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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O Garoto da Bicicleta



 Sinopse: Cyril é um garoto de 12 anos que está em busca de seu pai, que o abandonou em um lar para crianças. No seu caminho encontrará Samantha, uma mulher que lhe oferece abrigo e carinho.

Os diretores Jean Pierre e Luc Dardenne, criam com delicadeza, a jornada de um menino em busca de um pai que o despreza e da gradual criação afetiva que surge entre ele e uma dona de um salão de cabeleireiro. As interpretações dos atores com seus respectivos personagens, são a chama que da vida nesta historia, que por vezes lembra os clássicos Os Incompreendidos e Os esquecidos. Vencedor do grande prêmio do Júri no Festival de Cannes, o filme infelizmente não foge de certos furos no roteiro, como o conflito dispensável entre a moça e o namorado e o ato final, que embora traga aflição, se resolve muito facilmente, mas nada que atrapalha o ótimo resultado final desse grande filme.

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Cine Dicas: Estreias no final de semana (01 06 12)

Começo esse mês de Junho na corrida, portanto sem mais delongas, confiram as estréias para este final de semana:   

Branca de Neve e o Caçador
Sinopse: O caçador Eric foi contratado pela Rainha Má para encontrar a Branca de Neve que escapou de seu castelo. Contudo quando ele descobre que o objetivo de sua patroa não é só recapturar mas também assassinar a jovem ele passa a ajudá-la em sua fuga dando início a uma perigosa aventura.brDirigido por Rupert Sanders o filme é uma versão diferente da clássica história da Branca de Neve dos irmãos Grimm fugindo um pouco da trama clássica. Aqui o caçador não está apaixonado pela heroína mas sim é um homem honrado que passará a defendê-la da malvada rainha. O elenco conta ainda com Ian McShane Eddie Izzard Bob Hoskins Toby Jones Eddie Marsan Ray Winstone e Nick Frost que dão vida aos conhecidos sete anões.

À Espera de Turistas
Sinopse: Trabalhar em Auschwitz faz parte do serviço cívico do jovem Sven. Uma de suas tarefas consiste a cuidar de Krzeminski um sobrevivente dos campos de concentração que trata Sven com arrogância e impaciência. O jovem só consegue suportar esta rotina graças à intérprete Ania com quem ele inicia uma relação amorosa. Sven acaba conhecendo muito mais sobre as relações entre o passado em Auschwitz e a Alemanha dos dias de hoje.


Diário de um Jornalista Bêbado

Sinopse: Baseado no romance de Hunter S. Thompson, O Diário de um Jornalista Bêbado conta a improvável história do jornalista itinerante Paul Kemp (Johnny Depp). Cansado da vida frenética de Nova Iorque e das convenções morais de uma América conservadora, ele viaja à bela ilha de Porto Rico, para trabalhar em um jornal local, o "The San Juan Star", administrado pelo tirânico Lotterman (Richard Jenkins). Adotando o ritmo calmo do lugar, regado a muito rum, Paul começa a se apaixonar por Chenault (Amber Heard), noiva de Sanderson (Aaron Eckhart), um dos maiores empresários da cidade. Ganancioso, Sanderson planeja converter Porto Rico num paraíso do capitalismo. Quando Kemp é recrutado por Sanderson para escrever um artigo favorável a respeito de sua nova e corrupta empreitada, ele é confrontado com um dilema: deve ajudar o empresário, ou aceitar os riscos e aproveitar para denunciá-lo?


Solteiros com Filhos

‎Sinopse: Julie e Jason são os melhores amigos um do outro mas eles queriam muito ter um filho. Só que eles não curtem nem um pouco a confusão que as crianças trazem para os casais. Para isso a solução encontrada pela dupla foi dar andamento a esta produção mantendo apenas a grande amizade existente entre os dois e recorrendo aos amigos para ajudar na empreitada. Será que isso vai dar certo?




