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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Cine Dica: Estréias no final de semena: 09 12 11

Final de semana chegando, e eu estaremos ocupado até o pescoço. Estarei participando do curso sobre o movimento Nouvelle Vague (aguarde o final do especial sobre o curso ainda hoje), além de assistir a outros filmes do Festival Venezuelano que está acontecendo aqui na capital, no Cinebancários.
Confiram as dicas para esse final de semana, e para todos um bom descanso.

Gato de Botas 3D
Sinopse: Conheceremos o divertido Gato de Botas desde seu nascimento como um fofo gatinho até ele se tornar o felino visto em Shrek. No filme Gato de Botas irá se juntar a mais dois amigos Humpty e Kitty para tentar capturar a famosa e cobiçada galinha que põe ovo de ouro. Será que essa quadrilha vai conseguir concretizar o plano?

As Canções

Sinopse: Documentário que se interessa profundamente em ouvir seus personagens. Nele, os entrevistados cantam músicas que marcaram sua trajetória de alguma forma e explicam por que aquelas se transformaram nas canções de suas vidas.

Noite de Ano Novo
Sinopse: Enquanto Idas e Vindas do Amor se passa no Dia dos Namorados Noite de Ano Novo acompanha personagens durante a véspera de Ano Novo. O filme celebra o amor a esperança o perdão uma segunda chance e um novo começo no entrelaçamento de histórias de casais e solteiros em meio à pulsação e promessas da cidade de Nova York na noite mais deslumbrante do ano.


Uma Professora Muito Maluquinha
Sinopse: Catharina (Paola Oliveira) foi enviada à cidade grande para estudar, quando era criança. Hoje, aos 18 anos, retornou à sua cidade natal e passou a lecionar em uma escola primária. O único problema é que sua chegada começa logo a provocar certos rebuliços na cidade porque seu comportamento totalmente diferente do tradicional, pessoal e profissionalmente falando, começa a incomodar as pessoas. Mas a cidade também recebe o padre Beto (Joaquim Lopes), discípulo de Monsenhor Félix (Chico Anysio), que também retorna e acaba sendo procurado pela tradicionais professoras que querem derrubar a querida professorinha que conquistou o coração de sua turma com seus métodos não convencionais de ensino. Sem contar que ele desperta atração nos homens da cidade, como Mário (Max Fercondini) Carlito (Cadu Fávero) e Pedro Poeta (odrigo Pandolfo). Pressionada, Amanda encontra-se dividida entre a paixão pelo ensino e o amor proibido, que aflora em seu coração e fica cada vez mais forte.



TRIÂNGULO AMOROSO (2011)
Sinopse: A história do casal de meia-idade Simon (Sebastian Schipper) e Hanna (Sophie Rois) que vive em Berlim e, simultaneamente, se apaixona e se envolve com o mesmo homem (Devid Striesow). No entanto, quando Hanna fica grávida, surge a pergunta que irá mudar o relacionamento de todos: "quem é o pai?"


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Cine Dica: Em Cartaz: MOSTRA DE CINEMA VENEZUELANO: ZAMORA

