Sinopse: A Ilha da Caveira é
o território do rei dos símios King Kong. O lugar é invadido por exploradores,
que adentram as profundezas da traiçoeira e primitiva ilha. Não demora muito
para eles se depararem com a grandiosidade e a fúria de Kong.
Circulo de Fogo de
Guilherme Del Toro inaugurou uma nova leva de filmes de monstros, cujo objetivo
de sua criação é na criação de franquias cinematográficas. Embora a versão de
1998 seja um desastre, o recente Godzilla agradou o público, crítica e elevando
as chances para a criação de mais filmes com esses seres gigantescos. Kong: A
Ilha da Caveira é o mais novo filme dessa leva e que, devido algumas de suas
qualidades, podemos esperar por mais filmes desse gênero.
Dirigido pelo novato
Jordan Vogt-Roberts, acompanhamos uma trama, cujos eventos começam durante a Segunda
Guerra e se estendem durante a década de 70. Um grupo de soldados convencido
por um cientista (John Goodman) vai para uma ilha ainda (aparentemente) não
explorada pelo homem. Lá descobre que ela é protegida por um gorila gigante
chamado Kong, cuja sua existência é para conter outras criaturas ameaçadoras
por lá.
O filme em si não
trás nenhuma novidade no gênero de aventura, mas é na forma em que longa é
conduzido que ele se diferencia dos outros. Para começar, Jordan Vogt-Roberts
presta uma verdadeira homenagem aos filmes de guerra no primeiro ato da trama,
principalmente ao clássico Apocalipse Now, mas se alguém tem alguma dúvida
sobre isso, basta assistir aos primeiros minutos dos soldados dentro da ilha e
termos absoluta certeza que o cineasta venera a obra de Francis Ford Coppola.
Destaco também o fato do filme não ser sombrio, mas sim colorido, sintetizando
um período mais dourado daquela época, mesmo quando boa parte da trama se passa
num lugar remoto.
Já o Kong em si, ele
não é muito diferente de suas versões anteriores, mas possui trinta metros de
altura e fazendo de sua presença algo que emociona. Embora muitos cinéfilos já
estejam acostumados a efeitos visuais mirabolantes, é preciso reconhecer o belo
trabalho que fizeram na criação do monstro, do qual não deve em nada se
comparado a sua última reencarnação (King Kong de 2005). Porém, sua presença se
torna ainda mais ameaçadora graças aos movimentos de câmera do cineasta, fazendo
da presença da criatura algo animalesca e remetendo até mesmo, por exemplo, as
animações japonesas de Dragon Boll Z.
Mas se o clássico
macaco gigante é quase impecável, o mesmo não se pode dizer muito dos seus
protagonistas humanos, cuja maioria a gente já tem uma idéia de quem vive e
quem morre na tela. Se Tom Hiddleston (o Loki da Marvel) cumpre o seu papel
como aventureiro bom moço, Brie Larson (O Quarto de Jack) só se encontra
presente na trama, unicamente para balançar o coração do gorila e remeter à velha
formula da “Bela e a Fera”. E se Samuel Li Jackson força a barra para ser o
vilão nesta trama, John C. Reilly (Chicago) surpreende como ex-soldado perdido
na ilha desde a Segunda Guerra Mundial e se tornando o melhor entendedor no
assunto sobre o que acontece nela.
Falando sobre a ilha,
o ato final surpreende com os inúmeros tipos de seres que surgem na tela, cuja
presença delas serve para movimentar a trama, mas nunca fazendo com que se
torne uma verdadeira montanha russa de efeitos. Na realidade o filme mais
parece como aqueles bons e velhos filmes B de monstros de antigamente, mas tudo
moldado com efeitos de ponta e ao mesmo tempo gerando certa nostalgia. É claro
que há pontas soltas propositais para haver uma futura sequência,
principalmente na possibilidade de Kong se encontrar com Godzilla
futuramente.
Divertido e sem
exigir muito do cinéfilo que assiste Kong: A Ilha da Caveira nada mais é do que
um bom entretenimento e que remete os bons filmes de aventura de antigamente.
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