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Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 3 de novembro de 2011

CINE ESPECIAL: ALFRED HITCHCOCK: Parte 2

Nos dias 16 a 19 de novembro, estarei participando do curso, “A OBRA DE ALFRED HITCHCOCK”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme desse diretor, que não é somente o mestre do suspense, mas um dos melhores diretores de todos os tempos. 

FESTIM DIABOLICO
O MEU PREFERIDO DO MESTRE DO SUSPENSE
Sinopse: Na cidade de Nova York, Brandon (John Dall) e Phillip (Farley Granger) assassinam seu amigo David, por considerarem-se superiormente intelectuais em relação a ele. Com toda a frieza e arrogância, resolvem provar para eles mesmos sua habilidade e esperteza: esconderão o cadáver em um grande baú, que servirá como mesa e estará exposto no meio da sala de estar do apartamento deles, durante uma festa que realizarão logo em seguida.
Junto com Psicose, Janela, Indiscreta, Um Corpo que Cai e Pássaros, Festim Diabólico está entre os melhores filmes do mestre do suspense Alfred Hitchcock. Rodado em 1948, foi o primeiro filme que o diretor inglês utilizou cores, o primeiro de uma ótima parceria com o ator James Stewart e um dos primeiros filmes a ter a historia mostrada em tempo real.
Gravado totalmente em estúdio, esse filme com certeza, para o diretor particularmente, foi um dos projetos mais experimentais que ele participou, tanto que foi extremamente ousado em usar apenas 10 tomadas com oito minutos, cada uma. Explico: Naquele tempo o máximo que uma cena era gravada era em torno de 8 minutos, depois disso, era necessário trocar o rolo do filme, para continuar a filmagem. Neste, Hitchcock usou somente 10 tomadas e os cortes são praticamente imperceptíveis. A pessoa que for assistir a esse filme da o entender que foi rodado direto sem cortes, sendo que, hoje atualmente isso é bem possível, mas naquele tempo era impossível, mas Hitchcock, mestre como era na direção, fez com que os cortes fossem imperceptíveis, fazendo certo truques de câmera como, por exemplo, quando a imagem foca para as costas de alguém, e por meio segundo, a imagem fica escura e daí volta ao filme novamente, sendo neste instante, em que o diretor trocava os rolos de filme. Para época muitas pessoas acreditaram friamente que o filme foi rodado em uma única tomada. A sensação de assistir a esse filme é como assistirmos uma peça, só que filmada, durante toda a trama, e todos os personagens se encontram em um único lugar do prédio onde se concentra a historia. A única vez que se tem uma parte externa é a parte da rua, onde se inicia os créditos (nota: Hitchcock faz a sua ponta habitual passando pela calçada), o resto, tudo se passou dentro dos estúdios. Curiosamente, se vê o ambiente pela janela, sendo que a trama começa a tarde e ao decorrer dos minutos que se passam, o ambiente de fora começa a escurecer, e mesmo sendo feito em estúdio, Hitchcock fez de todas as maneiras possíveis para que as imagens do lado de fora fossem bem reais, desde a nuvens aos prédios com suas luzes. Mas essa pirotecnia não salvaria o filme se não contasse com uma boa historia, que alias foi baseada em fatos verídicos na época, sobre dois estudantes que mataram um amigo de 14 anos por acreditarem que eram superiores a ele, e o mataram por acreditar que o assassinato fosse algo especial, somente para as pessoas superiores que acreditaram eles serem. Após cometerem o crime Brandon (John Dall no papel de sua vida) e Phillip (Farley Granger visto depois em Pacto Sinistro também de Hitchcock) escondem o corpo de David (Dick Hogan) num baú de livros no meio da sala, e após isso ofereceram um banquete a convidados ligados a vitima, tornando-se ainda mais interessante ao descobrirmos que entre os convidados estarão o pai, a noiva e a tia da vítima, além do outro pretendente de sua noiva, Kenneth. Completando a lista de pessoas presentes na festa, está à senhora Wilson (a empregada) e principalmente Rupert Cadell (o também imortal James Stewart). Rupert é o professor da dupla de assassinos, cujas opiniões em classe, aceitas de forma errônea por eles, acabaram motivando-lhes a cometerem o crime. Ou seja, Rupert mesmo não sendo culpado pelo que a dupla fez, foi responsável pela idéias mal interpretadas por eles. Contudo, Hitchcock não coloca a culpa nos ombros do personagem, e sim faz com que ele vire um verdadeiro detetive ao longo da projeção, porque por mais que Brandon e Fhilipe acharem que cometeram um crime perfeito, cada um acaba jogando pistas no ar. Brandon, por exemplo, em sua arrogância cega, começa a jogar pistas, sutilmente, sobre o crime que acabara de cometer e, à medida que o professor Rupert vai começando a desconfiar dessas pistas, e principalmente de Fhilipe que começa a se desequilibrar por causa do crime que cometeu, e a maneira que o desgaste o pega vai progredindo e a tensão aumenta ao longo da festa. O maior suspense da trama é esse, será que eles serão pegos ao longo da trama? O baú será aberto ao longo do decorrer da festa? Essas questões são respondidas no clímax da trama, mas até lá fica aquele suspense angustiante, pois o espectador, junto com os assassinos são os únicos que sabem que tem um corpo guardado dentro do baú no meio da sala. Hitchcock habilidoso no suspense durante vários momentos brinca com a câmera, nos acompanhando, aproveitando cada detalhe, desde uma corda usada no crime, de certos detalhes em um chapéu e por ai vai. O mais surpreendente em Festim Diabólico é que os protagonistas principais eram na verdade homossexuais. Claro que como o filme foi feito em 1948 certos assuntos como opção sexual eram tabus naquele tempo, portanto mantém a suspeita de homossexualismo, da forma mais sutil possível, tanto que muitas pessoas nem desconfiam quando assistem ao filme, e tal assunto não era discutido muito abertamente naquele tempo.Por sua ousadia técnica e pela historia um tanto pesada para os padrões na época, Festim Diabólico não teve o reconhecimento merecido na época que a película estreou, mas felizmente o tempo fez que corrigisse esse erro e atualmente é para mim um dos melhores filmes do mestre do suspense.Com poucos recursos técnicos, somente pela força de vontade e ousadia, Alfred Hitchcock criou uma obra ousada, fantástica e simples. Um grande clássico que para aqueles que não assistiram ainda vale a pena ser descoberto.


