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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 27 de outubro de 2009

Cine Clássicos: Especial Mês das Bruxas: DRÁCULA: DE BRAN STOKAR

Francis Ford Coppola criou a versão definitiva do clássico vampiro

sinopse:
No século XV, um líder e guerreiro dos Cárpatos renega a Igreja quando esta se recusa a enterrar em solo sagrado a mulher que amava, pois ela se matou acreditando que ele estava morto. Assim, perambula através dos séculos como um morto-vivo e, ao contratar um advogado, descobre que a noiva deste a reencarnação da sua amada. Deste modo, o deixa preso com suas "noivas" e vai para a Londres da Inglaterra vitoriana, no intuito de encontrar a mulher que sempre amou através dos séculos.

Espetaculo visualmente impecavel, utilizando técnicas de sobreposição de imagens e com prólogo arrebatador, ambientado no século XV. Embora fiel ao romance de Stoker, o roteiro de Kim Hart (Hook) trata superficialmente as relações entre os personagens. Oldman da um banho de interpretação no papel titulo, mas Winona e Reeves são escolhas um tanto que incorretas. Oscar de maquiagem, edição e efeitos sonoros.   


Curiosidades
O roteiro de Drácula de Bram Stoker chegou às mãos de Winona Ryder quando a intenção ainda era fazer um filme para a TV americana, que seria dirigido por Michael Apted (007 – O Mundo Não É o Bastante). Ryder então presentou o roteiro a Francis Ford Coppola, com quem não falava já há 6 meses, desde o início das filmagens de O Poderoso Chefão III. Coppola leu a história, se interessou pelo projeto e assumiu a direção do filme, com Michael Apted passando a ser um dos produtores executivos do projeto e ocorrendo a decisão de lançálo nos cinemas e não mais na TV americana.
O grito do Príncipe Vlad após ele cortar a cruz com sua espada não é de Gary Oldman. Nesta cena em especial a voz de Oldman foi dublada pela de Lux Interior, vocalista da banda punk The Cramps.

Cine Clássicos: Especial Mês das Bruxas: EU SEI O QUE FIZERAM NO VERÃO PASSADO

UM DOS POUCOS DOS INUMEROS FILMES "PÓS" PÂNICO QUE CONSEGUIU LUZ PROPIA

sinopse:

Em uma pequena cidade costeira, quatro adolescentes atropelam e supostamente matam um desconhecido. Com medo das conseqüências deste acidente, decidem se livrar do corpo e o jogam no mar. A vida de cada um dos quatro toma rumos diversos e um ano depois, eles se reencontram na mesma cidade e uma das jovens recebe um bilhete dizendo: "Eu sei o que vocês fizeram no verão passado". Deste momento em diante mortes acontecem, todas causadas por um gancho de pescador.


Quando Pânico fez o sucesso que fez, houve uma invasão sem precedentes de filmes cuja a temática era a mesma, seja sobrenatural ou não. Aqui, esse filme de original não tinha nada, mas assim como o filme de Craven, utilizou o que já havia sido sucesso no passado e reciclou com uma nova roupagem, o resultado é um ótimo suspense que revelou mais alguns novos talentos como Sarah Michelle Gellar, Ryan Phillippe e Jennifer Love Hewitt

curiosidades

O roteirista de Eu Sei… é Kevin Williamson, o mesmo autor dos roteiros dos 2 primeiros filmes da série Pânico;
Seguido por Eu Ainda Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado e Eu Sempre Vou Saber o que Vocês Fizeram no Verão Passado (2006).

Cine Clássicos: Especial Mês das Bruxas: PÂNICO

FILME DE WES CRAVEN QUE VIROU FEBRE E GEROU INUMERAS IMITAÇÕES

sinopse:

Numa pacata cidadezinha, jovens começam a receber ligações de maníaco que faz perguntas sobre filmes de horror. Quem erra, morre. As perguntas seguem uma lógica que será desvendada numa grande festa escolar.

O filme já começa com escelente prologo estrelado pela atriz Barrymore. Depois se transforma num curioso e inteligente jogo de gato e rato que mistura grandes doses de violência com um saboroso humor negro.O resultado é um dos melhores filmes de terror dos anos 90 e o melhor filme de Craven desde A hora do Pesadelo original. Além de contar com vários talentos da jovem Hollywood dos anos 90, supera-se ao ser mordaz e critico com o prôpio gênero.           


curiosidades

Com o sucesso de Pânico, desencadeou-se nos Estados Unidos um grande revival de filmes de terror, com novas produções chegando ao cinema, como Eu Sei o que Vocês Fizeram no Verão Passado e ontinuações de antigos sucessos, como A Noiva de Chucky
No fim de semana de estréia,

Pânico arrecadou apenas US$ 6 milhões. Entretanto, na semana seguinte ao seu lançamento sua bilheteria já tinha saltado para US$ 21 milhões, graças ao boca-a-boca extremamente positivo que recebeu.

Cine Clássicos Contemporâneos: Especial Mês das Bruxas: O HOMEM SEM SOMBRA

INSPIRADO NO CLÁSSICO DE 1933, FILME FOI UM DOS ULTIMOS BONS FILMES  DE  PAUL VERHOEVEN

Sinopse:
 Depois de anos de testes, o Dr. Sabastian Caine, um cientista brilhante, egoísta e arrogante que trabalha para o Departamento de Defesa, consegue realizar com sucesso experiências que tornam cobaias invisíveis, trazendo-as mais tarde à sua forma física original. Disposto a romper a última barreira, Caine dá início a terceira fase de seu projeto: a experimentação em seres humanos. Caine oferece-se como cobaia para ser o primeiro humano a vivenciar a invisibilidade. Depois do sucesso do projeto, a tensão aumenta quando sua equipe não consegue torná-lo visível novamente. Com o passar dos dias, a situação fica mais e mais fora de controle, condenando Caine a um futuro sem corpo, a viver como O HOMEM SEM SOMBRA.


