Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

quinta-feira, 2 de maio de 2019

LUTO: Peter Mayhew 1944 - 2019


“A família de Peter Mayhew, com muito amor e tristeza, lamenta informar que Peter faleceu. Ele nos deixou na noite de 30 de abril, com sua família ao seu lado em sua casa, no norte do Texas”
“Peter colocou sua alma e coração no papel de Chewbacca, e isso fica claro em todos os frames de todos os filmes”, diz a carta publicada pela família. “A família Star Wars era muito mais do que apenas um trabalho para ele”.

Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: ‘3 Faces’ - Entre a Opressão e a Sensatez

Nota: obra será exibida para associados no próximo dia 05/05/19 na Casa de Cultura Mario Quintana.   
Sinopse: Cineasta e famosa atriz iraniana recebe um vídeo perturbador de uma garota implorando por ajuda para escapar de sua família conservadora.  

Devido a uma insana perseguição política, Jafar Panahi passou nos últimos anos a viver em prisão domiciliar e proibido de filmar durante vinte anos no Irã. Contudo, isso não o impediu de trabalhar, pois graças a sua genialidade, ele obteve o feito de lançar para o exterior “Isso Não é Um Filme” (2011) e posteriormente “Taxi de Teerã” (2015), onde ambos os casos são obras que transitam entre o “cinema verdade” e ficção e obtendo o feito de falar sobre o próprio Irã atual. É aí que chegamos ao seu último filme, “3 Faces”, do qual as amarras judiciais não o impedem de falar novamente sobre aquele país e do papel das pessoas que lutam pelos seus objetivos em meio a opressão.  
Dirigido e atuado pelo próprio Jafar Panahi, o filme começa com uma jovem atriz filmando a si própria e implorando ajuda, mas que acaba (aparentemente) cometendo suicídio. O vídeo foi enviado para o cineasta que, por sua vez, atendeu o pedido da jovem que era pedir ajuda para atriz famosa do Irã Behnaz Jafari. Ambos, então, partem para o possível vilarejo onde a jovem pode estar, mas se deparam com uma realidade totalmente diferente do que eles poderiam imaginar.   
Se no seu último filme, “Taxi de Teerã”, o cineasta já dava sinais de dar um espaço maior para a elaboração de uma história mais fictícia, aqui o lado documental fica em segundo plano, pois percebesse que estamos diante de uma ficção. Contudo, o “cinema verdade” sempre retorna no seu devido tempo, principalmente quando a dupla principal começa adentrar os vilarejos onde a garota possa estar e revelando a real face atual daquela região. Uma vez que a dupla central da trama dá de encontro com essa realidade, nos damos conta que há ali uma sociedade dividida, da qual tentam manter as velhas tradições conservadoras, mas das quais não são exatamente fortes o suficiente para mudar o desejo de uma nova geração em querer obter a sua cruzada pessoal pela vida.   
Além de criar uma narrativa que remete as suas obras anteriores, Jafar Panahi  também presta uma homenagem a outros clássicos do país, em especial aos que foram criados pelo seu mentor, o cineasta Abbas Kiarostami e que fez filmes reconhecidos mundialmente como, por exemplo, "Closep Up" (1990). Se por um lado Panahi elaborou tramas onde se passava na cidade grande, aqui, ele opta em adentrar os vilarejos do país e fazendo com que a gente se lembrasse dos primeiros grandes clássicos de Kiarostami como, por exemplo, "Onde Fica a Casa do Meu Amigo?" (1987). Se alguém ainda tem dúvidas que Jafar Panahi está prestando uma homenagem ao Kiarostami, basta testemunharmos a curiosa cena de uma senhora dentro de uma cova e nos fazer lembrar rapidamente do filme "O Gosto de Cereja" (1997). 
Mas, independentemente das homenagens, estamos diante de um filme em que toca nas questões já abordadas na filmografia de Jafar Panahi, como no caso sobre a veracidade de uma determinada cena e sobre até que ponto ela pode ser verídica. No seu clássico "O Espelho" (1997), por exemplo, testemunhamos a jovem protagonista abandonando o seu papel, revelando somente atriz na frente das câmeras e desejando voltar para casa. Embora o primeiro ato de "3 Faces" nos deixe claro que estamos diante de uma ficção, não deixa de ser curioso sobre a maneira de como o cineasta gosta de mexer sobre a veracidade ou não de sua própria obra autoral e fazendo a gente realmente questionar sobre o que está acontecendo na tela. 
Do segundo ato em diante, as revelações vêm à tona, porém, não significa também que haja uma solução rápida, mas sim fazendo a dupla principal da trama se perguntar sobre quais são os seus reais papeis perante uma situação, por vezes, absurda. Atriz Behnaz Jafari (sendo ela mesma), transita entre a tristeza e fúria perante uma situação em que, talvez, ela não quisesse realmente se envolver. Porém, uma vez que ela começa se interagir com aquela realidade, da qual fazia tempo em que ela não participava, faz com que ela abrace uma possibilidade em que ela pode sim fazer a diferença.  
Aliás, é notório que Jafar Panahi faça um discurso nas entrelinhas, não somente com relação a política autoritária do Irã, como também com relação a uma sociedade dividida entre o saber e as velhas tradições.  Entre a opressão e o diálogo, há sempre a persuasão de outros para que os próprios protagonistas venham de desistir. Porém, a cena de um boi adoentado no meio da estrada, simboliza uma sociedade que requer ajuda sempre do próximo, mesmo quando outros lhe dizem ao contrário.  
"3 Faces", não é só um dos melhores filmes de Jafar Panahi, como também simboliza o cinema da resistência do Irã dos últimos trinta anos e do qual retratou o melhor e pior daquele povo.   


