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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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terça-feira, 8 de agosto de 2023

Cine Dica: Curso Panorama do Cinema Japonês

Poucas cinematografias despertaram tanto fascínio quanto a japonesa. Mesmo quando pouco conhecida, ou quando esse conhecimento limita-se apenas aos nomes mais famosos - Akira Kurosawa ou Takeshi Kitano, por exemplo - há sempre um grande interesse por trás das imagens compostas com um esmero que pode nos parecer estranho, mas jamais, nos grandes filmes, está alheio aos dramas que são narrados.

Seus maiores diretores, desde os grandes que começaram ainda no cinema mudo (Kenji Mizoguchi, Yasujiro Ozu, Mikio Naruse) aos mais celebrados entre os contemporâneos (Takeshi Kitano, Kiyoshi Kurosawa, Naomi Kawase, Hirokazu Koreeda), passando pelos mestres do pós-guerra (Akira Kurosawa, Masaki Kobayashi, Kaneto Shindo, Kon Ichikawa) e pelos rebeldes mais ou menos associados à nuberu bagu (Nagisa Oshima, Shohei Imamura, Seijun Suzuki, Kiju Yoshida), entre muitos outros, costumam ter algumas de suas obras nas listas de melhores filmes publicadas pelas mais conceituadas revistas.

O Curso

O curso Panorama do Cinema Japonês, ministrado por Sérgio Alpendre, vai propiciar o estudo dos cineastas mais destacados, passando pelos principais filmes da cinematografia japonesa, visando mostrar a riqueza e diversidade do cinema japonês em toda a sua história. Serão exibidos trechos de filmes e haverá leitura de textos importantes que trataram de filmes ou cineastas japoneses.

* MATERIAL *

Apostila

Certificado de participação


* APROVEITE O LOTE 1 COM VALOR PROMOCIONAL*


Ministrante: Sérgio Alpendre

Crítico e professor de cinema, jornalista, pesquisador, curador e consultor para textos. Escreve na Folha de S. Paulo, no site Leitura Fílmica e no blog pessoal “sergioalpendre.com”, entre outros veículos. É doutor em Comunicação pela UAM - SP, mestre em Cinema pela ECA-USP. Atualmente faz pós-doutorado em Comunicação na PUC-RS.

Curso

PANORAMA DO CINEMA JAPONÊS

de Sérgio Alpendre


Datas

12 e 13 de Agosto

(sábado e domingos)


Horário

14h30 às 17h30


Local

Cinemateca Capitólio

(Rua Demétrio Ribeiro, 1085 - Centro - Porto Alegre - RS)

INSCRIÇÕES / INFORMAÇÕES

https://cinemacineum.blogspot.com/2023/06/cinema-japones.html


Realização

Cine UM Produtora Cultural

Apoio

Cinemateca Capitólio


domingo, 6 de agosto de 2023

Cine Especial: Próximo Cine Debate - ‘O Preço da Família’

"O Preço da Família" é claramente um filme natalino que estreou fora de época, já que o longa chegou ao país no dia 19 de dezembro de 2022. Tirando essa questão, é mais uma obra família como tantas que chegam ao catálogo da Netflix. Na trama, Alessandra (Dharma Mangia Woods) e Emilio (Claudio Colica) se mudam para a cidade e deixam seus pais Carlo (Claudio Colica) e Anna (Claudio Colica) sozinhos, a vida muda para todos. Em poucos meses, os jovens esquecem seus pais: alguns telefonemas, aniversários perdidos, funerais perdidos. Mas a gota d’água para esses pais é saber que seus filhos não estarão por perto no Natal.

Para que possam passar a data perto dos filhos, os pais resolvem se fazer um desafio e inventam uma história de que herdaram 6 milhões de euros. Assim, eles acreditam que terão êxito, já que o dinheiro atrairia as ‘crianças’. E não deu outra. Antes de tudo, "O Preço da Família" não tem nada de original. Como citado acima, é uma obra para a família, daquelas histórias de superação que dialoga com o drama, mas foca muito mais na comédia, por vezes, cartunesca.

