Quem sou eu

Minha foto
Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

Pesquisar este blog

terça-feira, 13 de junho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Monumental! O Restauro de um Símbolo'

Sinopse: Com narração do próprio Laçador, o filme mostra a construção da obra, a trajetória do escultor Antônio Caringi e a contextualização histórica dos fatos que envolvem o monumento. 

Sinceramente eu sempre enxerguei a estátua do Laçador como uma representação do lado prepotente da cultura gaúcha. A nossa cultura vai muito além do que determinadas tradições, mas eu posso estar sendo severo demais e nunca é demais ouvir o outro lado da história. Felizmente o cinema existe para isso e "Monumental! O Restauro de um Símbolo" (2023) é um bem-humorado e curioso documentário sobre a história e a restauração dessa estatua.

Dirigido por Jaime Lerner, o filme, além do processo de restauração do Laçador, conta a história da obra, do seu criador, Antônio Caringi, e a contextualização histórica de cada fato ocorrido desde então. Participaram do longa historiadores, pessoas envolvidas na restauração da obra, acadêmicos e familiares do escultor Caringi. O filme traz grandes revelações e imagens inéditas sobre a história de um dos principais símbolos gaúchos.

Porto Alegre possui vários pontos históricos e sendo que cada local tem diversas histórias para contar. Portanto, é de se admirar que o diretor Jaime Lerner tenha obtido realizar um filme até mesmo simpático com relação a origem e a restauração de uma estátua, mas isso é obtido graças a sua genialidade. Para começar, foi um grande acerto dar vida e voz ao laçador, sendo que as palavras são vindas do próprio cineasta e fazendo com que a figura inanimada ganhe vida própria ao contar a sua própria história.

Neste último caso é interessante ao ouvirmos a sua origem, da qual se estende até mesmo com relação aos eventos da Alemanha durante a Segunda Guerra e indo direto ao território gaúcho onde começou as suas verdadeiras raízes. É então que a voz de Jaime Lerner faz com que o documentário tenha alma própria, ponto que através de suas palavras obtemos uma dimensão do simbolismo deste monumento perante a capital gaúcha e fazendo, portanto, a gente compreender a sua importância. Não deixa de até mesmo ser divertido vermos a estátua contracenar com as demais de cidade e fazendo da sessão ainda mais interessante.

Ao mesmo tempo, o documentário é uma crítica acida sobre o desleixo que alguns monumentos da cidade são deixados de lado e somente ganhando atenção uma vez que os mesmos se encontram em estado lamentável. Com a estátua do Gaúcho não foi diferente, ao ponto que a sua restauração levou um bom tempo para ser concluída e fazendo disso uma verdadeira saga. Não deixa de ser curioso, por exemplo, as idas e vindas da estátua do seu local original para posteriormente ser colocado em um outro ponto da cidade e para só assim obter o seu restauro final após uma árdua luta vinda das mãos dos restauradores.

"Monumental! O Restauro de um Símbolo" é um curioso e bem-humorado documentário sobre uma simples estatua, mas que é simbólica para diversas pessoas. 

Faça parte:

 


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: Sala Redenção apresenta “Ciclo Camp” no mês do orgulho LGBTQIA+

Ligadas pelo Desejo

No mês do orgulho LGBTQIA+, a Sala Redenção apresenta quatro sessões especiais, que constituem o “Ciclo Camp”. A programação exibe filmes atravessados pela sensibilidade Camp, marcada pelo artifício e pelo exagero, e que surge a partir de uma maneira distintamente queer de enxergar o mundo. Além das projeções, as sessões contam com eventos organizados por e para a comunidade LGBTQIA+.

A primeira sessão do “Ciclo Camp” apresenta “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999), de Pedro Almodóvar, no dia 1 de junho, quinta-feira, às 19h. Após a exibição do filme,  Renato Cabral e Marcus Mello participam de um debate.“Multiple Maniacs” (1970) chega à tela da Sala Redenção no dia 15 de junho, quinta-feira, às 19h. Antes da projeção, Fae de Sousa, Evyn Goulart, e Érika Martins realizam uma performance teatral baseada no longa.

