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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 8 de junho de 2023

Cine Dica: CINEMATECA PAULO AMORIM - PROGRAMAÇÃO DE 8 A 14 DE JUNHO DE 2023

 SEGUNDA-FEIRA NÃO HÁ SESSÕES

UMA VIDA SEM ELE

A cinesemana de 8 a 14 de junho traz três estreias na nossa programação: o drama TRÊS MULHERES, UMA ESPERANÇA, coprodução entre Holanda, Alemanha e Luxemburgo; o documentário brasileiro CORPOLÍTICA, sobre a participação da comunidade LGBTQIA+ na política brasileira; e também UMA VIDA SEM ELE, protagonizado pela grande atriz francesa Isabelle Huppert.

Dois idosos vêm conquistando o carinho do público nas nossas salas, com excelentes comentários. Um deles é Tom Harper, de O ÚLTIMO ÔNIBUS, com sua história de superação; o outro é MEU VIZINHO ADOLF, que traz um embate inusitado entre os atores David Hayman e Udo Kier. Já o longa polonês EO, do veterano diretor Jerzy Skolimowski, comove pelos percalços vividos pelo seu protagonista, que é um simpático burrico cinza.

Duas produções brasileiras seguem em cartaz: o longa gaúcho A PRIMEIRA MORTE DE JOANA, que também aposta na temática LGBTQIA+, e a produção paulista URUBUS, sobre a cena dos pichadores de São Paulo.

 

Confira nossa programação e o portal do cinema gaúcho em www.cinematecapauloamorim.com.br


SALA PAULO AMORIM

15h – EO Assista o trailer aqui.

(Polônia/Itália, 2022, 85min). Direção de Jerzy Skolimowski, com Sandra Drzymalska, Mateusz Kosciukiewicz, Isabelle Huppert. Zeta Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Em tom de fábula, o filme acompanha a jornada de um burro cinza e suas descobertas pela Europa contemporânea – ele vivia em um circo e ganhou sua liberdade depois de um protesto pela liberação dos animais. Sozinho no mundo e movido por um espírito curioso, ele encara várias experiências e momentos inusitados. Com este longa, o veterano diretor Skolimowski, de 85 anos, faz uma homenagem a Robert Bresson e seu “A Grande Testemunha”, de 1966. O filme competiu no Festival de Cannes 2022 e foi um dos cinco indicados ao Oscar de filme internacional.  


 17h – O ÚLTIMO ÔNIBUS Assista o trailer aqui.

(The Last Bus – Reino Unido, 2022, 92min). Direção de Gillies MacKinnon, com Timothy Spall, Phyllis Logan, Grace Calder. Pandora Filmes, 12 anos. Drama.

Sinopse: Depois da morte da esposa, Tom Harper sai do lugarejo onde viviam, no norte da Escócia, decidido a cumprir uma promessa. Para isso, ele vai fazer uma viagem de ônibus por 1.400 quilômetros até o sul da Inglaterra, usando seu passe gratuito de idoso. No percurso, enfrenta percalços, conhece pessoas gentis e desafia as limitações da idade – ao mesmo tempo em que revisita o seu passado e se depara com um país diverso e multicultural.


19h – TRÊS MULHERES, UMA ESPERANÇA - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Lost Transport - Holanda/Luxemburgo/Alemanha, 2023, 100min). Direção de Saskia Diesing, com Hanna van Vliet, Eugénie Anselin e Anna Bachmanna. A2 Filmes, 14 anos. Drama histórico.

Sinopse: Na primavera de 1945, nos últimos dias da Segunda Guerra Mundial, um trem com centenas de prisioneiros judeus é abandonado próximo de um vilarejo alemão ocupado pelo exército soviético. Num ambiente de muita desconfiança e incertezas, com soldados ocupando territórios e famílias destruídas, surge uma amizade improvável entre três mulheres: a franco-atiradora russa Vera, uma jovem alemã chamada Winnie e a judia-holandesa Simone.

(NÃO HAVERÁ SESSÃO NA TERÇA, DIA 13.)


SALA EDUARDO HIRTZ


 15h15 – A PRIMEIRA MORTE DE JOANA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2020, 91min). Direção de Cristiane Oliveira, com Letícia Kacperski, Isabela Bressane, Joana Vieira, Lisa Gertum Becker. Lança Filmes, 14 anos. Drama.

