Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

sexta-feira, 18 de abril de 2025

Cine Dica: Sessão Clube de Cinema (19/04) - "Oeste Outra Vez" na Cinemateca Paulo Amorim

Neste sábado, nosso encontro será às 10h15 na Cinemateca Paulo Amorim para assistirmos Oeste Outra Vez, novo longa de Erico Rassi. Ambientado no sertão de Goiás, o filme revisita o universo do faroeste — mas em vez de mocinhos e bandidos, vemos homens comuns, marcados por perdas e pela incapacidade de lidar com suas próprias fragilidades. Com um olhar afiado e um senso de humor mordaz, Rassi transforma o sertão num cenário mítico e cruel, onde a masculinidade é desmontada gesto a gesto.


Confira os detalhes da sessão:

SESSÃO SÁBADO CLUBE DE CINEMA

📅 Data: Sábado, 19/04/2025, às 10h15 da manhã

📍 Local: Sala Eduardo Hirtz – Cinemateca Paulo Amorim (Rua dos Andradas, 736 – Centro Histórico, Porto Alegre)


Oeste Outra Vez

(Brasil, 2024, 98 min, 14 anos)

Direção: Erico Rassi

Elenco: Adanilo, Ângelo Antônio, Tuanny Araújo, Babu Santana

Sinopse: No sertão de Goiás, homens brutos que não conseguem lidar com suas fragilidades são constantemente abandonados pelas mulheres que amam. Tristes e amargurados, eles se voltam violentamente uns contra os outros.

Sobre o filme: O gênero faroeste não exclusivo do cinema norte americano, sendo que o Western spaghetti vindo da Itália não somente revitalizou o mesmo, como também serviu de forte inspiração para realizadores que se destacariam posteriormente. Na época do nosso Cinema Novo, por exemplo, o diretor Glauber Rocha surpreendeu a todos com a sua obra prima "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964) e cuja trama possuía elementos tradicionais do faroeste em meio aos costumes do nosso sertão. Eis que então chegamos a "Oeste Outra Vez" (2024) obra que explora ainda mais esses elementos e se destaca pelo seu teor psicológico.

Dirigido por Erico Rassi a trama é ambientada no sertão de Goiás, onde acompanhamos a história de Totó (Ângelo Antônio) e Durval (Babu Santana), cuja trajetória se entrelaça de forma trágica. Eles são abandonados pela mesma mulher, fazendo com que a rivalidade entre ambos se torne inevitável. A partir daí, ambos começam a se caçarem um ao outro em meio ao dia a dia de um sertão esquecido por Deus.

Confira a minha crítica completa já publicada clicando aqui. 

     Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  

Instagram: @ccpa1948 

 
Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin Instagram e Tik Tok 

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Cine Dica: Streaming - 'THE PITT'

#thepitt

Sinopse: Trama cobrirá uma hora de um único turno de emergência de 15 horas no fictício Pittsburgh Trauma Medical Hospital.

Tanto "Plantão Médico" como "Grey's Anatomy" foram séries que despertaram o interesse do público em acompanhar tramas em que se passa em uma emergência. Mas, por mais que tenham se tornado um sucesso do público, ambas se estenderam por demais em inúmeras temporadas e fazendo com que os roteiristas perdessem o seu foco que era mostrar o dia a dia de um ambiente de trabalho como esse. "The Pitt" (2025) foca na proposta principal ao explorar o que de fato acontece em uma emergência em um dia qualquer.

Criada por R. Scott, a série de um total de 15 episódios explora em tempo real o que acontece em uma ala de emergência. Dr. Michael "Robby, interpretado pelo ator Noah Wyle é o encarregado de liderar a equipe em seu turno, além de supervisionar jovens que ainda estão estudando a medicina. No decorrer das horas diversos casos são atendidos e em situações que exige total controle.

Não demora muito para fazermos uma comparação com a série "24 Horas", já que o formato é similar, pois a trama é apresentada em tempo real. Se por um lado já estamos acostumados com esse tipo de formato, do outro, ficamos impressionados com os diversos acontecimentos que vão acontecendo, desde aparecerem pacientes precisando de ajuda a todo momento, como também a maneira que é apresentado os personagens principais e de como eles terão que lidar com cada situação. Isso cria um ritmo quase frenético, onde não há quase descanso para os personagens e fazendo com que ficamos mais próximos a eles.

É preciso reconhecer o alto grau de verossimilhança injetada nas cenas cirúrgicas, mesmo quando elas aparentam serem absurdas quando são executadas, mas segundo médicos reais tudo ali é verdadeiro. Destaque para uma cena de parto e pelo seu realismo impressionante e que poucas vezes é visto na tv. Dificilmente em tempos de séries como "Plantão Médico" algo seria explorado com total realismo.

