa Jornada Noite Adentro
19h30 – Suspíria – A Dança do Medo

terça-feira, 9 de julho de 2019

Cine Especial: 'Possuídas Pelo Pecado' – Da Boca para a História

Sinopse: Leme, um empresário rico, divorciado e infeliz por não ter herdeiros, vive em casa isolada com duas namoradas, governanta, a filha dela e o motorista, que planeja roubá-lo por quaisquer meios, ainda que tenha que matar o patrão. 

Quando eu era mais jovem sempre ouvia falar que o cinema nacional tinha muita sem-vergonhice e que eram produções pífias. Muitas dessas observações limitadas se direcionavam aos filmes da Boca do Lixo, cuja as obras se tornaram conhecidas como "Pornochanchadas". Redescobertas pelo Canal Brasil, esses filmes passaram a ser reavaliados e hoje pertencem a uma parte importante da história do nosso cinema nacional como um todo.
Embora pertençam aos tempos da Ditadura, muitos se perguntam porque muitas dessas obras não eram perseguidas pelos censores da época. Ao meu ver, os filmes serviam mais como escapismo para a maioria do público, ao invés de serem obras que nos desse altas doses de questionamentos. Nessa última questão, aliás, era o que os censores se preocupavam, já que não queriam que o povo em geral pensasse em seus direitos de liberdade naqueles de chumbo.
Porém, recentemente havia sido lançado o documentário "Histórias Que Nosso Cinema (Não) Contava" (2017), da cineasta Fernanda Pessoa. A obra, não só presta uma homenagem aquele período, como também comprovou que muitos daqueles filmes possuíam uma crítica ácida contra o governo nas entrelinhas. Enquanto as inocentes cenas de sexo animavam os desavisados, os que tinham olhos mais apurados, por sua vez, enxergavam ali algum conteúdo crítico e que passava desapercebido.
Seguindo essa linha de raciocínio, chegamos, enfim, ao clássico "Possuídas pelo Pecado" (1976), do cineasta Jean Garrett. O filme conta a história do empresário Leme (Benjamin Cattan),  que ao chegar na terceira idade e perceber que não poderá mais ter os filhos que sempre quis, decide abandonar seu casamento com Raquel (Meiry Vieira) para entregar-se a amores passageiros com suas secretárias e ao vício em álcool. Raquel então se envolve com seu motorista (David Cardoso) e, logo, todos os membros da família acabam presos em uma grande teia de mentiras.
Embora com as suas limitações, os realizadores da Boca do Lixo possuíam criatividade e das quais foram reconhecidas no seu devido tempo. Abertura de "Possuídas pelo Pecado", por exemplo, se tornou um dos pontos altos do filme, já que Jean Garrett elabora um criativo plano sequência, que na realidade é uma câmera objetiva, ou seja, estamos enxergando o ponto de vista de um personagem, mais precisamente de Leme e que surge em cena em uma de suas festas de bebida, sexo e drogas. Curiosamente, eu fui conhecer esse filme justamente por causa dessa cena de abertura, já que ela foi analisada em um dos cursos "Cinema Popular" aqui de Porto Alegre.
Se por um lado a parte técnica impressiona até mesmo nos dias atuais, o mesmo não se pode dizer muito de sua história, que oscila entre o ingênuo e o politicamente incorreto. Contudo, é preciso destacar que eram outros tempos, onde determinadas situações eram vistas como normais naqueles tempos longínquos. Se hoje fosse feito algo parecido, dificilmente não escaparia de críticas pesadas, principalmente vinda das mulheres atuais e que jamais se enxergariam daquela forma.
Porém, mesmo em tempos mais selvagens como aqueles, há também uma pequena resistência vinda das personagens femininas, mesmo quando elas agem de uma forma questionável. Vale lembrar que o filme marca a estreia da atriz Nicole Puzzi, que na época tinha apenas 17 anos e se tornaria uma das musas daquele período. Sua personagem, aliás, oscila entre ingenuidade e segundas intenções e das quais se casa com a proposta principal da obra.
Benjamin Cattan, por sua vez, interpreta aqui o personagem mais complexo da obra, do qual nos provoca repulsa e ao mesmo tempo pena. É curioso observar que Leme seria uma figura caricata do homem bem-sucedido brasileiro daquele tempo, mas cujo o poder lhe desconstrói e o transformando em apenas uma imagem pálida do que já foi um dia. Não é à toa, portanto, que a obra começa e termina com ele em cena e selando assim uma espécie de tragédia grega.
"Possuídas pelo Pecado" sintetiza os tempos de um cinema brasileiro criticado, mas que revisto hoje se comprova o quanto o brasileiro usa e abusa de discursos moralmente hipócritas e sem brilho. 