Dito isto, o longa escrito e dirigido por Giovanni Bognetti consegue o feito de divertir o cinéfilo em pouco mais de uma hora e meia. Porém, é um filme que fala sobre a questão das famílias cada vez mais estarem separadas hoje em dia devido os seus inúmeros afazeres e até mais se prestando aos bens materiais do que a família em si. É uma pena, portanto, que o filme não vá ainda mais a fundo sobre isso, mas talvez essa não tenha sido a principal proposta dos realizadores no fundo. É uma obra simples e direta, da qual irá agradar as famílias que se reúnem uma tarde de domingo, mas que logo será esquecido conforme o tempo vai passando. 

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sábado, 5 de agosto de 2023

Cine Especial: Revisitando ‘Bonequinha de Luxo’

Embora a "Nova Hollywood" tenha começado oficialmente em 1967 é notório que o cinema norte americano já dava sinais de maior ousadia e mudanças no início daquela década. Embora ainda com o Código Hays na espreita os realizadores foram inteligentes ao comandar obras que fugiam de um lugar comum e falando um pouco sobre o mundo em metamorfose naquele momento."Bonequinha de Luxo" (1961) não é somente um dos melhores filmes de todos os tempos, como também uma síntese sobre a solidão e busca pela felicidade que, por vezes, é árdua até ser alcançada.

Baseado na obra de Thurman Capote e dirigido por Blake Edwards, do clássico "A Pantera Cor de Rosa" (1963), o filme conta a história de Holly Golightly (Audrey Hepburn) uma garota de programa nova-iorquina que está decidida a casar-se com um milionário. Perdida entre a inocência, ambição e futilidade, ela toma seus cafés da manhã em frente à famosa joalheria Tiffany`s, na intenção de fugir dos problemas. Seus planos mudam quando conhece Paul Varjak (George Peppard), um jovem escritor bancado pela amante que se torna seu vizinho, com quem se envolve. Apesar do interesse em Paul, Holly reluta em se entregar a um amor que contraria seus objetivos de tornar-se rica.

Um dos fatores que levam um filme a se tornar um clássico não é somente por possuir um ótimo roteiro, como também cenas que nos passa algum significado. A cena inicial, por exemplo, onde testemunhamos a primeira aparição da protagonista é digna de nota, pois Holly a recém está voltando do seu último cliente e durante o trajeto a mesma começa apreciar a famosa loja Tiffany's de Nova York. Não é apenas apresentação da personagem, como também compreendemos naquele momento os seus sonhos e desejos em obter uma vida melhor, mesmo quando ela foge de alguns casos por medo em não saber ao certo se obterá ou não a felicidade que todos desejam.

Embora possamos rotulá-lo como uma comédia romântica seria o mesmo que facilitar as coisas, pois há uma forte carga dramática nas entrelinhas, principalmente com relação ao passado de Holly e as motivações que a levam a fugir de tudo e a todos. Porém, Paul seria uma espécie de peso para anivelar a balança em que a protagonista se encontra e fazendo com que ela procure enxergar uma outra realidade com relação ao amor, mesmo que na maioria das vezes ela negue para si. Curiosamente, Paul seria uma espécie de outro lado da mesma moeda, já que ele é um escritor fracassado e que acaba sendo sustentado por uma de suas amantes.

Embora tenha ficado marcado por ter realizado a franquia da "Pantera Cor de Rosa" Blake Edwards filmava como ninguém, principalmente quando fugia dos enquadramentos costumeiros do cinema norte americano daqueles tempos e nos brindando com algo que fugia do obvio. Na cena em que Holly e Paul estão caminhando na frente da Tiffany's há um plano-sequência pouco convencional para a época, onde vemos a dupla girar em círculos para somente depois se sentarem para conversar um pouco. É o cinema norte americano já querendo fugir do costumeiro e sendo algo fora do comum para aqueles tempos.