Sinopse: Venezuela. Na segunda metade do século XIX, a polarização entre Liberais e Conservadores marcava o momento político. As desigualdades sociais herdadas ainda na Colônia mantinham os campesinos e os escravos sob o poder da oligarquia. Ezequiel Zamora, mobilizado por profundos ideais de liberdade, encabeça uma luta para tentar apagar a opulência de poucos e a miséria de muitos e repartir equitativamente as terras.
É interessante como certo filme, quando agente assisti, agente já ter uma vaga idéia do que esperar no seu final. No caso de filmes, que retratam com tamanha fidelidade, fatos históricos do país, normalmente temos essa sensação, principalmente quando for ao caso da historia retratar um grande revolucionário local, e no caso de Zamora, filme de Roman Chalhaud não é diferente. O grande problema, quando esse tipo de historia é feita, justamente no local de origem do fato histórico, normalmente os produtores se preocupam em tentar ao maximo ser fiel a historia verdadeira, enquanto a arte de se fazer cinema, fica um pouco de lado. É como se você pegasse um livro de grande sucesso, adapta ele para o cinema, e para não desapontar os fãs fervorosos, acaba no final, a produção sendo tão fiel, que ela se torna vazia e pálida.
Não que Zamora seja dispensável, para ser assistido, pois Roman Chalhaud faz até um bom esforço para transformar a trama em bom cinema, com montagem e fotografia que se alinha, a tal ponto, que disfarça um pouco a falta de recursos da produção, que poderia muito bem funcionar melhor como uma mini serie para a tv, e o que se vê, parece exatamente uma saída da telinha, só que condensada para ser levada a tela grande. E ainda que as interpretações do elenco compensassem, fazendo os protagonistas principais da trama, infelizmente fica com suas interpretações travadas, para se manter fiel a fatos históricos, principalmente o ator Alexander Solorzáno, que por mais que se esforce nos momentos dramáticos, não convence muito, o que não ocorre com outros atores que fazem pequenos personagens, que pelo fato não terem muita relevância nos fatos históricos, tem muito mais liberdade em atuarem em cena.
O filme é mais indicado para as pessoas que buscam historias do passado da Venezuela, principalmente fazendo uma comparação de questões políticas de ontem e hoje por lá, e que a meu ver, não mudou muito não.

Em Cartaz: :CineBancários
Rua General Câmara, nº 424 – Centro Porto Alegre / RS CEP: 90010-230
Fone (51) 3433-1205.


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quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 12

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”

Nas Garras do Vício
Sinopse: Depois de 12 anos, François (Jean-Claude Brialy) retorna à sua vila, na França, onde passou toda a infância. Ele percebe que a localidade não sofreu grandes mudanças, ao contrário das pessoas, que nem mais reconhece. François dedica especial atenção ao seu problemático amigo Serge (Gérard Blain), que passa o dia inteiro às voltas com a bebida, sem dar qualquer atenção à esposa grávida.

A partir de meados da década de 1950, Chabrol e os seus colegas críticos - Eric Rohmer, François Truffaut, Jean-Luc Godard e Jacques Rivette - foram veementes na condenação do cinema francês contemporâneo, expressando a insatisfação com a tradição, enquanto que foram simultaneamente chamados para uma revisão radical da forma em que os filmes eram feitos e o que seria mais relevantes para um público moderno. Na década que se seguiu, todos estes cinco cinéfilos tiveram a sua oportunidade de pegar numa câmera e mostrar a sua própria visão do cinema. Claude Chabrol foi o primeiro a fazê-lo, mas, ironicamente, seria o último a encontrar o sucesso neste novo trabalho.
Os primeiros filmes de Chabrol são muito diferentes dos filmes com os quais ele é mais conhecido hoje, dramas psicológicos com um toque hitchcockiano, sombrios e um pouco bem-humorados. Estes filmes parecem ser obra de um realizador completamente diferente - mais experimental, mais ousado, mais disposto a chocar o público. Le Beau Serge não é o mais ilustre dos trabalhos iniciais de Chabrol, mas é um dos seus filmes mais interessantes, em que já podemos ver os temas que predominam nos últimos anos, nomeadamente um desgosto para a moralidade burguesa falhada. Estilisticamente, o filme parece ter sido influenciado por obras italianas neo-realistas da década anterior. Chabrol rodou o filme inteiro em exteriores, empregando atores não profissionais para todos os papéis secundários e autores bastante inexperientes para os papéis principais. O local é sombrio, fotografia de baixo contraste a preto e branco com ausência de iluminação artificial dão ao filme um sentido austero da realidade que não poderia ser mais diferente da elegância polida de filmes posteriores de Chabrol.
Le Beau Serge reúne três dos atores que viriam a ser estreitamente associados à Nouvelle Vague francesa: Jean-Claude Brialy, Gérard Blain e Bernadette Lafont. Muitos especialistas consideram este, verdadeiramente, o primeiro filme da Nouvelle Vague.


