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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 24 de janeiro de 2022

Cine Especial: Próximo Cine Debate: "Human - Volume 2"

Sinopse: O cineasta Yann Arthus-Bertrand passou 3 anos coletando histórias reais de mais de 2 mil pessoas em 60 países. Estes relatos pessoais com suas emoções, suas lágrimas e sorrisos, suas batalhas e risadas unem a todos nós. 


No seu último documentário intitulado "Ultimas Conversas" (2015) o cineasta Eduardo Coutinho convidou diversas pessoas para conversar na frente da sua câmera e para que assim elas expressassem qualquer tipo de lembrança ou sentimento que sentiam naquele momento. Portanto não é de hoje que realizadores unicamente pegam o seu equipamento e registram depoimentos de pessoas que desejam se expressar para colocar para fora as suas mais diversas sensações que carregam ao longo de suas jornadas. "Human - Volume 2" (2015) segue uma cartilha similar, mas tornando a experiência universal e incrivelmente humana.

Dividido em três volumes, o cineasta Yann Arthus-Bertrand passou 3 anos coletando histórias reais de mais de 2 mil pessoas em 60 países. Estes relatos pessoais com suas emoções, suas lágrimas e sorrisos, suas batalhas e risadas unem a todos nós. No decorrer do tempo nos identificamos com algumas figuras, pois elas não são muito diferentes de mim, de você ou de todos nós.

Na abertura, por exemplo, há diversas cenas onde pessoas se encontram reunidas uma do lado da outra, seja na água, em um estágio de futebol ou em um evento religioso. As cenas são de um grande esplendor, já que sintetiza o poder do lado social, da união dos seres humanos e dos quais os mesmos, por vezes, precisam um do outro. Ao olharmos as cenas elas acabam se tornando até mesmo um enorme contraste em tempos de pandemia, já que hoje vivemos tempos de medo em que aproximação pode acarretar sérias consequências para a nossa própria saúde.

Ao mesmo tempo a obra caminha de mãos dadas em tempos de lives pela internet, onde as pessoas se reúnem para conversar, debater e poder se expressar mesmo que esteja do outro lado do mundo. O filme, aliás, nos coloca frente a frente com pessoas que vivem a sua guerra não declarada, desde por estar em meio aos conflitos civis, como preconceito, guerras políticas e religiosas. Cada um se expressando de uma forma bastante emocional e cuja as marcas de seus rostos possuem diversas histórias a serem aos poucos contadas.

Acima de tudo, é um documentário que nos fala que todos nós pertencemos em uma única casa, ou seja, a nossa terra que tanto é molestada pelos erros dos homens e cujo os mesmos atualmente se encontram cada vez mais transbordando. A mensagem principal é que precisamos ouvir o próximo, sobre o que ele sente, o que deseja e o que quer passar para nós para que possamos ajuda-lo quando for possível. Se nós não nos conscientizarmos logo em nos darmos as mãos então estaremos todos perdidos.

"Human - Volume 2" é um documentário para ouvir e observamos as expressões dos nossos semelhantes mesmo daqueles que se encontram do outro lado do mundo e clamam para serem ouvidos.  


Onde Assistir: Pelo youtube clicando aqui. 

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Cine Dica: Oficina de Roteiro - Turma 19

 Inscrições abertas

Vagas limitadas!

APRESENTAÇÃO

A OFICINA DE ROTEIRO DE CINEMA (Turma 19) é uma atividade focada na criação e na redação do roteiro audiovisual, desde a ideia inicial, passando por seus diversos tratamentos, até a conclusão de um roteiro acabado para curta-metragem. Na Oficina serão estudados os princípios técnicos do trabalho de um roteirista. O desafio é: como escrever sem cair nas fórmulas pré-fabricadas?


A OFICINA

A OFICINA DE ROTEIRO DE CINEMA (Turma 19), ministrada pelo roteirista e escritor Marcelo Cortez, desenvolverá aulas teóricas e práticas de redação de roteiro para seriado, curta e longa-metragem. Serão 7 aulas presenciais semanais ao longo das quais cada aluno desenvolverá um roteiro de curta-metragem, com supervisão individual do professor. As aulas serão ministradas no Espaço Força e Luz (Porto Alegre), aos sábados pela manhã.