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CINE ESPECIAL: INGMAR BERGMAN: Parte 6

Nos dias 5 e 6 de novembro, estarei participando do curso, “INGMAR BERGMAN – O Cinema da Angústia Existencial”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme pertencente, a uma filmografia incomum, de um diretor incomum.
"TRILOGIA DO SILÊNCIO”



ATRAVES DE UM ESPELHO (1961)
Sinopse: Karin (Harriet Andersson) é uma mulher que começa a ter crises familiares por causa de sua loucura, durante umas férias em uma longínqua ilha.
Vencedor do Oscar de melhor filme estrangeiro, Através de um Espelho é uma das principais obras do mestre Ingmar Bergman, e o início da "trilogia do silêncio", formada ainda por O Silêncio e Luz de Inverno, foi na época, um dos grandes lançamentos em DVD da distribuidora Versátil. Harriet Andersson (Gritos & Sussurros) está magnífica como a frágil Karin que, afetada por crises de loucura, entra em conflito com seus familiares, durante as férias de verão numa ilha distante. Um drama psicológico intenso em que Bergman disseca o processo de degradação de uma família.


Luz de Inverno (1962)

Sinopse: a história do pescador que vai buscar ajuda de um pastor quando descobre que a China tem uma bomba atômica e pretende usá-la. Só que o pastor, também temendo a crise nuclear, passa por uma séria crise de fé e teme não poder ajudá-lo.
O meu filme preferido da trilogia "Do Silencio". A historia da falta de fé, tanto do pescador, como do padre, é um retrato do homem perante a falta de respostas que tem durante a vida. Por mais desanimadora que posa ser, a trama é um retrato da força de vontade do homem em abraçar os seus desígnios, mesmo nunca obtendo uma resposta concreta. Sendo que, melhor assim do que nada.


O Silêncio (1963)

Sinopse: A história de duas irmãs e suas dificuldades nos relacionamentos. Esther e Anna viajam com o filho da segunda para a Suécia, mas têm sua viagem interrompida por um imprevisto em um país desconhecido. Hospedadas no hotel, elas começam a confrontar o vazio existencial de suas vidas.
O encerramento da trilogia "Do Silencio", e também o mais ousado. Pois o filme (assim como diz o titulo) mostra o silencio de ambas as irmãs uma com a outra, mas o desejo incomum pela comunicação que ambas sentem. Ao se instalarem em hotel, começa um jogo de palavras curtas, mas certeiras e expressões nos rostos de ambas que dizem pouco, mas falam muito. Bergman sempre foi conhecido como o diretor que melhor soube filmar as expressões das faces de seus atores, e esse é um belo exemplo de esforço e de determinação, não só do diretor, como também de ambas as atrizes.
Revendo a obra atualmente, não me admira se o filme serviu de base para outros diretores (autores) em criar determinados títulos, como no caso de Lars Von Trier e seu genial Melancolia.