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Planeta dos Macacos: A Origem

Leia minha critica, já publicada, clicando aqui

Leia também: Por Dentro do Planeta dos Macacos: Parte 1, 2, 3, e mais,  dublagem x legenda.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 11

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”

 Beijos Proibidos
TERCEIRA PARTE DA SAGA DE ANTOINE DOINEL ONDE O LEVA PARA O CAMINHO DO AMADURECIMENTO

Sinopse: Terceiro capítulo da série Antoine Doinel, o alter-ego do diretor François Truffaut. Neste episódio, Doinel (Jean-Pierre Leaud) é afastado do exército por insubordinação. Ele arruma um emprego de vigia noturno num hotel e, depois, de investigador particular. Enquanto isso, Antoine apaixona-se pela charmosa Sra. Fabienne Tabard (Delphine Seyrig).
Devido ao sucesso com o seu filme Os Incompreendidos, François Truffaut decidiu o que para muitos naquela época era uma raridade, criar uma série de filmes com o mesmo personagem. Nesta terceira parte Antoine conhece aquela que em breve irá se casar, ao mesmo tempo se mete em inúmeras situações aliadas com bom humor e refinamento. Infelizmente o segundo filme de Antoine Doinel (O Amor aos Vinte Anos) ou continua inédito para o Brasil, ou nunca tive sorte de achar ele nas locadoras. Mas, segundo minhas pesquisas pela rede, todos estrelados pelo personagem Daniel, podem ser encontrados pela internet, que são eles: Os Incompreendidos, O Amor aos Vinte Anos, Beijos Proibidos, Domícilio Conjugal, O Amor em Fuga. Portanto, quem não conseguiu comprar, ou a locadora perto de sua casa lhe deu cano, vale então a pena seguir esse meio alternativo, pois a cine série com Daniel, é inesquecível.

Curiosidades: Oscar 1969 (EUA). Indicado na categoria melhor filme em língua estrangeira. Globo de Ouro 1969 (EUA). Indicado na categoria de melhor filme estrangeiro.


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Cine Dica: Em Cartaz: MOSTRA DE CINEMA VENEZUELANO: BLOQUES

Sinopse: No edifício Bloque 1, vive Manuel, um homem solitário e taciturno cujo comportamento afasta todos à sua volta, incluindo seu próprio filho. Em meio à rotina e ao álcool, surge para ele a esperança de um novo amor: Norma, cozinheira de um bar, que entra em sua vida sem se dar conta. Para o edifício Bloque 2, mudam-se os Aristigueta, família venezuelana de classe alta, empobrecida por conta das más decisões financeiras do pai. Alejandra, a filha mais velha, vive em Nova York há alguns anos, ignorando a realidade em que vivem sua família e seu país.
Bloques (ou vida em bloco) é um retrato de indivíduos que se entregam e outros que não se entregam ao mundo que vive. Dirigido por Alfredo Hueck e Carlos Caridad, acompanhamos a primeira historia de Manuel (qualquer semelhança desse personagem com o do filme O Grande Lebowski é mera coincidência) que não se importa nem um pouco com o seu jeito perante as pessoas ou muito menos com a situação em que vive, simplesmente, deixa as coisas acontecerem. Quando surge a personagem de Norma, vê nela uma chance de dar a volta por cima na vida, mesmo numa situação que já parece ser tarde demais. Um dos grandes destaques desse segmento, fica por conta da montagem engenhosa em que agiliza a trama, além de vários planos seqüências sem cortes (como a cena do banheiro), ao mesmo tempo em que faz um belo casamento com uma fotografia pálida e cinzenta, onde representa o aspecto interior de cada um dos personagens. Com um final em aberto, o primeiro seguimento do longa, é o melhor desde já.
Bloque 2, ao retratar a vida de uma mãe, com seus dois filhos, depois de perderem seus bens após o patriarca ser preso, o tom da produção muda completamente, mesmo que a trama se passe no mesmo prédio da trama anterior. O filme retrata personagens que simplesmente não querem pertencer aquele mundo e tentam de todas as formas desvencilharem dele, mesmo que a trama retrate o ambiente com uma fotografia colorida e reconfortante. Talvez por isso, esse segmento se torne um tanto deslocado e muito mais lento, principalmente com as situações que são resolvidas com soluções um tanto que fáceis demais, mas felizmente, é compensado pelo jovem elenco desse seguimento, principalmente pela atriz que faz Alejandra.
Apesar dos passos em falsos, o filme é um ótimo pequeno retrato do individuo comum da Venezuela, onde uns aceitam e outros não, viverem em determinada situação, sendo que, às vezes o mundo não é cruel e miserável com agente acha, mas às vezes, somos-nos mesmos que não tomamos jeito. Sendo que, basta um empurrão para ajeitar as coisas.