NOTA: O filme teve exibição especial nesse último sábado (06/07/19) na Cinemateca Capitólio Petrobras e com a presença ilustre da atriz Nicole Puzzi.  


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Cine Dica: ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR estreia no CineBancários dia 11 de julho ás 19h


Longa de Marcelo Gomes estreia no CINEBANCÁRIOS no dia 11 de julho , na sessão das 19h.  O filme fez parte da seleção oficial da Mostra Panorama do Festival de Berlim e recebeu Menção Honrosa do Júri Oficial e da ABD/SP, além do prêmio da crítica no Festival É Tudo Verdade/2019.
O diretor Marcelo Gomes estava a caminho de um festival de cinema em Taquaritinga do Norte e ao passar por Toritama ficou impressionado com a loucura que havia se tornado aquela cidade que conhecera pacata, com biblioteca, orquestra de música, festa de padroeiros. Responsável por 20% da produção de jeans do país, Toritama havia se transformado. “Foi quando alguém comentou comigo que as pessoas ali costumavam vender seus próprios eletrodomésticos para passar o carnaval na praia. Achei que era uma transgressão muito forte alguém se desvencilhar dos bens de consumo, muitas vezes de primeira necessidade, por conta do carnaval. Fiquei imaginando a intensidade desse processo de trabalho e, como eu faço cinema para vasculhar o que eu não conheço, achei que esse era um bom mote para um filme”, diz o diretor.
Produzido pela Carnaval Filmes, ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR mostra o envolvimento dos moradores de Toritama com a produção de jeans no Brasil e com o carnaval. O documentário estreia dia 11 de julho dentro da Sessão Vitrine, projeto de distribuição coletiva da Vitrine Filmes, que lança um título por mês, com sessões diárias e ingressos de valor reduzido, promovendo debates e maior acessibilidade aos filmes. “Eu acho muito oportuno ter a estreia nacional do nosso filme justamente no momento histórico que o Brasil vive: onde os trabalhadores a cada dia perdem seus direitos, onde o Ministério do Trabalho é extinto e onde se promove a política do trabalho autônomo sem se saber as reais consequências disso. Durante a realização do filme, nós tivemos grandes encontros com maravilhosos moradores de Toritama e também tivemos momentos de grande reflexão. Afinal, o que seria só um documentário sobre uma pequena cidade industrial se transformou num processo de reflexão, sobre o que nós fazemos com a nossa vida, com o nosso trabalho e com o nosso tempo. Essa jornada pelo Agreste foi um momento muito feliz pra gente, além de muito prazeroso", declara Marcelo Gomes.
A Sessão Vitrine destaca-se por sua preocupação em fomentar a formação de público e por uma curadoria que zela pelo fortalecimento de um audiovisual descentralizado. São lançados pelo projeto filmes realizados em diferentes estados, de diversos gêneros narrativos, que apresentam temáticas plurais e afirmativas. Dessa maneira, a distribuidora Vitrine Filmes vem se consolidando como um projeto que atua na construção de um cinema diversificado.

SINOPSE
A cidade de Toritama é um microcosmo do capitalismo implacável. A cada ano, mais de 20 milhões de jeans são produzidos em fábricas de fundo de quintal.  Os locais trabalham sem parar e os moradores são orgulhosos de serem os donos do seu próprio tempo. Durante o Carnaval - o único momento de lazer do ano, eles transgridem a lógica da acumulação de bens, vendem seus pertences sem arrependimentos e fogem para as praias em busca de uma felicidade efêmera. Quando chega a Quarta-feira de Cinzas, um novo ciclo de trabalho começa.
Assista o trailer clicando aqui. 
CRÉDITOS
Brasil, 2019, 85 min, classificação indicativa
Direção | Roteiro: Marcelo Gomes
Produtoras: Carnaval Filmes, Rec Produtores Associados, Misti Filmes.
Direção de Fotografia: Pedro Andrade
Produtores: João Vieira Jr., Nara Aragão
Coprodutores: Chico Ribeiro, Ofir Figuereido, Ernesto Soto, Marcelo Gomes
Produção executiva: João Vieira Jr., Ernesto Soto
Montagem: Karen Harley
Som: Pedro Moreira, João Lucas, Lucas Caminha
Música: O Grivo
Direção de Produção: Karina Nobre, Luna Gomides
Assistência de Montagem: Gustavo Campos
Personagens: Leonardo, Francielly, Canario, Velho do Ouro

SINOPSE CURTA
Uma pequena cidade do Agreste pernambucano é considerada a capital nacional do jeans. Esse microcosmo mostra o capitalismo moderno e suas transgressões.

