Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Sinopse: A trama mostrará o agente secreto Ethan Hunt e seu time da força-tarefa Missão Impossível no papel de foragidos da justiça. Após serem acusados de um atentado a bomba na Rússia Hunt e seu novo time precisam limpar o nome de sua agência quando o Presidente decreta o início doProtocolo Fantasma. Contando apenas com sua experiência e a ajuda do misterioso Brandt Hunt deve trabalhar fora do radar do Governo que os acusa de serem terroristas tentando iniciar uma Guerra Nuclear.
O grande charme e acerto da cine série Missão Impossível, é sempre se reinventar em cada filme, sendo que isso acontece com a sempre troca dos diretores em cada aventura. Tivemos Brian De Palma, John Woo, J.J Abrams e agora (surpresa) Brad Bird, talentoso diretor de animação, que dentre outras coisas, fez obras primas como O Gigante de Ferro e Os Incríveis. Sendo a primeira vez na carreira em que dirige atores, muitos se perguntavam se Brad dava conta do recado, mas os primeiros minutos da aventura, deixam bem claro de que como ele se sentia seguro atrás da câmera, ao dirigir determinadas cenas. O primeiro ato é de um primor único, onde ele coloca o publico naquele universo, aparentemente, sem termos idéia do que está acontecendo na tela, mas gradualmente as peças vão se encaixando, e imediatamente ficamos a vontade ao lado dos protagonistas que se apresentam, em especial, ao já conhecido Ethan Hunt, herói de toda a franquia, interpretado pelo astro Tom Cruise,
Embora esteja na casa dos 50 anos, Cruise se mostra muito bem a vontade nas cenas de ação, e não se intimida nas cenas mais perigosas, em especial, aquela em que ele está escalando um prédio gigantesco, ou então, correndo atrás do vilão, em meio a uma tempestade de areia. São dois grandes momentos do filme, e o ator da conta do recado, como se tivesse com menos de 20 anos de idade. O filme ainda tem espaço para o desenvolvimento de outros personagens, como no caso (com um passado ligado a Hunt) de Jeremy Renner (Guerra ao Terror) que não se intimida também nas cenas de ação, assim como a heroína da trama, interpretada por Paula Patton, que sabe unir graça e poder, em cenas em que ela rouba a cena, mas é Simon Pegg (Chumbo Grosso) o meu personagem preferido, onde ele cria piadas certeiras a todo momento e diverte o publico sempre quando entra em cena.
Embora uma trama simples, criada pelo roteirista André Nemec. Missão Impossível: Protocolo Fantasma, é uma bela aventura caprichada e que não ofende ninguém que está procurando duas horas de curtição, e sem sombra de duvida, é um recomeço para a carreira de Tom Cruise que andava mal das pernas.
Sinopse: No filme “As Aventuras de Tintin, O segredo do Licorne” , O Menino Aventureiro Tintin descobre um mapa(pergaminho) que dá a um tesouro, porém muitos o querem. Tintim passa por muitas aventuras com seu cãozinho Milu.
O que eu acho? Trata-se da adaptação cinematográfica dirigida por Steven Spielberg e produzida por Peter Jackson das aventuras criadas pelo desenhista belga Hergé. Infelizmente, o filme não estreou bem nos EUA, mas fez grande sucesso na Europa (onde suas HQ fazem mais sucesso) a pergunta que fica é: Porque fracassou em território americano?
Pelo trailer, da para ver que a animação é muito bem feita, porém, o filme sofre o mau de (visualmente), os personagens não passarem vida através dos olhos, o que acaba incomodando muitas as pessoas que assistem, ou então, o filme fracassou porque o americano não era familiarizado pelas historias do personagem. Mas esperar o que do publico americano atualmente né. Sendo que, eles têm a capacidade de encher as salas de cinema, para assistir horrores como as continuações de Transformers, não me espanta que boas historias sejam ignoradas atualmente por lá. O filme estréia agora por aqui dia 20 de Janeiro, daí então, saberemos se o fracasso por lá foi injusto ou não!
De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!
