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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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sexta-feira, 14 de julho de 2023

Cine Especial: Revisitando 'Frances Ha'

O cinema independente norte americano teve o seu ápice nos anos noventa, principalmente quando Quentin Tarantino pegou o mundo de surpresa através do seu genial "Cães de Aluguel" (1990). Infelizmente estamos falando de Hollywood, da qual a mesma se deixa ser dominada por grandes estúdios e não permitindo que pequenos filmes obtenham um grande espaço. Contudo, "Frances Ha" (2012) parece que foi a válvula de escape para a revitalização dos pequenos estúdios, dos quais a criatividade vem em primeiro lugar ao invés da pirotecnia vazia e que cada vez mais contamina as grandes produções.

O filme foi dirigido por Noah Baumbach, mas a ideia partiu da atriz e hoje diretora Greta Gerwwig, realizadora do recente "Adoráveis Mulheres" (2019) e que comanda o aguardado "Barbie" (2023). Na realização do roteiro ela se inspirou em sua própria vida pessoal, onde a mesma frequentava antigamente apartamentos alugados através de amigos que cursavam a faculdade enquanto a mesma buscava por alguma realização que pudesse crescer na vida. Muito disso é colocado no filme e fazendo com que nos identifiquemos facilmente com a protagonista, pois todos nós buscamos pelos nossos sonhos, mas mal sabíamos que não seria fácil.

Frances não é uma personagem que gosta de mudanças, mas elas acontecem e fazendo com que a mesma tenha que pôr em prática diversos planos e dos quais ela nem imaginava que um dia sairiam da gaveta. Ela tem uma melhor amiga chamada Sophie (Mickey Summer), da qual possui os seus próprios desejos, mesmo indo contra as expectativas da protagonista. Uma vez testemunhando-a sozinha nós embarcamos em uma jornada pessoal, onde ela não sabe ao ser onde parar e, portanto, a vemos quase sempre correndo contra o relógio, mas ao mesmo tempo parando para ouvir o seu próximo.

O filme em si remete aos bons tempos do cinema francês Nouvelle Vague, onde na maioria dos filmes nos era apresentado tramas que mostrava a realidade francesa, onde os protagonistas conversavam, bebiam, fumavam e refletiam sobre as suas encruzilhadas com destinos indefinidos. Portanto, se algum momento você comparar esse filme com clássicos como "Os Incompreendidos" (1959), não se surpreenda, pois, a intenção dos realizadores era exatamente essa. Com uma fotografia em preto e branco, o filme foi para época algo incomum em tempos em que o cinema norte americano cada vez se encontra mais preso em suas franquias intermináveis e sempre não parando para realizar algo mais humano e reflexivo.

Com uma bela atuação, Greta Gerwig quebrou com a sua personagem alguns tabus que o cinemão por lá insiste em pôr em prática com relação a personagens femininas, já que Frances não representa nenhum padrão que a maioria espera, mas sim uma garota que procura saber o seu lugar na vida, mesmo que, por vezes sozinhas. Portanto, seja homem ou mulher, é um filme que você se identifica muito mais facilmente do que um herói de ação moldurado por efeitos visuais, já que aqui é o mundo real falando mais alto e sendo ele muito mais complexo do que qualquer outro multiverso. Não é à toa, portanto, que Greta Gerwig viria a se tornar uma das poucas diretoras a concorrer ao Oscar de melhor direção através de "Lady Bird - A Hora de Voar" (2017) e sendo um feito e tato em tempos em que o machismo ainda insiste em manter o padrão no cinemão norte americano.

Eu gosto de pensar que "Frances Ha" foi um pequeno filme que fez muitos voltarem a enxergar o cinema independente norte americano como ponto de fuga para os realizadores terem mais liberdade na realização dos seus projetos e sendo algo que muitos não obtêm quando estão dentro dos grandes estúdios. Greta Gerwig, portanto, fez o seu dever de casa com louvor e não é à toa que a mesma está no comando do aguardado "Barbie", mas que ao que tudo indica não será nada o que muitos esperam e eu somente agradeço.

"Frances Ha" é uma pequena, porém, grande pérola do cinema independente norte americano do início do século vinte um e provando que uma trama que fala sobre a nossa própria vida é muito mais interessante do que qualquer outra franquia multibilionária. 