Faça parte do Clube de Cinema de Porto Alegre.  
Mais informações através das redes sociais:
Facebook: www.facebook.com/ccpa1948
twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dicas: Próximas sessões do Clube de Cinema de Porto Alegre (Sábado e Domingo, dias 4 e 5 de maio)

3 Faces

No próximo Sábado (dia 4 de maio de 2019) as 10:15 da manhã na Sala Eduardo Hirtz (Casa de Cultura Mário Quintana) assistiremos ao filme “Um Amor Inesperado” (El Amor Menos Pensado) .

Ano de produção: 2018
Data de Lançamento Mundial: 2 de Agosto de 2018 na Argentina
Direção: Juan Vera
Duração: 123 minutos
Elenco: Ricardo Darín, Mercedes Morán, Claudia Fontán
Gênero: Romance, Comédia
Colorido
Nacionalidade: Argentina
Idioma: Espanhol
Distribuidor: Alpha Filmes Ltda
Não recomendado para menores de 14 anos.

Sinopse: Marcos (Ricardo Darín) e Ana (Mercedes Morán) estão casados há 25 anos e seu relacionamento já não está mais funcionando. Quando seu filho deixa a Argentina para estudar fora, os dois decidem se divorciar. Porém, a vida de solteiro não é tão fácil quanto eles esperavam e Marcos acaba chamando Ana para sair com ele novamente.

Festival do Rio - O filme foi exibido no Festival do Rio 2018.

3 Faces

No próximo Domingo (dia 5 de maio de 2019) as 10:15 da manhã na Sala Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana) assistiremos ao filme “3 Faces” (Se Rokh).

Ano de produção: 2018
Data de Lançamento Mundial: 12 de Maio de 2018 (Festival de Cinema de Cannes)
Direção: Jafar Panahi 
Duração: 100 minutos
Elenco: Behnaz Jafari, Jafar Panahi, Marziyeh Rezaei
Gênero: Drama
Colorido
Nacionalidade: Irã
Idioma: Persa
Distribuidor: Imovision
Não recomendado para menores de 14 anos

Sinopse: Uma famosa atriz iraniana recebe um vídeo perturbador de uma garota implorando por ajuda para escapar de sua família conservadora. Ela então pede seu amigo, o diretor Jafar Panahi, para descobrir se o vídeo é real ou uma manipulação. Juntos, eles seguem o caminho para a aldeia da menina nas remotas montanhas do norte, onde as tradições ancestrais continuam a ditar a vida local.

Cannes 2018 - Selecionado para competir no Festival de Cannes 2018.
Mostra de São Paulo - O filme é um dos selecionados para a 42ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.

Abraço a todos .
Antonio A. B. Boaretto 
E-mail principal: boaretto@gmail.com
Skype / E-mail alternativo: boaretto@outlook.com
Cel:.. (51) 99987.3632 (Claro) Telegram e Whatssapp
Flickr: www.flickr.com/photos/boaretto/sets/

quarta-feira, 1 de maio de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'De Lembranças a Todos' - Uma Melodia da Música Clássica Brasileira

Sinopse: Em 94 anos de vida, Dorival Caymmi cantou, compôs, escreveu e pensou a Bahia, mesmo quando longe dela. Junto com Jorge Amado, ele é considerado um dos responsáveis pelo imaginário baiano.  

