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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cine Especial: MICHELANGELO ANTONIONI EM 4 ATOS: FINAL

Nos dias 19 e 20 de Maio, participarei do curso MICHELANGELO ANTONIONI EM 4 ATOS, criado pelo CENA UM e ministrado pelo professor de cinema Henrique Marcusso. Diferente dos cursos anteriores que eu já participei, Marcusso irá somente fazer uma analise minuciosa sobre a Tetralogia Existencial que Antonioni havia criado nos anos 60. Enquanto a atividade não chega, por aqui, falarei um pouco dos quatro filmes que serão abordados durante o curso.


O Deserto Vermelho

Sinopse: Chuva, neblina, frio e poluição assolam a cidade industrial de Ravenna, na Itália. Ugo, o gerente de uma usina local, é casado com Giuliana, uma dona de casa que sofre de problemas psicológicos. Numa viagem à Patagônia, ela conhece o engenheiro Zeller, o que pode mudar sua vida. Em O Deserto Vermelho, Antonioni, no auge de sua forma, aborda os temas centrais de sua filmografia: a incomunicabilidade e a solidão do homem contemporâneo.


O filme se tornou conhecido como uma espécie de epílogo para a Trilogia da Incomunicabilidade de Michelangelo Antonioni, que com o tempo, acabou se tornando a Tetralogia Existencial,  que havia começado com A Aventura (1960). Um dos grandes trabalhos de Monica Vitti, atriz com quem Antonioni foi casado. Ela faz a dona de casa angustiada, que não sabe direito de onde lhe vem tanto incomodo diante do mundo em que ela vive. A trilha sonora, a fotografia em cores de Carlo Di Palma, valem ao filme uma ambientação muito marcante e apreensiva. É mais uma tentativa de retratar a vida alienada na sociedade contemporânea daquele tempo, e que se comparado atualmente, não envelheceu nenhum pouco. Monica não sabe a razão da sua infelicidade. E essa é a tese de Antonioni, não sabemos o porquê, ele está oculto e faz parte da própria alienação que se alastra em todos os personagens.
Para além desse retrato da alienação, existe a matriz do desconforto que atravessa, tanto os filmes anteriores, como esse. Bem como os diálogos esparsos e os longos planos-sequência que ajudam a compor um quadro de seres humanos em relações truncadas consigo mesmo e, por consequência, com os outros. Por outro lado, no filme em questão, Antonioni utiliza as cores pela primeira vez, e essa decisão contribui decisivamente para transformar o filme em um denso estudo sobre vácuos de comunicação assinalados pela policromia. Tudo o que a câmera do cineasta filtrou em preto e branco nos filmes anteriores, se converte aqui em cores vibrantes, especialmente o vermelho do título. É interessante notar o trabalho cuidadoso da fotografia assinada por Carlo Di Palma, que, curiosamente, viria a clicar filmes de ninguém menos que Woody Allen, em títulos como Hannah e suas irmãs (Hannah and her sisters, 1986) e A era do rádio (Radio days, 1987). No caso de O deserto vermelho, suas lentes captam com acuidade os matizes dramáticos necessários ao dimensionamento do estado acachapante de Giuliana, deslocada de seu mundo. Um epilogo mais do que bem feito. 




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Cine Especial: VIII Edição Fantaspoa: CARNE CRUA


Sinopse: Quico e André viajaram a trabalho a uma casa de campo. Em pouco tempo, percebem-se envolvidos num culto de canibais liderado por Molly, uma antiga hippie especialista na preparação de kebabs feitos de carne humana. “Matar ou morrer?”, essa é a questão. E é aí que se percebe que, quando a vida está difícil, não há nada melhor do que carne crua.