FESTIVAIS
Mostra Panorama | 69º Festival de Berlim
Mostra Competitiva | 24º É Tudo Verdade: Prêmio da Crítica | Abraccine, Menção Honrosa | Júri Oficial, Menção Honrosa | Júri da Associação Brasileira dos Documentárias/ABD-SP
Sheffield Doc Fest 2019 – Seleção Oficial
Olhar de Cinema – Olhares Brasil
Doc Aviv - International Documentary Film Festival.

DIRETOR
O longa-metragem de estreia de Marcelo Gomes, Cinema, aspirinas e urubus, chamou a atenção da mídia em 2005 ao ser selecionado para o Festival de Cannes (na seção Un Certain Regard), onde ganhou o Prêmio da Educação Nacional da França. Em 2009 ele apresentou o cultuado Viajo porque preciso, volto porque te amo, no Festival de Veneza. Codirigido por Karim Ainouz, o filme ganhou diversos prêmios em cidades como Toulouse, Havana e Paris. Em 2012 Gomes estreou seu terceiro longa, Era uma vez eu, Verônica, no Festival Internacional de Cinema de Toronto e ganhou prêmios em festivais como os de Brasília, Havana, San Sebastian e Guadalajara. Em parceria com o artista visual Cao Guimarães, ele lançou, em 2014, na mostra Panorama do Festival de Berlim, o longa O homem das multidões. E, em 2017, estreou na Mostra Competitiva do Festival de Berlim com Joaquim, longa-metragem contemplado com Prêmio Fênix (México) e premiado também no Festival de Havana e Nova York.

HORÁRIOS DO CINEBANCÁRIOS DE 11 A 17 DE JULHO (não há sessões nas segundas-feiras):

Dia 11 de julho:
15h – O OLHO E A FACA
17h – DIVINO AMOR
19h – ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR

Dia 12 de julho:
15h – O OLHO E A FACA
17h – DIVINO AMOR
19h – ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR

Dia 13 de julho:
15h – O OLHO E A FACA
17h – DIVINO AMOR
19h – ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR

Dia 14 de julho:
15h – O OLHO E A FACA
17h – DIVINO AMOR
19h – ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR

Dia 16 de julho:
15h – O OLHO E A FACA
17h – DIVINO AMOR
19h – ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR

Dia 17 de julho:
15h – O OLHO E A FACA
17h – DIVINO AMOR
19h – ESTOU ME GUARDANDO PARA QUANDO O CARNAVAL CHEGAR

Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados,portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

C i n e B a n c á r i o s 
Rua General Câmara, 424, Centro 
Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 
Fone: (51) 34331205

segunda-feira, 8 de julho de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'A Grande Dama do Cinema' - Ao Billy Wilder, com Carinho

Nota: Filme exibido para associados do Clube de Cinema de Porto Alegre no último sábado (06/07/19).  

