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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 21 de julho de 2022

Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 21 A 27 DE JULHO

 ESTREIA:

CASA DE ANTIGUIDADES

Brasil, França 2020 Ficção cor 93 min.

Direção: João Paulo Miranda Maria

Sinopse: Cristovam é um “caipira” do interior do Brasil que busca em outras terras melhores condições de trabalho. Mas, o contraste cultural e étnico da nova morada em relação à sua terra natal provoca no vaqueiro um processo de solidão e perda de identidade. Boatos e maldades dos habitantes locais o levam ao desespero e a decisões equivocadas, fazendo-o perder a razão e a lucidez. Sem saída, ele passa a reviver o passado para suportar o resente.

Elenco:Antonio Pitanga Sam Louwyck Ana Flávia Cavalcanti Aline Marta Maia Gilda Nomacce Soren Hellerup.


CONTINUAÇÃO:


OS PRIMEIROS SOLDADOS

Brasil/Ficção/ 107 min.

Direção: Rodrigo de Oliveira

Sinopse: É 1983, Suzano (Johnny Massaro) volta para a casa de sua família sonhando com um futuro, mas já consciente que algo terrível está acontecendo em seu corpo. Enquanto isso, um grupo de jovens LGBTQIA+ comemoram a virada do ano ainda sem noção do  que se aproxima. Apesar da enorme falta de informação sobre suas condições, Suzano se junta a Rose (Renata Carvalho) e Humberto (Vitor Camilo),  igualmente doentes, em uma tentativa de sobrevivência e celebração de vida. Um retrato daqueles que viveram a primeira onda de AIDS no Brasil, em uma história de enfrentamento e acolhimento coletivo contada com muito vigor e cuidado pelo diretor Rodrigo de Oliveira. (G. B.) 

Elenco: Johnny Massaro, Renata Carvalho, Vitor Camilo, Clara Choveaux, Alex Bonini, Higor Campagnaro.


HORÁRIOS DE 21 A 27 DE JULHO (não há sessões nas segundas feiras)


Dias 21,22, 23,24, 26 E 27/7:

15h : CASA DE ANTIGUIDADES

17H: OS PRIMEIROS SOLDADOS

19h: CASA DE ANTIGUIDADES


Os ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema . Idosos, studantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados, portadores de ID Jovem, trabalhadores associados em sindicatos filiados a CUT-RS e pessoas com deficiência pagam R$6,00.

Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.


CINEBANCÁRIOS

Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre -Fone: 30309405/Email: cinebancarios@sindbancarios.org.br

Cine Dica: Próxima Sessão do Clube de Cinema de Porto Alegre - 'Os Primeiros Soldados' / 'O Acontecimento'

Confira a minha crítica sobre o filme "O Acontecimento" já publicada clicando aqui


Bom dia

Segue a programação do Clube de Cinema no próximo final de semana.


SESSÃO DE SÁBADO CLUBE DE CINEMA

Local: Cine Bancários, Casa dos Bancários 

Data: 23/07/2022, sábado, às 10:15 da manhã


"Os Primeiros Soldados"

Brasil, 2021, 107 min, 14 anos 

Direção: Rodrigo de Oliveira 

Elenco: Johnny Massaro, Renata Carvalho, Vitor Camilo, Clara Choveaux, Alex Bonini, Higor Campagnaro

Sinopse: É 1983, Suzano (Johnny Massaro) volta para a casa de sua família sonhando com um futuro, mas já consciente que algo terrível está acontecendo em seu corpo. Enquanto isso, um grupo de jovens LGBTQIA+ comemoram a virada do ano ainda sem noção do que se aproxima. Apesar da enorme falta de informação sobre suas condições, Suzano se junta a Rose (Renata Carvalho) e Humberto (Vitor Camilo), igualmente doentes, em uma tentativa de sobrevivência e celebração de vida. Um retrato daqueles que viveram a primeira onda de AIDS no Brasil, em uma história de enfrentamento e acolhimento coletivo contada com muito vigor e cuidado pelo diretor Rodrigo de Oliveira.


