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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Cine Especial: FILMES B QUE AMAMOS: Parte 7

Na primeira semana de outubro (do dia 04 a dia 08) participarei do curso do CENA UM, “Filmes B que Amamos” (Museu da Comunicação: Rua dos Andradas, 959, Porto Alegre) onde o tema principal serão sobre filmes baratos (baixo orçamento e de vários gêneros) feitos pelo cinema americano que acabou conquistando inúmeros fãs. Por aqui, irei postar sobre o que eu sei desse universo de baixo custo, mas com enorme imaginação.


O LADO B DE TARANTINO / RODRIGUEZ
O projeto Grindhouse é uma homenagem aos filmes de terror e ação baratos da década de 1970 nos quais podiam se ver até dois filmes por dois dólares ou menos. Os cinemas em si também não eram dos melhores, sendo que os projetores passavam tanto esses filmes que as imagens ficavam arranhadas ou até se perdiam um pedaço da historia. Crescendo neste universo trash da sétima arte, Robert Rodrigues e Quentin Tarantino uniram forças para fazer um grande filmão que reunisse todos esses elementos numa forma de homenagem e nostalgia. O publico atual americano não entendeu a brincadeira, e sendo assim, o filme acabou se transformando em dois filmes e distribuídos separadamente ao redor do mundo, gerando um novela interminável de adiamento aqui no Brasil com relação a parte de Tarantino que foi A Prova da Morte, mas isso é outra historia.


A PROVA DA MORTE

Sinopse: À Prova de Morte' é estrelado por Kurt Russell. Três amigas saem para se divertir e chamam a atenção de todos por onde passam, inclusive a do misterioso Stuntman Mike, um dublê temperamental que se esconde atrás do volante do seu carro indestrutível.

O filme é Tarantino puro, para aqueles que esperam todas as suas características dos seus filmes anteriores, tudo esta lá, desde uma trilha sonora maneira a várias referencias de outros filmes e dos próprios filmes do diretor. A trama em si é simples e funciona em duas partes, ambas tem algo em comum, um grupo de amigas saem juntas para se divertirem em bares e na estrada, quando derrepente acabam se encontrando com Stuntman Miike (Kurt Russell em seu melhor papel depois de muito tempo) e que acabaram tendo que enfrentar a sua loucura em querer matá-las sem motivos aparente. Ambas as historias tem finais diferentes um do outro, em meio a isso todas as marcas registradas do diretor estão lá, muito diálogos (e bota dialogo nisso) trilha sonora maneira e humor negro na medida certa, aliado a uma montagem que se finge ser tosco, afinal o diretor presta homenagem aos antigos filmes baratos que passava adoidado nos cinemas dos anos 70, por isso não estranhe a imagem estar arranhada, falta de cor ou sem nenhuma cor, é tudo proposital, portanto os marinheiros de primeira viajem pode estranhar a primeira vista ou se divertir perante a brincadeira do diretor. O legal é que o cinéfilo atento irá reparar na interligação desse filme com Planeta Terror numa determinada cena do hospital que separa ambas as partes dentro do filme. O curioso é fato de Tarantino que em cada filme que faz cada vez mais mostra a força feminina perante os homens da trama. Se muito curtiram a noiva de Kill Bill se preparem para esse grupo de garotas, principalmente pelo segundo, que deixara o personagem de Kurt Russell em maus lençóis. Atenção pela magistral perseguição de carro no ato final do filme, incrível de boa e que faz uma referencia aos antigos filmes de ação.




PLANETA TERROR
Sinopse: Em PLANETA TERROR, Robert Rodriguez mistura terror extremo e ficção científica, em uma homenagem aos filmes de Zumbi. Um hospital recebe doentes infectados que aos poucos se transformam em monstros. A heroína, que tem sua perna arrancada, ganha uma metralhadora como prótese.
Tosco, é a palavra que define como um todo esse filme de Rodriguez mas nem por isso o filme é ruim, longe disso, é pura diversão de primeira, onde acabamos por relembrar os bons tempos do cine trash que passava antigamente as tardes da Bandeirantes e apresentados pelo Zé do Caixão. No caso desse filme, é uma pura homenagem que o diretor faz aos antigos cines em que passavam dois filmes baratos a preço de um, os “Grindhouse”, a coisa era tão barata que a quem diga que faltavam partes do filme durante a sessão, portanto não estranhem se acontecer algo parecido quando estiverem assistindo a esse filme, uma pequena brincadeira que o diretor criou, fazendo uma referencia daquelas sessões, assim como a imagem toda arranhada e envelhecida, dando a entender que o filme estava guardado em algum lugar a muito tempo.
Com elenco estelar de vários rostos conhecidos como Bruce Willis, todos estão somente se divertindo na trama e não levando nem um pouco a sério com o que estão fazendo, assim como o próprio espectador, encarar um filme tosco de terror como pura diversão.