Enquanto a internet valoriza as músicas vindas de pessoas que se dizem ter talento, ao menos, o cinema procura resgatar aqueles que fizeram música através da poesia e que falava um pouco sobre a nossa cultura brasileira.  Dorival Caymmi foi de tudo um pouco, desde músico, poeta, pintor, mas que, acima de tudo, falava sobre o melhor de nosso Brasil. "De Lembranças a Todos" é uma pequena declaração de amor a um dos grandes músicos do país e falando sobre como ele influenciou futuros talentos que foram surgindo ao longo dos anos.
Dirigido pelos irmãos Fábio e Thiago Di Fiore e produzido pela Contém Conteúdo, o documentário possui depoimentos marcantes de familiares - como seus filhos Nana, Dori e Danilo Caymmi, e sua irmã Dinahir Caymmi, amigos e grandes artistas do cenário brasileiro, como Maria Bethânia, Gilberto Gil, Milton Nascimento, Ângela Maria, Bibi Ferreira, Paulo Jobim, Hermínio Bello de Carvalho, pesquisadores da música brasileira como Ricardo Cravo Albin, Jairo Severiano, Sergio Cabral - antigas entrevistas, fotografias e imagens de época constroem o cenário e as histórias vividas por Caymmi. Com imagens atuais de Salvador, Rio de Janeiro e São Paulo, o filme procura mostrar a influência da natureza e das “pequenas coisas da vida" na construção de suas canções. Seja em “O Mar”, “O Vento”, “Maracangalha” ou em “O que é que a baiana tem”, sua obra é a expressão de um artista como poucos, com a maestria para fazer algo simples, mas ao mesmo tempo sofisticado.
Aliás, a música "O que é que a Baiana tem" me surpreendeu por ser dele e de ter feito parceria com a atriz e cantora Carmen Miranda na época. Percebesse que Dorival Caymmi tinha carisma suficiente para conquistar o público em um primeiro olhar e fazer com que as pessoas de fora se surpreendesse com o seu talento e se encantando pelo Brasil. Bom exemplo disso é a expressão de estupefação de ninguém menos que Orson Welles, cineasta do clássico "Cidadão Kane" (1941), que havia vindo para filmar no Brasil e e teve o prazer de conhecer um pouco da beleza da nossa música nacional através do cantor.
Já o documentário em si, não só presta homenagem ao artista, como também fala um pouco sobre o próprio Brasil de tempos distantes. É surpreendente, por exemplo, testemunharmos a cidade de Salvador e do Rio de Janeiro de outros tempos e fazendo um paralelo com as imagens de tempos contemporâneos. Embora todos tenham o desejo de visitar essas cidades atualmente, o documentário nos cria a vontade de entrar em uma máquina do tempo e de visitarmos essas cidades de tempos mais dourados.
Como era também um grande pintor, os realizadores fizeram questão de destacar isso na tela, pois as suas pinturas remetiam sobre suas poesias e letras musicais das quais ele escrevia. Portanto, não deixa de ser marcante o momento em que a tela transborda com os cenários animados do artista gráfico Eloar Guazzelli Filho, compondo visualmente a música História de Pescadores, grande clássico de Dorival Caymmi. Um momento curto, mas de grande conteúdo e que sintetiza o talento do cantor como um todo.
"De Lembranças a Todos", não é somente um documentário sobre um grande talento, como também uma declaração de amor a todo universo cultural brasileiro. 


Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

terça-feira, 30 de abril de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos' - Fuga, Escolhas e Crenças

Sinopse: Ihjãc é um jovem do povo Krahô, aldeia indígena localizada em Pedra Branca, no interior do Brasil. Depois de ser surpreendido pela visita do espírito de seu falecido pai, ele se sente na obrigação de organizar uma festa de fim de luto, comemoração tradicional da comunidade. 