Mesmo com o Código Hays presente é notório que o realizador tenha ainda criado cenas ousadas, mas cujo lado explicito fique ainda na superfície. Há, por exemplo, uma grande festa na casa de Holly, mas da qual sentimos o ar de orgia nas entrelinhas e que certamente fosse refeita hoje tudo ficaria ainda mais ousado diga-se de passagem. O mesmo pode-se dizer sobre a possível bissexualidade da protagonista, da qual é aparentemente omitida, mas dando sinais claros em uma determinada cena em que ela e Paul estão em uma boate.

Mas se por um lado o filme é um clássico por ter sido lançado a frente do seu tempo, infelizmente não deixa de o mesmo estar preso a sua época, principalmente com algumas escolhas um tanto que errôneas. O ator americano Mickey Rooney, por exemplo, interpreta o vizinho japonês Mr Yunioshi, sendo que hoje seria completamente algo inviável para ser feito, mas que está ali encravado e que não pode ser mais retirado. O próprio realizador disse uma vez que se arrependeu da escolha, sendo que o personagem é o principal alvo de críticas negativas que o filme acaba recebendo hoje em dia.

Polêmicas à parte, revisitando o longa atualmente se percebe o do porquê alguns simbolismos terem se tornado tão icônicos. Audrey Hepburn simplesmente nasceu para interpretar a personagem, sendo que o seu figurino se tornou emblemático e fazendo da sua imagem um dos grandes símbolos da história do cinema. Não é à toa que a sua figura é sempre homenageada, seja em filmes e séries como no caso da recente "Big Little Lies" (2017).

Curiosamente, é um filme que possui todos os ingredientes das comédias românticas de sucesso, sendo que já temos uma vaga ideia de como será o encerramento da trama. Porém, é preciso dar os parabéns ao diretor Blake Edwards em saber conseguir cruzar o humor com momentos dramáticos, sendo que o ato final reserva muitos, principalmente quando o passado da protagonista lhe assombra e fazendo com que se dê conta que não adianta mais fugir das pessoas que ela ama. Portanto, a cena final é tocante, pois percebemos que, enfim, ela faz as pazes consigo mesma.

Com a inesquecível música "Moon River" cantada pela própria Audrey Hepburn, “Bonequinha de Luxo" não é somente uma das melhores comédias românticas de todos os tempos, como também uma representação das mudanças comportamentais que o cinema norte americano já estava começando a sentir naqueles tempos. 



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sexta-feira, 4 de agosto de 2023

Cine Dica: Próximo Clube de Cinema - 'Capitu e o Capítulo'

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.

SESSÃO CLUBE DE CINEMA 

Local: Espaço de Cinema, Sala 3, Bourbon Shopping Country

Data: 05/08/2023, sábado, às 10:15 da manhã


"Capitu e o Capítulo"

Brasil, 2021, 75min, 14 anos

Direção: Júlio Bressane 

Elenco: Mariana Ximenes,Vladimir Brichta,Enrique Díaz

Sinopse: Capitu e o Capítulo aborda de forma livre a obra de Machado de Assis, Dom Casmurro. Com a proposta de ser um ensaio, o longa apresenta a personalidade complexa de Capitu, em contraste com os diálogos inventivos de Bentinho, e o amor profundo que ele sente pela moça. A paixão visceral vista através de uma nova perspectiva. O enredo também trabalha com a inquietação dos sentimentos humanos, tal qual o ciúme primitivo de Bentinho, e todas as intrigas desenvolvidas por suas paranoias.

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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (03/08/2023)

 Loucas em Apuros

Sinopse: Quatro amigas viajam pela Ásia em busca da mãe biológica de uma delas, Ao longo do caminho, a viagem se torna uma experiência de união, amizade, pertencimento E deboche SEM LIMITES! Classificação indicativa 16 Anos. Contém conteúdo sexual, drogas, violência.