Público alvo

A Oficina é aberta a todos os interessados. Não é necessário nenhum pré-requisito de formação e/ou atuação profissional para participar desta atividade.


Cronograma das aulas

(Sábados – das 10h às 12h30)

* Encontro 1: 19 / Março

* Encontro 2: 26 / Março

* Encontro 3: 02 / Abril

* Encontro 4: 09 / Abril

* Folga: 16 / Abril

* Encontro 5: 23 / Abril

* Encontro 6: 30 / Abril

* Folga: 07 / Maio

* Encontro 7: 14 / Maio


Ministrante: MARCELO CORTEZ

Formado em Letras pela UFRGS, estudou roteiro audiovisual na Vancouver Film School. Escritor de ficção e roteirista. Trabalha com roteiro para Televisão, Cinema e jogos de Videogame.

Atividade presencial

"OFICINA DE ROTEIRO DE CINEMA - Turma 19"

de Marcelo Cortez

* Início: 19 / Março (7 encontros semanais aos sábados)

* Horário: 10h às 12h30

* Local:

Espaço Força e Luz

(Rua dos Andradas, 1223 - Centro - Porto Alegre)

* Material incluído: 

Apostila impressa

Caneta personalizada

Certificado de participação


Informações

cineum@cineum.com.br / Fone: (51) 99320-2714

INSCRIÇÕES

https://cinemacineum.blogspot.com/2022/01/oficina-de-roteiro-de-cinema-turma-19.html


Realização

Cine UM Produtora Cultural

Apoio

Espaço Força e Luz


sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Cine Especial: ‘Cidade Fantasma’ – Sul Em 40º Graus

Quando termina dezembro, e começa janeiro, a cidade de Porto Alegre é tomada por um calor escaldante, do qual deixa qualquer um desanimado e, principalmente, nos deixando apreensivos com relação ao futuro indefinido com a chegada do novo ano.  A cidade se torna vazia, ao ponto que os poucos que ficam pelas ruas se tornam fantasmas andarilhos, com poucas opções, a não ser trabalhar ou encarar o calor de frente. Os bem afortunados fogem para o litoral para curtir a praia por, ao menos, três meses e se esquecendo da capital gaúcha queimando e com os restantes de pouca sorte lá dentro.

O ano de 2022 mal começou e ele já é escaldante para os gaúchos, não só devido as temperaturas elevadas, como também com relação as mudanças e retrocessos políticos que tornam o nosso futuro cada vez mais indefinido. Em tempos assim acabam nascendo em nós um conflito interior, em que nada mais faz sentido e fazendo nascer um desejo de nos jogarmos a própria sorte da qual, infelizmente, nunca vem.  Mas os tempos escaldantes sempre estiveram aqui, seja há vinte anos atrás, ou até mesmo no início do século passado.

É por essa linha de pensamento que me veio à mente o curta metragem de animação gaúcha "Cidade Fantasma" (prêmio especial de animação no Festival de Gramado em 1999). Com roteiro de Adalgiza Luz e direção de Lisandro Santos, o curta conta a história de um jovem assalariado na cidade de Porto Alegre durante o verão, quando a cidade fica vazia e o calor lhe deixa sem muitas expectativas. Dublado pelo radialista Victor Hugo Schwengber, o protagonista não só reclama da forte onda de calor, como das coisas que lhe faz falta, desde uma tv a cabo, como também ar condicionado e pela falta de dinheiro.

O personagem é uma espécie de personificação de uma geração materialista dos anos 90, onde mais se reclamava da falta das coisas do que se preocupar com o mundo em volta. Além do traço do diretor, o curta tem a arte de Cláudia Barbisan, cuja as cores saltam da tela, como se elas sintetizassem o estado emocional do protagonista. Visto hoje, as cores quentes se tornam também uma representação de uma época mais inocente e dourada, cuja aquela jovem geração gaúcha mal tinha ideia do que deveria realmente reclamar da vida e do que estaria por vir em nosso país.