Sinopse: Joana, de 13 anos, quer descobrir por que sua tia-avó morreu sem nunca ter namorado ninguém. Os questionamentos e descobertas da adolescente mexem com a comunidade tradicional onde ela vive, no sul do Brasil, ao mesmo tempo em que o lugarejo acompanha a construção de uma usina eólica nas proximidades. Com locações nas cidades de Osório e Santo Antônio da Patrulha, este é o segundo longa da diretora gaúcha e foi visto em mais de dez festivais internacionais.


17h15 – MEU VIZINHO ADOLF Assista o trailer aqui.

(Colômbia/Israel/Polônia, 2022, 96min). Direção de Leon Prudovsky, com David Hayman, Udo Kier, Danharry Colorado. A2 Filmes, 14 anos. Comédia dramática.

Sinopse: Depois de perder sua família para o regime nazista, o sobrevivente polonês Marek Polsky vai viver em um vilarejo no interior da Colômbia. Em plena década de 1960, já acostumado com a solidão dos dias, o velho Polsky entra em disputa com um novo vizinho por causa de um pedaço do terreno. A situação piora quando Polsky começa a desconfiar que o alemão da casa ao lado pode ser Adolf Hitler – o que até faz algum sentido, pois a América do Sul se tornou um destino de fuga para muitos líderes do ditador.


 19h15 – UMA VIDA SEM ELE - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(À Propos de Joan - França/Alemanha/Irlanda, 2022, 101min). Direção de Laurent Larivière, com Isabelle Huppert, Lars Eidinger, Swann Arlaud. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Joan Verra sempre foi uma mulher independente, com um espírito livre e aventureiro. Quando seu primeiro amor retorna depois de muitos anos, ela decide não contar que tiveram um filho juntos. Junto com essa mentira, ela terá de enfrentar um segredo do passado.

SALA NORBERTO LUBISCO


15h30 - SEM URSOS Assista o trailer aqui.

(No Bears - Irã, 2022, 105min). Direção de Jafar Panahi, com Jafar Panahi, Naser Hashemi, Vahid Mobaseri. Imovision, 14 anos. Drama.

Sinopse: Este é mais um longa que o diretor iraniano conduziu na clandestinidade, driblando a ordem que o impedia de trabalhar e circular pelo seu país depois que afrontou os líderes políticos e religiosos. Interpretando a si mesmo, o cineasta aparece isolado em um vilarejo do interior e, mesmo com uma internet precária, dirige a história de um casal que tenta imigrar ilegalmente para a Europa. Ao mesmo tempo, ele se vê em meio a uma discussão da comunidade sobre um casamento arranjado entre dois jovens. Com este filme, Panahi conquistou o prêmio especial do júri no Festival de Veneza de 2022.


17h30 – CORPOLÍTICA - ESTREIA Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 100min). Documentário de Pedro Henrique França. Vitrine Filmes, 12 anos.

Sinopse: O documentário reflete sobre a importância da representatividade LGBTQIA+ em cargos políticos, principalmente em um país como o Brasil - o lugar onde mais se matam pessoas LGBTQIA+ no mundo. Vários candidatos que concorreram às eleições de 2022 falam de suas trajetórias e as violências que sofreram, incluindo Fernando Holiday e Thammy Miranda, respectivamente primeiro vereador gay e primeiro vereador trans da Câmara Municipal de São Paulo, Erica Malunguinho, primeira deputada trans eleita no Brasil, e Jean Wyllys, que renunciou ao mandato de deputado federal por conta de ameaças. O filme ganhou os prêmios de melhor documentário no Festival do Rio e Queer Lisboa, melhor filme no Mix Brasil e melhor filme LGBTQIA+ no Montreal Independent Film Festival.


19h30 – URUBUS Assista o trailer aqui.

(Brasil, 2022, 113min). Direção de Claudio Borrelli, com Gustavo Garcez, Bella Camero, Bruno Santaella, Julio Martins. O2 Play, 14 anos. Drama.

