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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 9 de junho de 2020

Cine Dica: Durante a Quarentena Assista: 'The Kill Team'


Sinopse: Um jovem soldado americano no Afeganistão é perturbado pelo comportamento de seu comandante e enfrenta um dilema moral. 

Se por um lado há filmes sobre a guerra que sucumbem devido ação, sangue e tiroteios, do outro, há aqueles filmes que retratam que a verdadeira guerra, talvez, se encontre dentro dos próprios soldados. "Soldado Anônimo" (2005), por exemplo, vemos o protagonista enfrentar os seus próprios demônios, mas unicamente por estar sempre aguardando uma guerra da qual quase ele nunca encara. "The Kill Team" segue também para uma premissa que vai para o lado mais psicológico, mas se enveredando para uma dura crítica sobre o que acontece quando é enviado jovens norte-americanos em uma guerra que eles mal sabiam sobre qual era o verdadeiro significado da palavra.
Dirigido por Dan Krauss, o filme conta a história verídica de Andrew Briggman, interpretado pelo ator Nat Wolff do filme "A Culpa é das Estrelas" (2014), um jovem soldado norte-americano que parte para sua primeira missão no Afeganistão. Ansioso pela possibilidade de grandes combates, fica decepcionado com a rotina entediante. A chegada do sargento Deeks, interpretado pelo ator Alexander Skarsgard da série "Big Little Lies" (2017) muda completamente este cenário, ao estimular práticas de tortura e o assassinato indiscriminado de afegãos. Andrew precisa decidir até onde está disposto a ir para cumprir as ordens de seus superiores e servir ao seu país.
A nação dos EUA é movida pelo lucro vindo das guerras, das quais o país participou de inúmeras e que muitas nem precisavam realmente terem existido ao longo da história. Devido a isso, muitos jovens norte-americanos, incapazes de ao menos saber ainda o que é certo e errado, são jogados em uma guerra da qual eles não começaram, mas que sentem o prazer da possibilidade de sair atirando. Uma geração formada por filmes de ação e vídeo games violentos, mas que não conhecem o verdadeiro horror de perto.
No início da projeção, Andrew Briggman se imagina dentro da guerra, como se estivesse jogando um jogo de vídeo game em terceira pessoa e não escondendo o seu entusiasmo na possiblidade de crescer através do exército dos EUA. Uma vez lá dentro, observamos o protagonista transitando por situações irresponsáveis, mas não escondendo também certa ingenuidade. A partir do momento em que conhece o novo sargento é aí então que sua realidade se modifica como um todo.
Dan Krauss procura não julgar os dois lados desse conflito, mas sim de um determinado grupo de soldados que são colocados em testes com relação as suas próprias sanidades. Com um teor quase documental em algumas ocasiões. o filme retrata um pouco desse dia a dia, onde vemos esses jovens inexperientes fazendo pequenas besteiras, mas logo participando de situações que os levam a um caminho sem volta. Ao ser testemunha de atos questionáveis, o jovem protagonista vive em dilemas e fazendo com que os próprios se choquem com relação ao que tudo que ele acreditava.
Deixando ação em segundo plano, o filme ganha contornos até mesmo de puro suspense, onde não sabemos o que virá em seguida. Dan Krauss procura criar diversas cenas, por vezes, perfeccionistas e elevando o filme a um nível até mesmo inédito para o gênero de filmes de guerra. Atenção para a cena do teste de tiro, onde ficamos lado a lado do protagonista e temendo a cada segundo com relação ao que virá em seguida.
Nat Wolff se sai bem no papel do jovem protagonista, mas ele acaba meio que se tornando secundário perante a presença de Alexander Skarsgard. O ator simplesmente rouba a cena quando surge na tela, ao construir um sargento Deeks moldado pelo horror da guerra e de um governo irresponsável que criam elas. Deeks é um monstro, mas criado pelos seus próprios superiores que mal imaginavam o que haviam construído.
Em suma, o filme é um exemplo de inúmeros que ocorreram a partir do momento em que o governo dos EUA decidiu invadir os Iraque através de uma grande mentira e que gerou inúmeras mortes e que perdura até hoje. Embora curto, o filme é poderoso em sua mensagem, mesmo indo contra a expectativa daqueles que esperavam mais ação vindo dele. "The Kill Team" é sobre o lado inconsequente do soldado norte americano, mas do qual é moldado por um governo ambicioso e por vezes desumano. 

Onde assistir: Google Play Filmes e Youtube.  

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