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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 13


O curso sobre o cinema de horror já começou, mas decidi continuar com as matérias, pois muita coisa merece destaque. Hoje, deixarei abaixo os meus filmes de horror preferidos, dez no total. Alguns podem não ser nenhuma obra prima, mas nem por isso impediu que deixasse algo de significativo na historia do cinema. Confiram:    

O Exorcista
Levei anos para ver esse filme (minha mãe não deixava, hehe), mas no fim valeu à pena. Se tiver um filme que mostra a verdadeira cara do puro mau, esse é o Exorcista. A pequena Regan (Linda Blair, extraordinária) aterrorizou milhares de espectadores no anos 70 e ainda hoje causa o mesmo efeito. William Friedkin (Operação França) surpreendeu o mundo, ao criar um filme de terror, onde a historia se passa num mundo real como nosso. Onde há pessoas reais, mas que de uma hora para outra, tudo vira do avesso, com esses estranhos acontecimentos. Ainda hoje há sempre filmes sobre exorcismo, mas nenhum deles superou esse, ainda com status de filme mais aterrorizante de todos os tempos!
Psicose
No curso sobre Alfred Hitchcock, Carlos Primati mostrou a famosa cena do assassinato do chuveiro sem trilha sonora, e para ele, sem a trilha, a cena se torna muito mais angustiante e violenta. Eu discordo, pois a cena causa muito mais impacto com a trilha, por fazer um belo casamento com cada movimento em que a faca atinge a protagonista da trama. E o legal, que normalmente as trilhas sempre preparam o espectador para o pior que esta por vir, já essa não. Nos pega desprevenidos e causa um efeito ainda hoje arrepiante.
Em poucos segundos, Hitchcock mudaria a forma de fazer cinema para sempre. Houve inúmeros imitadores, alguns até chegando perto, mas nada se comparado com aquilo.
Nosferatu (1979)
A briga de cão e gato do diretor Werner Herzog e do ator Klaus Kinski se tornaram épicas em cada filme que trabalharam juntos. Mas dessas farpas, surgia sempre algo de bom (vide A Cólera dos Deuses) e Nosferatu (79) não é exceção.
Segundo as próprias palavras do diretor, Nosferatu (1922, dirigido por Murnau) não é só um dos melhores filmes do expressionismo, como também um dos melhores filmes alemães de todos os tempos. Dito isso, não é de se espantar que ele tenha caprichado nesta refilmagem de 1979, mas ninguém imaginava o quanto ele tornaria essa obra, por vezes, superior ao clássico de 1922. Tudo isso se deve por ele criar um visual gótico, onde representa o temor da morte a cada momento (os créditos iniciais são um bom exemplo), e como sempre, nos brinda com uma grande interpretação de Kinski, como o Conde Vampiro, muito mais próximo da visão, tanto de Stoker, como a de que Murnau criou no passado. Com um clima de horror apocalíptico, o filme hipnotiza a cada cena que passa e termina de uma forma, que faz com que agente continue com historia em nossas mentes.
Tubarão
Pode se dizer que Steven Spielberg assistiu bastante os filmes de Alfred Hitchcock, pois suas primeiras obras (começando com Encurralado) lembram muito os trabalhos do mestre do suspense. Desses primeiros filmes, o melhor que se destaca é realmente tubarão, onde ele cria um cenário de suspense sufocante, mesmo com o fato do tubarão em si, aparecer bem depois. Claro que isso se deve um pouco a majestosa trilha sonora de John Willians, que graças a ela, serve para criar tensão e um sinal de alerta, da aproximação da fera.
REC
Num mundo pós 11 de setembro, cada vez mais o espectador exigiu mais realismo dos filmes que se assistia. Pode-se dizer que atualmente, quanto mais real melhor. Só assim para explicar o fenômeno de filmes que representam um possível documentário, mas que no final das contas, é uma incrível encenação dos eventos que ocorrem na tela. Dentre esses filmes, a produção espanhola REC se destaca pelo seu realismo cru, ao fazer o espectador assistir o nascimento de um verdadeiro inferno na terra (ou melhor, dentro de um prédio). A simples historia de uma reporte, cobrindo o dia a dia dos bombeiros, toma proporções espetaculares, onde os atores realmente transmitem medo para nos no decorrer do filme. O ato final, esta entre os mais assustadores do cinema recente.
A Bruxa de Blair
Na época, boa parte das pessoas acreditou que os eventos mostrados neste filme fossem realmente reais. Tanto, que nas vésperas da estréia da película, havia sido lançado na TV americana, um documentário sobre a Bruxa de Blair e sobre os três jovens que desapareceram na floresta. Alias o filme havia pegado carona com os primeiros passos da internet, e sua divulgação pela rede serviu de base para outros filmes no decorrer dos anos.
Após a poeira baixar, tudo foi revelado, e as três vitimas da bruxa estavam vivos, sendo uma tremenda forma de vender o seu peixe, mas que gerou resultados positivos. Mesmo dividindo a critica e publico na época, A Bruxa de Blair fez escola, e se muitos curtem filmes como Atividade Paranormal, muito se deve a essa produção de 99.
Pássaros
Hitchcock nunca fez um filme do gênero fantástico, mesmo com um currículo que lhe garantiria uma vaga fácil para fazer uma adaptação de uma das obras de Edgar Alan Poe. Pássaros é o mais próximo de um gênero fantástico que ele pode oferecer, ou melhor, dizendo, um filme que mostra um ataque de pássaros de uma forma inexplicável, embora ajam momentos com situações subliminares que possam dar alguns esclarecimentos, mas nunca esclarecidos explicitamente.
Com inúmeras cenas de suspense eletrizantes, Hitchcock usou o melhor que tinha de efeitos especiais da época, e ainda hoje impressiona nas cenas de ataque dos pássaros, como aquela onde os bichos atacam o centro da cidade.
FOME ANIMAL
A primeira vez que eu assisti a esse filme, foi no saudoso Cine Band Trach, e nunca mais me esqueci do verdadeiro banho de sangue que o filme proporciona, o agito da câmera ensandecida, mas acima de tudo, o humor negro dos mais divertidos. Mesmo com um baixo orçamento, Peter Jackson deitou e rolou fazendo esse filme, não poupando nenhum pouco nas cenas de violência, sangue e bizarrice (como a cena de um intestino vaidoso). Na época, nem imaginava quem era o diretor, muito pouco imaginava que um dia ele filmaria uma das melhores trilogias do cinema de todos os tempos (Senhor dos Anéis), mas é assim que os grandes diretores começam, por baixo, mas com grande estilo.