E como não poderia deixar de ser, cada personagem é muito bem construído para que a gente obtenha simpatia, ou até mesmo raiva. É fácil, por exemplo, ficarmos com raiva pelo lado atrevido e impulsivo da Dra. Santos, vivida pela atriz Isa Briones, para logo depois nós simpatizamos com ela a partir do momento que conhecemos a sua pessoa quando ela tenta defender uma jovem que pode ter sofrido abuso do próprio pai. Uma cena digna de nota é um exemplo de como se constrói ótimos personagens em cena.

Porém, o coração da série pertence ao personagem Dr. Michael "Robby, onde ele consegue passar profissionalismo, mas ao mesmo tempo o seu lado mais frágil do ser humano perante situações que é preciso ter sangue forte. Vemos, porém, que ele sofre com lembranças traumáticas dos tempos da Pandemia e fazendo com que nos aproximemos mais dele, pois todos nós sofremos com perdas naquela época. São esses momentos e outros no decorrer dos episódios que fazem conquistar a nossa atenção de imediato e fazendo a gente desejar por uma próxima temporada o mais rápido possível.

"The Pitt" é desde já uma das melhores e mais dinâmicas séries do ano, onde facilmente ficamos assombrados pelo seu realismo e por personagens extremamente humanos. 

Onde Assistir: MAX.

     Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  

Instagram: @ccpa1948 

 
Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin Instagram e Tik Tok 

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (17/04/25)

 PECADORES

Sinopse: Dispostos a deixar suas vidas conturbadas para trás, irmãos gêmeos (Jordan) retornam à sua cidade natal para recomeçar suas vidas do zero, quando descobrem que um mal ainda maior está à espera deles para recebê-los de volta.


TEMPO DE GUERRA

Sinopse: Novo filme de Alex Garland, Warfare se passa na Guerra do Iraque com uma trama inspirada nas memórias e experiências vividas pelo co-diretor Ray Mendonza, ex-fuzileiro naval do exército americano.


NAS TERRAS PERDIDAS

Sinopse: Baseada no conto homônimo de George. R. R. Martin, na trama uma rainha desesperada para obter o dom da transmutação toma uma ousada decisão ao invocar a temida e poderosa feiticeira Gray Alys (Jovovich) para ajudá-la a alcançar seu desejo. 


SNEAKS: DE PISANTE NOVO

Sinopse: Téo (Jottapê) e Beca são um par de tênis de grife que vivem protegidos em sua caixa, até que Edson, um jovem humilde com o sonho de se tornar jogador de basquete, os ganha em um sorteio. 


O Rei dos Reis 

Sinopse: Um pai conta ao filho a maior história já contada, e o que começa como um conto de ninar se torna uma jornada transformadora. Por meio de imaginação vívida, o menino caminha ao lado de Jesus, testemunhando Seus milagres, enfrentando Suas provações e entendendo Seu sacrifício final.


     Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  

Instagram: @ccpa1948 

 
Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin Instagram e Tik Tok 

Cine Dica: Programação da Cinemateca Paulo Amorim de 17 a 23 de abril de 2025

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

A cinesemana de 17 a 23 de abril traz um presente para os fãs do diretor David Lynch (1946 – 2025): o relançamento de CIDADE DOS SONHOS, uma de suas obras-primas, que volta aos cinemas em versão 4K.  Outra novidade nas nossas telas é BOLERO: A MELODIA ETERNA, da diretora Anne Fontaine, sobre a criação de uma das músicas mais famosas de todos os tempos. Acompanhando as comemorações do Dia dos Povos Indígenas, entra em cartaz o documentário KUNHÃ KARAI E AS NARRATIVAS DA TERRA, da diretora gaúcha Paola Mallmann.

O Fantaspoa - Festival de Cinema Fantástico de Porto Alegre seguem com quatro sessões diárias na Sala Paulo Amorim, oferecendo filmes do universo fantástico, indo da ficção-científica ao horror. Esta é a última semana para conferir três produções brasileiras: ONDA NOVA, um provocativo filme brasileiro dos anos 1980 protagonizado por Carla Camuratti; o documentário MILTON BITUCA NASCIMENTO, da diretora Flavia Moraes; e OESTE OUTRA VEZ, grande vencedor do Festival de Gramado 2024.

Confira a programação completa no site oficial da Cinemateca clicando aqui.

quarta-feira, 16 de abril de 2025

Cine Dica: Em Cartaz - 'As Aventuras de uma Francesa na Coreia'

#cinema

Sinopse: Uma mulher de meia-idade chamada Iris mergulha em dificuldades financeiras. Sem rumo em Seul, passa a ensinar francês para duas mulheres sul coreanas. 