Apenas na meia hora final o filme perde parte do seu impressionante  vigor. Menos por culpa da direção do sempre criativo Verhoeven (Instinto Selvagem) e mais  pelo roteiro carregar na força e astúcia do egocêntrico cientista Sebastian (Kevin Bacon em atuação impressionante). Otimos efeitos especiais que impressionam até hoje.

Curiosidades:
Recebeu uma indicação ao Oscar, na categoria de Melhores Efeitos Especiais.

Ganhou o prêmio de melhor filme, de acordo com o público, no Festival de Locarno.
Durante as filmagens, a atriz Elizabeth Shue sofreu um acidente no tendão de Aquiles que impossibilitou-a de filmar novas cenas para O Homem Sem Sombra. Como ela já havia gravado muitas cenas como a personagem Linda McKay e sairia muito caro contratar outra atriz em seu lugar e regravar tais cenas, os produtores e o diretor Paul Verhoeven resolveram paralisar as filmagens até que a atriz se recuperasse totalmente.

Cine Clássicos: Especial Mês das Bruxas: A MOSCA

REFILMAGEM DE A MOSCA DE CABEÇA BRANCA, FILME SE TORNOU SUPERIOR E INESQUECIVEL.

sinopse:
Cientista (Jeff Goldblum) testa maquina de teletransporte de matéria e inadvertidamente permite que uma mosca entre na câmara junto com ele. Quando se dá a reintegração, os resultados são terríveis.

Versão do clássico de 58, com efeitos especiais e aperfeisuados após três decadas de progresso no cinema. Tema raro que provoca nojo e horror e lembra Metamorfose de Frans Kafka (1883-1924) no qual o protagonista se ve transformado em uma barata. Oscar de melhor maquiagem. 


Curiosidades:
Várias cenas de A Mosca foram rodadas mas não foram incluídas na versão final do filme. Entre estas cenas estão um teleporte feito por Seth Brundle com um babuíno e um gato juntos, resultando em uma criatura híbrida ao término do teleporte; e ainda um final alternativo, onde Veronica tem outro sonho com seu bebê, desta vez com belas asas de borboleta.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Cine Clássicos: Especial Mês das Bruxas: O Médico e o Monstro (1941)

VERSÃO POSTERIOR DA OBRA PRIMA DE 1932 TEM PROS E CONTRAS

Sinopse:

Londres, século XIX. O médico e pesquisador Harry Jekyll (Spencer Tracy) crê que bem e mal existam em todas as pessoas. Jekyll tem muita determinação para provar sua teoria, que é criticada por quase todos que conhece, inclusive Charles Emery (Donald Crisp), o pai de sua noiva Beatrix (Lana Turner). Após trabalhar incansavelmente em seu laboratório, Jekyll elabora uma fórmula. Não querendo colocar em risco a vida de ninguém, ele mesmo a bebe. Como resultado seu lado demoníaco é revelado, que ele chama de Mr. Hyde. Mas o pior ainda estava por vir, pois inicialmente Jekyll acreditava poder controlar as aparições de Hyde, mas logo ele veria que estava totalmente enganado.


Mal havia se passado dez anos da obra orginal e os estudios da MGM haviam decidido fazer uma refilmagem. Essa produção é ainda lembrada, levando em conta principalmente as interpretações de Spencer Tracy e Ingrid Bergman que aqui cria a melhor versão da personagem Ivy. Contudo por ter sido feito numa época em que as produções de cinema eram mais afetadas pela sensura, esse filme é um tanto que mais contido que a obra anterior e não causa tanto impacto e a imagem do médico para o monstro não é das melhores mas que ganha algum ponto levando em conta o grande esforço de Spencer Tracy. 

Curiosidades:
A MGM inicialmente escalou Ingrid Bergman para interpretar a personagem Beatrix Emery, com Lana Turner interpretando Ivy Peterson. Foi Ingrid Bergman quem convenceu os produtores a trocar os personagens das atrizes, já que acreditava que a personagem Ivy era mais desafiadora.

Cine Clássicos: Especial Mês das Bruxas: O Médico e o Monstro

A MELHOR VERSÃO DA HISTORIA DO Dr Jekyll EM 1932  SE TORNOU UMA PRODUÇÃO A FRENTE DO SEU TEMPO

Sinopse:
A clássica história baseada no romance de Robert Louis Stevenson. Dr. Jekyll, um renomado médico, estuda a possibilidade de separação do lado "bom" e do lado "mau" das pessoas. Numa de suas experiências, deixa seu lado negro tomar conta e acaba transformando-se em um monstro, o que lhe trará terríveis consequências.


Inspirado em livro de Robert Louis Stevenson, o filme tem um ponto de vista. Quando ele toma a poção, regride para um homem primitivo, como um Picantropus Erectus (a otima maquiagem retrata isso). Ele não se torna exatamente um Monstro. A fita é soberba  pela direção  de Mamoulian que libertava a câmera do controle do microfone (era o começo do cinema falado que complicou na época para alguns). É brilhante como começa com o ponto de vista subjetivo do herói, primeiro tocando órgão e depois mostrando sua casa e clube dessa forma (esse recurso voltará a ser usado quando ele se olha no espelho, depois de feita a transformação).




Curiosidades:
Na história da Academia do Oscar, só houve dois empates. O primeiro aconteceu quando Fredric March de O Médico e o Monstro e Wallace Beery (O Campeão) empataram a categoria de Melhor Ator em 1932 e dividiram o prêmio. Como o resultado era desconhecido a Academia teve que providenciar mais um troféu às pressas.