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quinta-feira, 13 de julho de 2023

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (13/06/2023)

 MISSÃO: IMPOSSÍVEL – ACERTO DE CONTAS, PARTE UM

Sinopse: Em "Missão: Impossível - Acerto de Contas Parte 1", Ethan Hunt (Tom Cruise) e seu time IMF embarcam na missão mais perigosa até aqui: rastrear uma aterrorizante nova arma que ameaça toda a humanidade antes que caia nas mãos erradas. Com o controle do futuro e o destino do mundo em risco, além de antigos inimigos do passado de Ethan se aproximando, uma corrida mortal ao redor do mundo se inicia. 


O PORTAL SECRETO

Sinopse: Para onde você iria se pudesse viajar para qualquer lugar do mundo? Paul (Patrick Gibson) e Sophie (Sophie Wilde) são contratados como estagiários em uma empresa misteriosa de Londres, mas logo percebem que aquele não é um ambiente convencional.


EU, LEONARDO DA VINCI

Sinopse: Este incrível filme de arte leva-nos em uma fascinante viagem pela história e vida do espantoso pintor, cientista visionário, brilhante inventor e extraordinário homem que foi Leonardo da Vinci. Obs: Dia 15/07 às 14:30 - Sessão para professores cadastrados e aberto a público pagante.~


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Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 13 A 19 DE JULHO DE 2023

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

A NOITE DO DIA 12


A cinesemana de 13 a 19 de julho traz duas estreias em nossa programação, ambas de coprodução francesa: A NOITE DO DIA 12, grande vencedor do Prêmio César, e HERÓI DE SANGUE, protagonizado pelo ator Omar Sy. O primeiro é uma história contemporânea, com reflexão sobre a condição feminina; já HERÓI DE SANGUE volta aos anos da Primeira Guerra Mundial e ao passado colonialista da França. Para quem é fã de Isabelle Huppert, a atriz segue em cartaz em dois filmes que são sucesso de público: A SINDICALISTA e UMA VIDA SEM ELE. Aproveitamos para lembrar que esta é a última semana de exibição dos longas MEU VIZINHO ADOLF e MEDUSA DELUXE.


Confira nossa programação e o portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM


15h – A NOITE DO DIA 12 - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(La nuit du 12 - Bélgica/França, 2022, 115min). Direção de Dominik Moll, com Bastien Bouillon, Bouli Lanners, Théo Cholbi. Pandora Filmes, 14 anos. Drama policial.

Sinopse: Foi na noite de 12 de outubro que Clara, uma garota de 21 anos, foi assassinada. Aparentemente, ela não tinha inimigos - apenas se apaixonava facilmente. O detetive Yohan assume o caso e começa a se envolver emocionalmente com a vida da vítima, ampliando os interrogatórios e as suspeitas sobre o crime. Vencedor de quatro prêmios César (incluindo filme e direção), o filme é baseado em um capítulo do livro de Pauline Guéna, que acompanhou durante um ano uma equipe de polícia em Versalhes.


17h15 – O ÚLTIMO ÔNIBUS Assista o trailer aqui.

(The Last Bus – Reino Unido, 2022, 92min). Direção de Gillies MacKinnon, com Timothy Spall, Phyllis Logan, Grace Calder. Pandora Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Depois da morte da esposa, Tom Harper sai do lugarejo onde viviam, no norte da Escócia, decidido a cumprir uma promessa. Para isso, ele vai fazer uma viagem de ônibus por 1.400 quilômetros até o sul da Inglaterra, usando seu passe gratuito de idoso. No percurso, enfrenta percalços, conhece pessoas gentis e desafia as limitações da idade – ao mesmo tempo em que revisita o seu passado e se depara com um país diverso e multicultural.


19h – A NOITE DO DIA 12 - ESTREIA

(La nuit du 12 - Bélgica/França, 2022, 115min). Direção de Dominik Moll, com Bastien Bouillon, Bouli Lanners, Théo Cholbi. Pandora Filmes, 14 anos. Drama policial.

Sinopse: Foi na noite de 12 de outubro que Clara, uma garota de 21 anos, foi assassinada. Aparentemente, ela não tinha inimigos - apenas se apaixonava facilmente. O detetive Yohan assume o caso e começa a se envolver emocionalmente com a vida da vítima, ampliando os interrogatórios e as suspeitas sobre o crime. Vencedor de quatro prêmios César (incluindo filme e direção), o filme é baseado em um capítulo do livro de Pauline Guéna, que acompanhou durante um ano uma equipe de polícia em Versalhes.