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quarta-feira, 30 de maio de 2012

Cine Especial: XINGU, MEIRELLES E O CINEMA BRASILEIRO ATUAL E SUAS DIFICULDADES



Virou noticia recentemente, o descontentamento do cineasta Fernando Meirelles com relação ao desempenho de sua produção Xingu, principalmente no RS. Semana atrás, foi publicada uma matéria sobre o que ele tem a dizer, confiram:

Além de algumas salas em São Paulo e no Rio, Xingu está indo bem no Amazonas e no Pará, também vai bem no Espírito Santo, sabe-se lá por que. No Rio Grande do Sul, porém, o filme fez uma carreira desastrosa um pouco melhor no Iguatemi, mas mesmo assim muito fraco. RS foi o estado que menos se interessou pela história dos Irmãos Villas Boas, seguido por Santa Catarina e Minas Gerais. Isso na verdade não surpreende. Sabemos que quem nasce no Rio Grande do Sul nunca diz que é brasileiro, diz antes que é Gaúcho, vindo de um estado que faz divisa com o Brasil ao norte.Alguns filmes que fazem sucesso por aí nem são percebidos no resto do país e o oposto também é verdade. O fato de vocês serem bastante independentes do país em termos culturais é algo positivo, mas nós, os produtores de cinema, deveríamos ficar mais atentos a isso e, ao lançar nossos filmes, preparar sempre uma campanha de lançamento para o Brasil e uma especial para o Rio Grande do Sul. Sem piada. Tenho certeza que funcionaria melhor se fosse feito assim, diz Fernando Meirelles.”

Bom, até eu posso entender a decepção dele, pois afinal de contas, ele foi um produtor que investiu dinheiro de seu bolso em uma superprodução, e que queria a cima de tudo, passar uma mensagem sobre a preservação indígena. Mas eu sinceramente não gostei nenhum pouco dessa declaração, sendo meio que preconceituosa, dizendo que nos não aceitaríamos bem uma historia lá do outro lado do país?  Isso não tem nada haver!

Se fosse esse o caso, todo o filme, cuja historia se passa numa favela do Rio, ou do cotidiano da cidade de São Paulo, seria um fracasso por aqui, o que não é o que acontece, pois esse tipo de filme tem o seu publico, desde que os filmes estejam sendo distribuídos nos lugares certos. Quando eu fui assistir Xingu, tive a leve sensação de estar vendo um peixe fora d’água, pois eu assisti num cinema “Cinemack”, que é mais voltado para o publico em geral, principalmente o publico jovem, interessado mais no cinema de entretenimento. Se no principio, o filme tivesse sido exibido em cinemas, onde é voltado mais para um publico que se interessa realmente em assistir um filme, para se fazer uma reflexão, garanto que o desempenho da produção seria bem diferente.
Neste ultimo mês, Xingu segue sendo exibido na Casa de Cultura Mario Quintana, obtendo ótimos elogios e até mesmo lotando algumas sessões, com direito as pessoas se levantarem e aplaudirem. Ai que está os cinemas de Porto Alegre é bem diversificado, tendo tanto salas para o publico em geral, que deseja ir ao cinema com intuito de somente se divertir, como há cinemas para as pessoas que buscam reflexão e com o desejo de sair do cinema com o filme ainda cabeça. Salas como, as duas da Casa de Cultura, Cinebancários, P.F Gastal e Cine Santander, são salas que de uns anos para cá, ganharam prestigio, por apresentar uma programação alternativa e que atrai um publico que anda cansado do cinema convencional. Atualmente, Luz das Trevas (continuação do clássico O Bandido da Luz Vermelha), faz grande sucesso de publico em uma dessas salas, embora tenha tido pouca divulgação com relação há esse filme.