Deveria se criar um gênero intitulado “filme clichê”, pois sempre uma hora ou outra, surgem filmes, que sempre quando agente assiste, imediatamente percebemos que já assistimos aquilo antes. Ou simplesmente, uma produção como essa nasce, unicamente para satisfazer os desejos do cineasta, em prestar homenagem aos filmes que ele assistiu ao longo da vida. Essa ultima descrição, bate exatamente com a intenção do cineasta Tirso Calero, que com um orçamento apertadíssimo e com apenas 20 dias de filmagem (onde o resultado não esconde a estética de um filme feito para a tv), cria um amontoado de momentos neste Carne Crua, que por vezes lembram qualquer tipo de filme de zumbi que surgiu nos últimos 50 anos, como também qualquer continuação de Sexta feira 13 vida. Até mesmo uma pequenina homenagem ao polemico Holocausto Canibal pode ser visto a milhares de quilômetros de distancia (desde que você seja uma pessoa antenada).
O filme em nenhum momento pode se levar a serio, pois a intenção (segundo o próprio diretor) nunca foi essa. A trama é recheada de diálogos, que oscilam entre o afiado e o tosco, com direito a piadas de humor negro, que fazem nascer certo sorriso no rosto, mas às vezes, algumas piadas soam até forçadas demais, com o direito há um dos personagens mencionar uma possível continuação para a historia. Ou seja, beira até para uma sátira, onde tudo que é largado na tela é absurdo, e sendo um filme clichê, não faltam também momentos de muito sangue, pedaços de gente, sexo e mulheres com grandes peitos para todos os gostos. Mas e o elenco como fica? Canastrice para todos os lados, onde quem se sai melhor na trama, é a “vitima protagonista”, vivido pelo esforçado Diego Arjona, que pelo visto, levou a produção bem a serio, pois nos simpatizamos com o (pasmem) drama que ele passa.
Divertido, nada imaginativo, mas que pode sim ser até apreciado na tela grande, embora não seja um filme para as massas e muito menos para aqueles que busquem algo de original. 


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quarta-feira, 16 de maio de 2012

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 5


Butch Cassidy


Sinopse: Dois amigos inseparáveis, Butch (um ex-açougueiro, daí o nome) Cassidy (Paul Newman) e Sundance Kid (Robert Redford), lideram o Bando do Buraco na Parede e vivem de assaltar trens e bancos. Quando são caçados por todo o país resolvem ir para a Bolívia e juntamente com Etta (Katharine Ross), a namorada de Sundance, rumam para a América do Sul. Mas esta decisão não lhes proporcionará grandes assaltos ou uma vida mais tranqüila.

Reunião muito bem sucedida de vários talentos. A dupla central e o diretor Hill (o trio repetiria a dose em Um Golpe de Mestre de 73), o musico Burt Bacharach e o letrista Hal David, o fotografo Corand Hall  e o roteirista Wiliam Goldman, sendo os quatro últimos premiados com o Oscar. O filme foi na verdade uma bela tentativa em tentar reviver os melhores momentos do gênero faroeste, que já dava sinais de desgasto. Sendo que a dupla central de foras da lei, representa uma época em que o mundo não quer mais eles, embora eles insistam em continuarem sendo o que são. A  química Newman e Redford em cena, lado a lado, é o maior trunfo da produção, onde cada um tem o seu espaço, sem tirar o brilho um do outro.            
Não há como se esquecer de Butch experimentando uma bicicleta, a novidade técnica da época, ao som da contagiante Raindrops Keep Fallin on My Head, cantada por B.J Thomas. Repare numa rápida cena com Sam Elliot (Hulk), fazendo um jogador de cartaz.   
                         
Curiosidade: O diretor George Roy Hill originalmente escalou Paul Newman como Sundance Kid e Robert Redford como Butch Cassidy. Foi o próprio Redford, quem sugeriu a ele e Newman, a troca dos personagens




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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: VIDAS CRUZADAS


Sinopse: Mississipi, década de 1960. Skeeter (Emma Stone) acabou de terminar a faculdade e sonha em ser escritora. Ela põe a cidade de cabeça para baixo quando decide pesquisar e entrevistar mulheres negras que sempre cuidaram das "famílias do sul". Apesar da confusão causada, Skeeter consegue o apoio de Aibileen (Viola Davis), governanta de um amigo, que conquista a confiança de outras mulheres que têm muito o que contar. No entanto, relações são forjadas e irmandades surgem em meio à necessidade que muitos têm a dizer antes da mudança dos tempos atingir a todos.
Baseado no livro de sucesso “A Resposta”, de Kathryn Stockett, o filme tem um elenco feminino de primeira, que faz as mais de duas horas de projeção valer à pena. O filme é uma espécie de denuncia contra a intolerância de uma época, que embora distante nunca custa lembrar que ela existiu. O filme também é uma espécie de abordagem, de um tempo sobre mudanças, e que certos costumes, não tinham como permanecer. Como no caso da independência feminina, que na historia, é muito bem representa por Sheeter (Emma Stone, que estará em breve no novo Homem Aranha), que age de todos os meios para conseguir, não só os seus objetivos, como também ajudar as empregadas negras que sofriam nas mãos dos patrões.
Viola Davis mostra aqui, porque mereceu uma indicação ao Oscar de atriz coadjuvante pelo filme Duvida, porque basta uma fração de segundo dela em cena, que ela simplesmente domina a projeção, seja a cada gesto de dor que sua personagem passa, como também de suas palavras onde carregam o peso que sofre, devido ao preconceito. Porém, é Octavia Spencer (Assalto em dose Dupla) que rouba o filme, ao interpretar uma empregada e melhor amiga de Aibileen (Davis), tudo graças ao seu tom sarcástico e desafiador, contra as pessoas preconceituosas, principalmente contra a sua ex-patroa (Bryce Dallas Howard). A cena em que ela cria um verdadeiro cavalo de tróia para Hilly (Dallas) é um dos melhores e mais engraçados momentos da trama, e com certeza, fez com que a atriz ganhasse o Oscar de atriz coadjuvante.  
Grande sucesso surpresa do ano passado, que acabou levando muitas pessoas a irem ao cinema, para conhecer um tempo em que o preconceito era forte, mas que felizmente existiram pessoas que desafiavam a intolerância.  