Fausto
Sinopse: Baseado na famosa peça de Goethe, temos Fausto, um velho alquimista que vê sua cidade ser assolada pela peste negra. Vendo tanta morte, começa a pensar sobre sua própria finitude. Ele então evoca Mefistofeles, e lhe pede sua juventude de volta e eterna. O demônio a garante, em troca da alma de Fausto. Tudo parecia perfeito, até este se apaixonar por uma jovem italiana.
Mais outra grande obra prima de Murnau. e sem sombra de duvida, um dos melhores exemplares do expressionismo alemão. Visualmente, o diretor se inspirou em pinturas góticas do século XIX. Num clima sombrio e opressivo, o cineasta adaptou o poema de Goethe para defender a paixão em detrimento da racionalidade. Um clássico indiscutível e que serviu de base para outros filmes posteriormente. Atenção para a cena em que o demônio lança a peste na cidade, onde com certeza Disney viu, e se inspirou, ao criar o ato final do filme Fantasia.
Sinopse:Todo herói tem uma jornada. Toda jornada tem um fim. Batman agora é perseguido pela lei acusado de ter assassinado Harvey Dent, em uma busca liderada por seu amigo Comissário Gordon. Ele precisa lidar rapidamente com a chegada do novo vilão Bane, que causa destruição e caos em Gotham City, enfrentar velhas feridas com a enigmática Selina Kyle e salvar a cidade antes que tudo seja perdido para sempre.
O que eu acho? Christopher Nolan tem a missão ingrata de fazer algo, pelo menos no mesmo nível que foi Cavaleiro das Trevas. A missão não é fácil, mas também não é difícil, contudo, ele já adianta que para o bem ou para o mau, ele encerra sua visão pessoal sobre o morcego neste filme, ou seja, não haverá volta, principalmente na forma que ele encerra a historia. E o que isso quer dizer? O herói morrera?
O que foi divulgado até agora, da entender que a trama se inspirou um pouco na saga a Queda do Morcego, onde o vilão Bane quebra o herói ao meio e domina a cidade de Gothan. Nunca apreciei muito esse oponente, somente no principio das primeiras historia quando ele surgiu, mas acredito que Nolan fará algo completamente diferente para o personagem e pelos primeiros trailers já deixa bem claro isso. Resta saber também se (mesmo que o filme seja 100% positivo) o publico não sentira falta da interpretação assombrosa de Ledger como Coringa.
De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista:
NOSFERATU
Sinopse: Hutter (Gustav von Wangenheim), agente imobiliário, viaja até os Montes Cárpatos para vender um castelo no Mar Báltico cujo proprietário é o excêntrico conde Graf Orlock (Max Schreck), que na verdade é um milenar vampiro que, buscando poder, se muda para Bremen, Alemanha, espalhando o terror na região. Curiosamente quem pode reverter esta situação é Ellen (Greta Schröder), a esposa de Hutter, pois Orlock está atraído por ela.
Adaptação não autorizada do livro Drácula, de Bran Stoker (o mesmo serviu de base para as versões de Werner Herzog e de Francis Ford Coppola). A força perene deste clássico do expressionismo está no seu belo visual sombrio, apoiado em incrível cenografia gótica. Grandes momentos: a chegada ao porto de Bremem, o povo carregando caixões e o antológico encontro entre o conde (Shreck, extraordinário e sinistro) e Ellen (Schroeder).
O filme é do tempo do expressionismo alemão um dos melhores filmes que representam o que foi essa época. Dirigido por F.W Murnau, um dos grandes gênios desse tempo que infelizmente morreu precocemente em um acidente de carro na década de trinta. Nosferatu é mais do que um clássico, é o seu testamento para o mundo.
Curiosidades: Originalmente o título de Nosferatu seria “Drácula”, assim como o livro de Bram Stoker em que foi inspirado. Porém, como o próprio Bram Stoker não autorizou o uso do nome, o diretor F.W. Murnau resolveu alterálo para o título atual.
Nosferatu é a primeira versão da clássica história do Conde Drácula nos cinemas.