E é ai que chegamos num ponto, que merece ser discutido. O que também desfavoreceu o desempenho de Xingu nas salas de cinema, foi à má divulgação da produção, pois até aonde eu me lembro, eu só lia sobre o filme em sites, ou então nos jornais. Outros meio de comunicação como radio ou TV, não vi nem sombra, o que isso representa um verdadeiro mal que assola, quando o assunto é divulgação de filmes, principalmente os brasileiros. O que eu acho que deveria ser feito, é ter mais propaganda, ou até mesmo programas específicos para anunciarem os filmes, não importa se eles forem bons ou ruins, ou se estão ou não bem na bilheteria. Ficava pasmado, quando o Jornal Nacional, ficava anunciando a todo o momento o desempenho de Tropa de Elite 2, mas só porque estava adquirindo um enorme sucesso. Parecia até que era o único filme brasileiro naquele momento, o que em parte, é injusto com relação a outros filmes.
Além da má divulgação dos filmes nacionais, voltamos à má distribuição dos filmes  nas salas, que se por um lado, o filme é distribuído numa sala errada (para um publico errado), tem ainda que se contentar com duas miseras duas salas na cidade. Nunca me esqueço da minha decepção com relação ao filme Heleno, que foi exibido somente em duas salas da capital e muito distante da onde eu estava. Infelizmente as distribuidoras têm uma política um tanto que exagerada, em dar mais destaque ao filme do momento, dando então um numero gigantesco de salas de cinema somente para aquele filme X, como no caso recentemente de Vingadores, que praticamente abocanhou todas as salas do país, enquanto outros filmes ficaram na geladeira na espera, ou até mesmo, tendo fatídico destino de irem direto ao DVD.


SOMOS UMA BOA VIZINHA?

Neste intenso debate, levantou-se a hipótese também, que somos bons vizinhos com a Argentina, por exemplo, em que seus filmes fazem um bom sucesso por  aqui, muito mais que uma produção nacional. Exemplos como Os Segredos dos Seus Olhos e Um conto Chinês, foram os mais citados, por terem se tornado filmes de grande sucesso de bilheteria e por terem ficado inúmeras semanas em nossas salas da capital. Mas não é pelo fato de produções  de nossos Hermanos fazerem sucesso por aqui, que somos então uma boa vizinhança, não é bem assim. Se um filme fica várias semanas em cartaz, é porque realmente tem qualidade ali no meio, não importando a sua nacionalidade. O caso que vivemos em um período, em que o cinema Argentino, está vivendo uma ótima fase, em que muitos consideram como a “nova onda” do cinema Argentino. E quando essas produções chegam para cá, os gaúchos então percebem rapidamente a qualidade da produção, que logo vai recebendo um numero cada vez maior de cinéfilos nas salas, e com isso, tão cedo o filme não sai de cartaz, fazendo mais sucesso aqui, do que em outros estados em que o filme é exibido. Será que nos temos um olho mais apurado? Deixemos esse ponto para outra ocasião!
Mas o cinema argentino não vive somente com esse prestigio por aqui, sendo  que outros títulos de outros países, acabam sendo adotados pelos cinéfilos a tal ponto, que chegam a quase ficar um ano em cartaz, como foi no caso do filme francês Copia Fiel, que na minha opinião, foi para mim um dos melhores filmes do ano passado e ficou durante vários meses em cartaz, em uma das salas da Casa de Cultura.
Mas se é assim, faltam bons títulos brasileiros para serem exibidos por aqui e ficarem por muito tempo em cartaz? Sinceramente, o cinema brasileiro não anda tendo uma grande fatia de bons títulos para realmente valerem à pena serem vistos na tela grande. O grande problema, quando se pensa em cinema brasileiro atualmente, é que eles estão sendo voltados muito mais em comedias, ou até mesmo super produções como 2 Coelhos, mas então para por ai. O cinema em si possui inúmeros gêneros a serem explorados, e esta mais do que na hora, do Globo Filmes e outros estúdios do nosso país, acordar para o fato, que o Brasil não pode ficar preso a tão poucos gêneros. Recentemente assisti alguns filmes de terror brasileiros no Fantaspoa, daí eu me fico me perguntando, porque não vemos mais gêneros  como esse feitos aqui, ou até mesmo ficção cientifica, não custa arriscar.
Mas enfim, é um assunto que leva a inúmeros pontos e que com certeza continuará gerando bastantes debates, principalmente no próximo curso do CENA UM, que será focado sobre o cinema brasileiro, de ontem e hoje. Portanto aguardem, pois no próximo mês, o meu blog de cinema será muito mais verde e amarelo.