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terça-feira, 15 de maio de 2012

Cine Especial: MICHELANGELO ANTONIONI EM 4 ATOS: Parte 3


Nos dias 19 e 20 de Maio, participarei do curso MICHELANGELO ANTONIONI EM 4 ATOS, criado pelo CENA UM e ministrado pelo professor de cinema Henrique Marcusso. Diferente dos cursos anteriores que eu já participei, Marcusso irá somente fazer uma analise minuciosa sobre a Tetralogia Existencial que Antonioni havia criado nos anos 60. Enquanto a atividade não chega, por aqui, falarei um pouco dos quatro filmes que serão abordados durante o curso.

O ECLIPSE

Sinopse: Após passar a noite discutindo, Vittoria (Monica Vitti) rompe com Riccardo (Francisco Rabal), seu namorado. Ao ir se encontrar com a mãe (Lilla Brignone) na Bolsa de Valores, Vittoria conhece Piero (Alain Delon), um jovem e elegante corretor da bolsa. Ele é um sedutor, mas ela resiste no início. Gradativamente Vittoria vai se apaixonando.


Em seu terceiro filme, da sua tetralogia existencial, Antonioni chega ao seu ápice, onde inúmeras cenas (por mais simples que sejam) possuem inúmeras interpretações. Ao começar pelo inicio, onde vemos Vittoria (Monica Vitti) terminando o relacionamento com Riccardo (Francisco Rabal), que embora relutante em não terminar, demonstra total falta de saber como se comunicar com a ex-amada, que por alguns momentos, o seu distanciamento é tanto na relação, que simplesmente a sua realidade se separa da onde ela está. E isso é muito bem representado numas das mais enigmáticas cenas do filme, onde Vittoria se aproxima de Riccardo, mas ele simplesmente está imóvel e olhando para o nada, mesmo ela estando bem na frente dele, mas ele não demonstra nenhuma reação, para só depois ele voltar a falar com ela, como se ele tivesse desaparecido por alguns momentos, ou então, como se o tempo tivesse parado somente para ele. Desde A Aventura, Antonioni explorou essa difícil vida da falta de comunicação entre as pessoas, principalmente com relação aos seus casais. E se no filme anterior (A Noite) parecia impossível a comunicação do casal daquela historia, aqui vemos o fim e sem nenhuma esperança para ambos já no inicio da trama.
A historia prossegue, e Vittoria segue o seu rumo, em meio à vida vazia da burguesia, onde tenta se divertir (em situações meio politicamente incorretas hoje em dia), até conhecer Piero (Alan Delon), em meio à loucura das bolsas de valores daquele tempo, e que não devem nada, se for comparado de atualmente. Ambos começam a ficarem bastante próximos, embora Vittoria relute a principio, temendo talvez que não de certo, ou temendo por algo maior, que para nos, não fica muito bem explicado. Dessa nova união, e da possível felicidade que pode acontecer, surge inúmeras interpretações das cenas a seguir, após a despedida do casal do seu ultimo encontro. A câmera de Antonioni começa a desfilar nas ruas vazias, somente com algumas pessoas caminhando e com suas caras fechadas e insatisfeitas. Existe certa tensão (e graças à trilha sonora) permeando o ar, sendo que algo parece estar errado. E quando parece que o pior pode acontecer, o filme termina.
Podemos tirar inúmeras interpretações sobre esses últimos minutos. Sendo que talvez, a nova relação que surgiu com a união de Vittoria e Piero não era para ter acontecido, e sendo assim, desencadeados sérios eventos naquele universo, já afetado pelo vazio da melancolia e da falta de comunicação das pessoas daquele lugar. Michelangelo Antonioni arrisca em lançar essas cenas sem dar muita explicação, mas o resultado final soa mais do que positivo, pois tanto esse, como seus filmes anteriores, fazem agente continuar com a trama em nossas mentes e nos perguntar o que poderia vir a seguir. Com O Eclipse, isso dura interminavelmente, o que faz dele, o melhor filme de sua tetralogia.


