Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
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Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse: Bad City é uma cidade iraniana abandonada e sem leis, onde
vivem diversos traficantes e prostitutas. Enquanto Arash (Arash Marandi) luta
para sobreviver e para afastar o próprio pai do vício em drogas, a Garota
(Sheila Vand) parambula pelas noites, com um segredo: ela é uma vampira, e mata
seres solitários para saciar a sede de sangue. Quando os dois se encontram, as
suas vidas se transformam.
Vampiros é um
elemento comum há décadas, tanto cinema, como também na literatura, HQ e séries
de TV. Obras sobre esses seres da noite surgem a todo o instante, de todas as
partes do globo. Um exemplo que fortalece isso é Garota Sombria Caminha pela
Noite, produção iraniana que mostra uma sanguessuga em um cenário até então inédito.
Com direção e roteiro
de Ana Lily Amirpour, o filme num primeiro momento não lembra um gênero de terror,
sendo já um ponto positivo, pois explora muitas outras camadas de interpretação,
indo mais para o lado dramático. Sheila Vand vive a tal garota que caminha pelas
noites atrás de suas vitimas, mas passa bem longe de ser a protagonista ou simplesmente
uma vilã típica da história.
O protagonista é Arash (Arash Marandi), um
trabalhador que sofre com os problemas de seu pai e pega as oportunidades que a
vida lhe dá. É a partir dele que vemos um mundo melancólico, que só tem
esperança nas formas mais imprevisíveis e onde o mal não é representado por um
sangue suga, mas sim pelo homem do mundo real.
Garota Sombria Caminha pela
Noite é uma obra que foge do lugar, sendo uma ótima oportunidade de se assistir
algo fora dos padrões do cinemão americano, mas com grande qualidade de trama e
tendo um casamento feliz com uma impecável fotografia em preto e branco.
ÚLTIMO FIM DE SEMANA DA MOSTRA BOWIE APRESENTA RAROS ESPECIAL
Entre os dias 6 e 8 de maio, acontece o último final de semana da mostra em homenagem ao artista
David Bowie na Sala P. F. Gastal da Usina do Gasômetro (3º andar).
O destaque é o
Projeto Raros, sexta-feira, 6 de maio, às 20h, com a exibição de
Apenas um Gigolô, de David Hemmings.
SINOPSE:
Numa Berlim decadente, onde o nazismo ensaia seus primeiros passos, um
jovem aristocrata tem que sobreviver de alguma maneira.
A primeira guerra deixou suas marcas, e tornar-se um gigolô de uma rica
baronesa é o primeiro passo de muitas aventuras. Você certamente terá
muito prazer em conhecer David Bowie tomando conta de lindas
prostitutas, enquanto os nazistas tomam o poder. Deixe
este gigolô contar suas histórias. Leve-o para casa. Apenas um Gigolô
tem a última participação de Marlene Dietrich no cinema.
PROJETO RAROS
Apenas um Gigolô
(Schöner Gigolo, armer Gigolô)
Alemanha, 1978, 98 minutos
Direção: David Hemmings Elenco: David Bowie, Sidney Rome, Kim Novak, Marlene Dietrich.
Exibição digital com legendas em português. Entrada franca.
GRADE DE PROGRAMAÇÃO
6 a 8 de maio de 2016
6 de maio
20h – Projeto Raros: Apenas um Gigolô
7 de maio
17h–Um Romance Muito Perigoso
19h–O Homem que Caiu na Terra
8 de maio
17h – Basquiat - Traços de Uma Vida
19h – Furyo, em Nome da Honra
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Sinopse: André (Selton Mello) é um filho desgarrado, que saiu de casa devido à severa lei paterna e o sufocamento da ternura materna. Pedro, seu irmão mais velho, recebe de sua mãe a missão de trazê-lo de volta ao lar. Cedendo aos apelos da mãe e de Pedro, André resolve voltar para a casa dos seus pais, mas irá quebrar definitivamente os alicerces da família ao se apaixonar por sua bela irmã Ana.
