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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: O PALHAÇO

UM HUMOR QUE FAZ FALTA NO CINEMA BRASILEIRO
Sinopse: Benjamim e Valdemar formam a fabulosa dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue. Eles vivem pelas estradas na companhia da divertida trupe do Circo Esperança. Mas Benjamim acha que perdeu a graça e parte em uma aventura atrás de um sonho. Venha rir e se emocionar com este grande espetáculo.

Feliz Natal foi a primeira experiência de Selton Mello como diretor, mas é nesse, O Palhaço, que ele prova que nasceu, não só para ser um dos melhores interpretes do cinema brasileiro atual, como também prova ter talento atrás das câmeras. Além de dirigir o filme, ele também atua na historia o que já é um grande desafio que não é para muitos cineastas que existem por ai, portanto merece todo o credito. O seu personagem Benjamin pode tranquilamente figurar entre os melhores personagens que ele atuou na telona (ao lado do protagonista de Cheiro do Ralo) onde ele consegue passar para o espectador toda sua insegurança sobre que realmente quer da vida, e com isso, solta a triste e certeira frase: “eu faço as pessoas rirem, mas quem me faz rir?”.
Apesar da crise existencial do protagonista, o filme não cai no drama facilmente e oscila tranqüilamente com momentos de humor, por vezes pastelão, por vezes num estilo de humor inteligente visto nos filmes antigos como do Mazzaropi, que convenhamos, faz falta no cinema brasileiro atual. Um dos pontos, particularmente meus favoritos da trama, são as aparições hilárias de personagens excêntricos, que por mais estranhos que sejam, divertem pelas suas palavras incrivelmente engraçadas, como no caso do delegado que surge em certo ponto da historia. São participações pequenas, mas jamais vazias, pois elas estão ali por um significado, mas nunca para somente encher a linguiça. Vale destacar a fantástica fotografia em cor pastel, dando a entender que a trama se passa em um tempo passado distante, onde tudo era mais colorido, apesar das dificuldades do dia a dia do circo.
Por fim, O Palhaço é uma obra obrigatória, na qual nos diverti e nos faz pensar sobre do porque estamos aqui nesta vida. Uma dose reflexão, mas muito divertida e colorida.

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