Sinopse: Em São Paulo, onde a pichação cobre mais muros e prédios do que qualquer outro lugar no planeta, Trinchas comanda um grupo que escala os edifícios mais altos para deixar sua marca. Quando Trinchas conhece Valéria, uma estudante de arte, seus mundos colidem, resultando na invasão da 28ª Bienal de São Paulo. A partir de então, a pichação passa a ocupar um lugar no mundo da arte e o bando de jovens invisíveis de periferia se transforma em protagonista de um polêmico debate cultural.


PREÇOS DOS INGRESSOS:

TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 14,00 (R$ 7,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 16,00 (R$ 8,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTE BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES MEDIANTE PAGAMENTO COM O CARTÃO DO BANCO.


Estudantes devem apresentar Carteira de Identidade Estudantil.

Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013.

A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelos telefones: (51) 3136-5233, (51) 3226-5787.


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quarta-feira, 7 de junho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'A Pequena Sereia' (2023)

 Sinopse: Uma jovem sereia faz um acordo com uma bruxa do mar para trocar sua bela voz por pernas humanas para que possa descobrir o mundo acima da água e impressionar um príncipe. 

O clássico "A Pequena Sereia" (1989) eu tive o privilégio de assistir em uma sessão especial neste ano na Cinemateca Capitólio de Porto Alegre e posso dizer que é, sem sombra de dúvida, uma das melhores animações dos estúdios Disney e que ajudou a inaugurar o que chamamos hoje de “a era de ouro” da casa do Mickey. Portanto, ao anunciarem que fariam uma versão com atores logo se temeu que o estúdio cometesse um grande pecado capital, principalmente pelo fato de que suas versões recentes em Live action tenham falhado de forma previsível. Pois bem, a nova "A Pequena Sereia" não é superior ao clássico, mas é um belo filme a ser assistido de mente aberta e dar crédito aos pontos positivos na obra.

Dirigido por Rob Marshall, do filme "Chicago" (2003), e baseado no clássico literário do dinamarquês Christian Andersen, publicado pela primeira vez em 1837, o filme conta a história de uma das filhas do Rei Tritão (Javier Bardem), Ariel (Halle Bailey), uma bela e espirituosa jovem sereia com sede de aventura. Desejando descobrir mais sobre o mundo além do mar, Ariel visita a superfície e se apaixona intensamente pelo arrojado Príncipe Eric (Jonah Hauer-King), ao salvá-lo de um naufrágio. Mas para procurá-lo em terra firme e se aproximar do príncipe humano, a sereia pede ajuda à bruxa do mar, Úrsula (Melissa McCarthy), e aceita ceder sua voz para que a feiticeira lhe dê pernas. Agora, ela terá o desafio de se comunicar com o rapaz ao experimentar a vida em terra firme, além de entrar em conflito com os valores de sua família.

Rob Marshall é conhecido por realizar filmes que resgatam os tempos em que o cinema ganhava lucro através dos filmes musicais. Além disso, ele surpreendeu ao inserir o lado mitológico do universo das sereias no filme "Piratas do Caribe - Navegando nas Águas Misteriosas" (2011). Portanto, era uma questão de lógica que tal responsabilidade caísse em suas mãos e posso dizer que até que ele cumpriu bem a missão.

Usando praticamente a mesma tecnologia que havia sido usada na criação de cenas em que os atores parecem estar embaixo da água no filme "Aquaman" (2018), o filme é um colírio para os olhos, onde as cenas no fundo do mar são um verdadeiro mosaico cheio de detalhes e cujas suas cores fortes sintetizam um mundo quase intocável. Infelizmente essa tecnologia realista acaba por prejudicar o lado mais carismático de alguns personagens que amamos, como no caso de Sebastião, Linguado e Sabidão, pois desde a nova versão de "O Rei Leão" (2019) o estúdio tem essa teimosia pelo realismo, mas fazendo com que os personagens não nos passem vida como era antes. Ao menos Sebastião é o menos prejudicado e seu momento musical "Aqui No Mar" compensa um pouco esse ponto negativo.

Falando em números musicais pode-se dizer que o filme também não nos decepciona, principalmente quando a protagonista comanda. Em sua estreia como atriz, a cantora Halle Bailey realmente não desaponta, ao ponto de se tornar o verdadeiro coração e voz do filme como um todo, pois ela nos passa doçura e o desejo que a sua personagem sente ao desejar conhecer o restante do mundo. Já Jonah Hauer-King desaponta em um número musical, mas ao menos o seu personagem é mais bem explorado do que na versão original e fazendo com que Eric e Ariel tenham muito mais em comum.