Megatubarão 2

Sinopse: Um mergulho exploratório nas profundezas do oceano de uma ousada equipe de pesquisa se transforma em caos quando uma operação de mineração malévola ameaça sua missão e os força a uma batalha de alto risco pela sobrevivência. Classificação indicativa 14 Anos. Contém violência.


The First Slam Dunk

Sinopse: Bem-vindo ao excitante mundo de SLAM DUNK e a esta emocionante e imperdível experiência cinematográfica no grande ecrã! O “velocista” e armador de Shohoku, Ryota Miyagi, sempre joga com inteligência e rapidez, correndo em círculos ao redor de seus oponentes enquanto finge compostura. Nascido e criado em Okinawa.



LUIZ CARLINI – GUITARRISTA DE ROCK

Sinopse: O filme conta a trajetória de um dos maiores guitarrista brasileiros, através de depoimento pessoal e de amigos e artistas como como Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura, Erasmo Carlos, Roberto Frejat, George Israel (Kid Abelha), Guilherme Arantes, Juba (Blitz), Kiko Zambianchi, Pepeu Gomes, Supla e Wanderlea.


GUERRA ENTRE HERDEIROS

Sinopse: As irmãs Macey (Toni Collette) e Savanna (Anna Faris) estão determinadas a garantir a tão desejada herança da família. Sem muita sorte e com uma cafeteria à beira da falência, elas bolam um plano perfeito para conquistar a confiança da tia Hilda (Kathleen Turner), uma matriarca autoritária e ranzinza que está doente. As irmãs só não esperavam que outros parentes teriam exatamente a mesma ideia.


MONET – MAGIA DE LUZ E ÁGUA

Sinopse: Uma excursão através dos museus onde as obras-primas de Monet, gênio do Impressionismo, estão expostas: o Museu Orangerie, o Museu Marmottan, o Museu Orsay, acabando na casa de Monet e nos jardins em Giverny.


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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 3 A 9 DE AGOSTO DE 2023

SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

DEPOIS DE SER CINZA,

A cinesemana de 3 a 9 de agosto traz quatro estreias nas nossas salas.

Dois filmes são gaúchos: CASA VAZIA, de Giovani Borba, ambientado na região do pampa, e DEPOIS DE SER CINZA, do diretor Eduardo Wannmacher, rodado em Porto Alegre e em cidades da Croácia. Outras novidades são o filme holandês ALÉM DO TEMPO, baseado nas memórias de uma mãe francesa; e DISCO BOY, uma coprodução entre França, Itália, Bélgica e Polônia. Seguem em cartaz alguns títulos que estão entre os preferidos do público: o francês O CRIME É MEU, de François Ozon; o português ALMA VIVA, de Cristèle Meira; o brasileiro MÁQUINA DO DESEJO, em homenagem a Zé Celso Martinez; e BLUE JEAN, de Georgia Oakley. E neste sábado temos uma sessão especial inclusiva, com a exibição de ALÉM DE NÓS com recursos de acessibilidades.


Confira nossa programação e o portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


14h45 – O CRIME É MEU Assista o trailer aqui.

(Mon Crime - França, 2023, 102min). Direção de François Ozon, com Nadia Tereszkiewicz, Rebecca Marder, Fabrice Luchini, Isabelle Huppert. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Madeleine é uma jovem atriz que assume o assassinato de um famoso produtor na tentativa de ficar famosa. Sua melhor amiga, a advogada Pauline, resolve defendê-la nos tribunais com a perspectiva de ganhar algum dinheiro. Elas se saem bem no suposto golpe, mas não demora muito para a verdade vir à tona. A peça que inspirou o filme estreou em 1934 na França e já foi adaptada duas vezes para o cinema: “Confissão de Mulher” (1937) e “A Mentirosa” (1946).  