No dia 23 de junho, sexta-feira, às 19h, o filme exibido é “Ligadas pelo Desejo” (1996), das irmãs Wachowski. Uma feira com artistas trans, não-binaries e travestis antecede a sessão, a partir das 15h. Artistas interessados em participar podem se inscrever até o dia 16 de junho,  pelo formulário disponibilizado aqui. O “Ciclo Camp” apresenta sua última sessão no dia 30 de junho, sexta-feira, às 21h30, contando com a projeção de sete curtas brasileiros. Antes da exibição dos filmes, a Sala Redenção, em parceria com a House of Harpya, promove um ballroom de temática Cinema. O evento acontece a partir das 18h, no Centro Cultural da UFRGS.

Todas as sessões e os eventos do Ciclo Camp têm entrada franca e aberta à comunidade em geral. A Sala Redenção e o Centro Cultural da UFRGS estão localizados no campus central da universidade, com acesso mais próximo pela Rua Eng. Luiz Englert, 333.

Confira a programação completa no site oficial do site clicando aqui. 

Faça parte:

 


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

domingo, 11 de junho de 2023

Cine Especial: Próximo Cine Debate - 'ELIS'

Sinopse: Cantora desde a infância, Elis Regina entra na vida adulta deixando o Rio Grande do Sul para espalhar seu talento pelo Brasil, a partir do Rio de Janeiro. Em rápida ascensão, ela logo conquista uma legião de fãs. 

Por eu ter nascido em 1980 eu não tive a chance de acompanhar toda a carreira de sucesso da cantora Elis Regina. Porém, foi graças a estações de rádio aqui do RS (como a Continental) que eu pude ter o privilégio de ouvir a sua voz e conhecer ao longo dos anos inúmeras canções que se tornaram clássicas dentro da história da música brasileira. O filme Elis, pode até não ser fiel 100% com relação a todas as passagens da vida dela, mas que pelo menos passa a sua essência.

Dirigido e roteirizado por Hugo Prata, acompanhamos o princípio, sucesso e  queda da cantora Elis Regina (Andreia Horta, ótima), que veio do interior do RS para tentar sucesso como cantora no RJ. Começando a cantar em boates e pequenos auditórios, Elis rapidamente alcançou o estrelato tanto sonhado por ela. Porém, a realidade aos poucos bate a sua porta e ela descobre que sempre haverá um grande preço a se pagar.

Confira a minha crítica já publicada na época clicando aqui e participe da próxima live do Cine Debate.

Faça parte:

 


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

sexta-feira, 9 de junho de 2023

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre - 'O Pecado Mora ao Lado'

Nota: O filme será exibido para associados e não associados na próxima Segunda, 12 de junho, Sala Redenção, Campus Central da UFRGS as 19h.  

Construindo uma comédia sobre os laços matrimoniais e seus eventuais problemas, Billy Wilder nos entrega um filme leve e dinâmico que cumpre sua proposta. Longe de alocar-se entre as grandes obras do diretor, “O Pecado Mora ao Lado” (1955), no entanto, traz o que há de mais comum na filmografia de Wilder, trabalhando com ambientes limitados, personagens erráticos e a figura feminina como força propulsora para as atitudes emanadas da trama.

A história do filme se concentra no período de férias de uma família tradicional americana. Neste período, Richard Sherman decide não viajar com sua família, tendo como desculpas seu trabalho, ficando sozinho em sua casa enquanto sua mulher e filho curtem o período de calor. A trama do filme ganha sua força quando Sherman acaba por conhecer uma jovem e atraente vizinha, dando início a uma batalha pela preservação de sua fidelidade ao casamento.