Aliás, é notório que o encontro dos dois não seja tratado somente como uma história de amor, como também pela curiosidade que ambos têm com relação em conhecer novos mundos e não se limitarem somente onde nasceram. Neste ponto o filme acerta ao nos passar uma mensagem positiva com relação ao não preconceito perante ao desconhecido, do qual ele precisa ser aceito e explorado, pois o mundo de hoje não se pode haver mais muros para se dividir, mas sim pontes para nos unir. Curiosamente, o preconceito que o rei Tristão tem com relação aos seres da superfície é muito mais explicado e fazendo a gente compreendê-lo com relação a esse ponto.

Todos do elenco, portanto, se esforçam para dar o seu melhor em cena, mesmo quando os efeitos visuais e escolhas duvidosas do estúdio atrapalham em alguns momentos do desenvolvimento da história. Todos, por exemplo, tinham medo da personagem Ursula na versão original, principalmente pelo fato dela ter sido criada com um traço forte e nos passando toda a sua verdadeira maldade. Aqui isso se perde um pouco, já que atriz Melissa Mccarthy se esforça ao máximo ao interpretar a personagem, mas não obtendo aquela aura maligna que nós sentíamos medo e acaba por se perdendo no caminho. Aliás, por mais que o estúdio tente usar o seu CGI da maneira perfeita, ele prejudica a vilã em um momento crucial no ato final da trama e não passando menor impacto se formos comparar ao clássico.

Como podem ver, é um filme que possui os seus erros e acertos, dos quais representam o momento atual do estúdio ao não saber ao certo como agradar o seu público. Ao menos os envolvidos escolhidos para a tamanha empreitada deram tudo de si e isso é visto na tela, mas cabe o estúdio voltar a entender que um filme não é feito somente por tecnologia ou nostalgia, mas sim realizado de coração por aqueles que se dedicam ao fazer a arte cinematográfica. Resumindo, "A Pequena Sereia" se sustenta como filme ao obter a sua alma própria, mas a Disney precisa cada vez mais ouvir as críticas contra ela.      



Veja também: Revisitando “A Pequena Sereia (1989)” 


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 08 A 14 DE JUNHO

 ESTREIA:

CORPOLÍTICA

Brasil/ documentário/ 2022/ 102min.

Direção: Pedro Henrique França

Classificação indicativa:

Sinopse: O documentário investiga o vazio de representatividade LGBTQIA+ no cenário político do Brasil, país que mais mata pessoas LGBTQIA+ no mundo. Diante de um recorde de candidaturas LGBTQIA+ nas eleições brasileiras de 2020, em um momento histórico no país e no mundo, candidatos e políticos relatam suas experiências e as violências vividas dentro de seus processos de afirmação e na luta por direitos.



EM CARTAZ:


URUBÚS

Brasil/Drama/2021 /113MIN.

Direção: Claudio Borrelli

Classificação indicativa: 16 anos

Sinopse: Em São Paulo, onde a pichação cobre mais muros e prédios do que qualquer outro lugar no planeta, Trinchas comanda um grupo de pichadores que escala os edifícios mais altos para deixar sua marca. Quando Trinchas conhece Valéria, uma estudante de arte, seus mundos colidem, resultando na invasão da 28ª Bienal de São Paulo. A partir de então, a pichação ocupa seu lugar no mundo da arte e o bando de jovens invisíveis de periferia se transforma em protagonista de um polêmico debate cultural.

Elenco:Gustavo Garcez, Bella Camero, Bruno Santaella, Julio Martins, Robert Orlando


UÝRA- A RETOMADA DA FLORESTA

Brasil/ Documentário/2022/72min.

Direção: Juliana Curi

Sinopse: Uýra, uma artista trans indígena, viaja pela Amazônia em uma jornada de autodescoberta usando a arte performática para ensinar aos jovens indígenas que eles são os guardiões das mensagens ancestrais da floresta amazônica. Em um país que mata o maior número de jovens trans, indígenas e ambientalistas em todo o mundo, Uýra lidera um movimento crescente por meio das artes e da educação, ao mesmo tempo em que promove a união e inspira os movimentos LGBTQIA+ e ambientalistas no coração da Floresta Amazônica.