Na reta final da história, surge uma jovem (voz da atriz Letícia Liesenfeld), cuja a sua presença em cena muda o humor do protagonista e tornando o cenário, antes desolador com a cidade vazia de Porto Alegre, agora um pouco mais acolhedor. O epílogo do curta termina numa praia, porém, é inverno, onde ambos os personagens iniciaram uma relação e da qual o protagonista conta resumidamente sobre isso. Dá entender que ele começou a reclamar menos das coisas que ele não tinha, valorizando a pessoa que tinha do seu lado e partindo ambos ao rumo de um futuro desconhecido.

Esse rumo, aliás, é representado por um cenário ao fundo, onde o carro dos personagens se vai em direção a ele, do qual é representado por nuvens de cores sombrias de uma tempestade que está por vir. Se no recente longa metragem "A Frente Fria que a Chuva Traz" (2015), de Neville D’Almeida, os jovens protagonistas tinham certo vislumbre das mudanças que viriam assolar o Brasil, Cidade Fantasma, por sua vez, se torna muito mais poderoso em sua mensagem ilustrada e dita mesmo com os seus quase vinte anos de vida.

O curta metragem "Cidade Fantasma" não é somente uma ótima representação da geração gaúcha dos anos 90, como também teve o poder de profetizar o nosso presente e do futuro cada vez mais desolador e indefinido para todos nós.

NOTA: Assista ao curta clicando aqui. 

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quinta-feira, 20 de janeiro de 2022

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (20/01/22)

 EDUARDO & MÔNICA

Sinopse: Em um dia atípico, situado em Brasília na década de 1980, uma série de coincidências levam Eduardo (Gabriel Leone) a conhecer Mônica (Alice Braga), tendo como pano de fundo uma festa estranha com gente esquisita. 


AS AGENTES 355

Sinopse: Quando uma arma ultrassecreta cai nas mãos de mercenários, o agente curinga da CIA Mason "Mace" Brown precisará unir forças com a malvada agente alemã Marie, ex-aliada do MI6 e especialista em computação de ponta Khadijah, e a habilidosa psicóloga colombiana Graciela em uma missão letal e alucinante de recuperá-la, ao mesmo tempo em que fica um passo à frente de uma mulher misteriosa, Lin Mi Sheng, que acompanha todos os seus movimentos.


EU NÃO CHORO

Sinopse: Ola é uma jovem polonesa rebelde e determinada que sonha em ter seu próprio carro. Ela, a mãe e o irmão, de origem humilde, contam com o dinheiro que o pai manda da Irlanda, onde trabalha na construção civil. Mas tudo muda quando a família recebe a notícia a morte do pai e Ola precisa viajar para reconhecer o corpo.

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO DE 20 A 26 DE JANEIRO DE 2022 na Cinemateca Paulo Amorim

 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES

                                                                      HANNAH E SUAS IRMÃS


SALA 1 / PAULO AMORIM


14h45 – CHARUTO DE MEL Assista o trailer aqui.

NÃO HAVERÁ SESSÃO NOS DIAS 22 E 23 (SÁBADO E DOMINGO)

(Cigare au miel - França, Argélia, Bélgica, 2020, 100min). Direção de Kamir Aïnouz, com Zoé Adjani, Amira Casar, Lyès Salem. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Aos 17 anos, Selma é confrontada em seu cotidiano de classe média alta por um jovem provocador chamado Julien. A garota percebe, pela primeira vez, como as pesadas regras do patriarcado afetam sua intimidade. Enquanto enfrenta seus medos mais profundos, a família de Selma teme o avanço do fundamentalismo no norte da Argélia. Este é o filme de estreia da diretora, que é meia-irmã do premiado cineasta brasileiro Karim Aïnouz.


16h45 – RODA DO DESTINO Assista o trailer aqui.

(Guzen to Sozo - Japão, 2021, 120min). Direção de Ryusuke Hamaguchi, com Kotone urukawa, Kiyohiko Shibukawa, Katsuki Mori. Pandora Filmes, 14 anos. Drama romântico.

Sinopse: Vencedor do Grande Prêmio do Júri do Festival de Berlim, o filme acompanha três personagens femininas em momentos importantes de escolhas e arrependimentos. Em uma das histórias, uma garota descobre que sua melhor amiga está saindo com um homem por quem ela foi muito apaixonada. Também há a universitária que entra num jogo de vingança contra o professor de literatura e uma jovem lésbica que reencontra alguém que pode ter sido um grande amor do passado.