Um grande sucesso no mundo inteiro que consolidou a imagem de Marilyn Monroe com símbolo sexual do cinema na época. Segundo notícias, as fotos que Marilyn iria fazer para promover o filme, usando a cena do vestido levantado na grade do metrô, causaram um grande rebuliço, pois a atriz se apresentou sem calcinha (como ela gostava de dormir). Foi preciso providenciar a peça íntima de uma das assistentes de produção para que as fotos fossem tiradas.

A interessante abertura do filme dá o tom a trama que vai se desenrolar e nos lembra, a cada cena, que Billy Wilder costuma ser lembrado (principalmente pela crítica) por filmes como “Crepúsculo dos Deuses” (1950) e “Se Meu Apartamento Falasse” (1960), mas ele tem habilidade suficiente para ter em mãos gêneros distintos e alcançar resultados notáveis.

No ano de 1954, Marilyn assinou com a Famous Artits Agency e deixou a William Morris. A Fox queria, a qualquer custo, que ela gravasse o filme Pink Tights, após o roteiro ser enviado a sua casa, leu e não se interessou. Preocupada em articular um casamento às pressas (e às escondidas) com Joe DiMaggio, seu segundo marido, renomado ex-jogador de baseball e ídolo dos Yankees, a atriz aceitou os conselhos de Joe, que pretendia gradualmente afastá-la do cinema, e não topou. A Fox então desiste e oferece papel em “O Mundo da Fantasia” (1954) e em troca ela teria reservado o papel principal para gravar O “Pecado Mora ao Lado” em Nova York, em setembro de 1954.

Orçado em 3,2 milhões, o filme é uma adaptação da peça de teatro homônima, onde Tom Ewell repetiu, na pele de Sherman, o papel da peça no cinema. Marilyn, por sua vez, vivia novamente o estereótipo de loira burra que a perseguiu em toda sua carreira. No ano de seu lançamento, o filme causou furor por sua ousadia. Os censores da época queriam proibi-lo por tratar de um tema polêmico, o adultério, de uma forma leve e banal, ainda que de fato não exista nenhuma cena explícita, tudo fica a cargo das insinuações e ironias. A sensualidade de Marilyn na banheira e a famosa cena do vestido esvoaçante sobre o respiradouro do metrô foram os principais alvos dos conservadores.

Para 1955, a ousadia era de mais. A multidão que se juntou tornou inutilizáveis as tomadas de vistas que se fizeram na Avenida de Lexington, em Nova Iorque, tal era o ruído dos comentários, dos assobios, das reações a uma visão que se repetia, uma e outra vez, a cada engano da estrela (e foram muitos). E a cada repetição o embaraço do marido, Joe DiMaggio, aumentava, tendo chegado a tal ponto que acabou com aquele casamento de nove meses. Novas tomadas de vistas foram recolhidas em estúdio, num cenário de recriação daquele troço da Avenida de Lexington, o que explica, para os mais atentos, a discrepância que existe entre a imagem que ilustra os cartazes e o conteúdo da cena que ficou na versão final do filme.

Curiosamente, "O Pecado Mora ao Lado" é rodado quase que integralmente na sala da casa de Richard Sherman. A primeira cena no interior daquela residência dura aproximadamente quarenta minutos. A segunda mais trinta. Considerando que o filme tem pouco menos de uma hora e meia de duração, dá para perceber o quanto os acontecimentos concentram-se nesse local. A parte mais divertida do filme está na entrada de vizinhos, amigos e funcionários do condomínio na casa de Richard enquanto ele está com sua vizinha. O proprietário tenta disfarçar a visita da bela jovem para não ser mal interpretado pelos outros homens, que não acreditariam na sua fidelidade à esposa. O final é um tanto previsível, mas perfeitamente adequado para aqueles tempos.

"O Pecado Mora ao Lado" foi agraciado com o sorriso dos Deuses do cinema e fazendo de Marilyn Monroe um dos maiores símbolos da sétima arte. 