Essa ambiciosa adaptação das telas do romance homônimo de Raduan Nassar marca a ousada estréia na direção de longas de Fernando Carvalho, que vindo da TV, assina aqui o roteiro e a montagem. É um exercício formal rigoroso e hermético, sendo uma parábola sobre o filho prodigo que retorna ao lar. Espetáculo para poucos, o filme avança em ritmo lento e contemplativo, com imagens de absurda beleza.
Seltom Mello da um verdadeiro show de interpretação, mas Raul Cortes não fica muito atrás como o patriarca da família. Sem duvida um dos projetos mais autorais desde a retomada do cinema brasileiro. Ganhou o premio de contribuição artística em Montreal em 2001 e premio de publico na 25ª Mostra internacional de São Paulo. 17º Jogo de Cena (2007) Sinopse: Atendendo a um anúncio de jornal, 83 mulheres contaram sua história de vida em um estúdio. 23 delas foram selecionadas, em junho de 2006, e filmadas no Teatro Glauce Rocha. Em setembro do mesmo ano várias atrizes interpretaram, a seu modo, as histórias contadas por estas mulheres.
Uma analise sobre inúmeros relatos, tanto de mulheres comuns, como também de atrizes conhecidas que contam suas historias fictícias ou realmente reais. O ápice do documentário é ouvirmos determinada historia que começa com uma, mas que continua através de outra pessoa. O interessante, por exemplo, é ouvirmos determinada historia e depois voltarmos a ouvi-la novamente através de outra atriz, mas que transmite uma emoção completamente diferente.
Tudo rodado no Teatro Glauce Rocha, onde mulheres comuns e atrizes se descascam na frente da câmera. Em alguns momentos, as historias relatadas através de certas mulheres, que nunca pensaram na vida em serem atrizes, acabam surpreendentemente sendo as mais convincentes e despertam uma emoção genuína.
Sinopse: Durante a
guerra em Jerusalém, um garoto cresce em um apartamento lotado de livros dos
mais diferentes idiomas. Aos doze anos de idade sua mãe comete suicídio,
mudando para sempre a vida da família. Após a tragédia, ele entra para um
kibbutz, muda seu nome e começa a trabalhar como escritor, participando
ativamente da vida política do país. Adaptação do livro de memórias escrito por
Amos Oz.
Heróis da Galáxia:
Ratchet e Clank
Sinopse: Ratchet é um
ser alienígena parecido com um tigre, que possui uma grande habilidade com
armas e entende muito de mecânica. Ele precisa derrotar o vilão Chairman Drek,
que possui uma poderosa arma capaz de destruir todos os planetas da galáxia
Solana. Ao lado do robô Clank e do grupo de super-heróis chamado Galactic
Rangers, Ratcher precisa derrotar o perigoso vilão e, mais uma vez, salvar a
galáxia.
O Começo da Vida
Sinopse: Uma pessoa
não é composta apenas de carga genética e essa é uma das grandes descobertas da
neurociência. O desenvolvimento do ser humano depende muito também do
relacionamento dele com o meio ambiente e com outros seres, em especial nos
primeiros anos de vida.
Martyrs
Sinopse: Uma mulher e
seu amigo de infância vão em busca de vingança contra aqueles que abusaram
deles.
O Décimo Homem
Sinopse: O argentino
Ariel (Alan Sabbagh) trabalha como economista em Nova York e retorna a Buenos
Aires a pedido do seu pai para ajudá-lo em sua fundação. Ao chegar, Ariel
retoma o contato com sua cultura judaica no bairro Once e o choque acaba sendo
inevitável.
O Maior Amor do Mundo
Sinopse: O Dia das
Mães chegou e essa celebração é muito especial para várias mulheres, sejam
aquelas que já tenham filhos, as que estão grávidas e até outras que nem
imaginam a possibilidade de serem mães. Nessa data, os destinos de todas essas
mulheres vão se cruzar.
