COM A CHEGADA DA REFILMAGEM AMERICANA, VAMOS RELEMBRAR DA PRIMEIRA VERSÃO QUE CONQUISTOU CINEFILOS E CRITICOS PELO MUNDO.
Sinopse: Blackeberg, subúrbio de Estocolmo. Oskar (Kare Hedebrant) é um garoto de 12 anos que sente-se só. Na escola ele sempre é provocado por outros garotos e, apesar da raiva que sente, é incapaz de reagir. Um dia, ao brincar no pátio repleto de neve do prédio onde mora, ele conhece Eli (Lina Leandersson). Ela é uma garota pálida e solitária, que se mudou para a vizinhança recentemente, em companhia de seu suposto pai. Apesar do temor em se aproximar de Oskar, logo Eli se torna sua amiga. Paralelamente, uma série de assassinatos macabros acontecem, em que o sangue das vítimas é retirado. Eli está envolvida com estes fatos, de uma forma que Oskar jamais poderia imaginar.
Muitos reclamam do exagerado sucesso da saga Crepúsculo que convenhamos, não é essa coisa toda, por outro lado, fez com que os engravatados dos estúdios voltassem a ter interesse nesse gênero, seja artístico (Sede de Sangue) seja entretenimento (2019), mas foi um filme Sueco que talvez tenha nascido o melhor filme de vampiro dessa onda recente.
Dirigido pelo diretor Tomas Alfredson, o filme apresenta a curiosa relação de dois jovens Oscar e Eli (Kare Hedebrant e Lina Leandersson ótimos em cena com bela química) em que ambos guardam segredos dentro de si. Enquanto o primeiro tem desejos assassinos reprimidos por sofrer nas mãos de outros jovens da escola, a segunda é vampira e precisa assassinar pessoas para continuar sobrevivendo. Com isso, o tema vampirismo é uma mera desculpa para fazer um retrato sobre desejos reprimidos obscuros das pessoas nas quais possuem, mas não conseguem colocar para fora por inúmeros motivos e também um retrato escancarado sobre a bullying no qual o diretor não mede esforços para mostrar como os jovens atuais são inconseqüentes perante ao mais fraco.
O diretor também acerta em não exagerar na fantasia dentro do mundo real, portanto, por mais fantástico que seja Eli com os seus poderes de vampira, a forma como ela e colocada neste mundo real é de uma forma que nos faz acreditar que realmente posa existir tais criaturas que são condenadas a beber sangue humano e sofrem com essa maldição. Muito embora Eli (apesar de sofrer) aceita sua natureza, contudo, não esconda de Oscar o seu amor humano por ele, mas nunca sendo piegas e sim convincente.
Com uma bela fotografia e momentos de tensão e violência na medida certa, o filme só peca em seu ato final, que apesar de surpreendente (a parte da piscina é fantástica) o encerramento nos seus segundos finais tornam o final da trama no mínimo previsível mas nada que atrapalhe esse enigmático filme que trouxe mais verossimilhança no gênero do vampirismo.
Curiosidades: Apesar da história se passar em Blackeberg, subúrbio de Estocolmo, as filmagens ocorreram em Luleä, ao norte da Suécia. O motivo foi que no local havia a neve e o mau tempo necessários para a trama;
O título original é uma referência à canção "Let the Right One Slip In", de Morrissey;
Um comentário:
Olá, Marcelo, ando pensando numa conexão de comentários entre blogueiros que admiramos. Seria uma forma de incentivar o intercâmbio de idéias, favorecendo a blogsfera cinéfila. A cada post seu eu faria um comentário, e vice-versa. Sempre com sinceridade. O que acha? Vamos iniciar?
Abraço bom,
www.ofalcaomaltes.blogspot.com
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