Faça parte:

 


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

quinta-feira, 8 de junho de 2023

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (08/06/2023)

 'Transformers - Despertar das Feras'

Sinopse: Transformers: O Despertar das Feras traz mais uma aventura épica pelo universo dos transformers. Ambientada nos anos 1990, o filme apresentará os Maximals, Predacons e Terrorcons à batalha existente na Terra entre Autobots e Decepticons.


'O Demônio dos Mares'

Sinopse: As idílicas férias de uma família se transformam em um pesadelo quando ela encontra um gigantesco tubarão que faz de tudo para proteger seu território. Presa e sob ataque constante, a família precisa encontrar uma maneira de voltar viva para a costa.



Pré-Estreia: 'THE FLASH'

Sinopse: Barry usa seus superpoderes para viajar no tempo e mudar os eventos do passado. Mas quando tenta salvar sua família e acaba, sem querer, alterando o futuro, ele fica preso em uma realidade na qual o General Zod está de volta, ameaçando colocar o mundo em risco, e não há super-heróis a quem recorrer.


Faça parte:

 


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.  

Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 8 A 14 DE JUNHO DE 2023

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

UMA VIDA SEM ELE

A cinesemana de 8 a 14 de junho traz três estreias na nossa programação: o drama TRÊS MULHERES, UMA ESPERANÇA, coprodução entre Holanda, Alemanha e Luxemburgo; o documentário brasileiro CORPOLÍTICA, sobre a participação da comunidade LGBTQIA+ na política brasileira; e também UMA VIDA SEM ELE, protagonizado pela grande atriz francesa Isabelle Huppert.

Dois idosos vêm conquistando o carinho do público nas nossas salas, com excelentes comentários. Um deles é Tom Harper, de O ÚLTIMO ÔNIBUS, com sua história de superação; o outro é MEU VIZINHO ADOLF, que traz um embate inusitado entre os atores David Hayman e Udo Kier. Já o longa polonês EO, do veterano diretor Jerzy Skolimowski, comove pelos percalços vividos pelo seu protagonista, que é um simpático burrico cinza.

Duas produções brasileiras seguem em cartaz: o longa gaúcho A PRIMEIRA MORTE DE JOANA, que também aposta na temática LGBTQIA+, e a produção paulista URUBUS, sobre a cena dos pichadores de São Paulo.

 

Confira nossa programação e o portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM

15h – EO Assista o trailer aqui.

(Polônia/Itália, 2022, 85min). Direção de Jerzy Skolimowski, com Sandra Drzymalska, Mateusz Kosciukiewicz, Isabelle Huppert. Zeta Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Em tom de fábula, o filme acompanha a jornada de um burro cinza e suas descobertas pela Europa contemporânea – ele vivia em um circo e ganhou sua liberdade depois de um protesto pela liberação dos animais. Sozinho no mundo e movido por um espírito curioso, ele encara várias experiências e momentos inusitados. Com este longa, o veterano diretor Skolimowski, de 85 anos, faz uma homenagem a Robert Bresson e seu “A Grande Testemunha”, de 1966. O filme competiu no Festival de Cannes 2022 e foi um dos cinco indicados ao Oscar de filme internacional.  


 17h – O ÚLTIMO ÔNIBUS Assista o trailer aqui.

(The Last Bus – Reino Unido, 2022, 92min). Direção de Gillies MacKinnon, com Timothy Spall, Phyllis Logan, Grace Calder. Pandora Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Depois da morte da esposa, Tom Harper sai do lugarejo onde viviam, no norte da Escócia, decidido a cumprir uma promessa. Para isso, ele vai fazer uma viagem de ônibus por 1.400 quilômetros até o sul da Inglaterra, usando seu passe gratuito de idoso. No percurso, enfrenta percalços, conhece pessoas gentis e desafia as limitações da idade – ao mesmo tempo em que revisita o seu passado e se depara com um país diverso e multicultural.