Em Cartaz: :CineBancários
Rua General Câmara, nº 424 – Centro Porto Alegre / RS CEP: 90010-230
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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Cine Especial: Nouvelle Vague: Parte 10

Nos dias 10 e 11 de dezembro, estarei participando do curso, *Nouvelle Vague – História, Linguagem e Estética*, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre esse movimento Francês, que acabou fortalecendo o termo “cinema de autor.”

Masculino-Feminino

Sinopse: A relação entre dois jovens, um militante e uma cantora, em meio às transformações ideológicas e comportamentais na França dos anos 60, momentos antes de Maio de 68.
Algumas pessoas mal informadas acabam dizendo que assistindo a um filme de Jean-Luc Godard é como assistir no final das contas toda a sua filmografia, isso porque sempre quando forem assistir outros de seus filmes sempre encontrara a mesma coisa. Claro que eu da minha parte discordo completamente, mas a um motivo para essas pessoas mal sintonizadas pensarem dessa forma. Muito se deve ao fato do diretor sempre tocar nas feridas da época como a política que se dividia entre a esquerda e a direita, ao mesmo tempo em que começou a surgir cada vez mais inúmeros grupos de jovens que representavam ambos os lados e que acabavam por gerar esses conflitos.
Em meio a isso surgiam certas revoluções, tanto culturais como de costumes e é ai que esse genial filme toca no assunto sobre a difícil vida do homem daquele tempo de tentar de todas as formas interagir com a mulher numa época em que cada vez mais ela se torna independente. E assim, o diretor cria uma historia original em meio a esses diversos assuntos, e isso é muito bem retratado no jovem casal central, interpretados de forma brilhantes pelos atores Jean-Pierre Léaud e Chantal Goya cujos diálogos beiram ao surrealista e ao mesmo tempo com um humor negro que até hoje não envelheceu.
Jean-Pierre Léaud, por exemplo, possui momentos sublimes e ao mesmo tempo seu personagem não foge muito do padrão adotado em outro personagem em que ele interpretou por anos apartir do filme Os Incompreendidos de François Truffaut. Tanto, que por alguns momentos inclusive, vemos os mesmos trejeitos do personagem Antoine neste personagem que aqui ele interpreta o que não significa que ele ficou marcado por um único personagem, muito pelo contrario, mas essa sempre foi à forma de Jean atuar e não é por isso que será rotulado como um ator limitado.
No final das contas, Masculino, Feminino é um excelente filme da 'nouvelle vague' francesa, e se pensarmos bem, era algo bem a frente do seu tempo e ao mesmo tempo um verdadeiro retrato das mudanças das relações amorosas que estavam surgindo, Coisa que o cinema americano demorou a engrenar e mostrar em suas telas.

Curiosidade: A bela Brigitte Bardot (que havia trabalhado com o diretor em Desprezo) faz uma pequena ponta numa seqüência rodada num Café parisiense.


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