OS DIAS RUINS QUE MOLDAM UM PALHAÇO
Sinopse: Durante a Guerra Civil espanhola , o Palhaço Branco, recrutado a força pela milícia destrói a foiçadas os soldados do Exercito Nacional sempre vestido de palhaço. Muitos anos depois, Xavier, o filho do palhaço vai trabalhar como o Palhaço Triste num circo onde encontra figuras das mais extraordinárias. Ali ele encontra Sergio, outro palhaço. É o início da historia dos dois na luta pelo amor da mais bonita e sedutora mulher do circo.
Vencedor do prêmio de melhor roteiro e melhor direção do festival de Veneza de 2010, o filme de Alex de La Iglesia usa o cenário da Guerra civil Espanhola, com sua áurea e queda do governo presidente Carrero Blanco como pano de fundo para criar uma historia de perdas, amor, loucura e vingança, embalado com o mais puro humor negro a lá Tarantino, mas ao mesmo tempo que lembra elementos da trilogia Coreana da Vingança e umas pitadas de Sin City.
Nesta salada toda, se criou um retrato de pessoas que foram afetadas devido a governos com mão de ferro, guerras sem sentido, que fazem delas, por hora contidas e por hora se tornam verdadeiras bestas selvagens que nascem no mais fundo de suas almas. Isso é muito bem retrato nos personagens Javier (interpretado por Carlos Areces) e Sérgio (Antonio de La Torre). Se o primeiro tenta seguir os passos da profissão de seu pai em meio ao caos, o segundo unicamente se torna um palhaço para encontrar um sentido na vida ao ver as crianças rindo em vez de ficar matando para sobreviver. Mas tudo isso vai à ladeira baixo quando ambos perdem a cabeça quando se apaixonam pela mesma mulher, a bela trapezista Natalia (Carolina Bang). O que se tem a seguir é a briga e selvageria de dois homens um contra ao outro por causa de uma mulher, sendo que essa ultima, por vezes sente prazer ao ver o conflito que causa entre esses homens que chegam ao ponto maximo da loucura de um ser humano em meio a fatos históricos da Espanha.
Dividido em três atos distintos, todos muito bem amarrados e bem agilizados, graças a uma incrível montagem rápida e certeira, o filme se beneficia graças também a bela fotografia que por vezes chega ao ponto de ser em preto e branco, para unicamente retratar o lado pálido do estado de espírito desses personagens em meio a um país que brincou com suas vidas e de pessoas cruéis que perderam o bom senso com o tempo. Se vocês se perguntam qual foi o dia ruim do Coringa (Heath Ledger ) de Batman: Cavaleiro das Trevas para ter se tornado uma entidade do caos, os palhaços de Balada do Amor e do Ódio podem muito bem lhe darem as respostas.
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