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Cine Dica: Em Cartaz: O PALHAÇO

UM HUMOR QUE FAZ FALTA NO CINEMA BRASILEIRO
Sinopse: Benjamim e Valdemar formam a fabulosa dupla de palhaços Pangaré e Puro Sangue. Eles vivem pelas estradas na companhia da divertida trupe do Circo Esperança. Mas Benjamim acha que perdeu a graça e parte em uma aventura atrás de um sonho. Venha rir e se emocionar com este grande espetáculo.

Feliz Natal foi a primeira experiência de Selton Mello como diretor, mas é nesse, O Palhaço, que ele prova que nasceu, não só para ser um dos melhores interpretes do cinema brasileiro atual, como também prova ter talento atrás das câmeras. Além de dirigir o filme, ele também atua na historia o que já é um grande desafio que não é para muitos cineastas que existem por ai, portanto merece todo o credito. O seu personagem Benjamin pode tranquilamente figurar entre os melhores personagens que ele atuou na telona (ao lado do protagonista de Cheiro do Ralo) onde ele consegue passar para o espectador toda sua insegurança sobre que realmente quer da vida, e com isso, solta a triste e certeira frase: “eu faço as pessoas rirem, mas quem me faz rir?”.
Apesar da crise existencial do protagonista, o filme não cai no drama facilmente e oscila tranqüilamente com momentos de humor, por vezes pastelão, por vezes num estilo de humor inteligente visto nos filmes antigos como do Mazzaropi, que convenhamos, faz falta no cinema brasileiro atual. Um dos pontos, particularmente meus favoritos da trama, são as aparições hilárias de personagens excêntricos, que por mais estranhos que sejam, divertem pelas suas palavras incrivelmente engraçadas, como no caso do delegado que surge em certo ponto da historia. São participações pequenas, mas jamais vazias, pois elas estão ali por um significado, mas nunca para somente encher a linguiça. Vale destacar a fantástica fotografia em cor pastel, dando a entender que a trama se passa em um tempo passado distante, onde tudo era mais colorido, apesar das dificuldades do dia a dia do circo.
Por fim, O Palhaço é uma obra obrigatória, na qual nos diverti e nos faz pensar sobre do porque estamos aqui nesta vida. Uma dose reflexão, mas muito divertida e colorida.

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terça-feira, 1 de novembro de 2011

CINE ESPECIAL: ALFRED HITCHCOCK: Parte 1

Nos dias 16 a 19 de novembro, estarei participando do curso, “A OBRA DE ALFRED HITCHCOCK”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme desse diretor, que não é somente o mestre do suspense, mas um dos melhores diretores de todos os tempos.    


PSICOSE
Sinopse: Secretária (Janet Leigh) rouba 40 mil dólares para se casar. Durante a fuga, erra o caminho e chega em um velho motel, onde é amavelmente atendida pelo dono (Anthony Perkins), mas escuta a voz da mãe do rapaz, dizendo, que não deseja a presença de uma estranha. Mas o que ouve é na verdade algo tão bizarro, que ela não poderia imaginar que não viveria para ver o dia seguinte.
Um dos filmes mais famosos do mestre de suspense, em que o soberbo domínio da técnica cinematográfica faz esquecer eventuais imperfeições do argumento e do roteiro. Os pontos altos são a fotografia em preto e branco de Jhon L Russell e a trilha sonora de Bernard Herrmano, o planejamento visual de Saul Bass, especialmente na cena do chuveiro e o desempenho de Perkins o melhor da sua carreira. Baseado no romance de Robert Bloch, teve duas seqüências produzidas para o cinema e uma para a tv.


Curiosidades: O sangue na cena do chuveiro é na verdade calda de chocolate. Psicose foi filmado em preto e branco por opção do próprio Alfred Hitchcock, que considerava que a cores o filme ficaria "ensangüentado" demais.