QUINTA, DIA 20 DE JANEIRO ÀS 19h10 *ENTRADA FRANCA*


MODA E COR FASHION FILM

(Brasil, 2021, 38min). Documentário de Cláudia Rosa e Jesser Zuchelli.

Sinopse: O filme mostra o trabalho de afrocriadores de moda do RS, que assinam sete marcas. O evento, gravado no Vila Flores em novembro passado, tem produção e modelos negros aposta na moda como ferramenta de desenvolvimento social e igualdade racial.

Após a exibição, haverá debate com os diretores e convidados.


SÁBADO, DIA 22 DE JANEIRO ÀS 19h10 *ENTRADA FRANCA*


DE OLHOS ABERTOS

(Brasil, 2021, 105min). Documentário de Charlotte Dafol.

Sinopse: O filme acompanha a produção e venda do jornal "Boca de Rua", que existe há 21 anos e é elaborado por moradores em situação de rua de Porto Alegre.

Após a exibição, haverá debate com a diretora e convidados.


SESSÕES ESPECIAIS SALA PAULO AMORIM

ESPECIAL WOODY ALLEN – ANOS 1970 E 1980

SÁBADO, DIA 22 DE JANEIRO ÀS 14h45


A ÚLTIMA NOITE DE BORIS GRUSHENKO

(Love and Death - EUA, 1975, 90min). Direção de Woody Allen, com Woddy Allen e Diane Keaton.

Sinopse: Um neurótico russo recorda sua vida, começando pela infância até ser forçado a se alistar no exército para defender a Rússia contra a França e se apaixonar por uma mulher que quer matar Napoleão. Os diálogos e cenários parodiam as obras clássicas de Dostoiévsky e Tolstoy.


DOMINGO, DIA 23 DE JANEIRO ÀS 14h45


HANNAH E SUAS IRMÃS

(Hannah and Her Sisters - EUA, 1986, 100min). Direção de Woody Allen, com Mia Farrow, Barbara Hershey, Carrie Fischer.

Sinopse: O filme acompanha as irmãs Hannah, Lee e Holly e seus respectivos companheiros ao longo de três anos, em jantares de Ação de Graças. Estes encontros revelam conflitos amorosos e existenciais que envolvem os casais e seus amigos. O filme ganhou o Oscar de melhor roteiro original.


SALA 2 / EDUARDO HIRTZ


14h30 – UMA VEZ EM VENEZA Assista o trailer aqui.

(When in Venice - Brasil/Colômbia/Alemanha/Itália, 2020, 75min). Direção de Juan Zapata, com Peter Ketnath e Bella Carrijo. Zapata Filmes, 14 anos. Romance.

Sinopse: O alemão Maximilian e a brasileira Maria se conhecem por acaso em um hotel no norte da Itália. Mesmo com visões distintas em relação ao que é o amor, eles decidem se juntar para realizar um sonho em comum: visitar Veneza, uma das cidades mais românticas do mundo.


16h – MARIGHELLA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 155min). Direção de Wagner Moura, com Seu Jorge, Adriana Esteves, Bruno Gagliasso. Paris Filmes, 16 anos. Drama/Ação.

Sinopse: A cinebiografia recupera a trajetória do ex-deputado e guerrilheiro Carlos Marighella (1911 – 1969), que comandou um grupo de jovens na luta contra a ditadura que governava o Brasil. Ele foi um dos fundadores da Ação Libertadora Nacional, que pregava a luta armada, e chegou a ser considerado o inimigo número 1 do Brasil.  Sua morte aconteceu em uma emboscada em São Paulo, por agentes do DOPS. O filme é uma adaptação do livro "Marighella - O Guerrilheiro Que Incendiou o Mundo", de Mário Magalhães.


19h – EU NÃO CHORO *ESTREIA* Assista o trailer aqui.

(I Never Cry - Polônia/Irlanda, 2021, 100min). Direção de Piotr Domalewski, com Zofia Stafiej, Kinga Preis, Arkadiusz Jakubik. Arteplex Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Ola é uma jovem polonesa rebelde e determinada que sonha em ter seu próprio carro. Ela, a mãe e o irmão, de origem humilde, contam com o dinheiro que o pai manda da Irlanda, onde trabalha na construção civil. Mas tudo muda quando a família recebe a notícia da morte do pai e Ola precisa viajar para reconhecer o corpo.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores têm direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional.

Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.

*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

Cine Dica: Streaming: 'King Richard: Criando Campeãs'

Sinopse: Richard Williams é um pai dedicado e determinado a tornar suas filhas, Venus e Serena, em lendas do esporte. Com métodos pouco tradicionais, ele cria duas das maiores atletas de todos os tempos. 

A cinebiografias do universo esportivo tende a ir para algo bem feito como também para fórmulas muito manjadas e das quais os cinéfilos já imaginam como termina. Porém, há casos de filmes que vão além do convencional, onde esporte é o cenário, mas o seu elenco escolhido a dedo é o que torna a peça indispensável. "King Richard: Criando Campeãs" (2021) é um desses casos em que bons desempenhos fazem de a obra não ser dispensável para os nossos olhos.

Dirigido por Reinaldo Marcus Green "King Richard: Criando Campeãs" é um filme biográfico inspirado em Richard Williams, pai das famosas tenistas Serena Williams e Venus Williams. Obstinado em fazer de suas filhas futuras campeãs de tênis, Richard (Will Smith) usa métodos próprios e nada convencionais, seguindo a visão clara de futuro que construiu para as filhas Serena (Demi Singleton) e Venus (Saniyya Sidney). Determinado, o pai das garotas vai fazer de tudo para que elas saiam das ruas de Compton para as quadras do mundo todo. Armado com plano ousado, Richard Williams trabalha para escrever suas filhas na história.

A trama soa familiar, já que a temática sobre superação através do esporte já foi algo muito usado pelo cinema, pois basta pegar como exemplo "Rocky: Um Lutador" (1976) para termos uma ideia. Porém, os realizadores se comprometeram a mostrar algo além do obvio, ao retratar uma família unida em meio as adversidades, desde a violência de gangues de rua como também o preconceito racial que perdura até nos dias de hoje. O filme não deixa de tocar na ferida o fato que o tênis é um esporte sempre moldado por pessoas brancas e ricas e que quase nunca investiu em talentos que começaram lá de baixo, mas que tinham muito a oferecer para esse mundo.

Nesta questão Richard sabe muito bem do que o mundo é formado e por conta disso tenta ensinar a todo custo as filhas em nunca se rebaixarem perante aqueles que os intimidaram, mas sim mantendo os seus lados virtuosos intactos. Através de Richard enxergamos uma vida sofrida, da qual ouviu inúmeros "nãos" ao longo dessa jornada, mas não desistindo do projeto principal em favor das suas filhas. Se sentimos esse peso de responsabilidade muito se deve ao incrível desempenho de Will Smith.

Deixando o seu ego de lado e do qual o mesmo lhe prejudicou um pouco ao longo da carreira, Smith entrega o seu melhor desempenho em anos, onde constrói para si um Richard Williams cheio de cicatriz, tanto físicas como emocionais e das quais as suas origens acabam sendo reveladas nos melhores momentos da trama. Ao mesmo tempo, seu personagem não esconde um ser humano falho em suas ações, das quais ele coloca em prática para proteger as suas filhas, mas correndo um sério risco das demais pessoas em volta nunca compreende-las.

Curiosamente, o filme explora o jogo das aparências dentro deste esporte, dos quais alguns vivem somente de números, mas nunca dando o verdadeiro valor dos talentos envolvidos. Por conta disso as filhas Serena (Demi Singleton) e Venus (Saniyya Sidney) aprenderam por duras penas que este esporte pertence sim há um grande sistema cheio de valores nas entrelinhas, mas que não pode se vender facilmente a ele, mas sim valorizar o potencial que obtiveram até aquele ponto. As duas jovens atrizes superaram as minhas expectativas e podendo serem uma futura promessa.

O ato final desliza pelo previsível e o lado emocional, pois quando chegamos a esse ponto já temos uma noção como será o encerramento. Porém, as vezes quando se perde se ganha e as cenas reais em que mostra a família Williams durante os créditos finais nos diz que valeu a pena participar dessa jornada pessoal e cinematográfica. "King Richard: Criando Campeãs" é um filme sobre superação e que nos ensina em nunca recuar mesmo quando o mundo sempre lhe dá um grande não.  

