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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 24 de outubro de 2023

Cine Dica: SESSÃO ESPECIAL DE O EXORCISTA

No sábado, 28 de outubro, às 21h, a Cinemateca Capitólio apresenta uma sessão especial de O Exorcista, obra-prima do cinema de horror dirigida por William Friedkin, que completou 50 anos em 2023. O valor do ingresso é R$ 10,00. Os ingressos podem ser comprados a partir da terça-feira, 24 de outubro, nos horários de abertura da bilheteria da Cinemateca Capitólio (sempre 30 minutos antes de cada sessão).


O Exorcista

(The Exorcist)

R$ 10,00, EUA, 1973, 132 minutos, DCP

Direção: William Friedkin

Classificação Indicativa: 18 anos

Quando uma adolescente começa a ter um comportamento assustador, sua mãe descobre com a ajuda de um padre-psiquiatra que ela está possuída por um demônio.

GRADE DE HORÁRIOS


26 de outubro (quinta)

15h – O Cangaceiro

17h – Dona Flor e seus Dois Maridos

19h – Cinco Vezes Favela


27 de outubro (sexta)

15h – O Pagador de Promessas

17h – Deus e o Diabo na Terra do Sol

19h30 – Projeto Raros: Os Homens que Eu Tive


28 de outubro (sábado)

15h – Retratos Fantasmas

17h – Marte Um

19h – O Bandido da Luz Vermelha

21h – O Exorcista

23h59 – À meia-noite Levarei sua Alma


29 de outubro (domingo)

15h – A Hora da Estrela

17h – Central do Brasil

19h – Cabra Marcado para Morrer


31 de outubro (terça)

15h – Jeca Tatu

17h – Cinco Vezes Favela

19h – Cidade de Deus


01 de novembro (quarta)

15h – Cabra Marcado para Morrer

17h – A Hora da Estrela

19h – Bacurau

segunda-feira, 23 de outubro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Assassinos da Lua das Flores'

Sinopse: Os assassinatos dados a partir de circunstâncias misteriosas na década de 1920, assolando os membros da tribo Osage, acaba desencadeando uma grande investigação envolvendo o poderoso J. Edgar Hoover, considerado o primeiro diretor do FBI. 

Martin Scorsese é um dos mais importantes diretores da história, mas não somente por ter realizado grandes obras primas, como também sendo alguém que defende com unhas e dentes a sétima arte. Em tempos de cinema comercial, vide as adaptações de HQ para o cinema, o realizador tem defendido um cinema mais autoral e do qual é a única salvação dessa arte em tempos em que os estúdios se encontram cada vez mais presos em franquias intermináveis. Portanto, "Assassinos da Lua das Flores" (2023) vem em um ano em que o cinema retorna com grandes espetáculos autorais e sendo que esse vem para fortalecer essa tendencia ainda mais.

A trama foi inspirada no best-seller homônimo do escritor David Grann e também baseado em uma história real. O ano é 1920, na região norte-americana de Oklahoma. Misteriosos assassinatos acontecem na tribo indígena de Osage, uma terra rica em petróleo. O caso foi investigado pelo FBI, a agência que tinha acabado de ser criada na época. Os assassinatos dados a partir de circunstâncias misteriosas na década de 1920, assolando os membros da tribo Osage, acaba desencadeando uma grande investigação envolvendo o poderoso J. Edgar Hoover, considerado o primeiro diretor do FBI.

Assim como em clássicos como "Os Bons Companheiros" (1990) e mais recentemente "O Irlandês" (2019), Scorsese trata de um assunto delicado que é as origens dos alicerces da sociedade norte americana, da qual não foi construída de forma justa, mas devido ao grande derramamento de sangue. O povo indígena foi um que, não somente foi massacrado no mundo real, como também o próprio cinema colaborou para transformá-lo em um ser selvagem para ser dizimado e que cabe os próprios realizadores dessa arte reconhecer o quanto estavam enormemente errados. Portanto, o novo longa do realizador é um grande filme denuncia, onde mostra um povo sendo morto de forma gradual e fazendo que o restante do mundo não se desse conta.