Todo mundo quase morto
Eu fico me perguntando se George A, Romero sabia que, com a sua criação de A Noite dos Mortos Vivos geraria tamanhos frutos, tanto para inúmeros filmes com o mesmo tema, como também inúmeros debates que esses filmes proporcionam. No caso da deliciosa produção inglesa Todo Mundo Quase Morto, o filme não é somente uma mistura do gênero terrir com os filmes de zumbis, mas sim uma critica sobre a alienação das pessoas durante o dia a dia, no qual chega a um ponto, que não precisaria de um vírus ou outra coisa para se tornarem zumbis, pois eles próprios estão se tornando isso. Belo exemplo é a fantástica cena do protagonista (Simon Pegg, hilário) onde ele sai da casa, atravessa a rua, vai para a calçada e chega ao mercado, sendo que durante o trajeto, a cidade já esta tomada de zumbis, mas ele simplesmente não se da conta, porque ele sempre faz todo o santo dia o mesmo trajeto e esquecendo o que rola em volta. Infelizmente, o filme teve uma distribuição infeliz para cá, chegando apenas em DVD, mas rapidamente conquistou uma legião de fãs.

O Silencio dos Inocentes
Jonathan Demme fez alguns ótimos filmes ao longo da carreira (como Filadélfia),mas jamais superou o verdadeiro jogo de gato e rato que criou em 1991, ao transportar para as telas, um dos grandes vilões do cinema, o Anníbal Lecter, interpretado magistralmente por Anthony Hopkins, que mesmo em apenas 30 minutos de cena, foram suficientes para conquistar o publico e critica e levar o seu merecido Oscar. Jodie Foster, porém, não fica atrás, e duela de igual para igual na interpretação, quando esta frente a frente com Hopkins, sendo que ambos proporcionam momentos únicos de jogo psicológico, onde se desenterra o passado da protagonista. Atenção pelo verdadeiro jogo de cenas em que o diretor nos brinda no ato final da trama, fazendo que nos mesmos fiquemos aflitos, junto com a protogonista.


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domingo, 22 de janeiro de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: A SEPARAÇÃO

Sinopse: Após se divorciar da esposa Simin (Leila Hatami), Nader (Peyman Moaadi) é obrigado a contratar uma jovem para tomar conta de seu pai idoso que sofre de Alzheimer em estágio avançado. Porém a diarista está grávida, e trabalhando sem o consentimento de seu marido, condições que junto a um terrível incidente, levará as duas famílias a um julgamento de cunho moral e religioso.
Vencedor do Globo de Ouro de  melhor filme estrangeiro e candidato forte para o próximo Oscar, A Separação já dispara como um dos melhores títulos lançados neste inicio de ano. Muito se deve há isso ao próprio diretor Asghar Farhadi (A Procura de Elly) que não se intimidou em retratar uma família de classe média do Irã em declínio, embora as rações disso comecem justamente quando a esposa quer partir daquele país. Isso já seria o suficiente para aquele governo tão preso as suas leis falidas e princípios, ficarem com o pé atrás com a produção, mas o filme vai muito alem disso.
A separação do casal central é apenas o ponta pé inicial para inúmeros eventos que irão se desencadear, e falar mais sobre isso seria estragar as inúmeras surpresas que a trama há de mostrar. O que posso adiantar, é que a historia ira fazer com que princípios, verdades, mentiras e leis, se baterem de frente umas com as outras, onde o diretor retrata com a câmera na mão como se fosse um documentário filmado, daquele cotidiano de pessoas comuns, presas as situações que poderiam muito bem ser resolvidas, se não fosse a fé cega que eles carregam, ou temerem pelo julgamento daqueles que observam. Em meio a isso, a menina do casal central (interpretada pela própria filha do diretor) passa uma certa inocência perante aquilo tudo que observa, embora amadureça ao longo do filme, ao ponto, de fazer difíceis escolhas, que fará dela uma mulher futuramente mais independente e seguir o seu próprio rumo. Não me surpreenderia então, se o diretor quisesse retratar nesta menina, o futuro da mulher do Irã, ou o que estão dentro delas atualmente querendo liberar, mas isso seria para outro debate, no qual se estenderia por horas.
Com apenas dois filmes no currículo, Asghar Farhad já deixou sua marca registrada no mundo do cinema, seja artisticamente ou uma forma para criar o seu desabafo pessoal sobre o mundo que veio. Com A Separação, finalmente conseguiu fazer, com que agente nos identificássemos com aquelas outras pessoas de um país tão fechado do mundo, mas que no final das contas, são gente como agente! 


