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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

Cine Especial: HERÓI: BÊNÇÃO OU MALDIÇÃO?



Em um dos inúmeros documentários sobre Star Wars que eu assisti, Harrison Ford contou como havia se entusiasmado com o sucesso do primeiro filme da franquia, pois a partir daquele filme, na opinião dele, começaria a ganhar outros inúmeros convites para outros projetos. Não há como negar que as adaptações de HQ de super heróis, ou heróis criados especialmente para o cinema tenham alavancado a carreira de inúmeros atores e atrizes, que hoje são verdadeiros astros de cinema. Porém, nem sempre é assim, oscilando para o previsível e trágico esquecimento.
Recentemente o filme favorito para o Oscar, Birdman, de Alejandro González (Babel), apresenta a historia de um ator que, se encontra fracassado, tentando dar a volta por cima na carreira, mas vive sob a sombra de um dia ter sido um super herói no cinema e não consegue desvencilhar dessa imagem. Embora eu ainda não tenha assistido a obra, com certeza é uma corajosa critica sobre o cinemão americano atual que, lançam inúmeros filmes de super heróis a cada ano e, fazendo das obras na maioria dos casos, uma verdadeira fonte de consumismo.
Como fica o interprete? Isso depende de cada um, da forma que for administrar a carreira em meio a esse espetáculo de luz e cor! Uns se dão bem, mas outros caem num beco sem saída e levando para o ostracismo. Pensando nisso, me vieram à mente alguns nomes do passado e do presente que viveu e vivem na corda bamba após o seu momento de glória cinematográfica. Abaixo segue a lista:   


Johnny Weissmuller (1904 – 1984)

Antes de ingressar para o cinema, Weissmuller era desportista, tendo conquistado cinco medalhas de ouro nos jogos olímpicos de 1924 e 1928. Não demorou muito para os produtores de Hollywood ficar de olho nele e oferecendo um papel no qual ele ficaria mundialmente conhecido. Ao ser escalado para ser Tarzan em 1934, nascia ali um dos primeiros grandes heróis do início do cinema falado. Os primeiros quatro filmes são verdadeiras obras primas, mas os filmes seguintes foram caindo de qualidade, rendendo no total 12 filmes. Weissmuller ainda seria astro em outra franquia, atuando na série de filmes Jim das Selvas entre 1948 e 1955, num total de 16 filmes de média metragem.
A série foi transferida para a TV, mas não tendo mais o mesmo frescor e Weissmuller mostrando já sinais de velhice e obesidade. Nos anos 60, já aposentado, o ator vivia sendo convidado para promover os outros filmes do personagem e sendo interpretado por outros atores. Morreu em 1984 de edema pulmonar.      



Leonard Nimoy

Dispensa apresentações. Ator, cineasta, poeta, pintor e fotógrafo, Nimoy sempre será lembrado como Spock, talvez o personagem mais querido da franquia Star Trek. Embora talentoso, Nimoy nunca conseguiu fazer outro personagem que pudesse desvencilhar de sua imagem do personagem vulcano, mas não foi por falta de persistência. Quando a Paramount decidiu levar a série para o cinema, Nimoy não queria de forma alguma participar da produção, pois acreditava que não havia mais nada a explorar no personagem. No segundo (e melhor) filme da franquia para o cinema, Nimoy somente reprisou o seu personagem se caso ele morresse no final e foi o que aconteceu.
Mas já era tarde, pois os fãs queriam a ressurreição e Nimoy não somente retornou ao personagem nos dois filmes seguintes como também veio a dirigi-los. O ator voltaria a ser o personagem até o sexto filme para aí sim largar o personagem, Porém, eis que Nimoy retorna a esse universo no novo Star Trek numa participação importantíssima. Atualmente o interprete está aposentado e embora venha sempre ser lembrado por um único personagem, ele atualmente leva isso na esportiva.   