Grandes estrelas do cinema são, por vezes, esquecidas ao longo do tempo pelo grande público, criando assim histórias nebulosas e que, em alguns casos, são maiores do que as histórias fictícias vistas no cinema. O clássico "Crepúsculo dos Deuses" (1950), por exemplo, já tratava sobre esse tema, em um tempo em que grandes talentos da época do cinema mudo estavam caindo no esquecimento e ficando presos a lembranças dos seus tempos mais dourados. "Grande Dama do Cinema" chega para revermos novamente esse tema, mas se encaminhando por caminhos completamente diferentes.
Dirigido pelo cineasta Juan José Campanella, do filme "O Segredo dos Seus Olhos" (2009), a trama é formada por personagens inusitados. Uma antiga estrela do cinema (Graciela Borges), um ator em seus últimos dias (Luis Brandoni), um roteirista fracassado (Marcos Mundstock) e um diretor sombrio (Oscar Martínez) que fazem de tudo para manter o seu universo particular que construíram dentro de uma formosa mansão. Mas quando dois jovens chegam ao local e ameaçam botar tudo a perder, eles precisam tomar atitudes, por vezes, inusitadas.
É bem escancarado já no início da obra que ela é uma homenagem aos clássicos do cinema dos anos 40 e 50, sendo que o roteiro usa a ideia de que todos os personagens do cenário principal da trama já trabalharam no mundo cinematográfico e fazendo assim referências sobre diversos filmes. Os roteiristas brincam com a nossa expectativa, principalmente em seu primeiro ato, com direito de momentos de reviravoltas indiretas e que fazem a gente pular da cadeira.  Essa brincadeira, que usa várias fórmulas cinematográficas conhecidas, se estendem até o terceiro ato final que, aliás, é o ponto alto do filme e que rende as melhores cenas.
O humor sombrio é a força catalizadora da obra, cheia de tiradas e insultos entre os personagens e que rendem momentos hilários. Só para se der uma ideia, os melhores momentos do filme se encontram somente na mansão, como se ela fosse a força matriz como todo e onde os personagens se tornam poderosos por si só. É por isso mesmo que o seu ato final se torna tão precioso, onde o ápice acontece na mansão e rendendo momentos de verdadeira montanha russa emocional.
O cineasta Juan José Campanella usa sempre enquadramentos fechados em determinados momentos, dando uma sensação de certa claustrofobia, tensão, mesmo com as piadas de humor para suavizar a situação. Aliado a isso, há uma trilha sonora que utiliza músicas conhecidas para a maioria dos cinéfilos e fazendo com que, rapidamente, nos envolvemos. Curiosamente, mesmo sendo trilhas já usadas em outros filmes, é surpreendente como elas se casam com as cenas facilmente.
"A Grande Dama do Cinema" é um filme que nos contagia pelo seu humor peculiar, com uma trama imprevisível e que consegue homenagear, mas sem deixar de criticar, esse universo cinematográfico das grandes celebridades do passado. 




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Cine Dica: CineDhebate Direitos Humanos promove sessão especial do clássico Chinatown; mostra Recam e William Blake continuam


A Sala Redenção – Cinema Universitário tem, na semana de 8 a 12 de julho, a continuação da bem-sucedida mostra Simetrias Fantásticas – William Blake na cultura pop, com curadoria do bolsista da Difusão Cultural, Vitor Cunha. O ciclo dialoga com a exposição que está na Sala Fahrion (2º andar do prédio da Reitoria da UFRGS) desde 10 de maio, O Matrimônio de Céu e Inferno, desenvolvida a partir de adaptações em quadrinhos da obra original do poeta e pintor fantástico William Blake. Os premiados Ilha do Medo, de Martin Scorsese e Blade Runner – O Caçador de Androides, de Ridley Scott, fazem parte da programação de quatro filmes hollywoodianos que referenciam a obra do gravurista inglês. 
Além deles, o CineDhebate Direitos Humanos promoverá sessão com debate na quarta-feira, 10, às 19h, com o clássico Chinatown (1974), dirigido por Roman Polanski e estrelado por Jack Nickolson (detetive Jake Gittes). Nos dias 11 e 12, a Sala Redenção recebe mais uma vez a mostra Recam, com diversos filmes da América Latina.  

Mostra Simetrias Fantásticas – William Blake na Cultura Pop
Como que construindo um percurso a partir da exposição Matrimônio do Céu e Inferno, realizada na Sala Fahrion desta universidade entre maio e junho, a Sala Redenção, em parceria com o curador da exposição Eneias Tavares, apresenta a mostra Simetrias fantásticas – William Blake na cultura pop, contendo quatro filmes americanos que se utilizaram, de uma forma ou outra, da obra do poeta e gravurista inglês, cujas temáticas reverberam na cultura popular até hoje.

Mostra Recam
Encontro Especializado de Autoridades Cinematográficas e Audiovisuais do Mercosul (RECAM) foi criada em dezembro de 2003 e é um órgão consultivo do MERCOSUL no tema cinematográfico e audiovisual, formado pelas mais altas autoridades governamentais nacionais no assunto. Entre os seus objetivos, Busca-se aprofundar o desenvolvimento do Audiovisual dos Países participantes, Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, garantindo o direito do telespectador a uma pluralidade de opções que incluem especialmente expressões culturais e audiovisuais do Mercosul.

CineDhebate Direitos Humanos
O CineDHebate Direitos Humanos é uma iniciativa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul, em uma parceria entre a Liga dos Direitos Humanos da Faculdade de Educação da UFRGS e a Sala Redenção – Cinema Universitário. Cada exibição é seguida de debate com a participação de convidados, dos organizadores e do público.