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sábado, 21 de janeiro de 2012

Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: O HOMEM DO FUTURO

Sinopse: João/Zero (Wagner Moura) é um cientista genial, mas infeliz porque há 20 anos atrás foi humilhado publicamente durante uma festa e perdeu Helena (Alinne Moraes), uma antiga e eterna paixão. Certo dia, uma experiência com um de seus inventos permite que ele faça uma viagem no tempo, retornando para aquela época e podendo interferir no seu destino. Mas quando ele retorna, descobre que sua vida mudou totalmente e agora precisa encontrar um jeito de mudar essa história, nem que para isso tenha que voltar novamente ao passado. Será que ele conseguirá acertar as coisas?
Claudio Torres (Mulher Invisível) vem de uma turma que anda conquistando o publico brasileiro atual nos cinemas, que é no gênero da comédia. Com esse gancho, Torres mistura esse gênero com a da ficção cientifica (tema raríssimo em nossos cinemas), e bola uma trama que claramente é uma homenagem a trilogia De Volta Para o Futuro. Todas as idéias propostas da trilogia estrelada por Michael J. Fox estão lá, desde a viagem no tempo ao passado, futuro, realidade alternativa, encontros com o outro eu e a regra básica, que não se pode mudar no passado o que já foi feito.
Nesta salada, Vagner Moura entrega um papel de inúmeras camadas de personalidade, (de acordo com cada eu dele que ele se encontra) e comprova novamente sua versatilidade, fazendo agente até se esquecer durante o filme, o seu personagem mais marcante do cinema que foi o seu capitão Nascimento.  O mesmo não pode se disser sobre o resto do elenco, principalmente de Aline Moraes, com uma interpretação tão dura e sem sal, quanto as personagens que ela interpreta nas novelas da globo, mas se não ajuda, também não atrapalha. Com um ritmo frenético, onde em pouco mais de 10 minutos, somos jogados juntos com o protagonista nas viagens do tempo, O Homem do Futuro é uma formula de dois gêneros juntos que deu certo, resta saber se a ficção cientifica por si só, sobreviveria no nosso cinema.


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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 12

Pois é minha gente, ta chegando a hora de eu participar desse curso abaixo:
Quem tiver afim de participar comigo, e com outros amantes da sétima arte, entrem no blog do CENA UM o quanto antes clicando aqui.
Lembrando, que já existe uma lista para futuros cursos do CENA UM neste ano, que na maioria deles, será focado a muitos diretores “autores” consagrados, como Pedro Almodóvar por exemplo. Portanto fiquem ligados! 


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Cine Dica: Estréias no final de semana (20 / 01 /12)

E ai gente, volto com a postagem de “estréias do final de semana”, que estava meio que ausente durante as minhas férias. E nada melhor para começar essa postagem, dando destaque a Tintim. Fracasso nos EUA, sucesso pelo mundo (principalmente na Europa), o filme faturou recentemente o Globo de Ouro de melhor longa de animação e tem tudo para agradar os fãs brasileiros, tanto aqueles que leram as historias clássicas, como também aqueles que acompanham a serie animada pela Rede Cultura (como no caso a minha mãe). Portanto, aguardem minha critica por aqui sobre o filme muito em breve!

Confiram as outras estréias da semana:

As Aventuras de Tintim
Sinopse: O aventureiro Tintim compra para o amigo Haddock um modelo de um galeão antigo que por coincidência era a réplica do navio de um antepassado do capitão o cavaleiro de Hadoque. O modelo é roubado e logo depois a casa de Tintim é toda revirada. O que os assaltantes procuravam? Por sua vez o capitão acha no sótão de casa as memórias do cavaleiro.

 


2 Coelhos
Sinopse: Edgar encontra-se numa situação natural para a maioria dos brasileiros espremido entre a criminalidade que age impunemente e o poder público corrupto e ineficiente. Cansado desta situação ele resolve fazer justiça com as próprias mãos e elabora um plano que colocará os criminosos e corruptos em rota de colisão. Dois Coelhos é um enigmático suspense de ação como nunca visto no cinema nacional.