Mark Hamill

Mais do que um grande sucesso, Star Wars - Episódio IV - Uma Nova Esperança mudou a cara do cinema de entretenimento para sempre, gerando imitadores e fazendo com que os estúdios se voltassem para o lado mais aventureiro que pouco existia nos anos 70. De status a desconhecido, Mark Hamill viu seu rosto estampado em todos os lugares, desde as camisetas há figurinhas de chiclete. Infelizmente o destino lhe provocou uma peça: pouco antes das filmagens do episódio V, hamill sofreu um acidente de carro, o que lhe provocou sérios machucados no rosto.
Após o término da trilogia, Mark Hamill não obteve boa sorte no cinema e se limitou em apenas atuar nas peças da Broadway. No inicio dos anos noventa, ele veio a ser convidado pelos estúdios Warner para fazer a voz do Coringa na animação para TV de Batman que, para muitos fãs, é considerado a melhor encarnação do personagem na época. Mark Hamill voltará a ser Luke Skywalker novamente ainda esse ano na nova trilogia.      



Christopher Reeve (1952 – 2005)

Talvez um dos casos mais tristes. Reeve foi à escolha perfeita para ser Superman em 1978, mesmo quando os produtores queriam alguém mais famoso para a época. Porém, Richard Donner bateu o pé e manteve Reeve para o papel, criando não somente uma das melhores adaptações de HQ para o cinema, como também nos brindou com o melhor casamento entre interprete e personagem naquele tempo. Entre o segundo e terceiro filme, Reeve surpreenderia numa ótima atuação no maravilho Em Algum lugar do passado.
Infelizmente em 1995, Reeve sofreu uma queda do seu cavalo fazendo com que ficasse tetraplégico. Um ano depois, foi aclamado em pé na cerimônia do Oscar. A partir daí passou a lutar por pesquisas com células-tronco e criou a Christopher Reeve Paralysis Foundation, visando a melhorar a condição de vida de pessoas como ele, vítimas de algum tipo de paralisia. Em 27 de janeiro de 1996, foi condecorado com a Ordem Bernard O'Higgins, como reconhecimento à defesa pública que fez dos atores chilenos durante a ditadura de Pinochet. Em setembro de 2003, ganhou o Prêmio Lasker. 
Reeve viria a falecer em 10 de outubro de 2004 aos 52 anos de uma grave infecção, em virtude do seu estado de saúde.


Sam J. Jones

Somente pelo nome ninguém se lembra, mas Jones foi ninguém menos que  Flash Gordon na super produção de Dino de Laurence de 1980. Antes disso ele era apenas um jogador de futebol americano. Embora o filme seja cultuado até hoje, Jones jamais faria outra coisa mais significativa, a não ser interpretando ele mesmo na comédia TED.   

 

Michael Keaton

Antes do estrelato, Keaton atuava apenas em comédias mornas, até se consagrar em Os Fantasmas se Divertem de Tim Burton. Com o mesmo diretor, ele estrelaria o filme que marcaria o encerramento dos anos 80: Batman, super produção que deu início á inúmeras tentativas dos estúdios levarem super heróis de HQ para o cinema e gerando um enorme Marketing.
Mas nem tudo foram flores na época, pois Keaton nunca foi visto com bons olhos pelos fãs do personagem, gerando inúmeras cartas de protesto contra o estúdio, alegando que o ator não tinha nada haver com o herói. Ele viria atuar novamente no segundo filme, mas depois disso, vendo que os estúdios estavam mais pensando em dinheiro do que criar uma boa historia, tanto o ator como diretor caíram fora das produções seguintes. Durante toda a década de noventa, o ator foi tentando atuar em bons papeis, sendo a sua participação mais significativa foi no filme Jack Brown de Quentin Tarantino. 
Atualmente, Keaton deu a volta por cima, atuando em Birgman, cujo filme tem muito haver com a sua carreira do que se possa imaginar.     
           