(NÃO HAVERÁ EXIBIÇÃO NO SÁBADO, DIA 5)

Sessão especial inclusiva: – ENTRADA FRANCA


SÁBADO, DIA 5, ÀS 14h


ALÉM DE NÓS

(Brasil, 2022, 105min) Direção de Rogério Rodrigues, com Miguel Coelho, Thiago Lacerda, Clemente Viscaíno, Ida Celina. Panda Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Leo, um jovem peão de fazenda que nunca saiu de seu pequeno vilarejo no sul do Brasil, sofre duas grandes perdas no mesmo dia: é demitido e testemunha a morte do pai. O jovem, então, resolve realizar o último desejo de seu pai e viaja com seu tio Artur para a cidade do Rio de Janeiro, vivendo uma grande aventura de descobertas e transformações.

Exibição com recursos de acessibilidades, incluindo legendas, audiodescrição e Libras.


17h – ALÉM DO TEMPO - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Zee Van Tijd – Holanda, 2022, 115min) Direção de Theu Boermans, com Sallie Harmsen, Elsie de Brauw, Gijs Scholten van Aschat. A2 Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Lucas e Johanna vivem juntos sua paixão pelo mar e pelo filho Kai, de 5 anos. Mas o desaparecimento do menino faz o casal confrontar medos, angústias e culpas – levando à separação. Três décadas depois, a montagem de um espetáculo teatral promove o reencontro de Lucas e Johanna e permite um acerto de contas com o passado. O filme é baseado no livro “Un Enfant de La Mer”, em que a francesa Lucie Hubert conta a história da sua vida depois da perda do filho. A produção conquistou o prêmio do público no Festival de Milão 2022.


19h15 – DISCO BOY: CHOQUE ENTRE MUNDOS Assista o trailer aqui.

(Disco Boy – França/Itália/Bélgica/Polônia, 2023, 91min). Direção de Giacomo Abbruzzese, com Franz Rogowski, Morr Ndiaye, Laetitia Ky. Pandora Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Aleksei sai da Bielorússia com o sonho de viver na França, onde se junta à Legião Estrangeira. No Delta do Níger, Jomo luta contra as companhias petrolíferas que ameaçam sua aldeia e a vida de sua família. O destino promove o encontro entre estes dois homens jovens e de realidades completamente distintas, trazendo à tona sentimentos contraditórios. Marcado por alguns momentos sensoriais e quase fantásticos, o filme ganhou o prêmio de Contribuição Artística Excepcional no Festival de Berlim 2023, concedido à fotógrafa Hélène Louvart.

(NÃO HAVERÁ EXIBIÇÃO NA QUINTA, DIA 3)

QUINTA, DIA 3, ÀS 19h30 – ENTRADA FRANCA


CAVA

(Brasil, 21min) – curta-metragem de Karine Emerich e Hopi Chapman.

Sinopse: O filme destaca a trajetória do artista pelotense Wilson Cavalcanti, conhecido como Cava, abordando sua produção em gravura, pintura e desenho. São seis décadas de atuação à margem do mercado convencional de arte, com depoimentos do próprio artista e de amigos como Anico Herskovits, Gustavo Nakle, Julio Zanotta, Michelle Cavalcanti, Vera Chaves Barcellos, entre outros.

Seguida de debate com os diretores e convidados.


SALA EDUARDO HIRTZ


15h10 – ALMA VIVA Assista o trailer aqui.

(Portugal, 2022, 85min). Direção de Cristèle Alves Meira, com Lua Michel, Ana Padrão, Jacqueline Corado. Imovision, 12 anos. Drama.

Sinopse: A cada verão, a pequena Salomé, filha de imigrantes portugueses que vivem na França, vai passar férias em um vilarejo no interior de Portugal. Lá vive sua avó, com quem Salomé tem uma relação muito próxima e que é considerada bruxa pelos outros habitantes da aldeia.