Prova de Coragem
Sinopse: O médico Hermano
(Armando Babaioff) se prepara uma escalada de alto risco na montanha da Terra
do Fogo, na Argentina. Mas sua namorada, Adri (Mariana Ximenes), revela que
está grávida, deixando o médico em dúvidas quanto à escalada. Ele se enche de
coragem e decide seguir em frente com o seu plano.
Sinopse:Capitão América
(Chris Evans) lidera a nova equipe dos Vingadores em seus esforços para manter
a humanidade em segurança. Depois que outro incidente internacional envolvendo
os Vingadores causa danos consideráveis, o aumento da pressão política resulta
na implementação de um sistema de responsabilidade e um conselho governamental
para determinar quando pedir ajudar da equipe. O ato divide as opiniões,
originando duas facções. Uma se alia ao Capitão América, que busca defender a
humanidade sem a interferência do governo. Já a segunda é liderada pelo Homem
de Ferro (Robert Downey Jr.), que decide apoiar as decisões do governo, dando
início a uma batalha entre ex-aliados.
Seres humanos falham,
cometem erros e precisam conviver com esse fardo. Mas o que aconteceria se
alguns desses seres humanos tivessem super poderes e errassem algumas vezes? A
resposta já foi verificada em alguns filmes anteriores e agora se intensifica
em Capitão América: Guerra Civil. Após os eventos vistos em
Vingadores: A Era de Ultron, o super grupo começa a ser questionado pelos
governos do mundo, se eles são um bem para a humanidade, ou um mau que precisa
ser controlado. A situação piora quando Capitão América e o resto dos Vingadores
tentam impedir um atentado arquitetado pela Hydra, mas infelizmente algo dá
errado e o resultado é de inúmeros inocentes mortos. Com isso, surge a lei da qual os super
heróis somente irão agir seguindo ordens do governo e ao mesmo tempo sendo vigiados. Inspirado na já clássica HQ
Guerra Civil escrita por Mark Millar (Kick Ass), a trama divide os Vingadores
em diversas questões, que vão desde liberdade de expressão, o direito de ir e
vir e ter a responsabilidade e o caráter de assumir os seus erros futuramente.
Com isso, lealdade e a amizade será colocada em cheque, principalmente pelo fato
da lei do registro não ser o único problema. A trama também é uma continuação de
Capitão América Soldado Invernal e, portanto surge novamente Bucky (Sebastian
Stan), que é perseguido por diversos governos do mundo e acusado de um recente
atentado que, aparentemente, cometeu. Com tantos personagens e
acontecimentos que acontecem a todo o momento na trama, é de se impressionar
que ela funcione, pois nas mãos de qualquer cineasta, sem um pingo de talento
na área, o resultado poderia ser deveras desastroso. Porém, os irmãos Russo,
não somente retornam as cadeiras como cineastas como também mantiveram o clima
de espionagem que ficou evidente na aventura anterior do Capitão e fazendo com
que a trama se torne mais pé no chão e consistente. Além disso, novamente eles
nos brindam com um verdadeiro show de cenas de ação e de luta, das quais sempre irão
me lembrar os melhores momentos da trilogia Borne, mas protagonizados por super
seres. Também é de se tirar o chapéu
o fato deles conseguirem até mesmo explorar o passado de alguns dos personagens
quando se achava que não havia mais nada para se explorar e isso acontece justamente
com o Homem De Ferro (Robert Downey Jr.). Sua primeira cena do filme já nos dá
uma dica do que virá a seguir, pois o papel do personagem na trama é cercado
por perdas e culpas e fazendo com que ele busque uma forma de redenção através dessa
nova lei do governo. Claro que isso dá de encontro com opiniões diferentes dos
seus colegas, principalmente do Capitão (Chris Evans) que opta em defender a
lealdade e confiança do seu próximo. Ambos estão certos e ambos
estão errados em suas ações, sendo que eles até debatem sobre suas diferenças,
mas os eventos em ação acontecendo faz com que o dialogo seja limitado e desencadeando
escolhas, por vezes, equivocadas. Isso se expande no restante do grupo e
fazendo com que cada um tenha o seu espaço para levantar a sua opinião. Como eu
disse acima, é surpreendente como inúmeros personagens surgem na tela e tenham o
seu espaço mais do que bem explorado, como no caso de Visão (Paul Bettany) e Feiticeira
Escarlate (Elizabeth Olsen), ambos ainda novos no grupo, mas tendo suas visões e
opiniões muito bem exploradas na trama. Falando em novos, era inevitável
que surgissem novos heróis, mas jamais imaginei que dois teriam suas origens contadas
já nesse filme, mas para a minha surpresa, tudo muito bem arquitetado e bem filmado.