HORÁRIOS CINEBANCÁRIOS DE 08 a 14 DE JUNHO (não há sessões nas segundas-feiras):

15h: UÝRA- A RETOMADA DA FLORESTA

17h: URUBÚS

19h: CORPOLÍTICA


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00.Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

CINEBANCÁRIOS :Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email:cinebancarios@sindbancarios.org.br


C i n e B a n c á r i o s 

Rua General Câmara, 424, Centro 

Porto Alegre - RS - CEP 90010-230 

Fone: 51- 30309405

terça-feira, 6 de junho de 2023

Cine Especial: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Eo'

 Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.

SESSÃO CLUBE DE CINEMA

Local: Sala Paulo Amorim, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana

Data: 10/06/2023, sábado, às 10:15 da manhã


"Eo"

Polônia/ Itália, 2022, 85 min, 14 anos

Direção: Jerzy Skolimowski

Elenco: Sandra Drzymalska, Mateusz Kosciukiewicz, Isabelle Huppert

Sinopse: Em tom de fábula, o filme acompanha a jornada de um burro cinza e suas descobertas pela Europa contemporânea – ele vivia em um circo e ganhou sua liberdade depois de um protesto pela liberação dos animais. Sozinho no mundo e movido por um espírito curioso, ele encara várias experiências e momentos inusitados. Com este longa, o veterano diretor Skolimowski, de 85 anos, faz uma homenagem a Robert Bresson e seu “A Grande Testemunha”, de 1966. O filme competiu no Festival de Cannes 2022 e foi um dos cinco indicados ao Oscar de filme internacional.  


Sobre o Filme: O clássico francês "A Grande Testemunha" (1966), do diretor Robert Bresson, não se encaixa exatamente ao movimento Nouvelle vague, já que a obra vai muito mais além e do qual nos toca profundamente. A trágica jornada de um burro sensibilizou o mundo e servindo de inspiração posteriormente para outras obras como um todo. "Eo" (2023) é um desses casos, onde vemos novamente um burro perante os dois lados da moeda do ser humano.

Dirigido por Jerzy Skolimowski, a trama acompanha o mundo moderno visto pelos olhos de Eo, um burro cinza tristonho que mora em um circo na Polônia, mas que acaba saindo de lá devido aos protestos dos protetores de animais. Após sair de lá, o animal parte em direção à Itália e, ao longo de sua jornada, conhece pessoas boas e más, experimenta momentos de alegria, medo e dor, vê sua sorte ser transformada em desastre e seu desespero em uma felicidade inesperada. Tudo isso sem nunca perder sua inocência.

Não é fácil fazer de um animal um protagonista de um filme, mesmo a gente sabendo que, por vezes, eles possuem mais personalidade do que o próprio ser humano. Porém, o diretor consegue extrair do protagonista um ar de inocência perante a realidade opressora em que vive e fazendo com que tememos por sua vida a todo momento. Embora haja alguns personagens em cena que amam o pequeno animal, outros o tratam como um simples ser a ser abatido e que posteriormente vendido para ser degustado.

O diretor procura filmar de uma forma que consigamos sentir o olhar do protagonista, ao ponto que a câmera age de acordo com a sua perspectiva. Em um determinado momento, por exemplo, a fotografia fica vermelha, como se ele testemunhasse o lado violento do ser humano e do qual banha o cenário com a cor de sangue. Curiosamente, nas cenas violentas onde o burro sofre, o diretor acaba sendo criativo na realização das mesmas, pois ninguém iria gostar de ver um animal inocente sendo machucado em cena.

Pelo olhar do protagonista enxergamos uma humanidade transitando entre as farturas e o caminho sem volta que a maioria está trilhando. A meu ver, o realizador faz uma crítica acida da humanidade sendo engolida cada vez mais pelo capitalismo, fazendo com que a sua humanidade se perca cada vez mais em números e desperdiçando a chance de apreciar o mundo que não mais enxerga devido a esse processo hediondo. Quem sai perdendo é justamente os mais inocentes que não sabem se defender e o nosso protagonista acaba sentindo isso na pele, mas jamais perdendo algo que os homens estão perdendo aos poucos, que é a doçura e o desejo de explorar esse mundo que está sendo abandonado pelo olhar já moribundo do ser humano.