A Música Segundo Tom Jobim
Sinopse: O extraordinário universo da música de Antonio Carlos Jobim não cabe em palavras. Foi com essa idéia em mente e a sensibilidade aguçada que o diretor Nelson Pereira dos Santos ao lado de Dora Jobim se dispôs a encarar o desafio de desvendar em filme a trajetória musical do grande compositor brasileiro autor de uma obra eterna de alcance internacional. Em A música segundo Tom Jobim os diretores escolheram o caminho sensorial da imagem e do som para exibir o trabalho do músico considerado ao lado de Heitor Villa-Lobos um dos maiores expoentes de todos os tempos da música brasileira. Não há uma palavra sequer no filme. E nem é preciso. Uma sucessão de imagens de grandes intérpretes brasileiros e internacionais em performances inesquecíveis e do próprio Tom Jobim em diferentes momentos alinhava a trajetória musical do maestro soberano . Está tudo lá: a força e a beleza da sua música as diferentes fases do artista o alcance e a poesia das suas canções sua personalidade musical a importância da sua obra. Tudo conduzido de forma vigorosa e poética sem necessidade de maiores explicações. Apenas o prazer e a emoção de ouvir Tom Jobim.

A fonte das mulheres
Sinopse: Centrada na guerra dos sexos, esta comédia dramática é uma fábula moderna de uma pequena vila onde mulheres ameaçam fazer greve de sexo se os homens não buscarem água em um lugar longínquo. A rebelião é liderada pela jovem liberal Leila (Leïla Bekhti).


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quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Cine Dica: Em Cartaz: SHERLOCK HOLMES: O JOGO DAS SOMBRAS

LIVRE DAS AMARRAS DO FILME ANTERIOR, GUY RITCHIE CRIA UM FILME CONTAGIANTE E CHEIO DE ENERGIA!
Sinopse: Quando o príncipe herdeiro da Áustria é encontrado morto a prova interpretada pelo Inspetor Lestrade aponta para suicídio. Mas Sherlock Holmes deduz que o príncipe tenha sido vítima de um assassinato um assassinato que é apenas uma peça de um quebra-cabeça maior e muito mais portentoso desenhado pelo Professor Moriarty o mais novo e maior gênio do crime.
Quando eu assisti ao primeiro filme do Homem Aranha comandando pelo Sam Raimi, percebi que aquilo não parecia um filme do diretor. Tudo bem que o filme era ótimo, mas parecia que o cineasta estava totalmente preso em não fazer seus tipos de cena que tanto gostava de fazer em filmes como a trilogia Uma Noite Alucinante. Bastou então o filme estourar nas bilheterias, para então ter liberdade total no segundo filme e mostrar todas as suas marcas registradas (a cena do vilão onde mata todos os médicos é um bom exemplo).
Pegando esse exemplo lá atrás, ele é um retrato de como as franquias atualmente do cinema americano funcionam. Pega um diretor com sua visão própria (ou autor), coloque ele no primeiro filme comandando, mas ao mesmo tempo com a mão no freio, e se o filme funcionar, que fique livre para deitar e rolar na seqüência. Essa tese se fortalece na nova aventura de Sherlock Homes, comandada novamente por Guy Ritchie (Jogos Trapaças e Dois Canos Fumegantes) que se no primeiro filme, parecia mais estar namorando com seu modo de se criar cinema, aqui ele está totalmente solto para usar e abusar das cenas de ação luta e comedia, numa verdadeira montanha russa visual cheia de emoção e humor na medida certa.
Comparado a Quentin Tarantino no inicio de carreira, Guy Ritchie ganhou luz própria em filmes em que ele usou todos os seus ingredientes que usava no tempo que fazia vídeo clipes (câmera lenta e acelerada, com uma montagem frenética) e nos seus filmes para o cinema, criou- se diálogos afiados e espertos nos quais o publico se amarra em cada segundo que passa. Tudo isso, esta nesta seqüência, das aventuras do detetive mais famoso do mundo, interpretado de uma forma afiada e segura pelo ator Robert Downey Jr (que apartir do Homem de Ferro, realmente a carreira renasceu das cinzas) que ao lado do personagem Watson (Jude. Law) tem uma das melhores duplas de aventura e humor dos últimos anos. A cada cena que ambos contracenam, é um espetáculo de interpretação de ambos os atores, com um humor que contagia o espectador que assiste e que acaba sendo até mesmo difícil escolher qual a melhor cena dos dois (a minha favorita fica com a cena da chegada ao casamento, hilária). E se a dupla funciona, é porque tudo se deva ao diretor em saber exatamente o que esta fazendo com os seus atores, criando um vinculo muito bem executado, tanto nos diálogos, como nas cenas de luta que exige mais da dupla, mas que torna tudo um verdadeiro balé coe grafado, que não deve em nada aos musicais da era de ouro do cinema. O mesmo se pode dizer das cenas de ação, que surpreendentemente, se tornam cada uma delas como se fosse a ultima de um ato final grandioso (a cena da perseguição da floresta é espetacular), em que o diretor usa como nenhum outro, seqüência de câmera lenta, onde mostra os mínimos detalhes de um determinado ponto da cena, como um tiro de raspão por exemplo. Embora a trama seja cheia de informações (não pisque os olhos) eu particularmente achei muito divertido que certos detalhes, antes insignificantes, se tornem tão importantes depois. Isso graças à montagem do diretor, na qual usa e se diverte com elas, para se criar então os flashbacks e mostrar cada detalhe que o protagonista arquitetou anteriormente por exemplo.
Com tantos atrativos, é uma pena que o grande vilão da trama, Professor Moriaty se torne meio que apagado em alguns momentos, mesmo com todo o esforço e refinamento ardiloso que passa o ator Jared Harris ao representar o seu personagem. O mesmo vale pela talentosa atriz Noomi Rapace (do original Sueco Milênio: Os Homens que não amavam as mulheres) que pouco pode fazer perante a tanta técnica e interpretação dos outros atores, embora a sua presença em cena não seja ignorada.
Com um ato final que reserva surpresas (e gargalhadas até o ultimo segundo) Sherlock Holmes: O Jogo das Sombras, é um belo de exemplo de como a maquina do cinema americano funciona com relação a franquias atualmente, que é “faça com cuidado o primeiro filme, e se fizer sucesso, faça do seu jeito no próximo filme”. Nolan, Raimi e principalmente Ritchie entenderam bem a proposta, e nas seqüências, esbanjam suas visões próprias. Nos, só temos que agradecer!