Para a construção desse tipo de enredo o cineasta procura buscar elementos que ele já havia usado em suas obras anteriores, desde a construção de um teor mais épico, sendo algo já visto em "Gangues de Nova York" (2002), como também com relação ao desenvolvimento sobre família, lealdade e corrupção e sendo algo já bastante visto em início de sua carreira como "Caminhos Perigosos" (1973). Para tanto, o realizador usa e abusa de sua câmera sempre em movimento, como se os planos-sequências nos encaminhasse para algo revelador e ao mesmo tempo nos preparando para algo pior. Numa determinada cena, por exemplo, vemos dois personagens deitados em uma cama, mas cuja câmera se afasta para focar a janela e já nos dando uma dica sobre o que acontecerá em seguida.

Mas o coração pulsante do filme se encontra na construção complexa dos seus personagens e dos quais são interpretados com tamanha energia pelos seus intérpretes. Quando achávamos que Leonardo DiCaprio já havia apresentado as suas melhores atuações eis que aqui ele novamente nos brinda com uma atuação complexa, cujo personagem transita entre o bom senso para o desejo de obter poder a todo custo, mas não escondendo o peso que está carregando ao longo do percurso. E como se isso já não bastasse eis que vemos a melhor atuação de Robert De Niro nestes últimos tempos.

Parceiro de Scorsese desde os tempos de "Taxi Drive" (1976), De Niro nos brinda com um personagem que nos passa a ideia sobre o que realizador quer nos passar ao longo da carreira. O personagem "Rei" de De Niro é um ser que sintetiza todo o lado sombrio de uma sociedade norte americana que esmagou os verdadeiros herdeiros dessa terra para obter as suas riquezas. O que mais espanta é o fato de tudo ser feito na surdida, o que não é muito diferente do que é visto na realidade, onde poderosos fazem tudo através da Justiça, mas da qual se encontra viciada e muito bem manipulada.

Portanto, o filme é um grande pedido de desculpas que o realizador faz para o do povo indígena, sendo talvez muito mais sincero e menos hipócrita do que já havia sido visto em obras como "Dança Com Lobos" (1990). Ao mesmo tempo, Scorsese não poupa o espectador com cenas fortes, onde mostra o homem branco se infiltrando neste povo de forma amistosa, mas que os elimina gradualmente na surdina. Porém, a expressão adoentada da personagem  Mollie Burkhart, interpretada brilhantemente pela atriz Lily Gladstone, representa a consciência desperta de um povo que sabe o que acontece a sua volta, mas não tendo forças para se defender perante tamanha selvageria.

Com tudo isso e muito mais, Scorsese encerra o seu épico de forma brilhante, onde não somente conta sobre o destino final dos respectivos personagens centrais da trama, como também o mesmo decide sair por detrás da câmera e jogar para fora o peso de culpa de uma parte da sociedade norte americana mais consciente. Além disso, o realizador usa velhos recursos em homenagem aos tempos dourados da rádio e ao mesmo tempo simbolizando todo o lado criativo de tempos mais antigos do cinema como um todo. Assim como nos filmes recentes de Wes Anderson, o diretor talvez esteja nos dizendo que é chegada a hora de deixar de lado os últimos avanços, porém vazios, tecnológicos de se fazer os filmes, retornar tudo à estaca zero e permitir que o cinema respire de novo.

"Assassinos da Lua das Flores" é cinema em sua total plenitude orquestrado por Martin Scorsese e fortalecendo a nossa esperança pelo  da sétima arte. 


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS 19 a 25 DE OUTUBRO

 EM CARTAZ:

MEU NOME É GAL

Brasil/Drama/90min

Direção: Dandara Ferreira e Lô Politi

Sinopse: Meu Nome é Gal acompanha de perto e de dentro o breve e efervescente momento da Tropicália, o principal movimento da contracultura no Brasil, responsável pela maior mudança musical e comportamental que o país já viveu. Gal Costa foi a principal voz feminina do Tropicalismo mas, para isso, precisou se libertar das amarras de uma timidez que quase a impediu de seguir sua vocação inequívoca. Com sua presença, sua atitude, seu corpo e sua voz, Gal Costa transformou a música brasileira e também toda uma geração, principalmente de mulheres. O filme mostra como ela e seus companheiros Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Jards Macalé, Tom Zé e Wally Salomão, ainda muito jovens, enfrentaram a dificuldade de serem tão vanguardistas em meio ao conservadorismo e à violência impostos pela ditadura militar no Brasil.