Com participação especial de Isabelle Huppert e indicado ao último Oscar de Melhor Filme Internacional, "Eo" é doce na sua proposta e ao mesmo tempo nos socando com força ao nos conscientizar sobre quem é o verdadeiro animal bestial da história.

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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 08 a 14 de junho de 2022

Monumental! O Restauro de um Símbolo


ANTUNES FILHO EM DEBATE

Neste sábado, 10 de junho, às 18h30, a Cinemateca Capitólio, apresenta uma sessão especial gratuita do documentário Antunes Filho – Do Coração para o Olho, dirigido por Cristiano Burlan. Após a sessão, ocorre um debate com Burlan e o ator e diretor teatral Carlos Ramiro Fensterseifer, que trabalhou com Antunes Filho, um dos mais importantes diretores da história do teatro brasileiro. Para completar a programação, a Cinemateca exibe no domingo, 11 de junho, com entrada franca, Compasso de Espera, o único longa-metragem dirigido por Antunes Filho, e A Mãe, que rendeu a Cristiano Burlan o prêmio de melhor direção no Festival de Gramado de 2022.  


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/6317/antunes-filho-e-louise-brooks/


LOUISE BROOKS EM DESTAQUE

De 13 a 22 de junho, a Cinemateca Capitólio exibe um ciclo de filmes estrelados pela atriz de cinema favorita de Antunes Filho: Louise Brooks. A programação também apresenta três obras que trazem personagens inspiradas pela mítica atriz: Cabaret, de Bob Fosse, Totalmente Selvagem, de Jonathan Demme, e A Morte lhe Cai Bem, de Robert Zemeckis. O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/novidades/6317/antunes-filho-e-louise-brooks/


MONUMENTAL! E A PRIMEIRA MORTE DE JOANA EM CARTAZ

Monumental! O Restauro de um Símbolo, documentário de Jaime Lerner e A Primeira Morte de Joana, ficção de Cristiane Oliveira, seguem em cartaz na Cinemateca Capitólio com sessões ao longo da semana. O valor do ingresso é R$ 16,00.


GRADE DE HORÁRIOS

8 a 14 de junho de 2023


08 de junho (quinta-feira)

15h – Monumental! O Restauro de um Símbolo

17h – Chamas de Verão

19h – Duas Almas em Suplício


09 de junho (sexta-feira)

15h – A Primeira Morte de Joana

17h – Monumental! O Restauro de um Símbolo

19h30 – Projeto Raros: A Fúria das Feras Atômicas


10 de junho (sábado)

15h – Monumental! O Restauro de um Símbolo

16h30 – A Primeira Morte de Joana

18h30 – Antunes Filho – Do Coração para o Olho + debate


11 de junho (domingo)

15h – Monumental! O Restauro de um Símbolo

17h – Compasso de Espera

19h – A Mãe


13 de junho (terça-feira)

15h – A Primeira Noite de Joana

17h – Mendigos da Vida

19h – A Caixa de Pandora


14 de junho (quarta-feira)

15h – Monumental! O Restauro de um Símbolo

17h – Windy Riley vai a Hollywood + Bandidos Encobertos

19h – Diário de uma Garota Perdida

segunda-feira, 5 de junho de 2023

Cine Dica: Em Cartaz - 'Homem-Aranha: Através do Aranhaverso'

Sinopse: Depois de se reunir com Gwen Stacy, Homem-Aranha é jogado no multiverso, onde ele encontra uma equipe encarregada de proteger sua própria existência.  

Quando eu li a clássica HQ "Crise das Infinitas Terras" da editora DC eu ficava pensando se era possível aquele tipo de trama ser levado para os cinemas, pois eram diversas realidades paralelas coexistindo e com todo o tipo de versões dos heróis que já conhecíamos. Mas eis que a própria Marvel do cinema começou com essa ideia a partir de "Vingadores - Ultimato", dando continuidade nas séries do "Loki" (2021), "What If...?" (2021) e também pelos filmes "Doutor Estranho - No Multiverso da Loucura" (2022) e "Homem-Aranha: Sem Volta para Casa" (2021). Neste último caso se abriu um leque para se ver outras versões do Homem Aranha em único filme, mas essa ideia já havia sido usada de forma jamais vista.