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quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 11

De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!

HAMMER: A CASA DE HORROR E MEDO!
Durante algum tempo, (entre fins dos anos 40 e 50) o fãs de filmes de horror estavam órfãs, sem os seus personagens preferidos, que tanto a Universal popularizou, mas que acabou desgastando a imagem de todos eles. Mas foi perto do final dos 50, que um pequeno estúdio Inglês (Hammer) teve a idéia de criar filmes de baixo orçamento e que resgatasse os monstros do cinema de antigamente. Eis que a formula funcionou, não só trazendo de volta os velhos conhecidos monstros, como também injetando, mais sangue, violência e sensualidade, coisas que a Universal se restringia em mostrar, devido às leis da censura nos EUA.
Durante um bom tempo, (fins dos anos 50, aos anos 60 e 70) Hammer se tornou exemplo de filmes de terror de qualidade, apesar de que toda boa formula acaba tendo o seu desgaste, e quando o estúdio começou apelar demais para o terror mais explicito e sexo, o estúdio fechou suas portas aos filmes de terror no final dos anos 70. Mas nem por isso seus filmes foram esquecidos, tanto, que muitos sentem uma pura nostalgia, sempre quando revisitam esses filmes, que resgatarão e deram mais fôlego ao gênero de horror gótico.
Abaixo, deixo matérias que eu já publiquei sobre o estúdio, (cliquem nos títulos para acessarem as matérias).












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Cine Especial: Cinema 2012: O que vem por ai: Parte 7

VALENTE

Sinopse: A história acompanha Merida (Kelly Macdonald), a princesa de um reino governado pelo rei Fergus (Billy Connolly) e a rainha Elinor (Emma Thompson). Determinada em seguir o seu próprio caminho na vida, Merida desafia um antigo costume sagrado que coloca em perigosa o reino e a vida de sua família. Então ela parte em busca de uma velha sábia para tentar consertar seu erro.
O que eu acho? Depois do seu primeiro passo em falso (e tomara que seja o ultimo) com Carros 2, Pixar retorna esse ano com um filme que explora um terreno que está fértil atualmente no mundo do cinema, que é a fantasia!. Pela primeira vez, o protagonista é uma jovem garota aventureira, com arco e flecha, em meio a grandes aventuras que irá enfrentar. O primeiro trailer já da água na boca e passa uma grande expectativa, para que seja um belo espetáculo.
Resta saber se o filme como um todo cumpre as expectativas, mas acredito que Carros 2 foi só um erro de percurso, assim eu espero!


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terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 10

De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!

HORROR E FICÇÃO: A PARANOIA DOS ANOS 50!

Neste especial de hoje, darei espaço a um assunto que eu escrevi bastante no ano passado que é sobre os filmes B. Feitos de baixo orçamento, ou no principio, relegados aos pequenos estúdios, os filmes B possui inúmeros clássicos que se tornaram obrigatórios ao longo da historia, e dentro desses filmes, rolou todo o tipo de gênero, tanto da ficção, como do horror.
Quando os filmes de terror entrarão em decadência (dos anos 40 aos 50), era também um reflexo do que o publico estava sentindo. Não havia mais porque sentir medo dos monstros da Universal, e sim em assuntos mais realistas como a Guerra Fria, Guerra nuclear, paranóias e invasões por terra ou pelo ar. Vendo esse cenário, os estúdios americanos logo trataram de levar esses assuntos para o cinema, em filmes como invasão de discos voadores, alienígenas, mutações que geravam grandes monstros e etc.
Os anos 50 foram fartos neste tipo de assunto, mas tudo e mais, eu falei nos especiais Filmes B que Amamos, que relacionava ao curso que seria feito no ano passado, mas que acabou não aconteceu.

Leiam tudo sobre esse período clicando aqui!