Elenco: Sophie Charlotte, Rodrigo Lellis, Camila Mardila, Luis Lobianco, Dan Ferreira, Dandara Ferreira, Chica Carelli e George Sauma



ELIS E TOM - SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ

Brasil/Documentário/ 2023/101min.

Direção: Roberto de Oliveira      

Sinopse: "Elis & Tom" é o nome do álbum considerado um dos mais importantes na história da música brasileira. A gravação aconteceu em Los Angeles, no início de 1974, e as imagens foram registradas em película pela equipe de cineastas liderada pelo diretor Roberto de Oliveira, idealizador do encontro. Os rolos originais das filmagens ficaram guardados por 45 anos até serem restaurados e remasterizados em 2018. São essas imagens raras e inéditas que conduzem o documentário musical.

Elis e Tom, Só Tinha de Ser Com Você mostra os bastidores e todos os dramas e tensões que cercaram as gravações do álbum a ponto de o projeto quase ser interrompido. No fim, no entanto, a força da música se sobrepõe e conduz Elis Regina, Tom Jobim e um grupo de jovens músicos talentosos a uma obra-prima.

No documentário, o espectador é levado numa viagem no tempo, participando de momentos de conflito e também de pura alegria, revelando momentos íntimos do processo criativo e das personalidades extraordinárias desses artistas. A produção é também um emocionante reencontro do diretor com os artistas e o material filmado há quase cinco décadas.

Elenco: André Midani, Roberto Menescal, Roberto de Oliveira, Nelson Motta, Wayne Shorter, Ron Carter, Jon Pareles, João Marcelo Bôscoli, Cesar Camargo Mariano, Beth Jobim, Humberto Gatica, Hélio Delmiro, Paulo Braga.

A ILHA DOS ILUS

Brasil/animação/80 min.

Direção: Paulo Miranda

Sinopse: Pocó está pronto para nascer e viver o melhor dia da sua vida de cachorro! Porém, é enviado para uma família errada obrigando ele a voltar para a Ilha dos Ilús, local mítico onde todos os animais vivem antes de nascerem. Inconformado, Pocó quer conhecer sua verdadeira família, mesmo que, para isso, precise descobrir a todo custo uma passagem secreta, que somente Rinco, o líder do clã dos animais rejeitados, sabe encontrar. Sua melhor amiga Oli o ajuda nessa jornada, mesmo Pocó nem imaginando que ela é uma espiã da Gakra, uma réptil maligna que pretende invadir a ilha e sacudir com todo o reino animal.

HORÁRIOS CINEBANCÁRIOS 19 A 25 DE OUTUBRO (NÃO HÁ SESSÕES NAS SEGUNDAS-FEIRAS):


15h: A ILHA DOS ILUS

17h: ELIS E TOM- SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ

19h : MEU NOME É GAL


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.


ATENÇÃO: NAS QUINTAS-FEIRAS TODOS PAGAM MEIA ENTRADA EM TODAS AS SESSÕES! CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email:cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

domingo, 22 de outubro de 2023

Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 19 A 25 DE OUTUBRO DE 2023

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

Nossa nova cinesemana traz uma programação mais do que especial! Pela primeira vez, Porto Alegre recebe uma edição do Festival In-Edit, que reúne documentários musicais de vários países. São 24 filmes, a maioria inéditos nos cinemas, e que serão exibidos com entrada franca nas salas Paulo Amorim e Eduardo Hirtz. Outra novidade é o longa ELAS POR ELAS, um longa assinado por sete diretoras de diferentes nacionalidades e que contam histórias de superação protagonizadas por mulheres em países como Índia, Estado Unidos, Itália e Japão.