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segunda-feira, 14 de maio de 2012

Cine Especial: A nova Hollywood: Parte 4


PERDIDOS NA NOITE
Sinopse:  Caubói (Jon Voight) texano, bonito, inocente e caipira, tenta ganhar a vida em Nova York prostituindo-se com mulheres. Através da amizade de um marginal (Dustin Hoffman) descobre a face cruel da vida.


Com doses de humor e emoção na medida certa, o inglês Schlesinger mostra a vida nas sarjetas, ao som de canções de sucesso da época e temas originais de John Barry (Corpos Ardentes e a serie James Bond). Forte e ousado para época, ou seja, um filme que era à frente no seu tempo, e que na maioria dos casos, poderia muito bem não ser compreendido. Mas o que se vê na historia, era o que muitas pessoas viam no dia a dia de Nova York daquele tempo, e com isso, ouve uma identificação imediata. Jon Voight tem seu primeiro e grande desempenho de sua carreira e Dustin Hoffman, cada vez se afirmando com o grande astro daquele e tempo e que estaria presente em outros grandes filmes daquele período. A química de ambos é perfeita, e faz com que os dois juntos atuem nos melhores momentos da trama. Sendo que os dois caminhando nas frias ruas da cidade, se tornaram imagens emblemáticas e bastante conhecidas do publico cinéfilo.             

Curiosidade:  Dustin Hoffman usou pedras no seu sapato durante toda filmagem para que seu personagem (que manco) ficasse convincente em todas as cenas.  Perdidos na Noite foi o único filme classificado como "X" nos EUA vencer o Oscar de Melhor Filme. Pouco após a premiação sua classificação mudou para "R".


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Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray (14-05-12)


SHERLOCK HOLMES: O JOGO DAS SOMBRAS
Leia minha critica já publicada clicando aqui  

OS DESCENDENTES

Sinopse: Matt King (George Clooney) é um marido indiferente e pai de duas meninas, que é forçado a reexaminar seu passado e abraçar seu futuro depois que sua esposa sofre um acidente de barco em Waikiki. O trágico acontecimento acaba por aproximar Matt das filhas, o que o ajuda na difícil decisão de vender um terreno herdado da família.

Muita gente se pergunta por Alexandre Payner demorou tanto para fazer um novo filme, após o sucesso de publico e critica de Sideways, mas antes tarde do que nunca. Se for pelo fato, de ter esperado para achar uma boa historia, para ser apresentada as telas, o cineasta achou o filme certo, ou pelo menos, redondinho suficiente para agradar tanto o publico como os membros da academia, o que acabou realmente acontecendo, levando então, o Oscar de melhor roteiro adaptado, e méritos por esse pequeno feito não faltam. Ao contar a historia de Matt (George Clooney, ótimo) que vive a difícil jornada em cuidar de suas filhas, enquanto a sua esposa está nas ultimas em estado vegetativo (após um acidade de barco), o filme mergulha na típica historia de auto descobrimento de si próprio e das pessoas com quem convive, que no caso de Matt, irá redescobrir suas filhas  Scottie (Amara Miller) e Alex (Shailene Woodley), sendo que, apesar das indiferenças, precisaram se unir em momentos difíceis nos próximos dias.
O tema de auto descobrimento, atinge momentos fortes, quando o protagonista descobre que não conhecia por completo a sua esposa, o que desencadeia momentos de tristeza e de raiva. E é ai, que George Clooney abandona sua pose de galã, para descascar um homem comum e tendo que aceitar tanto as conseqüências dos seus atos durante a sua vida, como das pessoas que ele amou. A trama se envereda em momentos dramáticos, com algumas pitadas de humor, que fazem dela agiu e nunca monótona e nos faz também nos identificamos com os personagens, mesmo quando nos nunca tivéssemos vivido uma situação no qual eles estão passando. Visualmente, o filme reserva inúmeros momentos de pura beleza das ilhas de Havaiana, enquanto gradualmente as peças chaves de toda á historia, vão se juntando, para então, chegar ao difícil final que os personagens precisam enfrentar.      
Não é nenhum Sideways, mas não deixa de ser, o mais novo bom vinho do cineasta Payner.


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