SALA EDUARDO HIRTZ


14h45 – A SINDICALISTA Assista o trailer aqui.

(La Syndicaliste - França, 2022, 121min). Direção de Jean-Paul Salomé, com Isabelle Huppert, Grégory Gadebois, François-Xavier Demaison. Synapse Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: O filme mostra a trajetória de Maureen Kearney, uma representante sindical francesa que denunciou acordos secretos da França com a China e abalou a potente indústria nuclear em seu país no início dos anos 2000. Maureen viveu tempos difíceis, já que sua denúncia resultou em episódios de intimidação, uma agressão em sua própria casa e até o rótulo de vilã dos fatos.  O filme é baseado em um livro-reportagem escrito pela jornalista francesa Caroline Michel-Aguirre, da revista Le Nouvel Observateur.


17h – UMA VIDA SEM ELE Assista o trailer aqui.

(À Propos de Joan - França/Alemanha/Irlanda, 2022, 101min). Direção de Laurent Larivière, com Isabelle Huppert, Lars Eidinger, Swann Arlaud. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Joan Verra sempre foi uma mulher independente, com um espírito livre e aventureiro. Quando seu primeiro amor retorna depois de muitos anos, ela decide não contar que tiveram um filho juntos. Junto com essa mentira, ela terá de enfrentar um segredo do passado.


19h15 – HERÓI DE SANGUE - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Tirailleurs - Senegal/França, 2022, 100min) Direção de Mathieu Vadepied, com Omar Sy, Alassane Diong, Jonas Bloquet. Synapse Filmes, 14 anos. Drama histórico.

Sinopse: Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem senegalês Thierno é um dos muitos jovens recrutados pela França e tirados de suas famílias para lutar contra um inimigo desconhecido. Inconformado, seu pai, o aldeão Bakary, se alista nas tropas na tentativa de proteger o filho. Mais do que um filme de guerra, o diretor Vadepied (que trabalhou com Omar Sy em “Intocáveis”) traz aqui uma história de laços entre pai e filho.


SALA NORBERTO LUBISCO


14h30 – HERÓI DE SANGUE - ESTREIA

(Tirailleurs - Senegal/França, 2022, 100min) Direção de Mathieu Vadepied, com Omar Sy, Alassane Diong, Jonas Bloquet. Synapse Filmes, 14 anos. Drama histórico.

Sinopse: Durante a Primeira Guerra Mundial, o jovem senegalês Thierno é um dos muitos jovens recrutados pela França e tirados de suas famílias para lutar contra um inimigo desconhecido. Inconformado, seu pai, o aldeão Bakary, se alista nas tropas na tentativa de proteger o filho. Mais do que um filme de guerra, o diretor Vadepied (que dirigiu Omar Sy em “Intocáveis”) traz aqui uma história de laços entre pai e filho.


16h30 – MEU VIZINHO ADOLF Assista o trailer aqui.

(Colômbia/Israel/Polônia, 2022, 96min). Direção de Leon Prudovsky, com David Hayman, Udo Kier, Danharry Colorado. A2 Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Depois de perder sua família para o regime nazista, o sobrevivente polonês Marek Polsky vai viver em um vilarejo no interior da Colômbia. Em plena década de 1960, já acostumado com a solidão dos dias, o velho Polsky entra em disputa com um novo vizinho por causa de um pedaço do terreno. A situação piora quando Polsky começa a desconfiar que o alemão da casa ao lado pode ser Adolf Hitler – o que até faz algum sentido, pois a América do Sul se tornou um destino de fuga para muitos líderes do ditador.


18h30 – MEDUSA DELUXE Assista o trailer aqui.

(Reino Unido, 2022, 100min). Direção de Thomas Hardiman, com Clare Perkins, Kayla Meikle, Anita-Joy Uwajeh. O2 Play/Mubi, 12 anos. Drama policial.

Sinopse: Durante a preparação para um concurso de cabeleireiros, um dos participantes é morto e escalpelado. Em meio a pentes, escovas, tinturas e muito cabelo sintético, os participantes tentam descobrir o que aconteceu e quais são as intenções do assassino. O filme se estrutura em longos plano-sequência, que possibilitam que o espectador desvende o mistério junto com os personagens.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.

Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 12 de julho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Transformers: O Despertar das Feras'

Sinopse: Uma nova ameaça capaz de destruir todo o planeta surge fazendo com que Optimus Prime e os Autobots se unam a uma poderosa facção de Transformers conhecida como Maximals para salvar a Terra. 