Pantera Negra (Chadwick Boseman) tem a sua origem introduzida na trama
principal de uma forma tão perfeita, que poderia servir até mesmo de aulas
sobre como se faz um filme de origem, mesmo em poucos minutos de projeção. O seu
personagem tem um papel fundamental, até mesmo nos últimos minutos de filme. Mas se ele é uma novidade
muito bem introduzida, o que dizer do nosso velho conhecido Homem Aranha? Já
tendo uma trilogia cinematográfica mais do que perfeita e tendo uma nova cine-série
cancelada a partir do segundo filme, devido a repetições e fórmulas desnecessárias,
o personagem, interpretado por Tom Holland (Impossível), finalmente estréia no
universo cinematográfico Marvel, mas a forma como ele é introduzido, com uma pequena
ajuda do Homem de Ferro, é desde já um dos melhores e mais engraçados momentos
da trama. Ponto para os irmãos Russo que, de uma forma simples e direta,
conseguiram a proeza de introduzir um personagem com uma bagagem tão grande em sua
história. Mas se o amigão da
vizinhança está do lado do grupo do Homem de Ferro, por outro lado, o grupo do Capitão América consegue uma ajuda muito bem humorada do Homem Formiga/Scott Lang (Paul
Rudd). Tendo estrelado o seu próprio filme no ano passado, o personagem é introduzido
de uma forma bem humorada e muito bem aproveitado. Atenção para a cena do aeroporto,
onde o personagem nos brinda com um novo poder e que irá fazer com que os fãs
pulem das cadeiras. Falando na cena do aeroporto, é sem sombra de dúvida um dos momentos mais espetaculares das adaptações das HQ
dos últimos anos. Mesmo com tantos personagens em cena se digladiando, é impressionante
que nada fique confuso, mas sim lindo de se ver a cada momento. Todos os
poderes de cada um dos personagens são explorados ao máximo, em maior e menor
grau e nenhum ficando de fora nesse verdadeiro espetáculo de som e imagem. Claro que nem tudo são flores
já que o vilão principal da trama, Capitão Zemo (Daniel Bruhl) tem poucos
momentos em cena, mesmo sendo o responsável pela criação da teia de eventos de
toda a trama. Sua participação só ganha peso e relevância no ato final, pelo qual
serão reveladas suas reais motivações e revelando um terrível segredo que irá assombrar
pelo menos três personagens cruciais do longa. É nesse momento em que o filme
possui uma carga melodramática até então inédita dentro do universo cinematográfico
Marvel e provando que o estúdio pretende sempre quando puder explorar elementos
até então inéditos em seus filmes. Embora com minutos
finais meio água com açúcar, Capitão América: Guerra Civil é o encerramento e o
começo de uma nova era do Universo cinematográfico Marvel. Resta saber se a
revolução vista nessa obra será repetida nas produções seguintes ou se teremos
novas surpresas num futuro próximo. Os fãs só agradecem.