Um Corpo Que Cai

Sinopse: Em São Francisco, um detetive aposentado (James Stewart) que sofre de um terrível medo de alturas é encarregado de vigiar uma mulher (Kim Novak) com possíveis tendências suicidas, até que algo estranho acontece nesta missão.
A trama em si inacreditável serve a Alfred Hitchcock, mestre no gênero, para um mergulho na alma humana, no amor e no medo. Obra de arte que se pode ver e interpretar de várias maneiras possíveis. Trilha sonora musical de Bernard Herrmano, uma das mais competentes do cinema.

Curiosidades: O diretor Alfred Hitchcock aparece em cena aos exatos 11 minutos de Um Corpo Que Cai, caminhando com um terno em frente ao estaleiro de Gavin Elster. Na época recebido pela crítica com reservas, hoje Um Corpo Que Cai é considerado a obra-prima de Hitchcock

JANELA INDISCRETA

Sinopse: Em Greenwich Village, Nova York, L.B. Jeffries (James Stewart), um fotógrafo profissional, está confinado em seu apartamento por ter quebrado a perna enquanto trabalhava. Como não tem muitas opções de lazer, vasculha a vida dos seus vizinhos com um binóculo, quando vê alguns acontecimentos que o fazem suspeitar que um assassinato foi cometido.
O tal assassinato cometido no outro apartamento não passa de uma mera desculpa para que o mestre do suspense faça uma bela de uma brincadeira no roteiro. O personagem de James Stewart fica boa parte do tempo da projeção na cadeira de rodas enquanto fica distraído não só observando o suspeito de ter assassinado sua própria mulher como também a vida de cada um dos inquilinos através de suas janelas, fazendo que cada uma seja apresentada uma pequena historia, ou seja, um filme de cada um. Atenção para Grace Kelly no auge da beleza em cenas inesquecíveis.

Curiosidades: Em suas clássicas aparições em seus filmes, Alfred Hitchcock surge aos 26 minutos, ajustando o relógio do compositor, que mora no prédio em frente ao apartamento de Jeffries.
O set de filmagens de Janela Indiscreta foi todo ele baseado em um quarteirão real da cidade de Nova York. O filme inclusive indica o endereço do apartamento de Jeffries - 125 7th Street -, mas este endereço não existe realmente.


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CINE ESPECIAL: INGMAR BERGMAN: Parte 5

Nos dias 5 e 6 de novembro, estarei participando do curso, “INGMAR BERGMAN – O Cinema da Angústia Existencial”, no Museu da Comunicação (Rua dos Andradas, 959 – Porto Alegre / RS). Enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei postando um pouco sobre cada filme pertencente, a uma filmografia incomum, de um diretor incomum.

O ROSTO
Sinopse: Suécia, meados do século XIX. Com sua companhia, o magnetizador Vogler para num vilarejo para se apresentar. Ele terá de enfrentar o ceticismo daqueles que o recebem. Há algo de sobrenatural nas apresentações de Vogler ou tudo não passa de uma fraude? É o início de um complicado jogo, em que nada é o que parece ser.
Ao encenar o enfrentamento entre a razão e a ciência, de um lado, e as aparentes forças místicas inexplicáveis, do outro, o cineasta sueco coloca em questão um dos temas mais caros de sua obra , a existência de Deus, bem como o mecanismo que sustentam a fé e a ilusão dos homens. No meu ver, vejo as obras de Bergman de uma forma bem dividida em crer ou não quer em algo mais alem dessa vida.

Sorrisos de uma Noite de Amor
Sinopse: Na virada do século, durante uma encantadora noite de verão numa casa de campo, um grupo de pessoas vive divertidos encontros e desencontros amorosos.
Inspirado na peça de Shakespeare, Bergman realizou uma comedia romântica (gênero no qual raramente se aventurou) espirituosa, sensual e divertida, considerada no festival de Cannes, a melhor comedia poética, categoria inventada apenas para premiar o filme com justiça. O filme inspirou um musical de grande sucesso na Broadway e ainda Sonhos eróticos de uma noite de verão de Wood Allen, fã de carteirinha do diretor sueco.