"Transformers" já é uma franquia longeva, pois não começou a partir dos filmes iniciados em 2007, mas sim em desenhos animados dos anos oitenta, noventa, além de fazer parte de uma coleção de brinquedos e gibis. Portanto, sendo algo de longa data, era questão de lógica que os estúdios norte americanos não largassem o osso tão cedo, mesmo quando os filmes já apresentassem certo desgaste. "Transformers: O Despertar das Feras" (2023) dá início a uma nova saga para os heróis, mas dando sinais de que toda as ideias originais já se encontram esgotadas.

Dirigido por Steven Caple Jr, a trama é ambientada no início dos anos noventa. Noah (Anthony Ramos) é um jovem astuto do Brooklyn, e Elena (Dominique Fishback), uma ambiciosa e talentosa pesquisadora de artefatos, são arrastados para o conflito enquanto Optimus Prime e os Autobots enfrentam o terrível novo inimigo empenhado em sua destruição chamado Scourge.

Como podem ver a trama é anterior ao primeiro filme lançado em 2007 e inspirado nas séries posteriores a clássica dos anos oitenta. Além disso, tanto o vilão como alguns outros personagens vistos na tela são extraídos de "Transformers - O Filme" (1986) e que, para mim pelo menos, foi uma das melhores coisas da franquia, pois ela havia sido produzida em uma época que animação norte americana se rivalizava com a japonesa. Desta salada se tem uma aventura escapista, mas que não revitaliza a franquia de forma imediata.

Por mais pretensioso que seja, convenhamos, ao menos Michael Bay possuía uma visão autoral com relação ao fazer filmes de ação, dos quais parecem bem ao estilo vídeo clipe e obtendo assim identidade própria. Aqui não é exatamente o que acontece, pois se por um lado agora tenhamos uma melhor noção do que está acontecendo em cena, ao mesmo tempo Steven Caple Jr não possui o mesmo pulso firme na criação de boas cenas de ação e que nos faça obter a nossa atenção. Ao menos os roteiristas não exageraram em diversas subtramas, sendo que ela é limpa e não abusando em termos de diversos desafios em que os protagonistas precisam enfrentar.

Na ala humana Noah (Anthony Ramos) e Elena (Dominique Fishback) são os protagonistas da vez, sendo que mesmo sem querer eles são predestinados a salvar o mundo e ajudar os gigantes robôs em uma suicida missão. Ou seja, a mesma trama de sempre, mas repaginada para não dizer repetitiva. Embora novos personagens roubem a cena é triste por um lado que personagens carismáticos para o grande público como Bumblebee fiquem em segundo plano e não respeitando o seu protagonismo quando obteve filme próprio em "Bumblebee" (2018).

O ato final já temos uma noção de como o conflito irá terminar, com muitos efeitos visuais, lutas, sacrifícios e ganchos para uma possível continuação. Curiosamente fico me perguntando como esse prequel irá se encaixar com os eventos do filme de 2007, já que me dá a sensação de que eles estão se direcionando por outro caminho e não me surpreenderia se os realizadores descartarem tudo o que já havia sido realizado. E se alguém dúvida sobre isso aguarde para uma revelação bombástica e que liga essa franquia com outra de sucesso.

"Transformers: O Despertar das Feras" vem para dar um novo folego para a franquia robótica, mas que pode também traçar o seu fim pela sua falta de ousadia. 

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 13 a 19 DE JULHO

 EM CARTAZ:

Canção ao Longe 


CANÇÃO AO LONGE

Brasil/drama/ 2022 / 76min.

Direção: Clarissa Campolindo

Classificação indicativa:

Sinopse: Vinda de uma família tradicional de Belo Horizonte, Jimena é uma jovem arquiteta, responsável pelo desenho técnico da nova sede da Orquestra Filarmônica de Minas Gerais. Seu pai deixou o Brasil quando ela tinha só 4 anos, e após 10 anos de completo silêncio, ele busca reestabelecer o contato com a filha através de cartas

Elenco: Carlos Francisco,Mônica Maria,Matilde Biagi,Ricardo Campos,Margô Assis


A PRAGA + A ÚLTIMA PRAGA DE MUJICA(curta-metragem)

Brasil/Ficção/2022/ 97min.