Val Kilmer

Embora tenha atuado em alguns filmes conhecidos (vide Top Gun e Willow), Kilmer somente se destacou interpretando o lendário Jim Morrison, vocalista e compositor da banda The Doors, no filme "The Doors", de Oliver Stone, lançado em 1990. Quando a Warner queria mudar tudo na franquia de Batman a partir do terceiro filme, o estúdio escolheu o ator para interpretar o personagem, acreditando que ele tinha mais porte de herói. Batman Forever foi uma produção complicada nas mãos de Joel Schumaker e piorou ainda mais quando Kilmer começou a dar dor de cabeça durante as gravações.
Isso lhe custou à participação no quarto (e pior) filme da franquia. Embora tenha escapado de uma bomba, Kilmer passou a ser lembrado com o Batman mais sem sal dos filmes e de uma forma direta ou indireta, acabou lhe prejudicando ao longo dos anos. O ator pode ser visto no recente filme de Coppola, intitulado Virginia.    
        

Tobey Maguire

Antes do estrelado, Maguire já era meio conhecido, atuando em filmes mais autorais como Regras da Vida, A Vida em Preto e Branco e Garotos Incríveis. O ator era perfeito para atuar em Homem Aranha, filme que alavancou a onda de adaptações de HQ para o cinema e que dura até hoje. Em meio ao primeiro e segundo filme Maguire ainda atuaria em Alma de Herói. Infelizmente após o terceiro filme 2007, o estúdio decidiu não prosseguir mais com Maguire e tão pouco com o diretor Sam Raimi. 
Neste meio tempo, o ator só voltaria se destacar em 2013 no filme  O Grande Gatsby ao lado de Leonardo Dicaprio. O futuro do ator, por enquanto é ainda incerto.



Hayden Christensen

Embora tenha interpretado um dos personagens mais importantes da historia da ficção científica do cinema, Christensen jamais convenceu muito como o jovem herói Anakin Skywalker (futuro da Darth Vader) recebendo duras criticas dos fãs da saga até o ultimo filme de 2005. O ator até prosseguiria num outro filme intitulado Jumper, mas o universo criado por Jorge Lucas e a resposta negativas dos fãs, foram tão ruins para ele, que ele veio a decidir se afastar do mundo da fama. 

                                                             Brandon Routh

Após a morte de Christopher Reeve, a Warner decidiu de uma vez por todas retomar os filmes do herói para o cinema em 2006. Chamaram Brian Singer (X-Men) para direção e escolheram um completo desconhecido, mas que, segundo eles, tinha a cara do falecido astro. Brandon Routh até que tentou convencer como Superman, mas o seu problema foi à total falta de expressão e de um filme que não possuía identidade própria. Atualmente, Brandon Routh ganha uns trocos atuando na série de TV Arrow.



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Cine Curiosidade: Universal Pictures divulga cartaz nacional de ‘Hacker’, de Michael Mann

Universal Pictures divulga cartaz
nacional de ‘Hacker’, de Michael Mann

SUSPENSE TEM ESTREIA EM 5 DE MARÇO NO BRASIL
O astro de “Thor” e “Os Vingadores” é destaque no cartaz oficial de “Hacker” (Blackhat), nova produção da Universal Pictures que estreia no Brasil em 5 de março. Para fazer o download do cartaz, clique aqui: http://migre.me/o0PLB
Com direção de Michael Mann, de “Colateral” e “Inimigos Públicos”, o suspense retrata o mundo do cibercrime e acompanha o ex-prisioneiro e gênio da codificação Nicholas Hathaway durante uma investigação de alto nível. Liberado pela polícia para auxiliar nas investigações, Hathaway inicia uma caçada a uma rede de criminosos por Chicago, Los Angeles, Hong Kong e Jacarta.      
A produção ainda conta com Viola Davis, Tang Wei e Wang Leehom no elenco principal e tem roteiro assinado por Morgan Davis Foehl e Mann. 