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Cine Dica: Em DVD: HOMENS E DEUSES

Sinopse: Década de 90. Um grupo de oito monges franceses vive em um mosteiro localizado no alto de uma montanha na Argélia. Liderados por Christian (Lambert Wilson), eles vivem em perfeita harmonia com a comunidade muçulmana local. O exército oferece proteção contra as ameaças que surgem, mas os monges a recusam. Preferem levar sua vida de forma simples, dando continuidade à sua missão independente do que vier a acontecer com eles.
Vencedor do grande prêmio do Júri em Cannes, Homens e Deuses revisita o assassinato de oito monges do mosteiro cristão Tibhirine. Para os informados, fica já claro o destino deles, mas até lá, é interessante a química dos personagens uns com os outros e o filme rende espaço para uma boa construção de personalidade de cada um dos protagonistas.
A mensagem que passa o filme, é que a fé move montanhas, mesmo que por vezes a situação soe inevitável. É um filme contemplativo, em cada cena que passa, com alguns momentos de tensão onde os personagens se sentem encurralados e nada podem fazer, a não ser abraçar a sua fé (a cena do helicóptero é um belo exemplo).


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domingo, 15 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 9

De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e administrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!

O HORROR DA UNIVERSAL: FINAL


Por fim, encerro minhas matérias referentes aos filmes de horror da Universal, mas o especial da Historia do Cinema de Horror continua, portanto aguardem para as próximas matérias!

O Gato Preto
Sinopse: Após um acidente, um casal recebe a hospitalidade de um morador local, que vive sozinho em um enorme castelo. Não vai demorar para que ambos percebam que aceitar o convite não foi uma boa idéia, pois o anfitrião é um adorador do demônio e pretende utiliza-los, em especial a esposa, em seus rituais macabros.
Em meio a filmes de monstros da época, esse filme foi bem contra a maré, numa trama que explora temas de satanismo e rituais, sendo que tais elementos seriam mais explorados anos mais tarde. Mesmo sendo pouco a frente a sua época, o publico comprou a proposta e o filme se tornou o maior sucesso do estúdio em 1934, e fortaleceu ainda mais as carreiras, tanto de Karloff como de Lugosi.
É de se deleitar quando ambos estão contracenando frente a frente, porque tanto dentro como fora da produção, os dois sempre se digladiavam um contra o outro para ver quem era o melhor interprete, sendo a típica historia de amigos e rivais nos bastidores. Portanto não é de se estranhar, que quando Karloff está à mercê de Lugosi em determinado momento do filme, da para perceber que o velho Drácula esta adorando o momento. Talvez, o melhor filme que retrate essa rivalidade de dois grandes titãs do cinema de horror!  
    
A Casa Sinistra
Sinopse: Em busca de abrigo para fugir de uma tempestade, um casal de viajantes é acolhido na velha mansão da estranha família Femm.
De todos os diretores que passaram na Universal, James Whale é o melhor que sobressaiu, principalmente em filmes de terror que tanto investia na época. Em A Casa Sinistra, o clima de tensão, embalado com seqüências sombrias, bem ao estilo gótico, é o que moldam o filme. Dentre os personagens excêntricos desta casa, está o eterno Boris Karllof, em inicio de carreira, mas dando sinais de que iria longe.
Na época, o filme não se saiu bem na bilheteria como o estúdio esperava, mas com certeza se deve pelo fato do filme possuir um conteúdo um pouco a frente daquele tempo, e com isso, a produção foi redescoberta anos mais tarde!


O LADRÃO DE CORPOS
Sinopse: Na Edinburgo de 1831, o Dr. MacFarlane contrata um taxista para desenterrar corpos e trazê-los para que possa fazer suas experiências. Com o aumento da segurança nos cemitérios, o taxista torna-se um assassino para conseguir os corpos e Joseph, um vigia, flagra uma das mortes e aborda Gray, o qual sugere uma parceria para que não o entregue às autoridades.
Quem assisti a esse filme, parece até mentira que ele foi dirigido por Robert Wise, diretor que se tornou super conhecido por musicais como Amor Sublime Amor e Noviça Rebelde, provando então, o quanto era versátil. Na época que esse filme foi lançado (1945) a Universal estava afim de mudar de ares com relação a filmes de horror, e pode se dizer que esse foi um belo exemplo, já que explora o terror psicológico e como as pessoas ficam perante a um beco sem saída, devido a chantagem. Boris Karloff faz aqui um dos seus melhores papeis de sua carreira, com um personagem sem escrúpulos para conseguir o que quer, mas é interessante que ao mesmo tempo, passe uma certa ambigüidade para o que assiste, sendo que não temos certeza se devemos detestá-lo ou gostar dele lá no fundo.
O filme ainda tem a participação de Bela Lugosi, mas pouco ele pode fazer perante a interpretação de seu maior rival no mundo cinematográfico.


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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Cine Especial: Historia do Cinema de Horror: Parte 8

De 23 á 26 de Janeiro, estarei participando do curso Historia do Cinema de Horror, criado pelo Cena Um e ministrado pelo especialista no assunto Carlos Primati. E enquanto os quatro dias não vêm, por aqui, estarei postando os principais filmes, desse gênero que assusta, mas conquista!

