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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 7 de julho de 2015

Cine Dica: A Visitante Francesa entra em cartaz na Cinemateca Capitólio

A VISITANTE FRANCESA NA CINEMATECA CAPITÓLIO

A partir de quinta-feira, 09 de julho, A Visitante Francesa entra em cartaz na Cinemateca Capitólio. O filme é dirigido pelo sul-coreano Hong Sangsoo, um dos principais nomes do cinema contemporâneo. A exibição dessa pequena jóia protagonizada por Isabelle Huppert reafirma um dos principais compromissos da Cinemateca: resgatar grandes obras que tiveram pouco espaço dentro das grades limitadas do circuito comercial da cidade. Os filmes Almas Silenciosas, de Aleksei Fedorchenko, e O Lobo Atrás da Porta, de Fernando Coimbra, seguem em cartaz. 

O projeto de restauração e de ocupação da Cinemateca Capitólio foi patrocinado pela Petrobras, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES e Ministério da Cultura. O projeto também contou com recursos da Prefeitura de Porto Alegre, proprietária do prédio, e realização da Fundação Cinema RS – FUNDACINE.



A VISITANTE FRANCESA

(Da-Reun Na-Ra-e-Suh),

(Coréia do Sul/2012/90 minutos)

Direção: Hong Sang-soo



Anne (Isabelle Huppert) é uma mulher francesa que está em uma pequena cidade na Coreia do Sul, onde visita um amigo que está prestes a ter um filho e trabalha como diretor. Lá, ao visitar uma praia, conhece um empolgado salva-vidas (Yu Jun-sang), que tenta conquistá-la. Pouco tempo depois outras duas mulheres francesas, ambas chamadas Anne, chegam ao local e lidam com os mesmos personagens.



ALMAS SILENCIOSAS

(Ovsyanki)

(Rússia, 2010, 78 minutos)

Direção: Aleksei Fedorchenko



Quando Miron perde a sua esposa Tanya, ele pede ao melhor amigo Aist para realizarem juntos os rituais funerários da antiga tribo Merja, no intuito de respeitar a vontade da falecida. Entre os costumes encontra-se ocultação do cadáver, para que ninguém além dos dois veja Tanya morta, e também a celebração do enterro no mesmo local onde foi realizada a lua de mel. Durante a viagem até a margem de um riacho, onde deve ser enterrado o corpo, Miron revela os segredos mais íntimos com a esposa, e Aist também compartilha as suas lembranças. Logo, o viúvo percebe que não foi o único homem apaixonado por Tanya.



O LOBO ATRÁS DA PORTA

(Brasil, 2013, 100 minutos)

Direção: Fernando Coimbra



O desaparecimento de uma criança faz com que seus pais, Bernardo (Milhem Cortaz) e Sylvia (Fabiula Nascimento), vão até uma delegacia. O caso fica a cargo do delegado (Juliano Cazarré), que resolve interrogá-los separadamente. Logo descobre que Bernardo mantinha uma amante, Rosa (Leandra Leal), que é levada à delegacia para averiguações. A partir de depoimentos do trio, o delegado descobre uma rede de mentiras, amor, vingança e ciúmes envolvendo o trio.

 

09 de junho (quinta-feira)



16:00 – Almas Silenciosas

18:00 – O Lobo Atrás da Porta

20:00 – A Visitante Francesa



10 de junho (sexta-feira)



16:00 – Almas Silenciosas

18:00 – O Lobo Atrás da Porta

20:00 – A Visitante Francesa



11 de junho (sábado)



16:00 – Almas Silenciosas

18:00 – O Lobo Atrás da Porta

20:00 – A Visitante Francesa



12 de junho (domingo)