Trailer #1 - http://migre.me/m4FHY
Trailer #2 - http://migre.me/nsHDs

quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

Cine Dica: Em Blu-Ray, DVD, Netflix e locação via TV a Cabo: 2019-O ANO DA EXTINÇÃO



 COM A CHEGADA DE O PREDESTINADO PARA LOCAÇÃO, RELEMBRAMOS AQUI SOBRE O PRIMEIRO GRANDE FILME DOS IRMÃOS E CINEASTAS SPIERIG
 
Sinopse: Um misterioso vírus se espalha pela Terra, transformando quase toda a população em vampiros. Agora, as grandes cidades ganham vida quando o sol se põe e o sangue humano é o principal alimento da população. Enquanto os poucos humanos que ainda restaram são caçados e aprisionados numa espécie de fonte de alimento, toda a esperança está nas mãos do cientista Edward Dalton (Ethan Hawke), um vampiro que não quer se entregar à escuridão e luta para manter o lado humano que ainda existe dentro dele. Ed terá que enfrentar sua própria espécie em uma batalha mortal que irá decidir o futuro da raça humana.

Já houve inúmeros filmes que retratassem o futuro da humanidade em diversas formas, seja caótica ou super avançada e quando se acha que idéias originais se esgotaram totalmente, eis que a dupla de irmãos Michael e Peter Spierig criam uma trama pra lá de genial. O início do filme já e de uma originalidade única ao mostrar resumidamente o dia a dia (ou noite) dos vampiros dominando todo o planeta, mas seguindo suas vidas de uma maneira comum, desde indo trabalhar e comendo seu fast food de sangue. O grande acerto do filme é de possuir um roteiro que faz uma critica ao consumismo do mundo atual através do consumo de sangue de humanos na trama e com isso, os vampiros passam fome em todo o globo quando os humanos começam a desaparecer de forma acentuada.
Fora o fato de ser um filme de terror com toques de ficção para adultos, a trama possui todos os elementos que atrai as grandes massas como boas cenas de ação, suspense e terror. Até hoje me pergunto por que esse filme demorou tanto para sair da gaveta, já que a produção foi feita em 2007 e estreou somente em 2009 e por aqui nem sequer chegou as nossas salas. Ou seja, mais um erro das distribuidoras brasileiras e que posteriormente se repetiu com o genial O Predestinado.   
Ethan Hawke, Sam Neill e Willem Dafoe são as estrelas conhecidas do elenco e cumprem bem seus respectivos papeis, mas pela historia, a criação desse universo gótico a “lá Blade Runner” eu acho que o grande destaque mesmo fica para os cineastas e irmãos Michael e Peter Spierig que com pouco dinheiro, criam um filme que dá de dez a zero para algumas super produção de grande orçamento, mas que no fim desapontam nas bilheterias.
  

Leia também: O PREDESTINADO


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Cine Dicas: Estreias do final de semana (08/01/15)

Whiplash - Em Busca da Perfeição
Leia a minha critica já publicada clicando aqui.
Sinopse: O solitário Andrew (Miles Teller) é um jovem baterista que sonha em ser o melhor de sua geração e marcar seu nome na música americana como fez Buddy Rich, seu maior ídolo na bateria. Após chamar a atenção do reverenciado e impiedoso mestre do jazz Terence Fletcher (JK Simmons), Andrew entra para a orquestra principal do conservatório de Shaffer, a melhor escola de música dos Estados Unidos. Entretanto, a convivência com o abusivo maestro fará Andrew transformar seu sonho em obsessão, fazendo de tudo para chegar a um novo nível como músico, mesmo que isso coloque em risco seus relacionamentos com sua namorada e sua saúde física e mental.