Leia também: XINGU

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terça-feira, 29 de maio de 2012

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 7


MASH
Sinopse: Durante a Guerra da Coréia, dois competentes jovens cirurgiões, Duke e Hawkeye transformam a rotina de horror e sangue em algo divertido e irônico, através de seu modo descontraído de viver a vida - claramente para evitar os choques e traumas causados pelo que eles passam diariamente, salvando seus companheiros da morte.

Comedia de humor iconoclasta, e uma das grandes realizações do diretor Robert Altman. Fazer uma comédia anti-guerra nessa época era no mínimo, total falta de bom senso, mas Altman adorou e comprou a ideia. M.A.S.H. era uma sigla que identificava os hospitais móveis do exército norte-americano (Mobile Army Surgical Hospital). O filme era uma sátira da Guerra da Coréia, a partir do ponto de vista dos médicos destes hospitais de campanha, mas muitos imaginavam tratar da Guerra do Vietnã. O filme tinha no elenco principal, grandes nomes como Donald Sutherland (visto antes em os 12 Condenados), Elliott Gould, Tom Skerrit, Sally Kellerman, Robert Duvall, entre outros.
Vencedor da Palma de Ouro em Cannes e Oscar de roteiro, para Ring Lardner Jr. Devido ao seu sucesso, ganhou uma serie de TV bastante conhecida.    
   

Curiosidade: Apesar do filme ser situado em plena Guerra da Coréia, o único tiro ouvido no filme é o utilizado para interromper uma partida de futebol.



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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: A MULHER DE PRETO


A HAMMER DOS BONS E VELHOS TEMPOS

Sinopse: Arthur Kipps (Daniel Radcliffe) foi enviado por seu escritório para regularizar os documentos de uma mansão abandonada, próximo a um vilarejo, cujas crianças morrem misteriosamente de tempos em tempos, sem que ele soubesse de nada disso. Quando começa a ter uma série de visões sinistras durante a execução de suas tarefas, inclusive uma de uma mulher vestida de preto, ele descobre que existe algo relacionado ao passado daquele local e decide investigar, provocando a ira dos moradores e a morte de mais vítimas. Agora, só o tempo para dizer se o seu instinto paternal irá ajudar a resolver esse perigoso e grande mistério.
  
Em sua época de ouro (entre final dos anos 50, há anos 60 e 70) a Hammer realizou grandes clássicos dos filmes de terror, obtendo grande sucesso, principalmente quando na produção, estavam sempre à parceria Christopher Lee e Peter Cushing, que eram sinônimos de bilheteria para o estúdio. Passados vários anos daqueles bons tempos, é bom rever a Hammer de volta, com o filme “A Mulher de Preto”, que resgata um pouco daquele clima fantasmagórico e sombrio dos bons tempos. Embora se houvesse algo de inocente naquelas produções (visto pelos olhares de hoje), aqui não há espaço para sutilezas.   
Se formos simplificar, a produção é uma verdadeira obra de horror à moda antiga, com sua ambientação escura e apreensiva, que deixa o público despreparado com o famoso momento do susto, sem jamais apelar nestes instantes, onde a pessoa realmente pula da cadeira. Baseado no livro homônimo de Susan Hill, não resta menor duvida que na produção, o que mais chama atenção e que com certeza atraiu bastante o publico de hoje, foi à presença Daniel Radcliffe, “pós franquia Harry Potter”. Curiosamente, os sentimentos desse personagem que ele interpreta, se assemelham muito bem com os sentimentos que o Potter sentia, nos últimos capítulos da saga, desde a perda, morte e luto. Com certeza, o lado psicológico de seu personagem ganhou imenso destaque, e com isso, o jovem astro não desaponta, pois sentimos a todo o momento, o grande peso que Arthur carrega em seus ombros e de sua duvida, sobre a vida pós-morte
E se por um momento, possa parecer estranho ele interpretar alguém que já tem um filho de quatro anos, tem que se levar pelo fato, que para a época na qual a história se passa, era absolutamente normal. O protagonista também possui um ótimo entrosamento com o talentoso Ciarán Hinds, cujo o seu personagem, cria quase um laço paternal com o protagonista, e sempre quando surge, rouba a cena. Mas é a casa, onde se passa boa parte das assombrações, é que se torna um personagem a parte da trama. Com uma bela direção de arte e fotografia, que tornam as cenas bem sombrias, mas que jamais faz o espectador não entender o que esta acontecendo, seja a sua frente ou em momentos, onde no fundo de um corredor, por exemplo, algo fantasmagórico surge. Com isso, a casa se torna uma armadilha mortal, tornando o isolamento do personagem Arthur algo perigoso para si e sufocante para aquele que assiste.  
Embora tenha ainda filmado pouco na carreira, diretor James Watkins cumpre o seu trabalho com louvor, sem apelar para sustos fáceis ou com uma trilha que poderia ser usada de uma forma errada nos momentos errados. Além disso, tem que se tirar o chapéu para o diretor, em saber criar momentos nos quais não sabemos se o perigo esta ou não presente, para pegar a qualquer momento o protagonista, em cenas chaves e muito bem orquestradas. Embora o final seja um tanto que inesperado para alguns, os minutos finais tornam  essa obra corajosa e me faz ter esperança que a nova Hammer possa ir mais e mais longe daqui pra frente.
 “A Mulher de Preto” é um filme de terror que honra o gênero, contando com atuações eficazes, com uma produção muito bem cuidada.    