No maravilhoso "Homem-Aranha no Aranhaverso" (2018) conhecemos Miles Morales, o Homem Aranha de uma realidade alternativa e que acaba conhecendo outros Aranhas vindos de outras terras. O sucesso do filme foi gigantesco, obtendo também sucesso de crítica e ganhando até mesmo um Oscar de Melhor Longa de Animação. Portanto, a missão de "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" (2023) parecia ingrata, porém, não somente supera as nossas expectativas como também eleva animação novamente para um novo patamar.

Dirigido e produzido pelos mesmos realizadores do filme anterior, acompanhamos a vida de Miles Morales (Shameik Moore), o simpático Homem-Aranha do Brooklyn. Neste novo capítulo, Morales é transportado para uma aventura épica através do multiverso, e deve unir forças com a mulher-aranha Gwen Stacy (Hailee Steinfeld) e um novo time de Pessoas-Aranha, formado por heróis de diversas dimensões. No entanto, tudo muda quando os heróis entram em conflito sobre como lidar com uma nova ameaça, e Miles se vê em um impasse.

Embora em um primeiro momento o longa possa parecer confuso os roteiristas foram engenhosos ao criar uma trama que fale mais com relação ao lado mais humano e falho dos personagens do que as diversas teorias de realidades alternativas. Elas estão lá, logicamente, mas é graças aos personagens carismáticos que o filme ganha coração pulsante a todo momento e fazendo com que nos simpatizemos com eles como um todo. Neste caso, quem ganha os nossos corações de forma imediata é a própria Gwen Stacy.

É no primeiro ato, por exemplo, que conhecemos melhor a sua origem, não somente como ela se tornou a Mulher-Aranha, como também pelo fato dela carregar o fardo da perda do Peter de sua realidade. É através dela que animação chega em um novo território, onde as cores vão mudando gradualmente de acordo com as situações e os sentimentos em que a personagem vai passando e culminando em momentos sublimes em que cada cena parece uma obra de arte em movimento. Dificilmente o filme não será indicado ao Oscar novamente e se vencer será de forma mais do que merecida.

Uma vez que ela se reencontra com Morales o filme abre um leque novamente de diversas possibilidades, onde as regras do tempo e espaço vão sendo jogadas de lado e culminando em diversas situações que irão deixar qualquer um que for assistir completamente extasiado. Com uma edição frenética, além de uma trilha sonora arrebatadora, o filme é ágil na medida certa, ao ponto de que as cenas de ação não devem em nada para um filme tradicional do MCU e arrisco a dizer que é até melhor. Com um traço tradicional, alinhado com computação gráfica fluida, além do incremento da linguagem das HQ, o filme é tão rico em termos de ação e movimento que mesmo se tivermos vontade de irmos ao banheiro deixaremos isso de lado, pois não iremos querer perder nenhum fio do enredo.

Ao mesmo tempo, o filme vai muito além de um mero entretenimento, já que a construção do conflito dos personagens é muito bem realizada, ao ponto de temermos pelos destinos das pessoas próximas ao Morales. Esse temor se fortalece ainda mais pelo fato que, não importa qual realidade, o Homem Aranha sempre carregará a dor devido uma perda de um ente querido e fazendo com que a sua responsabilidade somente aumente. Porém, Morales acredita que pode fazer a diferença, mas as suas ações em tentar evitar a sua sina pode desencadear situações jamais vistas.

É aí que entra em cena não só um, mas diversos Homens Aranhas de inúmeras terras, ao ponto que os roteiristas foram criativos ao extremo, ao trazer para as telas até mesmo as versões do personagem de outras mídias, tanto de séries, desenhos, filmes vídeo game e HQ em um único cenário. Quem é fã do personagem com certeza irá se esbaldar com as inúmeras referencias, sendo que até mesmo as melhores e piores fases do personagem nas páginas do gibi são vistas na história e fazendo qualquer fanático gritar de alegria dentro da sala. E de brinde, o famoso meme do Homem Aranha é visto aqui em larga escala e fazendo e fazendo qualquer fã ir a loucura.