                                                Acima Das Nuvens
Sinopse: No auge da carreira Maria Enders é convidada para atuar numa remontagem da peça que a tornou famosa há 20 anos. Naquela primeira versão ela atuou no papel de Sigrid uma jovem sedutora que leva sua chefe Helena ao suicídio. Agora no entanto ela é convidada para o outro papel o de Helena. Maria viaja com sua assistente para ensaiar em Sils Maria uma região remota dos Alpes. O papel de Sigrid é dado a uma jovem estrela em ascensão em Hollywood com uma inclinação para polêmicas.




Loucas pra casar
Sinopse: Depois de ser deixada no altar e descobrir que o noivo fez a mesma coisa com outras duas mulher procura as outras vítimas para criar um plano de vingança contra o sedutor.




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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Cine Dicas: Em Cartaz: Duas ótimas dicas de um cinema mais alternativo



 Libertem Angela Davis



Sinopse: Este documentário retrata a vida de Angela Davis, uma professora de filosofia nascida no Alabama, e conhecida por seu profundo engajamento em defesa dos direitos humanos. Quando Angela defende três prisioneiros negros nos anos 1970, ela é acusada de organizar uma tentativa de fuga e sequestro, que levou à morte de um juiz e quatro detentos. Nesta época, ela se tornou a mulher mais procurada dos Estados Unidos. Ainda hoje, Angela é um símbolo da luta pelo direito das mulheres, dos negros e dos oprimidos.


Assistir a Libertem Angela Davis (em exibição no IMS-RJ) no calor do que foi a corrida presidencial brasileira é, por isso, melhor do que todo o noticiário junto. O documentário de Shola Lynch sobre o processo movido contra a ativista negra americana nos Estados Unidos dos anos 1970 mostra abundantemente o que nos falta hoje, no Brasil dos 2000: política. Não se trata de política nova ou velha, mas de política em seu sentido renovador, incômodo e polêmico. Para usar a formulação lapidar de Jacques Rancière, a política só acontece quando há desentendimento, quando aquele que não pode falar em determinado momento ou lugar toma a palavra para dizer o que não se quer ou espera que diga.
Desejar, exigir, se situar no presente, vislumbrar o futuro. Foi isso que Angela Davis, os Panteras Negras e simpatizantes de todo o mundo fizeram à custa de um desentendimento tão profundo que envolveu morte, prisão, processo, rompimentos e discussão. Mas, em nosso peculiar dicionário político, desejar, exigir e se situar (para vislumbrar o futuro) viraram sinônimos de acordos e consensos. São verbos cuja conjugação supostamente exclui as refregas, inevitáveis quando eles são usados de forma honesta e consequente.
Política para valer, que vale a pena, lembra a História, não se faz com a tepidez dos bons modos. Pois eles sempre favorecem aqueles que não querem sair do lugar.

 



Ventos de Agosto



Sinopse:Agosto. Um pesquisador de som de ventos alísios desembarca em uma pacata vila de pescadores e abala a rotina de Shirley (Dandara de Morais), que trabalha em uma fazenda, e Jeison (Geová Manoel dos Santos), praticante da pesca submarina. A maré está alta, os ventos fortes e a vila nunca mais será a mesma.

O cineasta Mascaro disseca com profundidade os personagens de forma tão honesta e verdadeira que impressiona. Mas não pensem que é uma história comum, vista muitas vezes no cinema. Ventos de Agosto é uma mostra do cotidiano de pessoas que se limitam a viver na escassez até do próprio sonhar, onde qualquer situação fora do normal daquela rotina se torna um grande acontecimento no lugar onde eles vivem. 
É um retrato do Brasil que não aparece nos noticiários, um Brasil que não conhece o Facebook nem vai perder seu tempo querendo saber o que é whatsapp. Ventos de Agosto é uma tentativa válida de mostrar que o cinema também pode ser visto como poesia. Para ajudar nessa validação, a fotografia do filme beira ao espetacular o que nos proporciona flashes de um nordeste lindo. Esse trabalho merece ser visto pelo público, precisamos conhecer nossas belezas e nossas histórias. Esse também é o nosso Brasil.



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