Veja a programação completa no site Difusão Cultural-UFRGS clicando aqui. 

sexta-feira, 5 de julho de 2019

Cine Dicas: Estreias no Final de Semana (05/07/19)

A Árvore dos Frutos Selvagens 

Sinopse: Sinan é apaixonado por literatura e sempre quis ser escritor. De volta à aldeia onde nasceu, se empenha em juntar o dinheiro que precisa para ter seu trabalho publicado.


Boas Intenções 

Sinopse:  Sempre envolvida com trabalhos humanitários, uma professora de francês se vê diante de turbulências pessoais enquanto precisa descobrir como se conectar com sua turma.

Cézanne e Eu 

Sinopse: A história de amizade e rivalidade entre o pintor Paul Cézanne e o escritor Émile Zola. 

Neville D' Almeida: Cronista da Beleza e do Caos 

Sinopse: Por meio de imagens raras de arquivos, entrevistas e um vasto material iconográfico e de audiovisual, o documentário busca resgatar o papel do cineasta Neville D’Almeida. 
Um Homem Fiel 

Sinopse: Marianne deixa Abel por Paul, o melhor amigo dele e pai de seu futuro filho. Oito anos depois, Paul morre. 


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Cine Dica: Suspíria, Longa Jornada Noite Adentro, Sessão Vagalume e Noites na Cinemateca (6 a 10 de julho)

SUSPÍRIA E LONGA JORNADA NOITE ADENTRO EM CARTAZ NA CINEMATECA CAPITÓLIO PETROBRAS
Veja a minha analise especial sobre o filme clicando aqui. 


REPRISE DE ALIEN DE RIDLEY SCOTT
A partir de 6 de julho, sábado, a Cinemateca Capitólio Petrobras retoma a exibição de Suspíria – A Dança do Medo, de Luca Guadagnino. No mesmo dia, entra em cartaz o drama chinês Longa Jornada Noite Adentro, de Bi Gan. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos. Na quarta-feira, 10 de julho, às 15h, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta uma reprise de Alien, O Oitavo Passageiro, de Ridley Scott.

O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos.
A programação do fim de semana ainda apresenta a primeira Sessão Vagalume, com filmes para crianças de todas as idades, e a nova edição do projeto Noites na Cinemateca, uma maratona de filmes na madrugada de sábado para domingo, com a presença da grande atriz brasileira Nicole Puzzi.

FILMES

LONGA JORNADA NOITE ADENTRO
(Di qiu zui hou de ye wan)
140 minutos, 2018, China/França, DCP
Direção: Bi Gan
Distribuição: Zeta Filmes
Classificação: 12 anos
Luo Hongwu retorna a Kaili, cidade natal de onde havia fugido há vários anos. Começa, então, sua busca pela mulher amada e nunca esquecida. Ela disse que se chamava Wan Quiwen...

SUSPÍRIA – A DANÇA DO MEDO
(Suspiria)
Itália, 152 minutos, DCP
Direção: Luca Guadagnino
Elenco: Dakota Johnson, Tilda Swinton, Mia Goth, Chloë Grace Moretz, Jessica Harper, Sylvie Testud
Distribuição: Playarte Pictures
Classificação: 16 anos
Susie Bannion (Dakota Johnson), uma jovem bailarina americana, vai para a prestigiada Markos Tanz Company, em Berlim. Ela chega assim que Patricia (Chloë Grace Moretz) desaparece misteriosamente. Tendo um progresso extraordinário, com a orientação de Madame Blanc (Tilda Swinton), Susie acaba fazendo amizade com outra dançarina, Sara (Mia Goth), que compartilha com ela todas suas suspeitas obscuras e ameaçadoras.

GRADE DE HORÁRIOS
6 a 10 de julho de 2019

6 de julho (sábado)
14h – Sessão Vagalume: Programa de Curtas
17h – Longa Jornada Noite Adentro
19h30 – Suspíria – A Dança do Medo
23h59 – Noites na Cinemateca: Cinema e Erotismo

7 de julho (domingo)
14h – Sessão Vagalume: Programa de Curtas
17h – Longa Jornada Noite Adentro
19h30 – Suspíria – A Dança do Medo

9 de julho (terça)
15h – Suspíria – A Dança do Medo
18h – Sessão Teccine 1 - Filmes de Conclusão do Curso de Produção Audiovisual da PUCRS
20h – Sessão Teccine 2 - Filmes de Conclusão do Curso de Produção Audiovisual da PUCRS

10 de julho (quarta)
15h – Alien, O Oitavo Passageiro
17h – Longa Jornada Noite Adentro
19h30 – Suspíria – A Dança do Medo