17h15 – CASA VAZIA - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2019, 85min). Direção de Giovani Borba, com Hugo Noguera, Nelson Diniz, Roberto Oliveira. Panda Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Raúl é um homem simples, que vive na imensidão do pampa gaúcho. Ele sempre trabalhou como peão em fazendas, mas agora está desempregado e acaba se envolvendo com ladrões de gado que atuam na escuridão da noite. Ao mesmo tempo, descobre que foi abandonado pela mulher e pelos filhos. Estreia de Borba como diretor de longas, o filme ganhou os prêmios de melhor ator, roteiro, trilha sonora, desenho de som e fotografia na mostra gaúcha do Festival de Gramado 2022.


19h – DEPOIS DE SER CINZA - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2019, 92min). Direção de Eduardo Wannmacher, com João Campos, Elisa Volpatto, Suzy Messina. Boulevard Filmes, 16 anos. Drama.

Sinopse: Isabel, Suzy e Manuela são três mulheres que se envolveram com Raul em momentos e lugares distintos e têm opiniões bem diversas sobre ele. A história, que transita entre cidades do Brasil e da Croácia, faz um retrato dos relacionamentos contemporâneos, em um mundo onde as fronteiras estão cada vez mais esmaecidas. O filme marca a estreia de Wannmacher na direção de longas.


SALA NORBERTO LUBISCO


14h30 – MÁQUINA DO DESEJO – OS 60 ANOS DO TEATRO OFICINA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2021, 109min). Documentário de Joaquim Castro e Lucas Weglinski. Descoloniza Filmes, 16 anos.

Sinopse: Em homenagem à trajetória do Zé Celso Martinez Corrêa (1937 – 2023), o documentário mostra a revolução provocada pelo Teatro Oficina na cena cultural do país desde os anos tropicalistas. Os dois diretores mergulharam no precioso acervo audiovisual da Associação Teatro Oficina Uzyna Uzona para revisitar uma história que envolve personalidades como Caetano Veloso, Glauber Rocha, Lina Bo Bardi, Chico Buarque e Zé do Caixão e mistura arte e vida na busca de uma linguagem verdadeiramente brasileira sob o comando de Zé Celso. O filme foi visto em 10 festivais no Brasil e exterior, com vários destaques – incluindo o prêmio especial do júri no Festival de Cinema da Fronteira em 2021.


16h45 – BLUE JEAN

(Reino Unido, 2022, 97min). Direção de Georgia Oakley, com Rosy McEwen, Kerrie Hayes, Lucy Halliday. Synapse Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Inglaterra, final dos anos 1980. O governo conservador de Margaret Thatcher realiza uma campanha contra a população LGBT, incentivando a discriminação em locais públicos e ambientes de trabalho. Jean, uma professora de educação física lésbica, não se sente confortável com sua orientação sexual e prefere levar uma vida dupla – enquanto vários de seus amigos e amigas preferem confrontar o sistema. O filme foi o vencedor do prêmio do público no Festival de Veneza 2022.  


18h45 – A NOITE DO DIA 12 Assista o trailer aqui.

(La nuit du 12 - Bélgica/França, 2022, 115min). Direção de Dominik Moll, com Bastien Bouillon, Bouli Lanners, Théo Cholbi. Pandora Filmes, 14 anos. Drama policial.

Sinopse: Foi na noite de 12 de outubro que Clara, uma garota de 21 anos, foi assassinada. Aparentemente, ela não tinha inimigos - apenas se apaixonava facilmente. O detetive Yohan assume o caso e começa a se envolver emocionalmente com a vida da vítima, ampliando os interrogatórios e as suspeitas sobre o crime. Vencedor de quatro prêmios César (incluindo filme e direção), o filme é baseado em um capítulo do livro de Pauline Guéna, que acompanhou durante um ano uma equipe de polícia em Versalhes.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 2 de agosto de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Casa Vazia'

Sinopse: Raúl é um peão desempregado e pai de família. Na escuridão das noites, junta-se a um bando de ladrões de gado. Ao retornar de mais uma madrugada, encontra sua casa vazia. Sua mulher e filhos desapareceram. 