Curiosidade: Com cerca de US$ 110 milhões arrecadados nas bilheterias mundiais, A Mulher de Preto é o filme britânico de terror de maior público nos últimos 20 anos.


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segunda-feira, 28 de maio de 2012

Cine Dicas: Cartaz (28-05-12)



Paraísos Artificiais
Sinopse: Erika é uma DJ de relativo sucesso e muito amiga de Lara. Juntas durante um festival onde Erika trabalhava elas conheceram Nando e juntos vivem um momento intenso. Entretanto logo em seguida o trio se separa. Anos depois Erika e Nando se reencontram em Amsterdã onde se apaixonam . Só que apenas Erika se lembra do verdadeiro motivo pelo qual eles se afastaram pouco após se conhecerem anos antes

O diretor Marcos Prado (Estamira) cria um quadro sobre a geração jovem atual, alienada, envolvidas em drogas, mas que buscam um objetivo na vida, mesmo que tendo que passar por inúmeros percalços para alcançar o seu paraíso pessoal. A trama vem e volta no tempo, criando um verdadeiro quebra cabeça sobre os acontecimentos que acontecem na tela, mas eles vão se encaixando, para então tudo fazer sentido, sobre os encontros e desencontros de Erika (Natalia Dill, ótima) e Nando (Luca Bianchi). O diretor não poupa o espectador com cenas que envolvem sexo e drogas, mas tudo feito de uma forma não muito explicita, mas sim plasticamente bem filmada, que fazem delas essências e que acabam se tornando peças chaves para o enredo.
Embora seja uma trama aparentemente simples e com soluções que beira de um modo forçado, o filme é na verdade é um belo “clipão”, onde a musica, fotografia e câmera lenta, se casam de uma forma bem redondinha e que prendem o espectador, fazendo ele se interessar pelos destinos dos personagens. Embora o diretor Prado, termine a historia de uma maneira, que faz com que a trama continue nas mentes daqueles que assistiram.               


Anjos da Lei

Sinopse: Jenko (Channing Tatum) e Schmidt (Jonah Hill) estudaram juntos, mas jamais foram amigos. A situação muda quando se reencontram na academia de policiais, onde passam a ajudar um ao outro. Já formados, se envolvem em uma confusão ao tentar realizar a prisão de um traficante de drogas, que atuava no parque onde trabalhavam. Remanejados para uma divisão comandada pelo capitão Walters (Ice Cube), onde jovens policiais trabalham infiltrados, eles recebem a missão de desvendar quem é o fornecedor de uma nova e perigosa droga. De volta ao ambiente escolar e atuando sob nomes falsos, Jenko e Schmidt precisam se acostumar aos novos tempos sem perder o foco na tarefa que lhes foi incumbida.