Seguem em cartaz alguns sucessos de público desta temporada, incluindo ESTRANHA FORMA DE VIDA, de Pedro Almodóvar; ELIS & TOM, de Roberto de Oliveira, e RETRATOS FANTASMAS, de Kleber Mendonça Filho. Esta é a última semana para conferir o longa NOSTALGIA, indicado pela Itália para concorrer ao Oscar de filme internacional.


Confira a programação completa e o portal do cinema gaúcho em

www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


15h – ELIS & TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 100min). Documentário de Roberto de Oliveira. O2 Play, 12 anos.

Sinopse: Lançado em 1974, "Elis & Tom" é um dos discos mais importantes da história da música brasileira. As gravações deste encontro entre Elis Regina e Tom Jobim ficaram guardadas por mais de quatro décadas e ganham às telas dos cinemas depois de um cuidadoso processo de restauração e remasterização. Além de clássicos como “Águas de Março”, Chovendo na Roseira” e “Modinha”, o público vai conhecer os bastidores no estúdio, incluindo algumas tensões e um pouco do processo criativo destes monstros sagrados da nossa música. A produção é também um reencontro emocionante do diretor com amigos e com os artistas envolvidos no projeto.


17h – ESTRANHA FORMA DE VIDA Assista o trailer aqui.

(Strange Way Of Life - Espanha/França, 2023, 83min). Direção de Pedro Almodóvar, com Ethan Hawke, Pedro Pascal, Manu Rios. O2Play/Mubi, 14 anos. Drama.

Sinopse: Depois de 25 anos, o rancheiro Silva resolve visitar seu velho amigo Jake, que é o xerife de Bitter Creek. Eles passam uma tarde de intimidades, reconciliação e lembranças - mas, no dia seguinte, as conexões com um crime do passado sugerem que há muito mais no encontro entre eles. Na versão para os cinemas, o média-metragem de 30min será exibido junto com uma entrevista exclusiva de Pedro Almodóvar.


FESTIVAL IN-EDIT


19 DE OUTUBRO, QUINTA

19H - HAVE YOU GOT IT YET? THE STORY OF SYD BARRETT AND PINK FLOYD


20 DE OUTUBRO, SEXTA

19H - TANGOS E TRAGÉDIAS PARA SEMPRE *

* Sessão seguida de bate-papo com o diretor Aloísio Rocha e o músico Hique Gomez.


21 DE OUTUBRO, SÁBADO

19H - ELIS & TOM, SÓ TINHA DE SER COM VOCÊ


22 DE OUTUBRO, DOMINGO

19H - MIÚCHA, A VOZ DA BOSSA NOVA


24 DE OUTUBRO, TERÇA

19H - LICHT: STOCKHOUSEN’S LEGAY


25 DE OUTUBRO, QUARTA

19H - LUPICÍNIO RODRIGUES - CONFISSÕES DE UM SOFREDOR *

* Sessão apresentada por Lupicínio Rodrigues Filho e seguida de pocket-show.


SALA EDUARDO HIRTZ


FESTIVAL IN-EDIT

A cidade de Porto Alegre recebe, pela primeira vez, uma edição do In-Edit Brasil - Festival Internacional do Documentário Musical, que há 15 anos é realizado em São Paulo, onde se tornou um dos destaques da agenda cultural da cidade. Na capital gaúcha, o Festival acontece de 19 a 25 de outubro, na Cinemateca Paulo Amorim, com entrada gratuita em todas as sessões, shows e bate-papos.

A programação conta com títulos nacionais e internacionais que contam histórias sobre Elis Regina e Tom Jobim, Miúcha, Fausto Fawcett, Lupicínio Rodrigues, Heitor Villa-Lobos, Tangos e Tragédias, CAN, Syd Barrett e Pink Floyd, o maestro alemão Stockhausen, a gravadora independente Elephant 6, e muito mais.

