Sinopse: Uma nova ameaça capaz de destruir todo o planeta surge fazendo com que Optimus Prime e os Autobots se unam a uma poderosa facção de Transformers conhecida como Maximals para salvar a Terra.
"Transformers" já é uma franquia longeva, pois não começou a partir dos filmes iniciados em 2007, mas sim em desenhos animados dos anos oitenta, noventa, além de fazer parte de uma coleção de brinquedos e gibis. Portanto, sendo algo de longa data, era questão de lógica que os estúdios norte americanos não largassem o osso tão cedo, mesmo quando os filmes já apresentassem certo desgaste. "Transformers: O Despertar das Feras" (2023) dá início a uma nova saga para os heróis, mas dando sinais de que toda as ideias originais já se encontram esgotadas.
Dirigido por Steven Caple Jr, a trama é ambientada no início dos anos noventa. Noah (Anthony Ramos) é um jovem astuto do Brooklyn, e Elena (Dominique Fishback), uma ambiciosa e talentosa pesquisadora de artefatos, são arrastados para o conflito enquanto Optimus Prime e os Autobots enfrentam o terrível novo inimigo empenhado em sua destruição chamado Scourge.
Como podem ver a trama é anterior ao primeiro filme lançado em 2007 e inspirado nas séries posteriores a clássica dos anos oitenta. Além disso, tanto o vilão como alguns outros personagens vistos na tela são extraídos de "Transformers - O Filme" (1986) e que, para mim pelo menos, foi uma das melhores coisas da franquia, pois ela havia sido produzida em uma época que animação norte americana se rivalizava com a japonesa. Desta salada se tem uma aventura escapista, mas que não revitaliza a franquia de forma imediata.
Por mais pretensioso que seja, convenhamos, ao menos Michael Bay possuía uma visão autoral com relação ao fazer filmes de ação, dos quais parecem bem ao estilo vídeo clipe e obtendo assim identidade própria. Aqui não é exatamente o que acontece, pois se por um lado agora tenhamos uma melhor noção do que está acontecendo em cena, ao mesmo tempo Steven Caple Jr não possui o mesmo pulso firme na criação de boas cenas de ação e que nos faça obter a nossa atenção. Ao menos os roteiristas não exageraram em diversas subtramas, sendo que ela é limpa e não abusando em termos de diversos desafios em que os protagonistas precisam enfrentar.
Na ala humana Noah (Anthony Ramos) e Elena (Dominique Fishback) são os protagonistas da vez, sendo que mesmo sem querer eles são predestinados a salvar o mundo e ajudar os gigantes robôs em uma suicida missão. Ou seja, a mesma trama de sempre, mas repaginada para não dizer repetitiva. Embora novos personagens roubem a cena é triste por um lado que personagens carismáticos para o grande público como Bumblebee fiquem em segundo plano e não respeitando o seu protagonismo quando obteve filme próprio em "Bumblebee" (2018).
O ato final já temos uma noção de como o conflito irá terminar, com muitos efeitos visuais, lutas, sacrifícios e ganchos para uma possível continuação. Curiosamente fico me perguntando como esse prequel irá se encaixar com os eventos do filme de 2007, já que me dá a sensação de que eles estão se direcionando por outro caminho e não me surpreenderia se os realizadores descartarem tudo o que já havia sido realizado. E se alguém dúvida sobre isso aguarde para uma revelação bombástica e que liga essa franquia com outra de sucesso.
"Transformers: O Despertar das Feras" vem para dar um novo folego para a franquia robótica, mas que pode também traçar o seu fim pela sua falta de ousadia.
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