Eu conheci Hong Sang-soo a partir do seu filme "A Visitante Francesa" (2012) em uma sessão qualquer da Cinemateca Capitólio, mas sendo o suficiente para ir atrás e conhecer mais sobre o cineasta. É fácil se apaixonar pela forma como ele dirige os seus filmes, já que eles transitam pelo naturalismo, onde vemos os seus protagonistas jogando conversa fora, mas sendo o suficiente para obter a nossa atenção no decorrer da trama. Em "As Aventuras de Uma Francesa na Coreia" (2024) o realizador retorna à parceria com a atriz Isabelle Huppert e logo se percebe que ela não é uma espécie de musa, mas sim o alter ego do próprio cineasta.

Na trama, acompanhamos uma mulher (Isabelle Huppert) chamada Iris que passa a ensinar francês para duas mulheres sul coreanas. No decorrer do tempo vemos ela acompanhar os habitantes de lá enquanto ela fica conhecendo locais onde desperta a sua curiosidade, mas ao mesmo tempo ficamos sabendo pouco sobre a sua própria vida. Em um determinado momento conhecemos alguém próximo a ela, mas revelando algo ainda mais peculiar na medida em que a trama avança.

No decorrer dos anos eu acompanhei de perto a obra de Hong Sang-soo, mesmo que alguns títulos ainda não tenham chegado ao Brasil, já que ele é um realizador que consegue fazer três ou até quatro filmes em um ano. O segredo desse feito está no fato que os seus longas são os mais simples possíveis, onde há iluminação e cenários naturais onde se passa a trama, mas sendo embalada com diálogos entre os protagonistas em meio a um café, cerveja e cigarros. Isso é destacado desde "Certo Agora, Errado Antes" (2015), filme que lhe deu maior projeção internacional, mas onde se destaca também o ingrediente da narrativa não linear e que aqui não é acentuado, mas sim utilizado em um determinado momento específico.

Basicamente somos jogados em meio a essa situação da protagonista ser, aparentemente, uma professora de língua francesa, mas que aos poucos vai revelando características peculiares, mas não muito diferentes dos seus parceiros em cena. Basicamente vemos os personagens extraírem para fora o seu ser interior em diálogos que até mesmo poderiam gerar certo atrito, mas que logo é contornado por outro assunto que surge do nada, mas que acaba se tornando bem-vindo para que as coisas continuem fluindo. Nós acabamos nos alimentando dessa naturalidade, principalmente em tempos em que estamos com a vista tão cansada do cinema norte americano e Hong Sang-soo nos dá esse colírio que é muito bem-vindo.

Isabelle Huppert, por sua vez, seria uma espécie de alter ego do cineasta, já que a sua personagem não se preocupa em dar explicações sobre si ou sobre qual o próximo rumo que irá dar, mas apenas prosseguindo em seguir em frente e desfrutar do ambiente onde ela está. Portanto, tanto o cineasta como a protagonista nos direcionam por momentos em que somente desfrutamos das cenas, onde o verde cheio de vida que aparece em diversos momentos, talvez simbolize uma energia que os personagens busquem no decorrer da trama, mas que não desfrutam de forma correta em meio a correria do dia a dia. A francesa, porém, se encontra ali aproveitando cada momento, sem se preocupar com o amanhã ou dar meras explicações sobre o seu real ser.

O ato final talvez frustre aqueles que esperam por alguma resposta, principalmente quando surge um personagem em cena que é próximo a protagonista, mas que também sabe pouco sobre ela. A meu ver esse personagem seria na realidade uma representação de nós em cena, que ficamos encantados pelo mistério em torno da personagem francesa, mas tendo somente o interesse de acompanhá-la para ver até onde ela irá em seguida. Infelizmente quando queremos mais Hong Sang-soo termina de forma brusca essa jornada e fazendo com que a história continue em nossas cabeças por longas horas.

Vencedor do Prêmio do Júri no Festival de Berlim de 2024, "As Aventuras de Uma Francesa na Coreia" é tudo que a gente espera de uma obra de Hong Sang-soo, sendo um olhar do mundo de acordo com a sua perspectiva e embarcamos para ver até onde isso chega. 

     Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  

Instagram: @ccpa1948 

 
Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin Instagram e Tik Tok 

Cine Dica: Cinema de Fluxo

Em 2002 um crítico da Cahiers du Cinéma, Stephane Bouquet, escreve um texto de título “Plano contra fluxo”. Sua tentativa era a de diferenciar cineastas que se guiam por uma composição pré-concebida do plano e outros, que deixavam-se guiar pelos acontecimentos do real em frente à câmera. Pouco tempo depois, outro Cahiers, Jean-Marc Lallanne, corroborava com a discussão, anunciando que o “horizonte estético do cinema contemporâneo tomaria a forma de um fluxo, um fluxo esticado, contínuo, um escorrer de imagens”. Novamente, a noção de “fluxo” é posta como uma contraposição do cinema contemporâneo aos instrumentos narrativos clássicos e a uma noção de encenação baseada na razão e no discurso.