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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Cine Dica: Em Cartaz: CONTÁGIO

VERDADES E MENTIRAS EM MEIO AO CAOS
Sinopse: A comunidade médica mundial inicia uma corrida contra o tempo no longa Contágio. Isso porque um vírus altamente transmissível se espalha pelo ar multiplicando rapidamente os contagiados que morrem em poucos dias, sem chances de cura. Mais rápido do que o vírus, o pânico toma conta de toda população que luta para sobreviver numa sociedade que está desmoronando.
A gripe suína parecia uma doença que ameaçava o mundo de uma forma indescritível. Passado o pânico, percebeu-se que a mortalidade dessa doença era igual a das outras gripes comuns. Com isso, esse cenário paranóico é muito bem visto em Contágio, mas de uma forma bem mais avassaladora, mas não menos realista. Ao mesmo tempo, Steven Soderbergh injeta inúmeras teorias de conspiração sobre a origem do vírus, tanto o lado bom e lado ruim de uma possível vacina e o que é mentira e o que é verdade sobre o assunto quando é posto na internet. O filme consegue equilibrar essas várias tramas, numa verdadeira montanha russa de acontecimentos, nas quais, o diretor jamais deixa sair dos trilhos. Isso graças se deve também a um elenco estelar, em que cada um, interpreta um personagem que acaba desencadeando inúmeros acontecimentos colocados na tela, para então, ambos as personagens com os seus dramas pessoas em meio ao caos, se entrelacem um com os outros. Algo semelhante que o diretor fez (e muito bem) em um dos seus  filmes clássicos, Traffic.
Uma das tramas, por exemplo, é muito bem representada por Matt Damon, que alias, prova que é versátil na forma física dos personagens, tanto aqui, como também foi visto em O Desinformante (também de Soderbergh). Contágio, também remete a outros filmes que se tornaram imediatamente clássicos do gênero catástrofe, ao explorar o lado sombrio do ser humano perante em situações limites. Imediatamente, muitos críticos têm comparado o filme à obra literária Ensaio sobre a cegueira, que já foi levado ao cinema por Fernando Meirelles, sendo que a comparação é mais do justificavel. Em ambos os casos, a fotografia ajuda o espectador a ter uma ligeira idéia do que os personagens passam. Se no filme de Meirelles a fotografia é bastante clara e estourada, para fazer espectador prove uma ligeira sensação da cegueira branca dos personagens, em Contágio, a luz deixa os personagens pálidos ou corados, dependendo do teor das cenas e da relação deles com a epidemia.
Por fim, Contagio é uma incrível aula de montagem onde o diretor passa em cada cena as inúmeras formas da pessoa pegar o vírus. O prólogo e o epilogo são um belo exemplo disso, onde faz também uma referencia explicita a teoria do caos ou simplesmente o efeito borboleta. Só por isso, o filme merece um reconhecimento na parte técnica no próximo Oscar. Que Steven Soderbergh não se aposente tão cedo como muitos meios de comunicação dizem por ai.

CINE MÊS DAS BRUXAS: CINE TRASH: FINAL

Enfim chegamos ao dia 31 de Outubro em que se comemora o dia das Bruxas. Comemoração que antes era mais nos EUA mas foi apartir de 2005, que gradualmente esse costume começou a se expandir em diversos paises e com isso, o Brasil não ficou para traz. Portanto, sempre neste mês de Outubro, eu venho fazendo especiais de filmes de terror para relembrar a data e neste ano decidi relembrar da sessão Cine Trash onde passou inumeros filmes de terror que se tornaram clássicos absolutos.
Por fim, deixo aqui um grande clássico, que fez escola e faz uma referencia (obvia) a essa data festiva.

Halloween: A noite do Terror
Sinopse: Na noite de halloween aos 6 anos de idade, Michael assassina brutalmente sua irmã, Judith Myers, após a mesma ter relações sexuais com o namorado na ausência dos pais. Por este ato, é enviado ao Sanatório Smith Groove, em Handonfield, onde permaneçe por exatos 15 anos. Fugindo do sanatório, Myers volta à sua cidade natal e na noite de halloween de 1978 persegue e mata os vizinhos de sua casa abandonada.
Violencia e sangue, na medida para quem procura sustos e arrepios em cada sequencia. Grande sucesso de bilheteria, que abriu caminho para a explosão do cinema de horror dos anos 70 aos anos 80. Gerou inuneras sequencias e várias imitações. Primeiro grande sucesso da carreira de Jamie Lee Curtis, que na época, era mais conhecida por ser filha de Tony Curtis e Janet Lee (Psicose)


Curiosidade: Por causa do baixo orçamento, não foi possível contratar um figurinista, por isso os atores vinham para as filmagens com as roupas de casa.

Relembre aqui todas as partes do especial: Parte 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9, 10 e 11.