19h – TRÊS MULHERES, UMA ESPERANÇA - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Lost Transport - Holanda/Luxemburgo/Alemanha, 2023, 100min). Direção de Saskia Diesing, com Hanna van Vliet, Eugénie Anselin e Anna Bachmanna. A2 Filmes, 14 anos. Drama histórico.

Sinopse: Na primavera de 1945, nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, um trem com centenas de prisioneiros judeus é abandonado próximo de um vilarejo alemão ocupado pelo exército soviético. Num ambiente de muita desconfiança e incertezas, com soldados ocupando territórios e famílias destruídas, surge uma amizade improvável entre três mulheres: a franco-atiradora russa Vera, uma jovem alemã chamada Winnie e a judia-holandesa Simone.

(NÃO HAVERÁ SESSÃO NA TERÇA, DIA 13.)


SALA EDUARDO HIRTZ


 15h15 – A PRIMEIRA MORTE DE JOANA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2020, 91min). Direção de Cristiane Oliveira, com Letícia Kacperski, Isabela Bressane, Joana Vieira, Lisa Gertum Becker. Lança Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Joana, de 13 anos, quer descobrir por que sua tia-avó morreu sem nunca ter namorado ninguém. Os questionamentos e descobertas da adolescente mexem com a comunidade tradicional onde ela vive, no sul do Brasil, ao mesmo tempo em que o lugarejo acompanha a construção de uma usina eólica nas proximidades. Com locações nas cidades de Osório e Santo Antônio da Patrulha, este é o segundo longa da diretora gaúcha e foi visto em mais de dez festivais internacionais.


17h15 – MEU VIZINHO ADOLF Assista o trailer aqui.

(Colômbia/Israel/Polônia, 2022, 96min). Direção de Leon Prudovsky, com David Hayman, Udo Kier, Danharry Colorado. A2 Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Depois de perder sua família para o regime nazista, o sobrevivente polonês Marek Polsky vai viver em um vilarejo no interior da Colômbia. Em plena década de 1960, já acostumado com a solidão dos dias, o velho Polsky entra em disputa com um novo vizinho por causa de um pedaço do terreno. A situação piora quando Polsky começa a desconfiar que o alemão da casa ao lado pode ser Adolf Hitler – o que até faz algum sentido, pois a América do Sul se tornou um destino de fuga para muitos líderes do ditador.


 19h15 – UMA VIDA SEM ELE - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(À Propos de Joan - França/Alemanha/Irlanda, 2022, 101min). Direção de Laurent Larivière, com Isabelle Huppert, Lars Eidinger, Swann Arlaud. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Joan Verra sempre foi uma mulher independente, com um espírito livre e aventureiro. Quando seu primeiro amor retorna depois de muitos anos, ela decide não contar que tiveram um filho juntos. Junto com essa mentira, ela terá de enfrentar um segredo do passado.

SALA NORBERTO LUBISCO


15h30 - SEM URSOS Assista o trailer aqui.

(No Bears - Irã, 2022, 105min). Direção de Jafar Panahi, com Jafar Panahi, Naser Hashemi, Vahid Mobaseri. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Este é mais um longa que o diretor iraniano conduziu na clandestinidade, driblando a ordem que o impedia de trabalhar e circular pelo seu país depois que afrontou os líderes políticos e religiosos. Interpretando a si mesmo, o cineasta aparece isolado em um vilarejo do interior e, mesmo com uma internet precária, dirige a história de um casal que tenta imigrar ilegalmente para a Europa. Ao mesmo tempo, ele se vê em meio a uma discussão da comunidade sobre um casamento arranjado entre dois jovens. Com este filme, Panahi conquistou o prêmio especial do júri no Festival de Veneza de 2022.


17h30 – CORPOLÍTICA - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 100min). Documentário de Pedro Henrique França. Vitrine Filmes, 12 anos.