Dirigido pelo casal João Salaviza e Renée Nader Messora, além de vencedor do Prêmio do Júri da mostra Um Certo Olhar, no último Festival de Cannes, o filme se concentra no índio atual, do qual busca o seu lugar no mundo, em meio ao caminho entre a cultura original e a adquirida dos não índios. Em sua aldeia Pedra Branca, no Tocantins, Ihjãc é um pacato pai de família. Na cidade sertaneja de Itacajá, onde se hospeda numa Casa de Apoio para índios, ele aprecia jogos eletrônicos, música atual como qualquer pessoa do local. Sua mulher, Kotô Krahô, joga futebol, pinta as unhas e participa de conversas de namoro com as amigas, como qualquer outra jovem se for comparada a uma vinda da cidade grande.
A partir de uma longa convivência com os Krahô, Renée criou a história ficcional desempenhada por Ihjãc, Kotô e seus entes próximos, num modelo que se diferencia e muito do praticado por Vincent Carelli e seus discípulos. Renée e João dividiram quase todas as funções técnicas e de criação, enquanto os índios interpretam seus papéis como atores. Logicamente, principalmente por ser uma história baseada em casos verídicos vindos da tribo, a trama fictícia nos reserva uma relação pessoal com o mundo real vivido por eles. Curiosamente, o universo vindo da aldeia se chocando com a realidade vindo da civilização criada pelo homem branco se faz nascer um filme com um tom cujo o gosto é pouco degustado para os amantes do cinema brasileiro atual.
Enquanto no local indígena o ritmo segue de forma gradual, as sequências vistas na cidade ganham dimensões de uma obra quase documental. Curiosamente o lado folclórico, ou melhor dizendo sobrenatural, assombra o protagonista quase sempre e fazendo com que ele se sinta sempre em uma corda bamba com relação as escolhas que ele vem a tomar em sua cruzada. Dito isso, testemunhamos profissionais da cidade impotentes perante a um protagonista que não sabe ao certo o que quer para si mesmo e se movendo de acordo com suas crenças e temores vindos de si próprio.
Curiosamente, embora os realizadores tenham protestado pela demarcação das terras indígenas quando o filme era exibido em Cannes, a obra coloca assuntos políticos nas entrelinhas, para não dizer que, como um todo, fica em cima do muro com relação a determinados assuntos. Porém, há duas menções com relação ao massacre realizado por fazendeiros em 1940 e a uma placa de demarcação atingida por tiros. No demais, a trama se concentra nas escolhas do jovem protagonista e em sua derradeira consequência que virá no ápice da obra.
Transitando entre a magia e realidade, "Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos" sintetiza a própria confusão mental do seu protagonista e o que difere muito de muitos indígenas que buscam entender a sua própria realidade em tempos de mudanças. 


Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: Christian Petzold, Mati Diop e Los Hermanos (2 a 8 de maio)


FILMES DE CHRISTIAN PETZOLD E MATI DIOP EM EXIBIÇÃO SESSÃO ESPECIAL DE DOCUMENTÁRIO SOBRE O CONJUNTO LOS HERMANOS

A partir de quinta-feira, 2 de maio, a Cinemateca Capitólio Petrobras exibe um programa duplo com o longa-metragem Em Trânsito (2018, 100 minutos), o novo filme do diretor alemão Christian Petzold, e o curta-metragem Atlânticos (2009, 18 minutos), de Mati Diop. A realizadora franco-senegalesa concorre neste ano à Palma de Ouro em Cannes com um longa-metragem baseado no filme de 2009.
A exibição de Atlânticos tem o apoio da Embaixada da França no Brasil, da Cinemateca da Embaixada da França no Brasil, e do Institut Français.
A estreia do novo filme de Petzold é acompanhada pela exibição de outros seis filmes do diretor alemão: Barbara, Dreileben – Algo Melhor que a Morte, Fantasmas, Jerichow, Yella e Phoenix. A programação é uma correalização da Cinemateca Capitólio Petrobras com o Goethe-Institut Porto Alegre e segue em exibição até o dia 15 de maio.
Nos dias 7 e 8 de maio, às 20h, para celebrar o retorno de um dos conjuntos mais importantes da história da música brasileira, a Cinemateca Capitólio Petrobras exibe o documentário Los Hermanos - Esse é Só o Começo do Fim da Nossa Vida, dirigido por Maria Ribeiro.

INGRESSOS:
Em Trânsito – R$ 16,00
Los Hermanos – R$ 16,00
Mostra Christian Petzold – R$ 10,00

FILMES

Em Trânsito
(Transit)
Alemanha/França, 2018, 101 minutos, DCP
Direção: Christian Petzold
Quando Georg tenta fugir da França após a invasão nazista, ele assume a identidade de um autor falecido cujos documentos ele possui. Preso em Marselha, Georg conhece Marie, uma jovem que está desesperada para encontrar seu marido desaparecido, o mesmo homem que ele assumiu a identidade, e acaba se apaixonando por ela.