16:00 – Almas Silenciosas

18:00 – O Lobo Atrás da Porta

20:00 – A Visitante Francesa

segunda-feira, 6 de julho de 2015

Cine Especial: História do Cinema Gaúcho: Extra



Em 2003, eu estava assistindo ao filme O Homem que Copiava de Jorge Furtado no cinema. Imediatamente após a sessão, eu ouvia muitas pessoas admiradas com o fato do filme ter sido rodado em Porto Alegre e se maravilhado por ver certas partes da cidade ter sido filmada para a trama. O que essa geração nova talvez não saiba, é que já ouve inúmeros filmes rodados no RS, mas o que falta talvez seja uma falta de divulgação melhor, ou até interesse por uma pesquisa mais aprofundada sobre o assunto.
Neste final de semana ocorreu o curso História do Cinema Gaúcho, criado pelo Cine Um e ministrado pela Doutora, jornalista e professora  Miriam de Souza Rossini. Durante dois dias, e com muito bom humor, Miriam explicou a história dos altos e baixos do nosso cinema que, já existia desde o início do século, mas nunca teve exatamente um período forte da criação de inúmeros filmes. O que se seguiu e se criou ao longo das décadas, foi na realidade uma persistência da parte do cinéfilo gaúcho, na tentativa de se criar filmes, desde aqueles que sintetizassem o lado tradicionalista do estado, como também os períodos em que representavam as gerações de jovens da década de 70 e 80.
Durante os dois dias, soubemos um pouco mais da história do primeiro longa gaúcho, que foi Vento Norte de 1951, há filmes obscuros, mas redescobertos com o tempo, como no  caso de Abas Largas de 1963. Dos grandes sucessos de Teixeirinha (como Coração de luto), para uma linguagem que correspondesse com a geração da época, como no caso do longa Deu pra Ti anos 70 e curtas como No Amor. Curiosamente, por um bom tempo, Santa Maria foi um lugar farto de inúmeros cinéfilos que faziam seus curtas metragens com os recursos que tinham.
Assim como ocorreu em todo país (virada dos anos 80 e 90), tivemos a quase extinção de longas metragens, sendo que em 1992, o festival de Gramado somente havia filmes internacionais em exibição. A retomada veio em 1995, justamente com o filme filmado por aqui O Quatrilho, de Fábio Barreto. Além da retomada, não podemos nos esquecer dos inúmeros curtas metragens de sucesso, como aqueles exibidos na RBS, intitulados Histórias Curtas e que deu um novo gás para uma nova leva de cineastas gaúchos.
Por fim, o cinema gaúcho somente persiste por teimosia, mas é graças a essa teimosia gauchesca que temos uma história da 7ª arte para sempre ser contada. Confiram alguns momentos da atividade. 

 Hora de subir para mais uma nova atividade. 
E em boa companhia ao lado desse clássico. 
Assim começa o curso. 
Novamente Jorge fazendo as honras. 
Com bom humor, Miriam escavando para nós a história do cinema dentro do nosso estado.
Os nossos primeiros curtas da história.
Para Pedro: Uma das primeiras adaptações de O Tempo e o Vento.
Abas Largas: Filme Redescoberto. 
No Amor: Curta que correspondia com a juventude gaúcha da época.
Netto Perde a sua Alma: Um dos grandes representantes da retomada.
    

Leia também: Especiais sobre a história do Cinema Gaúcho clicando aqui.

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sexta-feira, 3 de julho de 2015

Cine Especial:Zumbis no Cinema:Eterno Retorno:Parte 3



Nos dias 11 e 12 de julho, eu estarei participando do curso Zumbis no Cinema: Eterno Retorno, criado pelo Cine Um e ministrado pelo critico, editor e tradutor César Almeida. Enquanto os dias da atividade não chegam, por aqui eu estarei relembrando os principais clássicos desse gênero que, para a nossa sorte, teima em não morrer.