MACHETE
Sinopse: Depois de enfrentar Torrez um famoso chefe do tráfico o ex-agente federal mexicano Machete Cortez escapa para o Texas procurando esquecer o passado. Mas lá aceita a missão de matar o senador corrupto McLaughlin. Traído pela organização que o contratou Machete percebe que o plano era culpar os imigrantes mexicanos ilegais pela tentativa de assassinato e com isso ganhar apoio público para o senador. Ajudado por Luz uma sensual cozinheira de tacos e pelo padre local Machete parte para a vingança. Adaptado do falso trailer criado para o lançamento de Grindhouse em 2007.
Nascido apartir de um trailer falso antes da exibição do filme Planeta Terror, Machete se tornou clássico já antes de nascer. Talvez nem o próprio Rodriguez imaginasse que esse pequeno trailer faria sucesso, mas o publico via ali um herói de filme de ação como antigamente e que não leva desaforo para casa. Com isso, Rodriguez, com seu pequeno orçamento, reuniu uma penca de astros de todos os tamanhos e criou um filme que mais parece saído de uma sessão de cinema barato dos anos 70. Tudo é muito B, as cenas de mortes são chocantes e hilárias ao mesmo tempo, a critica feros sobre os imigrantes ilegais mortos pelo governo norte americano é de uma coragem só. Rodriguez atira para todos os lados com sua critica, ninguém esta a salvo, sobra para os dois lados em que ambos são retratados de uma forma caricata, mas não menos verdadeira.
Danny Trejo ganha (finalmente) o papel de sua vida. Visto sempre como vilão na maioria de filmes de ação (e dentro da filmografia de Rodriguez) ele sempre aparecia na maioria das vezes como capanga com cara de mau, mas sempre com as mesmas características, como as facas que ele usa desde os tempos da Balada do Pistoleiro e Um Drink no Inferno. Aqui ele finalmente mostra no que sabe fazer melhor, ser ele mesmo, mas dessa vez no lado dos mocinhos, o que não quer dizer menos mortífero, já que o cara mete medo com sua cara e seus facões. Dos demais do elenco, Steven Seagal mais canastrão do que nunca como vilão, Robert DeNiro como um político em versão divertida e caricata da era Bush, Jessica Alba apenas bela, mas segura as pontas, Michelle Rodriguez no seu melhor momento do cinema como uma sex guerrilheira caolha e Lindsay Lohan como ... Lindsay Lohan, o que não seria muito diferente, já que da para entender que o filme aproveitou para tirar sarro da vida problemática da atriz e pelo visto ela gostou da idéia, o que não quer dizer que tenha ajudado a melhorar a imagem dela fora das telas.
Com todos os elementos que fizeram sucesso nos filmes anteriores do diretor e com um ato final que corre morte, tiroteio e sangue para todos os lados, Machete termina dando entender que vem mais por ai. Nada mau para um filme que começou como uma brincadeira, mas as vezes, de uma boa brincadeira surge uma boa idéia, que criança engenhosa esse Rodriguez.



OS TRAILERS DE GRINDHOUSE


Quando o projeto foi lançado como um único filme, vinha junto falsos trailers de possíveis filmes que seriam exibidos um dia, ou seja, mais uma brincadeira dos diretores que estavam deitando e rolando quando estavam filmando esse projeto. Mas da brincadeira surgiu frutos, como no caso de Machete que nasceu desses trailers falsos e ganhou o seu próprio filme. Abaixo, seguem os outros trailers falsos do projeto.


Werewolf Women of the SS

Sinopse: Dirigido por Rob Zombie, é inspirado em filmes com nazistas dos anos 70, mostrando um plano secreto do Dr. Heinrich von Strasser (Bill Moseley) da SS de transformar mulheres em lobisomens. Nicolas Cage aparece como Fu Manchu.

Don't
Sinopse: Dirigido por Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto), é homenagem aos filmes italianos dos anos 70, com narração assustadora, mansões assombradas, e história quase sem nexo.


Thanksgiving
Sinopse: Eli Roth (Cabin Fever) dirige esse segmento, um filme de assassinos passado no Dia de Ação de Graças (parodiando outros passados em feriados como Halloween, Natal Sangrento e Dia dos Namorados Macabro).



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