O gênero faroeste não se limita somente em território norte-americano, sendo que o próprio cinema brasileiro possui o seu bang e bang, mas de uma forma que se difere dos gringos. "Deus e o Diabo na Terra do Sol" (1964), por exemplo, falava sobre a luta do ser humano em meio as mudanças e cuja luta por um pedaço de terra perdura até nos dias de hoje. "Casa Vazia" (2021) lança uma visão curiosa sobre o Sul do Brasil, onde a luta não é mais entre o bem e mal como nos faroestes de antigamente, mas sim quem possui mais poder é o que vence.

Dirigido por Giovani Borba, o filme acompanha o peão desempregado e pai de família, Raúl, interpretado pelo ex-peão  Hugo Noguera, que vive isolado numa residência campesina. Sua mão de obra não é mais de tanta serventia aos donos da terra e as paisagens estão sendo desoladas pelo avanço das plantações de soja.

Segundo a revista Variety o filme é um verdadeiro neo-western, o que não foge muito da verdade, já que a obra possui ingredientes familiares que moldam o gênero a décadas, mas não escondendo um teor mais sombrio e pesado na medida certa. O filme começa de uma forma inquietante, onde ouvimos os gritos dos bovinos sendo massacrados e nos dando uma dimensão maior do horror que não é visto, porém, sentimos por dentro. É nesse cenário peculiar que temos então Raúl, do qual procura o seu lugar neste cenário que ele começa a desconhecer, já que os ventos da mudança ocorrem fortes e fazendo com que ele não saiba ao certo onde parar.

Giovani Borba procura criar através do seu protagonista um reflexo sobre a situação do pobrecimento da população em áreas agrícolas marcadas pelo avanço da tecnologia e das desigualdades sociais. Se nas grandes cidades a luta perante os avanços e a tecnologia já é sentida algum tempo aqui o problema está bem mais embaixo, mas que já acontecia há um bom tempo. Foi-se o tempo de muitas famílias ainda viviam no interior, sendo que a maioria atualmente mora agora nas grandes cidades enquanto as terras são tomadas por donos desconhecidos e fazendo os pastos infinitos serem somente territórios de cabeças de boi que são proibidos de serem tocados.

O protagonista, por sua vez, caminha em duas direções, tanto em ajudar aqueles que saqueiam os campos, como também ficando ao lado daqueles que se dizem cidadãos do bem e que não excitam ao atirar em qualquer vulto no escuro para evitar determinado roubo.  Raúl, portanto, fica vagando como um fantasma pelas redondezas, se tornando uma mera sombra de um passado mais dourado, mas que acabou desaparecendo aos poucos. Por não ser um ator profissional Hugo Noguera nos dá uma interpretação ainda mais verossímil, pois nos dá a entender que através das marcas do seu rosto possui inúmeras histórias para se contar cuja ficção vista aqui não está muito longe da verdade.

Ao mesmo tempo, Giovani Borba nos surpreende com um filme quase documental, principalmente quando a sua câmera passeia sem menor dificuldade em meio aquela sociedade do interior com poucos recursos, mas cuja sua cultura os fortalecem para continuarem existindo. Ao mesmo tempo é surpreendente o seu plano-sequência em um determinado momento da trama que ocorre na noite, sendo tremida, inquietante e nos dando uma sensação maior de realismo deslumbrante. Um momento de poucos segundos, mas que representa o potencial de um futuro cineasta autoral para dizer o mínimo.

Vencedor de 5 Kikitos e um Troféu Redentor, "Casa Vazia" é um faroeste contemplativo que se passa no sul do Brasil, mas cujo velho bang e bang não mais existe e sim pessoas comuns na sua luta pela busca de sua própria identidade.        

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