Direção: Pedro Junqueira, Matheus Sundfeld, Luis Claudio Bonacura, Cédric Fanti, José Mojica Marins

Classificação indicativa: 16 anos

Sinopse: "A Praga", último filme inédito dirigido pelo mestre do horror José Mojica Marins (Zé do Caixão), conta a história de Marina e Juvenal. Um casal, que durante um passeio pelo campo, para em frente à casa de uma estranha idosa para tirar fotos. Irritada, ela se revela como uma bruxa e joga uma maldição em Juvenal: uma perseguição psíquica horrorizante, provocando uma ferida que se abre em seu corpo de forma descontrolada. O ferimento leva Juvenal a uma fome insaciável por carne crua e precisa ser alimentado constantemente para ser saciado. Como abertura do filme, o curta-metragem "A Última Praga de Mojica", com direção de Cédric Fanti, Eugenio Puppo, Matheus Sundfeld e Pedro Junqueira, relata o processo de resgate e finalização de A Praga. Produzido originalmente em 1980, o filme não chegou a ser concluído e era dado como perdido.

Elenco: José Mojica Marins, Wanda Kosmo, Silvia Gless, Felipe Von Rhime, Tayná M. Assis, Bruna Anastácia, Karina Bez Batti, Luah Guimarães, Débora Muniz, Eucir de Souza, Rodrigo Castelar, Virgílio Roveda, Rodrigo Bolzan, Eugênio Puppo, Daniela Senador, Fábio Dellore, Murilo Carraro, Chico Brasil, Patrícia Rodrigues, Hilda de Alencar Gil.


LA PARLE

França/Brasil / Drama/ 2022/ 84min.

Direção: Fanny Boldini, Gabriela Boeri, Kevin Vanstaen, Simon Boulier

Classificação Indicativa: 14 anos

Sinopse:Durante suas férias de verão, Fanny precisa lidar com a iminência de um exame médico. Acompanhada de três amigos, seu momento de relaxamento se torna uma experiência profunda conforme o grupo cria conexões inesperadas.

Elenco: Fanny Boldini, Gabriela Boeri, Kevin Vanstaen, Simon Boulier


HORÁRIOS CINEBANCÁRIOS DE 13 A 19 DE JULHO (não há sessões nas segundas-feiras):

15H: LA PARLE

17h: CANÇÃO AO LONGE

19h: A PRAGA + A ÚLTIMA PRAGA DE MUJICA


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

ATENÇÃO: NAS QUINTAS-FEIRAS TODOS PAGAM MEIA ENTRADA EM TODAS AS SESSÕES!

CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email:cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

Cine Especial: Cine Debate - 'A Procura da Felicidade'

Nota: O filme foi tema da última Live do Cine Debate.  

Sinopse: Chris enfrenta sérios problemas financeiros e sua esposa, linda, decide partir. Agora solteiro, ele precisa cuidar de Christopher, seu filho de cinco anos. 

Embora com a carreira estagnada devido a polêmica cerimônia do Oscar 2022 Will Smith foi e ainda é um dos atores mais queridos de Hollywood, um especialista em salvar o mundo, em finais edificantes, em fazendo jus a sessão em que a pessoa vai.  Isso fica bem claro em “À procura da felicidade” (2006), que é um daqueles filmes de “volta por cima” que nos levam aos baldes lacrimais e que alçou o astro a uma merecida segunda indicação ao Oscar de atuação.

Chris Gardner é um pai desesperado, que cria o filho sozinho e enfrenta diversos problemas de ordem financeira para pagar o leite do dia seguinte. Vive dentro de um contexto social em que o status de felicidade está relacionado com o esforço pelo trabalho e a recompensa através do acúmulo, nenhuma novidade dentro dos moldes de valor norte-americanos, ou do mundo globalizado.

Estamos diante de um homem, um sonho e tudo o que ele vai sofrer para chegar lá. Mas não só. Estamos diante de um homem negro, a margem dos privilégios sociais, dotado de uma obstinação alimentada pelo culto ao mérito, que vai passar por dificuldades que vão além do esforço para chegar aonde quer. Colocando um pouco de lado as importantes questões sociais que assolam a linha contextual do protagonista, o filme coloca uma interessante questão sobre persistência em destaque.

Demora em aprendermos que dentro de um objetivo grandioso ou não, a disciplina é mais eficaz do que a força de vontade. “A rotina é o hábito de se negar a pensar”. Essa frase creditada na internet a Douglas Machado Tostes sintetiza bem essa ideia. Quando dependemos apenas da vontade, tudo fica restrito ao nosso humor do dia, “se hoje eu não estiver disposto, deixa pra lá”. Já com a disciplina, a repetição sem abertura pros comandos restritivos cria uma rigidez de rotina impermeável à fragilidade emocional.

