Sinopse: Quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, os dinossauros agora vivem e caçam ao lado de humanos em todo o mundo. Esse frágil equilíbrio remodela o futuro e deve determinar de uma vez por todas se os seres humanos continuarão sendo a espécie dominante em um planeta que agora compartilham com as criaturas mais temíveis da história.
Steven Spielberg nunca se interessou muito em dirigir as continuações dos seus grandes sucessos, mas foi somente pela insistência do Universal, por exemplo, que ele havia dirigido "O Mundo Perdido - Jurassic Park" (1997), sequência do seu surpreendente "Jurassick Park" (1993). Embora o resultado tenha sido morno ele foi mais do que o suficiente para haver uma terceira parte em 2001 e assim se encerrando como uma trilogia, mas que revista hoje podemos concluir que o primeiro e grande clássico já era mais do que o suficiente.
Mas estamos falando de Hollywood, a máquina obcecada atualmente por franquias e que, embora tenha demorado para realização de novos filmes dos dinos, era uma questão de tempo para que esses grandes repteis retornassem a tela grande. Dirigido por Colin Trevorrow "Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros" (2015) pegou todo mundo de surpresa, pois embora abrace em alguns momentos a fórmula da nostalgia, o filme se sustenta sozinho como uma ótima aventura. Lógico, veio então "Jurassic World: Reino Ameaçado" (2018) que me arrisco a dizer que chega a ser tão bom quanto se comparado ao filme anterior, já que a visão autoral e sombria de Juan Antônio Bayona se sobressai em alguns momentos. Para se encerrar com uma segunda trilogia chega então "Jurassic World: Domínio" (2022), filme que sustenta ainda mais pela nostalgia, mas não significa que essa fórmula seja 100% eficácia.
Novamente dirigido por Colin Trevorrow, a trama se passa quatro anos após a destruição da Ilha Nublar, onde os dinossauros agora vivem - e caçam - ao lado de humanos em todo o mundo. Contudo, nem todos répteis consegue viver em harmonia com a espécie humana, trazendo problemas graves. Esse frágil equilíbrio remodelará o futuro e determinará, de uma vez por todas, se os seres humanos continuarão sendo os principais predadores em um planeta que agora compartilham com as criaturas mais temíveis da história em uma nova era. Os ex-funcionários do parque dos dinossauros, Claire (Bryce Dallas Howard) e Owen (Chris Pratt) se envolvem nessa problemática e buscam uma solução, contando com a ajuda dos cientistas experientes em dinossauros, que retornam dos filmes antecessores.
É claro que depois de quase trinta anos desde o lançamento do filme original seria praticamente impossível que esse novo filme pudesse manter algum tipo de frescor em termos de enredo. Claro que é sempre ótimo assistirmos aos dinossauros realistas, sendo que aqui os animatrônicos surgem mais em cena do que os bonecos digitais em si e criando assim um grau maior de verossimilhança. Mas o problema nem sequer são os dinossauros, mas sim a falta deles em cena.
Ao invés de explorar ainda mais essa divisão do mundo do qual se encontra dominado entre os humanos e os dinos, os roteiristas inventam uma história de teorias da conspiração através de gafanhotos geneticamente modificados e que podem provocar um desiquilíbrio na vida da terra. A situação se torna ainda mais bizarra pelo fato que o filme ganha ares de “filme espionagem”, me lembrando até mesmo a franquia "Missão Impossível" e deixando os dinossauros em alguns momentos de lado. Mas o pior está pelo fato de terem trazido os protagonistas originais de volta para essa trama.
Nada contra aos personagens interpretados por Sam Neill, Laura Dern e Jeff Goldblum, pois nós crescemos admirando-os através do clássico e são figuras que entraram facilmente para a história do cinema. O problema é que eles simplesmente foram jogados dentro da trama para despertar em nós aquela carga de nostálgica, sendo que o roteiro poderia ter fluido melhor somente com a presença do casal central interpretados por Chris Pratt, Bryce Dallas Howard e com a sua filha adotiva e clone interpretada pela jovem Isabella Sermon. O que resta para os veteranos é somente fazerem frases de efeito, disparar palavras que nos soam familiares, além de piadas que chegam até mesmo ser uma crítica acida as continuações da franquia.
Não que esse terceiro filme dessa segunda trilogia possa ser facilmente jogado fora, já que ele possui algumas cenas de ação e perseguição caprichadas, além de algumas situações de puro suspense que nos prende na cadeira. Mas nada disso é o suficiente para tirar de nós aquela sensação de desgaste e que faz somente o filme original se tornar ainda mais dourado na medida em que o tempo vai passando. "Jurassic World: Domínio" é somente um bom entretenimento, porém, serve também como exemplo de que determinadas franquias possuem certo limite e essa chegou ao seu absoluto esgotamento.
Onde Assistir: Google Play, Apple TV, Amazon Prime Vídeo.
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