O ato final reserva momentos surpreendentes, principalmente com a escolha e destino de alguns personagens e fazendo a gente se perguntar o que virá em seguida. Porém, essa dúvida somente será sanada no terceiro capítulo, já que a trama aqui não tem final e fazendo a gente sentir raiva e ansiedade tão grande que fará muitos desejarem que o ano passe rápido para já podermos assistir ao que acontecerá com os nossos personagens. Desde já "Homem-Aranha: Através do Aranhaverso" é uma das experiencias cinematográficas mais surpreendentes do ano, ao conseguir nos brindar com uma criativa história e alinhá-la com um dos visuais mais incríveis dos últimos tempos.    


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Cine Dica: SescTV - estreia dia 15 de junho a nova temporada da série Super Libris

 Com 21 novos episódios, a terceira temporada da produção conta com entrevistas de personalidades da literatura brasileira, como Maurício de Souza, Arnaldo Antunes, Dráuzio Varella e Sérgio Vaz 

Veja o teaser aqui

No dia 15 de junho, quinta, às 19h30, estreia no SescTV a 3ª temporada da série Super Libris, dirigida por José Roberto Torero, escritor, cineasta, roteirista e jornalista brasileiro.

O primeiro episódio a ser exibido no canal será "Saraus literários: a classe operária vem ao paraíso e a poesia vem de Paraisópolis”. No mesmo dia, a temporada completa, que conta com 21 novos episódios, será disponibilizada sob demanda pelo sesctv.org.br/superlibris.

A nova temporada da produção reúne nomes consagrados da literatura brasileira, como Maurício de Souza, Arnaldo Antunes, Dráuzio Varella, Laerte, Amara Moira, Paulo Scott, Sérgio Vaz, Roberta Estrela D’Alva, entre outros. 

A produção, que teve sua primeira temporada lançada em 2015, deflagra o universo da leitura e da literatura por meio de entrevistas com autores brasileiros e profissionais da área. Apresenta temas como os caminhos da criação do livro, técnicas, estilos literários, críticas, influências, referências de escritores novos e consagrados.

Os episódios trazem, respectivamente, as seguintes temáticas: Saraus literários: a classe operária vem ao paraíso e a poesia vem de Paraisópolis; Slam – Duelo de versos; Livros que não são livros; Impróprio para menores; Romances e desromances; O novo velho cordel; A literatura juvenil está ficando adulta; O politicamente correto na Literatura Infantil; Literatura, gênero e transgênero; Quadrinho não é coisa (só) para crianças; Por que as crianças gostam de sentir medo?; Poesia, essa inútil essencial; Onde estão os negros na literatura brasileira; Literatura e Espiritualidade; Distopia – O futuro do presente passado a limpo; As autobiografias também mentem; A Vida, a Morte e Médicos Escritores; A Personagem Feminina na Literatura Contemporânea; A Literatura como missão; A escrita como terapia.


Sobre o diretor de Super Libris:

José Roberto Torero nasceu em Santos, em 1963, cursou Letras (português e espanhol), Jornalismo e Cinema na USP, publicou 60 livros, é autor de roteiros de longa-metragem e programas de TV. Trabalhou como roteirista em vários projetos, entre eles, Memórias Póstumas, Pelé Eterno, O Contador de Histórias e Pequeno Dicionário Amoroso.


Serviço:

Estreia da Série Super Libris no SescTV – Episódio Saraus literários: a classe operária vem ao paraíso e a poesia vem de Paraisópolis Data e horário: 15/06/2023, às 19h30

Assista ao primeiro episódio online: sesctv.org.br/noar

Para assistir a série completa sob demanda: sesctv.org.br/superlibris


Sobre o SescTV:

O SescTV é um canal de difusão cultural do Sesc em São Paulo, distribuído gratuitamente, que tem como missão ampliar a ação do Sesc para todo o Brasil. Sua grade de programação é permeada por espetáculos, documentários, filmes e entrevistas. As atrações apresentam shows gravados ao vivo com grandes nomes da música e da dança. Documentários sobre artes visuais, teatro e sociedade abordam nomes, fatos e ideias da cultura brasileira. Ciclos temáticos de filmes e programas de entrevistas sobre literatura, cinema e outras artes também estão presentes na programação.


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