Onde Assistir: HBO Max 

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terça-feira, 18 de janeiro de 2022

Cine Dica: Streaming: 'A Mão de Deus'

Sinopse: Na Nápoles dos anos 80, um jovem louco por futebol se vê diante de uma tragédia familiar que define seu futuro incerto, porém promissor, como cineasta. 

O tempo passa e se olharmos para trás as nossas lembranças se tornam cada vez mais douradas. Alfonso Cuarón, por exemplo, realizou a sua obra prima intitulada "Roma" (2018) e da qual a mesma falava sobre a sua infância cheia de detalhes e camadas. "A Mão de Deus" (2021) segue essa linha de forma parecida, onde o cineasta Paolo Sorrentino, do filme "A Grande Beleza" (2013) retrata de uma forma delicada, porém corajosa, uma das passagens mais importantes de sua vida.

O filme conta a história de um menino, Fabietto Schisa (Filippo Scotti), na tumultuada Nápoles dos anos 1980. O filme é cheio de alegrias inesperadas, como a chegada da lenda do futebol Diego Maradona, e uma tragédia igualmente surpreendente. O destino desempenha seu papel e o futuro de Fabietto é posto em movimento.

Paolo Sorrentino procura retornar ao seu passado através de lembranças e cujas determinadas passagens são moldadas por simbolismos e dos quais cada um tirará suas próprias conclusões sobre os seus significados. Na abertura, por exemplo, nós somos apresentados a tia do protagonista, da qual sofre por não engravidar e por não ser compreendida pelo seu próprio marido. A mesma adquire uma chance de obter o seu sonho, mas logo sendo desmantelado pela incompreensão do seu próximo.

Essa passagem, aliás, é de acordo com as lembranças que o cineasta vai jogando na tela, da quais podem tanto ser verossímeis, como também pinceladas de uma forma mais romântica e fantástica. Nápoles por si só já é uma cidade que mais parece ser retirada dos livros fantásticos de fantasia, já que suas paisagens a beira do mar valem por mil palavras. Porém, a criatividade do cineasta em filmar determinadas cenas nos surpreende e o momento em que vemos Fabietto testemunhando um possível Diego Maradona com o seu carro no meio da rua se tornou um dos meus momentos preferidos da obra como um todo.

Mas embora nos chame atenção o papel de Maradona dentro da trama, ele serve mais como pano de fundo, pois os grandes astros acabam sendo a família do futuro cineasta. Cada um ali possui uma personalidade distinta, do qual possuem inúmeras histórias a serem contadas e que servem para que Fabietto aprecie em total plenitude cada um deles em determinados momentos da história. Logicamente a sua maior fonte de inspiração acaba sendo os seus próprios pais, interpretados por Toni Servillo e Teresa Saponangelo e dos quais os mesmos possuem um papel fundamental no amadurecimento do jovem.

Com uma belíssima fotografia de cores quentes, as mesmas dão lugar a tons mais escuros e amargos a partir do momento em que os pais saem de cena e fazendo que a vida do jovem simplesmente desabe. Cabe, portanto, os demais personagens restantes da história para que ele volte a enxergar algo além da Nápoles, mas ao mesmo tempo não se esquecendo de suas verdadeiras raízes. A morte dos pais, aliás, serve como trampolim para que ele possa dar novos saltos, amadurecer com realidade em que convive e para assim dar um novo passo adiante na possibilidade de ser um futuro cineasta.

O ato final é cheio de simbolismo, sejam eles protagonizados pela tia do protagonista, como também por uma curiosa figura de um pequeno monge, do qual o mesmo havia aparecido no prologo de forma misteriosa e se revelando de uma forma simples, porém, interessante. Vemos, então, o jovem futuro cineasta tomando o seu rumo e para assim se tornar um talento que aos poucos foi sendo reconhecido. Com uma pequena homenagem ao clássico “Era Uma Vez na América (1984) de Sergio Leone, "A Mão de Deus" é uma carta de amor não somente para aqueles que desfrutam do cinema italiano, como também um retrato universal da jornada pessoal que todos nós passamos.  

Onde Assistir: Netflix.  


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