O HORROR DA UNIVERSAL: Parte 3


Se vcs acham que foram os heróis da Marvel que começaram essa onda de se encontrarem num filme (culminando em Vingadores neste ano) fiquem sabendo que essa idéia de encontros no cinema não começou agora. Entre anos 30 e 40, a Universal era rei em fazer filmes de monstros, e em certa época, decidiu reuni-los inúmeras vezes em um filme só, mas toda idéia, tem tanto o seu auge, como o seu declínio!

O Filho de Frankenstein
Sinopse: Após passar um grande tempo vivendo nos Estados Unidos e na Europa, o barão Wolf von Frankenstein (Basil Rathbone), filho do Dr. Frankenstein, toma posse do castelo do seu ancestral acompanhado por Elsa (Josephine Hutchinson), sua mulher, e Peter (Donnie Dunagan), seu filho. O barão considera seu pai uma boa pessoa, que teve o azar de ter um assistente que deu à criatura (Boris Karloff) o cérebro de um assassino. O barão é recebido friamente pela população do lugarejo próximo ao castelo. No laboratório destruído de seu pai o barão conhece Ygor (Bela Lugosi), que lhe mostra em um compartimento secreto o monstro em estado de coma. Tentando limpar o nome da família, o barão tenta fazer uma criatura "boa" no qual é ajudado por Ygor e acredita ter fracassado. Mas durante um jantar um relato de Peter faz o barão entender que a criatura está viva. Ele deseja continuar as pesquisas, pois apesar de vivo o monstro ainda tem o cérebro de um assassino, mas Ygor, que controla a criatura, não gosta da idéia e logo misteriosas mortes começam a acontecer.
Pode não ser tão bom quanto o filme anterior (A Noiva de Frankenstein), mas esta entre os melhores filmes seqüências que a Universal investiu na época. Muito se falou que o filme anterior possuía muito do visual do expressionismo alemão, mas esse aqui não fica atrás, pois o visual da casa de Frankenstein esta entre os melhores de toda a cine serie. O filme ainda contaria com a interpretação magistral de Boris Karloff, sendo que aqui, o ator se despede do papel que o consagrou (nos filmes seguintes, o personagem iria decair cada vez mais sem Karloff).
Mas a grande surpresa fica na presença de Bela Lugosi como Ygor, numa interpretação que distancia completamente de seu desempenho mais famoso (Drácula), sendo que toda vez que ele entra em cena, ele rouba o filme.
Com o sucesso de O Filho de Frankenstein, a Universal percebeu o potencial dos filmes seqüências, mas infelizmente, toda formula de  sucesso tem o seu fim!


Frankenstein Contra o Homem Lobo

Sinopse: O Homem-Lobo está vivo e com a ajuda de uma cigana, um médico e a única descendente da família Frankenstein tenta morrer de vez, transferindo a sua energia para o monstro de Frankenstein.
Querendo lucrar com a cine serie de monstros, a Universal tomou na época uma atitude inusitada, que era reunir dois personagens de cine series diferentes e reuni-los em um único filme. É bem da verdade, que ao assistir a produção, a trama foca mais no homem lobo em busca de sua cura (ou na tentativa de morrer) para desvencilhar de sua maldição, enquanto o monstro de Frankenstein fica em segundo plano. O inicio é fantástico, onde mostra inúmeros detalhes do cemitério, onde esta enterrado o homem lobo (aparentemente ele viria a morrer no final do primeiro filme) e com certeza essa seqüência serviria de base para outros filmes em que mostrasse cemitérios com o visual bem gótico.
Lon Chaney Jr está a vontade como sempre no personagem que o consagrou, agora, é de se lamentar a forma que Bela Lugosi interpreta o monstro Frankenstein. Todo mundo sabe, que antes do primeiro filme da franquia, Lugosi foi sondado para ser a criatura, mas ele menosprezou, abandonando o papel, que acabou caindo no colo de Karloff, e o resto é historia. Somando dois mais dois, Lugosi correu com certeza atrás do prejuízo, mas quando era para caprichar, acaba por transformar seu desempenho como a criatura, numa forma caricata e sem vida, em que teima ficar com os braços esticados a todo o momento de uma forma ridícula, muito distante do grande desempenho de Karloff.
Uma  pena, pois tirando esse deslize de Lugosi, o filme esta entre os melhores da fase de encontros de monstros da Universal!