Além das exibições dos filmes, o festival promove também um bate-papo com o diretor Aloísio Rocha e o músico Hique Gomez, após a sessão do documentário Tangos e Tragédias Para Sempre, no dia 20/10. Já no dia 21/10 às 21h, é o guitarrista Marcelo Gross, ex-integrante da banda Cachorro Grande, quem faz uma apresentação especial após a exibição do documentário Carmine Street Guitars. No encerramento, o cantor Lupicínio Rodrigues Filho, o Lupinho, apresenta um show intimista em que homenageia seu pai.


19 DE OUTUBRO, QUINTA

15H30 - DE VOCÊ FIZ MEU SAMBA

17H30 - MOA - RAIZ AFRO MÃE

19H30 - OMARA


20 DE OUTUBRO, SEXTA

15H30 - REGGAE RESISTÊNCIA

17H30 - FAUSTO FAWCETT NA CABEÇA

19H30 - THE ELEPHANT 6 RECORDING CO.


21 DE OUTUBRO, SÁBADO

15H30 - FAMOUDOU KONATE - THE KING OF DJEMBE

17H30 - SONIC FANTASY

19H30 - CARMINE STREET GUITARS


22 DE OUTUBRO, DOMINGO

15H30 - VILLA-LOBOS EM PARIS

17H30 - MUSIC FOR BLACK PIGEONS

19H30 - LOUDER THAN YOU THINK


24 DE OUTUBRO, TERÇA

15H30 - ÓPERA CABARÉ CASA BARBOSA

17H30 - LA DANZA DE LOS MIRLOS

19H30 - PEIXE ABISSAL


25 DE OUTUBRO, QUARTA

15H30 - OTAVIO III - O IMPERADOR

17H30 - FREVO MICHILES

19H30 - CAN AND ME


SALA NORBERTO LUBISCO


14h45 – RETRATOS FANTASMAS Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2023, 91min). Documentário de Kleber Mendonça Filho. Vitrine Filmes, 12 anos.

Sinopse:  O quinto filme do diretor é uma visão pessoal sobre memória e cotidiano. A partir de materiais de arquivo, próprios e pertencentes a instituições, ele costura lembranças sobre o apartamento onde cresceu e sobre os antigos cinemas de rua de Recife, o que acaba revelando algumas verdades sobre a vida em sociedade. O documentário estreou no Festival de Cannes, em maio, e foi o filme de abertura do Festival de Cinema de Gramado 2023.


16h30 – NOSTALGIA Assista o trailer aqui.

(Nostalgia - Itália, 2022, 118min). Direção de Mario Martone, com Pierfrancesco Favino e Tommaso Ragno. Pandora Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse:  Depois de 40 anos, Felice volta ao lugar onde nasceu, no centro de Nápoles. Ele reencontra sua mãe, suas lembranças, alguns antigos amigos e descobre que muitos códigos do seu antigo bairro ainda são os mesmos. O filme é baseado no romance homônimo de Ermanno Rea e competiu pela Palma de Ouro no Festival de Cannes. Também foi o título indicado pela Itália para concorrer ao Oscar de filme internacional.


18h45 – ELAS POR ELAS - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Tell It Like a Woman – Itália/Estados Unidos, 2022, 112min). Direção de Silvia Carobbio, Catherine Hardwicke, Taraji P. Henson, Mipo Oh, Lucía Puenzo, Maria Sole Tognazzi e Leena Yadav. Elenco formado pelas atrizes Marcia Gay Harden, Eva Longoria, Freida Pinto, Leonor Varela, Margherita Buy, Andrea Vergoni, Jennifer Hudson, Jennifer Ulrich. A2 Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse:  O filme reúne sete histórias dirigidas e protagonizadas por mulheres em lugares tão diferentes quanto Estados Unidos, Índia, Japão ou Itália. Em cada curta-metragem, as mulheres vivem episódios sobre amizade, desafios profissionais, preconceito, maternidade, família ou violência doméstica que exigem determinação e coragem.  O filme é uma iniciativa da associação We Do It Together e o objetivo é transmitir mensagens de empoderamento e unidade feminina.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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sexta-feira, 20 de outubro de 2023

Cine Especial: 'Amor a Queima Roupa - 30 Anos Depois'

Quando se fala o nome de Quentin Tarantino logo vem à mente violência, sangue, história não linear e muito diálogo interligado com a cultura pop. O realizador mudou a cara do cinema independente norte americano no início dos anos 90 a partir do seu clássico "Cães de Aluguel" (1992) e colocando o mundo no seu bolso com a sua obra prima "Pup Fiction" (1994). Porém, para chegar esse ponto, o ex-balconista de vídeo locadora precisou colocar em prática certos sacrifícios.