Sinopse: Aventura mágica que mostra como Bilbo bolseiro conseguiu “O Anel”, peça fundamental para a origem da trilogia O Senhor dos Anéis:
O que eu acho? Eu começo 2012 lembrando desse importante lançamento que só chegara final desse ano. A trama se passa sessenta anos antes dos acontecimentos vistos na trilogia que conquistou o mundo, e a pergunta que fica é: Será do mesmo nível de qualidade dos filmes anteriores? Comandado pelo mesmo diretor (Peter Jackson), O Hobbit tem tudo para não só atrair os fãs, como também uma nova leva de admiradores e se tornar um campeão de bilheteria!
Por fim, Cinema Cem Anos luz, encerra suas postagens de 2011, onde eu encerro listando os dez melhores filmes deste ano. A pergunta que fica no ar é: Foi um bom ano? Alguns críticos por ai, disseram que foi um ano meio que fraco, mas eles se baseiam somente no cinema americano, que convenhamos, vive uma verdadeira crise de falta de idéias, que felizmente, isso não acontece com os pequenos filmes de lá, os independentes que vêm surpreendendo cada vez mais, desde os anos noventa, enquanto as produções de grande orçamento (com algumas exceções) tem só decepcionado. Mas o cinema em si é global, temos boas opções, saídos da frança, Argentina, Espanha, e logicamente, aqui do Brasil, que provou que cinema brasileiro, não fica preso na mesma formula, e se arrisca em outros terrenos, como a ficção O Homem Do Futuro e potencial para ótimos documentários como O Lixo Extraordinário.
E para aqueles que me acompanham por aqui, já adianto, que talvez saio um pouco de cena, para recarregar as baterias e aproveitar mais as férias que eu estou curtindo. Mas como eu sou viciado em escrever, sobre o que eu acho dos filmes que eu assisto, não se surpreendam que eu apareça mais cedo do que se imagina, principalmente porque em breve, participarei de mais um curso pelo CENA UM (Cinema de Horror) e portanto, aguardem novos especiais por aqui.
Além da lista e dos textos abaixo, cliquem nos títulos para lerem as criticas que eu escrevi na época.
DESEJO A TODOS UM FELIZ 2012 E ANO QUE VEM TEM MAIS!
O diretor Darren Aronofsky já havia provado que se pode criar um filme de terror (em Réquiem Para Um Sonho), onde o verdadeiro horror pode estar em nossas próprias mentes. Apesar de possuir elementos que lembram clássicos como O Inquilino e a Repulsa do Sexo (ambos de Polanski) Cisne Negro fala por si, com cenas arrebatadoras (com o impressionante ato final) e um dos grandes desempenhos dos últimos anos, que é de Natalie Portman, que desde O Profissional, sabia que essa jovem atriz iria longe.
O filme que me fez mudar minha opinião sobre Juliette Binoche, que antes, não considerava como uma boa atriz, mas as coisas mudam, e esse filme, me fez mudar de opinião completamente. Foi com esse filme também, que tive o prazer de conhecer o talento do diretor iraniano Abbas Kiarostami, que antes desse, havia criado uma filmografia impecável, onde pode se ver, inúmeros elementos que ele usaria neste filme (como no filme Dez). Com uma trama simples, mas eficaz, o filme nos leva a inúmeras interpretações sobre aquele casal central e quando a trama termina, ficamos com a pulga atrás da orelha sobre a verdadeira origem do encontro de ambos.
Acredito que o que Lars Von trier está querendo fazer, é uma trilogia do terror psicológico, apartir do filme anticristo. Embora as tramas sejam completamente diferentes, o que vemos em Melancolia, em comum com o anterior, é que são personagens sofrendo um terror interior, que simplesmente eles não podem se desvencilhar, e tudo que podem fazer, são abraçar o inevitável. Com um prólogo e epilogo arrebatadores, o filme apresenta um dos melhores desempenhos de Kirsten Dunst, que prova que vivera bem sem a cine serie do Homem Aranha.