Sinopse: O documentário reflete sobre a importância da representatividade LGBTQIA+ em cargos políticos, principalmente em um país como o Brasil - o lugar onde mais se matam pessoas LGBTQIA+ no mundo. Vários candidatos que concorreram às eleições de 2022 falam de suas trajetórias e as violências que sofreram, incluindo Fernando Holiday e Thammy Miranda, respectivamente primeiro vereador gay e primeiro vereador trans da Câmara Municipal de São Paulo, Erica Malunguinho, primeira deputada trans eleita no Brasil, e Jean Wyllys, que renunciou ao mandato de deputado federal por conta de ameaças. O filme ganhou os prêmios de melhor documentário no Festival do Rio e Queer Lisboa, melhor filme no Mix Brasil e melhor filme LGBTQIA+ no Montreal Independent Film Festival.


19h30 – URUBUS Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 113min). Direção de Claudio Borrelli, com Gustavo Garcez, Bella Camero, Bruno Santaella, Julio Martins. O2 Play, 14 anos. Drama.

Sinopse: Em São Paulo, onde a pichação cobre mais muros e prédios do que qualquer outro lugar no planeta, Trinchas comanda um grupo que escala os edifícios mais altos para deixar sua marca. Quando Trinchas conhece Valéria, uma estudante de arte, seus mundos colidem, resultando na invasão da 28ª Bienal de São Paulo. A partir de então, a pichação passa a ocupar um lugar no mundo da arte e o bando de jovens invisíveis de periferia se transforma em protagonista de um polêmico debate cultural.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.


Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


Acesse nossas plataformas sociais:

https://linktr.ee/cinematecapauloamorim

quarta-feira, 7 de junho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'A Pequena Sereia' (2023)

 Sinopse: Uma jovem sereia faz um acordo com uma bruxa do mar para trocar sua bela voz por pernas humanas para que possa descobrir o mundo acima da água e impressionar um príncipe. 

O clássico "A Pequena Sereia" (1989) eu tive o privilégio de assistir em uma sessão especial neste ano na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre e posso dizer que é, sem sombra de dúvida, uma das melhores animações dos estúdios Disney e que ajudou a inaugurar o que chamamos hoje de “a era de ouro” da casa do Mickey. Portanto, ao anunciarem que fariam uma versão com atores logo se temeu que o estúdio cometesse um grande pecado capital, principalmente pelo fato de que suas versões recentes em Live action tenham falhado de forma previsível. Pois bem, a nova "A Pequena Sereia" não é superior ao clássico, mas é um belo filme a ser assistido de mente aberta e dar crédito aos pontos positivos na obra.

Dirigido por Rob Marshall, do filme "Chicago" (2003), e baseado no clássico literário do dinamarquês Christian Andersen, publicado pela primeira vez em 1837, o filme conta a história de uma das filhas do Rei Tritão (Javier Bardem), Ariel (Halle Bailey), uma bela e espirituosa jovem sereia com sede de aventura. Desejando descobrir mais sobre o mundo além do mar, Ariel visita a superfície e se apaixona intensamente pelo arrojado Príncipe Eric (Jonah Hauer-King), ao salvá-lo de um naufrágio. Mas para procurá-lo em terra firme e se aproximar do príncipe humano, a sereia pede ajuda à bruxa do mar, Úrsula (Melissa McCarthy), e aceita ceder sua voz para que a feiticeira lhe dê pernas. Agora, ela terá o desafio de se comunicar com o rapaz ao experimentar a vida em terra firme, além de entrar em conflito com os valores de sua família.

Rob Marshall é conhecido por realizar filmes que resgatam os tempos em que o cinema ganhava lucro através dos filmes musicais. Além disso, ele surpreendeu ao inserir o lado mitológico do universo das sereias no filme "Piratas do Caribe - Navegando nas Águas Misteriosas" (2011). Portanto, era uma questão de lógica que tal responsabilidade caísse em suas mãos e posso dizer que até que ele cumpriu bem a missão.