 (Para morrer de rir)
A Volta dos Mortos Vivos (1985)
Misturando terror clássico com humor negro, além de várias referências aos filmes de mortos-vivos, A Volta dos Mortos-Vivos é um filme muito divertido e que acrescenta coisas à mitologia dos zumbis. Neste filme, eles são capazes de falar e são até bem inteligentes (uma sacada genial é a cena quando um dos zumbis escuta o rádio da ambulância, deixa de devorar o cérebro do paramédico e responde ao chamado falando "Mandem mais paramédicos"). Uma mudança é o fato dos zumbis se alimentarem apenas dos cérebros das pessoas, e não mais de seu corpo inteiro como em outros filmes (daí vem a clássico expressão "BRAAAAAAINS", dita por um dos zumbis e repetida até hoje nos Zombie Walks da vida). O elenco é ótimo e parece muito a vontade durante o filme inteiro com destaque para a dupla protagonista Karen e Matthews. Para os homens, quem rouba a cena, entretanto, é Linnea Quigley, como a punk conhecida como Trash, na clássica cena em que ela dança nua em cima de uma sepultura. Linnea tornou-se a rainha dos filmes B depois de estrelar várias produções de baixo orçamento, a maioria inéditas no Brasil.


Fome Animal (1992)
A primeira vez que eu assisti a esse filme foi no saudoso Cine Band Trach. Nunca mais me esqueci do verdadeiro banho de sangue que o filme proporciona, do agito da câmera ensandecida, mas acima de tudo, o humor negro dos mais divertidos. Mesmo com um baixo orçamento, Peter Jackson deitou e rolou fazendo esse filme, não poupando nenhum pouco nas cenas de violência, sangue e bizarrice (como a cena de um intestino vaidoso). Na época, nem imaginava quem era o diretor, muito pouco imaginava que um dia ele filmaria uma das melhores trilogias do cinema de todos os tempos (Senhor dos Anéis), mas é assim que os grandes diretores começam, por baixo, mas com grande estilo.

Todo mundo quase morto (2004)
Eu fico me perguntando se George A, Romero sabia que, com a sua criação de A Noite dos Mortos Vivos, geraria tamanhos frutos, tanto para inúmeros filmes com o mesmo tema, como também inúmeros debates que esses filmes proporcionam. No caso da deliciosa produção inglesa Todo Mundo Quase Morto, o filme não é somente uma mistura do gênero terrir com os filmes de zumbis, mas sim uma critica sobre a alienação das pessoas durante o dia a dia, no qual chegam a um ponto, que não precisaria de um vírus ou outra coisa para se tornarem zumbis, pois eles próprios estão se tornando isso. Belo exemplo é a fantástica cena do protagonista (Simon Pegg, hilário) onde ele sai da casa, atravessa a rua, vai para a calçada e chega ao mercado, sendo que durante o trajeto, a cidade já esta tomada de zumbis, mas ele simplesmente não se dá conta, porque ele sempre faz todo o santo dia o mesmo trajeto e esquecendo o que rola em volta. Infelizmente, o filme teve uma distribuição infeliz para cá, chegando apenas em DVD, mas rapidamente conquistou uma legião de fãs.

Zumbilândia (2009)

Todo mundo quase morto fez escola, tanto que, o diretor estreante Ruben Fleischer, sempre deixou claro que ao ver o filme inglês queria porque queria fazer algo parecido: um filme de zumbis, mas embalado com bom humor, sem ser uma sátira. Inicialmente para ser um piloto para uma serie de tv, o projeto acabou indo para o cinema e o resultado é pra lá de positivo. O filme toca num assunto muito divertido, que são as regras de sobrevivência num mundo de zumbis, algo que é sempre mostrado em outros filmes de gênero, mas nunca dito. O quarteto central é um sucesso a parte: Jesse Eisenberg (Rede Social) se sai bem como protagonista, narrador e o que dita às regras. Woody Harrelson está mais do que a vontade fazendo o papel de durão que, não da mole para morto vivo e por fim, Emma Stone e Abigail Breslin defendem a ala feminina com honras. Atenção para a hilária participação de Bill Murray que aqui faz ele próprio.
Mais informações e inscrições para o curso você clica aqui.
 

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