Vinte anos depois do ultimo episodio da série oitentista Anjos da Lei, sua versão ganha às telas para o cinema, e para a surpresa de muitos, é uma adaptação que da certo, por não reverenciar o original, mas por não levar a serio a sua fonte, e com isso, se torna livre para falar por si. Os diretores da animação Ta Chovendo Hamburguer, Phil Lord e Chris Miller, oscilam entre uma quase sátira, para as comedias adultas de adolescente atualmente para criar sua própria versão de Anjos da Lei. Essa reformulação funciona de uma forma tão redondinha, principalmente por causa da boa química dos atrapalhados agentes vividos por Jonah Hill e Channing Tatum. A grande sacada da historia também, esta no fato da dupla ter que encarar uma nova geração de alunos em sua missão, que nada se parecem com a geração do tempo deles, onde atualmente, ser nerd é predominante e o politicamente correto esta por todos os lados.  
Se na vida tudo se copia, então que se reformula. O filme Anjos da Lei é uma prova mais do que bem vinda.  

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COMO SE VER UM FILME 2 - OS GÊNEROS: EXTRA


Terminou ontem, o curso Como se Ver um Filme 2 – Gêneros, criado pelo CENA UM e ministrado  por Ana Maria Bahiana.  Durante dois dias, á critica de cinema destrinchou um pouco cada um, dos principais gêneros que moldam o cinema, de ontem e hoje e como deles nascem outros subgêneros. 


No primeiro dia, o destaque ficou para o drama e a comédia, sendo que essa ultima, evoluiu de tal forma nas ultimas décadas, que é um gênero que pode muito bem ser mais expandido, assim como o drama, que por sua vez, ainda é o gênero mais importante da historia da sétima arte. Curiosamente, Bahiana destacou bastante Titanic, que embora sua historia de amor seja das mais previsíveis, a produção segue todas as regras básicas de se fazer um bom cinema e atrair o publico alvo. Embora a trilha sonora (principalmente seu tema principal) continue insuportável, merece se tirar o chapéu para James Cameron, pelo seu esforço e ousadia na época em que criou o épico.

Já no segundo dia, os gêneros ação, aventura, ficção, terror e suspense dominaram o dia. Bahiana disseca toda a evolução desses gêneros, através de uma viagem no tempo, onde desde os tempos do cinema mudo, o cinema de ação e aventura tem evoluído muito. Maria citou (e eu só agradeço) o filme A General, que embora seja um filme mais voltado para comedia, é de se espantar como Buster Keaton não se machucou, ou até mesmo não morreu durante as filmagens, pois quem viu esse filme, se lembra muito bem como o personagem de Keaton sofreu maus bocados numa locomotiva a vapor, que faz parte da historia. Num tempo que nem sequer existiam efeitos especiais, o filme possui inúmeras cenas perigosíssimas e que hoje merece todo o respeito, daqueles que fazem filmes de ação.
Para o meu deleite, quando Bahiana chega ao gênero de ficção cientifica, ela faz uma justa comparação de três filmes, onde  cada um deles possui tamanha importância na historia , que ainda hoje é sentida. Na tela, assistimos por completo, o clássico Viagem a Lua, passamos para uma rápida cena do clássico alemão Metrópoles, para então fechar com chave de ouro, na famosa cena clássica de abertura de Blade Runner, que é meu filme favorito. Após esse prazer, Bahiana encerra o curso falando um pouco, tanto do gênero de suspense e terror, de como ambos os gêneros, existe algo de muito em comum, que é assustar o publico, mesmo nos não estarmos vendo o grande vilão da trama e se é assustador ou não, escancarar o vilão explodindo na tela.
Como exemplo, Bahiana colocou na tela, Janela Indiscreta, Alien: O 8º Passageiro e O Iluminado, onde Jack Nicholson explode no telão, com um dos melhores desempenhos da carreira, e que encerra com chave de ouro o curso de ontem. Infelizmente não pude participar da sessão de autógrafos com debate que Bahiana faria na Livraria Cultura, muito menos pude comprar o mais novo livro dela, pois nesse mês tive que apertar a cinta. Mas o curso em si valeu muito a pena como sempre, principalmente para aqueles (como eu) viciados pelo cinema, e cada atividade como essa, não é só aprendizagem, mas também um grande prazer cultural.
Se tudo ocorrer bem, aguardem para novos especiais nas próximas semanas.


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