A história é baseada em fatos reais, e só por isso já merece uma atenção, trata-se no fim das contas de um making of sobre um sonho, e mostra como uma pessoa castigada pela vida encontrou a luz no fim do túnel depois de muito caminhar e de sofrer, a ponto de ser despejada e obrigada a morar em estações de trem. Outro ponto positivo dentro do espectro de verdade do longa, é que o filho do protagonista é também o filho de Smith na vida real. A relação dos dois é bastante realista, e o tom dramático do pequeno Jaden Smith não é carregado pelo tom exagerado, que é muito comum em interpretações infantis.

Um filme que vale mais do que uma palestra motivacional. Não é fácil dar veracidade a um ponto de virada tão improvável dentro de duas horas de projeção, muito menos ser o filme com a maior nota da história do site IMDB. O fato é que inicialmente, ninguém acredita muito naquela geringonça nomeada de scanner médico como um produto que vai vingar, nem mesmo a maioria dos espectadores, o que torna a linha de evolução ainda mais dificultosa e empolgante.

Além de inspirador, o conjunto da obra é emocionante, contando com atuações impecáveis, uma fotografia que nos transporta para dentro da história e uma trilha sonora condizente que faz com que a emoção transborde. “A Procura da Felicidade” é sobre uma cruzada pessoal em busca por alguma luz em meio as adversidades, mas cuja recompensa é bastante  recompensadora.  


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segunda-feira, 10 de julho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'A Praga + A Última Praga de Mojica(curta-metragem)'

Sinopse: "A Praga", o último filme inédito dirigido pelo mestre de horror José Mojica Marins (Zé do Caixa), conta a história de Marina e Juvenal, um que passa a ser assombrado pela imagem de uma estranha idosa. 

José Mojica Marins foi um dos maiores diretores autorais do nosso cinema brasileiro e ao mesmo tempo o grande pai do gênero fantástico de horror do nosso país. Porém, mesmo sendo responsável por obras primas como, por exemplo, "A Meia Noite Levarei Sua Alma" (1964), o realizador sempre teve dificuldade nas suas realizações, seja pela falta de recursos, ou até mesmo devido a perseguição da censura e mudanças dos governos. "A Praga + A Última Praga de Mojica" (2023) não é somente um filme redescoberto de sua autoria, como também uma representação dos esforços de realizadores em preservar a nossa história cinematográfica.

A produção na verdade começa com um curta metragem, dirigido por Pedro Junqueira e demais cineastas que obtiveram os negativos da obra perdida do José Mojica a mais de trinta anos. Rodado nos anos oitenta, o filme era uma produção da emissora Band e da qual foi realizada pelo cineasta e cujo mesmo usava o seu personagem mais conhecido como pano de fundo. Infelizmente um incêndio atingiu o estúdio naquele tempo, destruindo inúmeras gravações e fazendo com que a obra do realizador se tornasse perdida.

Pedro Junqueira e demais realizadores procuraram o próprio Mojica para tentar concluir a obra com os restos que havia sido encontrado e para assim pudesse ser lançado. Mesmo com a morte do realizador em 2020 o projeto seguiu adiante e assim fazendo com que obtivéssemos uma total plenitude de um dos últimos projetos do realizador nunca antes visto. A trama em si não é muito diferente do que já tinha sido visto anteriormente em suas obras, onde se explora sempre a questão de maldição, os mistérios do além, sexo e tudo embalado em uma forma que remeta a nossa cultura brasileira.

Vale destacar que a trama havia sido também adaptada em uma HQ e fazendo com que as páginas se tornassem uma espécie de fonte de inspiração para a sua conclusão. Embora curto, a produção é curiosa pelo seu lado precário, mas que não esconde o lado autoral do seu realizador, principalmente no modo de direção com relação a sua câmera e que fazia toda a diferença. Infelizmente a produção é uma representação do descaso com as obras dirigidas em nosso país, sendo que ela é vasta, mas que acaba se tornando perdida e acabe os amantes da sétima arte em tentar preservá-la.

"A Praga + A Última Praga de Mojica" é o testamento final de um dos maiores realizadores do nosso país e que todas as adversidades não o impediram de lançar a sua última praga de sua autoria. 


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