Antes de ganhar o seu status Tarantino tinha um grande roteiro e do qual o mesmo foi dividido para quatro filmes ao longo do tempo. Uma parte desse roteiro foi intitulado "Amor a Queima Roupa" (1993) e do qual foi vendido para a Warner. Com o dinheiro adquirido pela venda o cineasta teve a chance de dirigir na sua maneira "Cães de Aluguel" e o resto é história.

Porém, o mundo cinematográfico talvez não estivesse preparado para a sua visão autoral sobre um grupo de assaltantes e com a sua mala de diamantes, pois o mesmo foi aplaudido no festival de Cannes da época e saindo dali consagrado de forma definitiva. Ao testemunharem isso e se dando conta do potencial em mãos, a Warner decidiu escalar o diretor Tony Scott, que na época ainda colhia os louros do sucesso pelo seu "Top Gun" (1986), para dirigir "Amor a Queima Roupa". Sendo autor do roteiro, Tarantino foi convidado também para a realização do filme e o que vemos é a mistura de dois grandes autores em cena.

Vários anos depois do seu lançamento é curioso observar que o filme possui alma própria, mesmo tendo sido criada por dois diretores com visões distintas. Não me surpreenderia se houvesse atritos durante a realização, mas acredito eu que na época Tarantino estava mais preocupado na realização do seu "Pup Fiction" do que qualquer outra coisa. Portanto, as cenas de ação em câmera lenta, por vezes, na diagonal e com fotografias de cores quentes sintetizam a visão de Scott e da qual possui familiaridade com outras obras suas como "Dias de Trovão" (1990).

Porém, é notório que estamos diante do universo de Tarantino, principalmente quando os personagens começam a discursar sobre determinados assuntos, desde aos momentos históricos como também referente ao universo dos filmes e da música pop. O jovem Clarence Worley (Christian Slater) já na abertura do filme começa a falar direto sobre Elvis, ao ponto dele se destacar se caso estivesse no meio de uma multidão. A partir do momento em que conhece a garota de programa Alabama (Patricia Arquete) é então que temos uma dimensão maior sobre ele, sendo um fanático por filmes de ação e HQ. A meu ver, assim como inúmeros personagens que o cineasta havia criado, Clarence é uma espécie de Avatar em que Tarantino usa para disparar sobre o seu verdadeiro ser, seja com relação ao que realmente gosta e que compartilha para todos nós e não importando com as consequências.

Curiosamente, Alabama é citada em um determinado ponto da história de "Cães de Aluguel" pelo personagem de Harvey Keitel e confirmando essa interligação que ele liga os seus filmes mesmo podendo compreendê-los separadamente. O longa em si não deve nada se comparada a outras histórias de amor policial vistas em outras obras, já que Clarence e Alabama seriam uma espécie de Bonnie e Clyde, mas que diferente desse famoso casal de assaltantes, eles procuram não roubar, mas sim desfrutar de uma intensa história de amor e aniquilar toda a dor e violência que afligia Alabama. É em meio a essa matança e a violência que surge a maleta cheia de cocaína e que fará o casal entrar em uma cruzada indefinida.

Vale destacar que, assim como outros títulos tarantinescos, o filme possui uma penca de astros que inclui Brad Pitt, Dennis Hopper, Val Kilmer, Gary Oldman, Christopher Walken, Samuel L. Jackson e Chris Penn. Curiosamente, a maioria participa da trama de forma breve, mas cada um deixa a sua marca ao ponto de nos lembrarmos facilmente dos seus respectivos personagens. Não há como negar que a cena do interrogatório de Christopher Walken com Dennis Hopper é pesada, incomoda e ao mesmo tempo perfeita.