Usando praticamente a mesma tecnologia que havia sido usada na criação de cenas em que os atores parecem estar embaixo da água no filme "Aquaman" (2018), o filme é um colírio para os olhos, onde as cenas no fundo do mar são um verdadeiro mosaico cheio de detalhes e cujas suas cores fortes sintetizam um mundo quase intocável. Infelizmente essa tecnologia realista acaba por prejudicar o lado mais carismático de alguns personagens que amamos, como no caso de Sebastião, Linguado e Sabidão, pois desde a nova versão de "O Rei Leão" (2019) o estúdio tem essa teimosia pelo realismo, mas fazendo com que os personagens não nos passem vida como era antes. Ao menos Sebastião é o menos prejudicado e seu momento musical "Aqui No Mar" compensa um pouco esse ponto negativo.

Falando em números musicais pode-se dizer que o filme também não nos decepciona, principalmente quando a protagonista comanda. Em sua estreia como atriz, a cantora Halle Bailey realmente não desaponta, ao ponto de se tornar o verdadeiro coração e voz do filme como um todo, pois ela nos passa doçura e o desejo que a sua personagem sente ao desejar conhecer o restante do mundo. Já Jonah Hauer-King desaponta em um número musical, mas ao menos o seu personagem é mais bem explorado do que na versão original e fazendo com que Eric e Ariel tenham muito mais em comum.

Aliás, é notório que o encontro dos dois não seja tratado somente como uma história de amor, como também pela curiosidade que ambos têm com relação em conhecer novos mundos e não se limitarem somente onde nasceram. Neste ponto o filme acerta ao nos passar uma mensagem positiva com relação ao não preconceito perante ao desconhecido, do qual ele precisa ser aceito e explorado, pois o mundo de hoje não se pode haver mais muros para se dividir, mas sim pontes para nos unir. Curiosamente, o preconceito que o rei Tristão tem com relação aos seres da superfície é muito mais explicado e fazendo a gente compreendê-lo com relação a esse ponto.

Todos do elenco, portanto, se esforçam para dar o seu melhor em cena, mesmo quando os efeitos visuais e escolhas duvidosas do estúdio atrapalham em alguns momentos do desenvolvimento da história. Todos, por exemplo, tinham medo da personagem Ursula na versão original, principalmente pelo fato dela ter sido criada com um traço forte e nos passando toda a sua verdadeira maldade. Aqui isso se perde um pouco, já que atriz Melissa Mccarthy se esforça ao máximo ao interpretar a personagem, mas não obtendo aquela aura maligna que nós sentíamos medo e acaba por se perdendo no caminho. Aliás, por mais que o estúdio tente usar o seu CGI da maneira perfeita, ele prejudica a vilã em um momento crucial no ato final da trama e não passando menor impacto se formos comparar ao clássico.

Como podem ver, é um filme que possui os seus erros e acertos, dos quais representam o momento atual do estúdio ao não saber ao certo como agradar o seu público. Ao menos os envolvidos escolhidos para a tamanha empreitada deram tudo de si e isso é visto na tela, mas cabe o estúdio voltar a entender que um filme não é feito somente por tecnologia ou nostalgia, mas sim realizado de coração por aqueles que se dedicam ao fazer a arte cinematográfica. Resumindo, "A Pequena Sereia" se sustenta como filme ao obter a sua alma própria, mas a Disney precisa cada vez mais ouvir as críticas contra ela.      



Veja também: Revisitando “A Pequena Sereia (1989)” 


Faça parte:

 


Mais informações através das redes sociais:

Facebook: www.facebook.com/ccpa1948

twitter: @ccpa1948  
Instagram: @ccpa1948 

Joga no Google e me acha aqui:  
Me sigam no Facebook twitter, Linkedlin e Instagram.