Uns aman e outros odeiam completamente. Mas esses últimos que não gostaram do filme, deveriam ter se informado mais sobre onde estavam pisando, pois o que pode se esperar de um diretor (Terrence Malick) que teve a capacidade de sempre esperar “a hora magica do dia”, para filmar todas as cenas do clássico Cinzas do Paraíso?
Se soubessem disso, teriam mais ou menos uma base do que esperar desse enigmático A árvore da Vida, onde explora os significados sobre a união da família, interligados com a origem da vida, da morte, do que nos somos, para onde vamos e o que é exatamente o contato do ser humano com a natureza em volta. Ou então, o que isso tudo tem haver com Deus ou com o acaso? Como eu disse, ame ou odeie!
Por um momento, Pedro Almodóvar não parecia ele mesmo no inicio desse filme, mas isso foi apenas uma forma dele se inovar e criar uma trama completamente diferente de tudo que ele já fez. Mas ao mesmo tempo, conseguiu colocar todos os seus elementos (como crise de identidade) que tanto usou em seus filmes anteriores, e criar algo novo, mas que soa familiar, se comparado ao que fez no passado. O filme também marca o retorno da parceria dele com Antonio Bandeiras, que cá pra nós, viver só de Gatos de Botas não rende.
É bem da verdade, que os melhores filmes de Wood Allen, ainda são do inicio de sua carreira, mas convenhamos, o diretor tem surpreendido, ao largar o território americano e filmar em outros países. Dessa deliciosa nova safra, Meia Noite em Paris provou ser um dos seus melhores vinhos, ao criar uma historia mágica, que presta uma bela homenagem ao cinema, artes plásticas, literatura, e acima de tudo a própria capital francesa.
O novo cinema Argentino tem nos surpreendido cada vez mais, provando que O Segredo Dos Seus Olhos, não foi algo isolado. Novamente com o astro do momento de lá (Ricardo Darin) a trama acompanha a união inusitada desse ultimo, com o chinês (Ignacio Huang) que a principio, eles não tem ligação nenhuma, mas bem da verdade, as coisas são bem assim, e conforme o tempo passa, irão se ajudar um ao outro. Uma comedia dramática deliciosa e reflexiva.
Foi apartir de Cheiro do Ralo, que Selton Mello, provou para mim de uma vez por todas que era um dos melhores atores brasileiros atualmente, mas não é que ele é bom atrás das câmeras também!
Com uma trama deliciosa, com cores quentes, o filme acompanha a trajetória de um jovem palhaço em busca de sua própria identidade. Um raro caso do cinema brasileiro, que estreou de uma forma discreta, e logo foi conquistando o publico e a critica.
Tinha tudo, mas tudo mesmo, para essa reinvenção do clássico de 1968 dar errado, mas não é que estávamos completamente errados! Com uma trama fresca, acompanhamos o desenvolvimento do chimpanzé Cezar (Andy Serkis, espetacular). De sua origem, para o cativeiro, e de lá, para revolução contra os humanos. Isso pode ser apenas o principio, pois graças ao sucesso de critica e de publico, não me surpreenderia se viesse uma trilogia dessa nova versão. Para um diretor estreante como Rupert Wyartt, começou bem com o pé direito.
Thor e Capitão America foram boas aventuras criadas pela própria Marvel em seus estúdios, mas foi fora de lá (pela Fox) que se criou uma dos melhores filmes de HQ do ano. Com uma trama que se passa antes dos acontecimentos dos filmes anteriores, acompanhamos o desenvolvimento de personagens já conhecidos pelo publico, mas de uma forma não repetitiva, como se tivéssemos conhecendo eles novamente. Surpreendentemente, o filme nos apresenta o que parecia impossível, que é apresentar um desempenho tão bom, quanto de Ian McKellen quando fez Magneto, e Michael Fassbender é a bola da vez! Visto, falando frases de efeito em 300, o ator chamou atenção em Bastardos Inglórios, mas sua consagração finalmente veio por aqui, ao apresentar novas camadas da personalidade desse velho personagem, tão conhecido pelos leitores de HQ. Matthew Vaughn (Kick Ass) provou que o universo mutante no cinema se vive sem Wolverine!