Já a figura do Elvis se torna uma peça dominante dentro da vida de Clarence, ao ponto que ele conversa com o astro diversas vezes e fazendo a gente se perguntar se tudo não passa de um delírio dele. Embora quase não apareça o seu rosto, Val Kilmer surpreende na pele do rei do Rock e entrando facilmente na galeria de inúmeros atores que interpretaram o artista ao longo dos anos. Não me surpreenderia que essa relação de ídolo com fã serviu de inspiração para que o roteirista Garth Ennis criasse a sua HQ "Preacher", sendo que lá o protagonista possuía uma relação parecida com o seu ídolo John Wayne.

Não há exatamente heróis ou vilões na história, mas o roteiro colabora de nós ficarmos ao lado do casal central até o fim, já que os personagens interpretados por Gary Oldman, Christopher Walken e James Gandolfini são figuras que a gente teme desde as suas primeiras cenas, sendo que o último protagoniza uma cena de extrema violência contra Alabama dentro de um motel e rendendo um dos momentos mais fortes do longa. Claro que nada se comparada ao verdadeiro banho de sangue que ocorre no final do terceiro ato e cuja visões de Tarantino e Tony Scott se fundem como um todo.

Na época do seu lançamento o filme não rendeu para o estúdio, ao ponto de ser considerado um enorme fracasso. Porém, com o advento de Quentin Tarantino, muitos fãs ficaram procurando nas locadoras mais sobre o realizador e "Amor a Queima Roupa" estava lá sempre em uma prateleira como se não quisesse nada. Não demorou muito para que a obra ganhasse o status de cult, não somente graças ao nome Tarantino, como também o fato de as locadoras terem tido o papel fundamental para isso.

Trinta anos já se passaram e afirmo em dizer que "Amor a Queima Roupa" é um dos melhores filmes cults dos anos noventa, talvez a obra máxima de Tony Scott e que carrega o sangue de Quentin Tarantino na veia. 

Nota: Recentemente lançado em uma edição em Blu-Ray pelo "Obras Primas do Cinema".

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Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (20/10/23)

 ASSASSINOS DA LUA DAS FLORES

Sinopse: Os assassinatos dados a partir de circunstâncias misteriosas na década de 1920, assolando os membros da tribo Osage, acaba desencadeando uma grande investigação envolvendo o poderoso J. Edgar Hoover, considerado o primeiro diretor do FBI.



97 MINUTOS

Sinopse: Um 767 sequestrado cairá em apenas 97 minutos quando o combustível acabar. Contra a forte vontade do vice-Toyin da NSA, o diretor da NSA Hawkins se prepara para derrubar o avião antes que cause qualquer dano catastrófico no solo, deixando o destino dos passageiros inocentes nas mãos de Alex, um agente disfarçado da Interpol que foi incorporado na cela terrorista.


ELAS POR ELAS

Sinopse: Este é um filme antológico composto por sete contos cujo denominador comum é a representação de protagonistas femininas. Cada uma dessas mulheres tão diferentes enfrenta um desafio particular em sua vida com extrema determinação e coragem que as tornam mais fortes e autoconscientes.


O LIVRO DOS SONHOS

Sinopse: Que conta a história de Thelma Carrez (Alexandra Lamy), mãe de Louis (Hugo Questel), um garoto que entra em coma após ser vítima de um atropelamento. Certo dia, Thelma encontra o diário do filho e, nele, uma lista com “10 coisas para fazer antes do fim do mundo”. Então, ela decide sair em uma jornada para realizar os desejos de Louis, na esperança de que, ao ouvir as histórias sobre as aventuras da mãe, o rapaz irá finalmente acordar. E ao realizar os sonhos de um adolescente aos 40 anos de idade, a própria Thelma também acaba vivendo momentos mais incríveis do que imaginou. 


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quarta-feira, 18 de outubro de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Meu Nome É Gal'

Sinopse: A trajetória de Gal Costa, uma menina tímida que desde muito cedo soube que a música guiaria seus caminhos. 