Atlânticos
França/Senegal, 2009, 18 minutos, HD
Direção: Mati Diop
À noite, em volta da fogueira num acampamento, Serigne, um jovem de Dakar (Senegal), conta aos seus amigos sua odisséia de clandestino embarcado. Eles ficam desconcertados e se surpreendem com sua coragem, que o levou a enfrentar o oceano Atlântico e a morte. Todos escutam aquele que escapou do perigo sem entender perfeitamente o que o levou a embarcar para a Europa, onde a sobrevivência é mais fácil, mas parece ser inalcançável

Los Hermanos – Esse é Só o Começo do Fim da Nossa Vida
Brasil, 2015, 85 minutos, DCP
Direção: Maria Ribeiro

"Los Hermanos" (1999), "Bloco do Eu Sozinho" (2001), "Ventura" (2003), "4" (2005). Em 2007, com dez anos de carreira e quatro álbuns de estúdio, a banda formada nos corredores de uma universidade carioca decide parar. Mas volta em 2012 para uma série de shows pelo Brasil, para delírio dos fãs.

Barbara
Alemanha, 2012, 105’, digital
Direção: Christian Petzold
Uma cirurgiã pediátrica deseja viver em Berlim Oriental. Enquanto seu amante, Jörg, prepara a sua fuga, ela começa a receber grande atenção do chefe do hospital, André.

Dreileben: Algo melhor do que a morte
Alemanha, 2011, 88’ , digital
Direção: Christian Petzold
Uma complicada história de amor entre Johannes e Ana. A cidade de Dreileben é o cenário para o romance juvenil e para a fuga de um criminoso sexual do hospital onde Johannes trabalha.

Fantasmas
Alemanha, 2005, 85’, digital
Direção: Christian Petzold
Os caminhos de três mulheres se cruzam em Berlim. Um filme sobre insegurança, solidão, perda e desejo.

Jerichow
Alemanha, 2008, 93’, digital
Direção: Christian Petzold
De volta do Afeganistão, Thomas consegue um novo emprego. Ao passo em que conquista a confiança do chefe, pode pôr tudo a perder quando se aproxima da mulher dele, Laura.

Yella
Alemanha, 2007, 89’, digital
Direção: Christian Petzold
Divorciada e sem perspectiva de evolução na carreira, Yella muda de cidade. Conhece Philipp, tornando-se sua assistente. Quando parece progredir, o passado volta a atormentá-la.

GRADE DE HORÁRIOS

2 a 8 de maio de 2019
2 de maio (quinta-feira)
16h30 - Yella
18h - Phoenix
20h - Atlânticos + Em Trânsito

3 de maio (sexta-feira)
16h30 - Fantasmas
18h - Barbara
20h - Atlânticos + Em Trânsito

4 de maio (sábado)
14h - Yella
16h - Barbara
18h - Phoenix
20h - Atlânticos + Em Trânsito

5 de maio (domingo)
14h - Fantasmas
16h – Dreileben: Algo Melhor que a Morte
18h - Jerichow
20h - Atlânticos + Em Trânsito

7 de maio (terça-feira)
16h30 - Jerichow
18h - Atlânticos + Em Trânsito
20h - Los Hermanos – Esse é Só o Começo do Fim da Nossa Vida

8 de maio (quarta-feira)
16h30 - Dreileben: Algo Melhor que a Morte
18h - Atlânticos + Em Trânsito
20h - Los Hermanos – Esse é Só o Começo do Fim da Nossa Vida

segunda-feira, 29 de abril de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'Vingadores-Ultimato' - Sempre Haverá Esperança

Sinopse: Após Thanos eliminar metade das criaturas vivas, os Vingadores precisam lidar com a dor da perda de amigos e seus entes queridos. Com Tony Stark (Robert Downey Jr.) vagando perdido no espaço sem água nem comida, Steve Rogers (Chris Evans) e Natasha Romanov (Scarlett Johansson) precisam liderar a resistência contra o titã louco. 