 A Casa de Frankenstein
 Sinopse: Um perturbado cientista, Gustav Niemann (Boris Karloff), escapa da prisão e toma conta da direção de uma câmara de horrores. Tirando a estaca de um esqueleto, ele ressuscita o famoso Conde Drácula (John Carradine) e o ordena a assassinar o homem responsável pela sua prisão. Mais tarde ele encontra Frankenstein (Glenn Strange) e o Lobisomen (Lon Chaney Jr.) congelados e enterrados nas ruínas do laboratório de Frankenstein. Quando ele os traz de volta à vida, o Monstro incontrolável o arrasta até uma sepultura.
Com o sucesso do filme anterior (Frankenstein Contra o Homem Lobo) a Universal decidiu abusar da sorte, e reuniu todos os monstros do estúdio em um único filme. Portanto, temos em cena um cientista louco, o lobisomem, Frankenstein, Drácula e de brinde, um Corcunda de notre Dame transgênico e que não tem nada haver com o clássico de Victor Hugo. O filme marca a volta de Karloff no universo de Frankenstein, mas dessa vez, como um cientista louco, obcecado pela ressurreição da criatura (aqui, o gigantesco Glenn Strange o interpreta). É interessante que em determinado momento da trama, é criado uma espécie de desculpa, para se criar uma sub trama, em que o protagonista é Drácula, interpretado pela primeira vez por John Carradine (Rastros do Ódio), que embora se esforce para convencer como vampiro, seu desempenho fica aquém do esperado, se comparado o que Lugosi fez no filme de 31.
Apesar de tantos personagens reunidos em um só filme, é de se espantar que a historia convença, dando espaço para construção bem definida de cada um dos personagens, e até dando um final digno para cada um deles, como no caso do homem lobo.
Como era de se esperar, o filme foi um grande sucesso, mas era preciso o estúdio parar por ai, mas o dinheiro falou mais alto!


A Casa do Drácula
Sinopse: Os veteranos do terror Lon Chaney (Lobisomem) e John Carradine (Drácula) chegam ao laboratório do Dr. Edelman (Onslow Stevens) para implorar uma cura para seus instintos assassinos. Mas apesar da sinceridade do Lobisomem, Drácula na verdade procura apenas se aproximar da enfermeira (Martha O'Driscoll), quem ele pretende convencer a se tornar uma de suas "princesas das trevas". A loucura chega a seu extremo quando o doutor descobre o corpo de Frankenstein e faz tentativas de trazê-lo de volta à vida. Esses fatos são mais do que os moradores das vilas vizinhas podem suportar, levando-os a se unir para impedir as loucuras que ameaçam a segurança de suas famílias e moradias.
É aqui que a porca torce o rabo. A produção é precária se comparado aos filmes anteriores (o estúdio com certeza estava em tempo de vacas magras) e trama por vezes soa ridícula, pois é inverossímil ver Drácula usando uma desculpa esfarrapada (de tentar se curar de sua maldição) para se aproximar de uma medica que ele deseja. John Carradine retorna ao papel, mas assim como no filme anterior, seu desempenho é esquecível, apesar de seu esforço.
Outro grave defeito no filme é trazer de volta o homem lobo (Lon Chaney Jr) sem dar uma explicação plausível de como ele retorna, pois os eventos do filme anterior davam entender que não tinha mais volta para ele. Mas nada se compara a pálida participação do monstro Frankenstein, sendo que está ali, só para encher a lingüiça da trama, numa participação curta e lamentavel. 
Por fim, A Casa de Drácula marca o fim da boa fase dos monstros da Universal, sendo uma pena, que tenham se retirado de cena de uma forma tão mal feita!


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quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Cine Especial: Cinema 2012: O que vem por ai: Parte 6

O Espetacular Homem-Aranha
Sinopse: 'O Espetacular Homem-Aranha' é a história de Peter Parker (Andrew Garfield), um estudante rejeitado por seus colegas e que foi abandonado por seus pais ainda criança, sendo então criado por seu Tio Ben (Martin Sheen) e pela Tia May (Sally Field). Como muitos adolescentes, Peter tenta descobrir quem ele é e como tornou-se a pessoa que é hoje. Peter também está começando uma história com sua primeira paixão, Gwen Stacy (Emma Stone), e juntos eles lidam com amor, compromissos e segredos.
Quando Peter descobre uma misteriosa maleta que pertenceu a seu pai, ele começa uma jornada para entender o desaparecimento de seus pais - o que o leva diretamente à Oscorp e ao laboratório do Dr. Curt Connors (Rhys Ifans), antigo sócio de seu pai. Procurando por respostas e uma conexão, Peter comete um erro que o coloca em rota de colisão com o alter-ego do Dr. Connors, O Lagarto. Como Homem-Aranha, Peter tem que tomar decisões que podem alterar vidas, para usar seus poderes e moldar seu destino de se tornar um herói.
O que eu acho? O maior sucesso da Sony do ano, ou o maior tiro no pé dos últimos anos!
Quando Batman Beguins estreou em 2005, começou a onda da segunda chance, ou melhor, dizendo, os reboots, algo que se estendeu muito bem em filmes como 007, por exemplo. Mas tenho certo receio por esse reboot, já que o ultimo filme do Aranha foi em 2007 e muitas pessoas ainda estão muito apegadas com o Aranha na pele de Maguire. Por enquanto no que foi mostrado, fico com o pé atrás, pois essa historia de Peter buscar respostas sobre o seu passado não tem nada haver com a mitologia do personagem, a não ser que se crie uma ótima historia.
Se destacando em filmes como A Rede Social, Andrew Garfield terá a missão ingrata de tentar convencer o publico que é um ótimo Peter Parker, fazer com que seu desempenho fale por si e não fazer o publico fazer comparações da sua interpretação com a de Maguire. Com direção de Marc Webb (500 dias com ela) vamos ver como a Sony irá administrar essa batata quente.


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