Gal Costa pertence aos pilares da música brasileira, da qual a sua voz fez a diferença em tempos mais conservadores e cuja possibilidade de ser um artista requeria coragem. Ao soltar a voz e mostrar a sua cara se revelou alguém que ia muito além daquela jovem tímida que sonhava ser uma cantora, mas mal imaginando os rumos que isso tudo levaria. "Meu Nome é Gal" (2023) fala somente de uma parte sobre a sua vida, mas sendo o suficiente para revelar a sua essência.

Dirigido por Dandara Ferreira e Lô Politi, o filme é uma cinebiografia da cantora Gal Costa (Sophie Charlotte), onde acompanhamos a trajetória de Maria da Graça Costa Penna Burgos antes de se tornar a famosa cantora. Sempre tímida quando criança, Gal decidiu se arriscar na vida e se mudar para o Rio de Janeiro aos seus 20 anos de idade. Coincidentemente em uma das cidades mais bonitas do país, a cantora acaba encontrando amigos como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Dedé Gadelha, que acompanham os primeiros passos de Gal na música profissional no final da década de 1960.

O início do filme pode decepcionar para aqueles fãs que esperam enxergar na versão cinematografia toda a intensidade que a cantora exibia nos palcos. Porém, o que vemos na tela é uma Gal ainda dentro do casulo, onde não sabia ao certo quando se liberar para o mundo, mas que aos poucos foi bater asas para o universo da música como um todo.  É bem da verdade que a atriz Sophie Charlotte não é muito parecida com a Gal Costa que um dia conhecemos, sendo que os seus primeiros minutos em cena nos passa a sensação de que escolheram atriz errada e que não fazia jus a pessoa que foi a real artista.

Porém, talvez isso seja de forma proposital, para que a transformação daquela tímida jovem aos poucos vá acontecendo, ao ponto que a sua total plenitude se distancie do primeiro vislumbre que nós havíamos testemunhado. Neste último caso Sophie Charlotte surpreende a todos nós, ao ponto que a sua cena final ela se desprende de todas as suas amarras e se tornando, enfim, a Gal Costa que havíamos conhecido um dia. Pode não ser perfeita da maneira em que a gente queria, mas valeu o esforço pela sua conquista.

Fora isso, o filme é carregado de uma grande nostalgia para aqueles que apreciam a história e sobre movimentos que estavam gerando transformações na sociedade dos anos sessenta. Além de Gal, vemos os jovens Caetano Veloso, Gilberto Gil, Dedé Gadelha, Maria Bethânia e tantos outros artistas que formariam o movimento "Tropicália" e cuja suas letras fariam com que a música brasileira fosse notada no mundo a fora. É claro que nem tudo foram Flores nesta jornada.

Tanto Gal como os demais artistas viram a represaria comandada pela Ditadura Militar da época e fazendo com que boa parte deles fugissem para outros países. Curiosamente, os realizadores Dandara Ferreira e Lô Politi procuram transitar entre a reconstituição de época para filmes de arquivo e potencializando assim para um ar quase documental dentro da obra como um todo. Vale destacar as cenas em super-8 que, embora não sejam verdadeiras da época, elas sintetizam tempos mais dourados, mesmo com a tensão em volta como um todo.

O filme, portanto, é uma pequena mostra de um período tenebroso em que o nosso país estava passando, mas cuja vozes de alguns fizeram a diferença e se tornando verdadeiros símbolos de resistência. Em tempos atuais em que os brasileiros convivem com a música sertaneja universitária a exaustão, é sempre bom voltarmos a respirar quando ouvíamos música de verdade e que tinha muito a dizer sobre o que acontecia em nosso país e despertando para o mundo real que devemos enxergar. Gal partiu, mas a sua voz ficou para nos acordar da alienação.

"Meu Nome é Gal" é uma pequena parte da carreira dessa grande artista, mas que fala sobre o que realmente vale a pena ouvir de nossa música e para assim despertarmos e defendermos o que realmente importa. 


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