Em dez anos o estúdio Marvel fez o que antes parecia impossível, ao criar um universo cinematográfico interligado e poucas vezes visto. Tudo isso culminando em "Vingadores - Guerra Infinita" (2018), onde vemos metade dos heróis e do universo sendo dizimada pelo estalo de dedos vindo de Thanos (Josh Brolin). Se o filme anterior já era um espetáculo, "Vingadores-Ultimato" é a 9ª Sinfonia de Beethoven e culminando como uma das maiores experiências cinematográficas que eu já testemunhei desde "O Senhor dos Anéis - O Retorno do Rei" (2003).
Novamente dirigido pelos irmãos Russos, o filme se passa logo depois dos eventos do filme anterior, onde vemos os heróis sobreviventes em frangalhos, mas também dispostos a última chance de derrotar Thanos. Quando tudo parece perdido, é então que surge do nada o Scott Lang, (Paul Rudd), vulgo o Homem Formiga, que dá a chance para eles retornarem no tempo e obterem as joias do infinito antes de Thanos e assim trazerem todos os mortos de volta a vida. Porém, tudo isso dependerá de um grande esforço e também de muitos sacrifícios.
Falar muito sobre o que acontece é também estragar a experiência que o filme nos proporciona, pois assim como no filme anterior, os irmãos Russo se encarregam de colocar os seus protagonistas em situações em que eles se revelam serem mais humanos do que qualquer um. O primeiro ato, aliás, trata exatamente disso, ao vermos os nossos personagens queridos tendo que se virar com o que tem, não somente para manter vivo algum fio de esperança, como também não ceder a loucura proporcionada pela derrota. Portanto, não deixa de ser emocionante ao vermos a nova vida de Tony (Robert Downey Jr.); a triste fase de Clint (Jeremy Renner), vulgo Gavião Arqueiro; a surpreende nova transformação de Hulk (Mark Ruffalo) e da hilária fase que Thor (Chris Hemsworth) está passando.
O melhor de tudo isso é que os realizadores não tem pressa no primeiro ato, onde nós podemos então desfrutar por mais tempo de cada um dos personagens e fazendo assim com que tenhamos maior identificação com eles. Porém, uma vez que Scott Lang entra em cena, começa então a movimentação do tabuleiro e é então que os heróis restantes unem forças para a última e grande chance de salvar o universo. É aí então que o subgênero de viagem no tempo entra em cena e fazendo referências nostálgicas aos clássicos como, por exemplo, "De Volta para o Futuro" (1985) e até mesmo "Bill e Ted"(1989).
Com isso, os heróis retornam aos inúmeros eventos vistos nos filmes anteriores do universo cinematográfico Marvel, tanto de filmes importantes como "Vingadores" (2012) como até mesmo no mediano "Thor - O Mundo Sombrio"(2013). Não é somente uma forma de sentir um calor nostálgico por esses filmes, como também nos mostrar o quão cada um deles foram importantes na construção desse universo interligado. É maravilhoso, por exemplo, também revermos personagens coadjuvantes, antes esquecidos, retornarem em cena devido a viagem no tempo e provar o quanto eles foram importantes para a formação heroica dos personagens principais.
Mas embora exista os momentos de humor e emoção durante essa viagem no tempo, o filme não foge das consequências, principalmente vindo de personagens como Nebulosa (Karen Gillan) e Viúva Negra (Scarlett Johansson), que acabam se tornando elementos fundamentais para a vitória. Entre a lagrima e o sacrifício, o filme se encaminha para o derradeiro ato final, onde novamente os heróis restantes precisam a todo custo derrotar Thanos. É aí que público começa aplaudir, gritar e se emocionar ao testemunharmos algo que todos suspeitavam com relação ao Capitão América (Chris Evans) e fazendo o cinéfilo sentir à maior estase dentro da sala do cinema.
Mas o ápice do ato final se encontra no derradeiro momento onde o palco para a mais importante batalha cinematográfica finalmente toma forma e faz os nossos olhos se encherem de lagrimas ao testemunharmos algo até então inédito para todos nós. Do pouco que posso dizer é que esse momento pode ser facilmente equiparado com a clássica sequência final da HQ "Reino do Amanhã" (1996), mas que aqui a pintura ganha forma, movimento, emoção e adrenalina na medida certa. Após isso, testemunhamos o final da "jornada do herói", onde vemos os nossos queridos personagens concluindo a sua jornada, sem nenhum arrependimento, mas sim cada um tendo a consciência de dever cumprido.   
“Vingadores - Ultimato” é um espetáculo cinematográfico até então jamais visto e que fará todos fãs rirem, chorarem, aplaudirem e fazendo todos saírem do cinema com a fé revigorada perante os obstáculos da vida.   
  

Me sigam no Facebook,  twitter, Linkedlin e Instagram.