Os anos passam e a ideia de Cinema de Fluxo ganha corpo na crítica cinematográfica e nos estudos acadêmicos de cinema. Contudo, a própria noção de Fluxo é sempre muito ambígua e varia conforme quem escreve e quais aspectos são levantados dos filmes. E o que há de comum em todos esses textos são justamente eles, os filmes e os cineastas. Então, o que é esse fluxo que percorre obras de países tão distintos e cineastas de origens tão diferentes como Abbas Kiarostami, Apichatpong Weerasethakul, Claire Denis, Lucrécia Martel e Wong Kar-Wai?

A hipótese do curso é a de que essa estética privilegia a passagem do tempo à sequência do relato, de modo que a narrativa é interrompida por intervalos de contemplação, seja a vista de uma montanha (Gerry, de Gus Van Sant), a chegada de um trem (Café Lumière, de Hou Hsiao-Hsien) ou um corpo que dança (Shara, de Naomi Kawase). São filmes que tendem à desdramatização da atuação e ao retrato de acontecimentos banais e cotidianos. Assim, estudar o Fluxo é percorrer as imagens e sons do cinema, e não as histórias que estão sendo contadas.

Saiba mais sobre o curso na página oficial do Cine Um clicando aqui e participe. 

terça-feira, 15 de abril de 2025

Cine Especial: Clube de Cinema - ‘As Pontes de Madison’

#clubedecinema #cinema

Nota: Filme exibido para os associados no dia 13/04/25 em comemoração aos 77 anos do Clube. 

“As Pontes de Madison”, é um dos filmes mais doces de Eastwood. Baseado no romance homônimo de Robert James Waller e roteirizado por Richard Lagravanese, conta a história de Francesca, uma dona de casa dedicada e esforçada que vive para satisfazer e organizar a vida dos dois filhos e do marido. Enquanto faz tudo por aquelas pessoas, como aprendeu que deveria, não recebe nada em troca, além da indiferença dos três.

Em uma das viagens do marido para exposições de animais, ela conhece Robert, um fotógrafo aventureiro, que já conhece quase todos os lugares do mundo e nunca se prendeu a mulher nenhuma. Os dois acabam se apaixonando e vivendo uma das histórias mais românticas do cinema. O amor proibido é, ao mesmo tempo, um amor maduro que supre carências e encanta.

Toda a informação que nos chega é em forma de flashback, através de cadernos anotados que foram encontrados pelos filhos de Francesca após sua morte. Enquanto eles vão lendo, os filhos vão se dando conta que a história de sua mãe pode dar novos rumos as suas vidas. Para viver o casal central da trama, Eastwood escolheu ele próprio e a ótima Meryl Streep, que soube nos passar o lado carente e frustrante de uma mulher de uma época, principalmente da região onde ela vivia, em que as mudanças de costumes não eram bem-vindos.

O papel de Francesca foi tão bem interpretado que Streep novamente foi indicada merecidamente a inúmeros prêmios, desde o Oscar de melhor atriz como também o Globo de Ouro de Atriz Drama. Junto com uma ótima trama, uma direção perfeccionista, o longa que se passa em 1965, conta com impressionante fotografia de Jack N Green, que consegue captar como um todo as singelas paisagens do Condado de Madison, em Iowa, e das pontes a que a trama explora. Destacando cores serenas e que se casam com perfeição com a decoração da casa, a fotografia sintetiza com relação ao que Richard e Francesca se envolvem. A casa é humilde, típica daquele interior como também as vestimentas dos protagonistas e fazendo com que embarquemos de um modo mais fácil com relação até mesmo com os costumes da época.

A bela trilha sonora de Lennie Niehaus, especialmente em sua música tema composta em parceria com Clint Eastwood, se alinha com os momentos especiais do casal. Niehaus evita tornar a trilha cansativa ao utilizar canções de época (Jazz) que tocam no rádio como as interpretadas por Johnny Hartman com sua voz grave e sempre lembrada. Um fato que se diferencia dos outros filmes românticos é com relação a idade do casal central.

Eastwood estava com seus 65 anos e Streep passava dos 40, ou seja, um amor maduro para uma audiência igualmente mais experiente. Porém, isso não fez com que espantasse o público mais jovem na época de sua estreia, mas é certo que o andamento mais gradual e a própria trama tendem trair um cinéfilo mais experiente. Algo digno de nota, já que esse público merece sim um lugar ao sol e merece apreciar uma obra como essa.

“As Pontes de Madison” é sem dúvida uma obra primorosa, linda, dolorida, bela e extremamente romântica.

     Faça parte:


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  

Instagram: @ccpa1948 

 
Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin Instagram e Tik Tok