* * * * * 


SESSÃO DE DOMINGO CLUBE DE CINEMA 

Local: Sala Paulo Amorim, Cinemateca Paulo Amorim, Casa de Cultura Mario Quintana 

Data: 24/07/2022, domingo, às 10:15 da manhã 


"O Acontecimento" (L´Événement)

França, 2021, 100 min, 16 anos

Direção: Audrey Diwan

Elenco: Anamaria Vartolomei, Kacey Mottet Klein, Luàna Bajrami

Sinopse: Adaptado do romance homônimo de Annie Ernaux, o roteiro conta o drama de Anne, uma estudante promissora que engravida. O ano é 1963 e ela decide abortar, pronta para fazer qualquer coisa para se livrar do bebê e ser dona de seu próprio corpo e de seu futuro. Mas ela se envolve sozinha em uma corrida contra o tempo, desafiando a lei. Vencedor do Leão de Ouro de melhor filme no Festival de Veneza em 2021.


Atenciosamente, 

Carlos Eduardo Lersch 

Diretor de Programação CCPA.

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terça-feira, 19 de julho de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - 'Boa Sorte, Leo Grande'

Sinopse: A viúva Nancy Stokes (Emma Thompson) tem 55 anos e nunca teve uma vida sexual satisfatória. Professora recém aposentada, ela decide botar um audacioso plano em prática para quem sabe, aprender mais sobre o prazer. 

Mesmo em pleno século 21 é interessante observar que ainda vivemos em uma sociedade presa pelas velhas regras impostas pelo conservadorismo vindo das igrejas ou de qualquer religião que nos assombra. Isso acaba gerando pessoas cada vez mais frustradas, seja sexualmente ou até mesmo com relação ao que poderiam ter sido ao longo da vida se não tivessem se travando por terem tido medo com relação ao que os outros pensariam. "Boa Sorte, Leo Grande" (2022) fala sobre esses assuntos com um humor inteligente, alinhado com momentos apimentados, mas que acontecem através de diálogos que nos prende atenção a todo momento.

Dirigido por Sophie Hyde, o filme conta a história de Nancy Stokes, uma professora que acabou de se aposentar. Apesar de ter tido uma vida satisfatória, existe uma coisa que ela nunca teve: Nancy nunca fez um sexo digno de chamar de bom. Na verdade, Nancy nem sabe se o que ela fez foi de fato sexo. Ela então chama um jovem trabalhador do sexo e reservará (anonimamente) um bom quarto em um hotel. Leo Grande (Daryl McCormack) sabe o que faz e sabe que faz bem o seu trabalho, mas algo de especial acontece durante esse encontro.

Não será a primeira e nem a última vez que o cinema nos apresenta uma trama em que basicamente é protagonizada por poucos personagens e quase em um único cenário. Pegamos, por exemplo, o francês “Qual é o Nome do Bebê?" (2011) em que retrata os atritos durante a reunião de um grupo de amigos dentro de um apartamento e gerando um humor bombástico, mas alinhado com momentos até mesmo claustrofóbicos devido ao único cenário. É mais ou menos isso que acontece com o filme de Sophie Hyde, cuja a temática do sexo permeia toda a obra como um todo, mas não se limitando a isso.

Para começar, Nancy está completamente nervosa no princípio, já que nunca havia feito algo parecido e fazendo com que o primeiro encontro se torne claustrofóbico, não somente para ela, como também para aqueles que estão assistindo. Por outro lado, Leo se apresenta, em um primeiro momento, como uma pessoa segura de si, alinhado perfeitamente com a sua profissão e conquistando gradualmente a protagonista e com diálogos que fazem com que a tensão se amenize ao longo do percurso. Uma vez que se encerra o primeiro ato, ao todo sendo quatro, sentimos um certo alivio, já que o ato sexual finalmente é consumado, mesmo quando o ato quase nunca é visto.

Isso acontece porque a diretora Sophie Hyde procura não deixar as cenas de sexo em primeiro plano, já que a intenção nunca foi essa, mas sim apresentar essas duas pessoas solitárias, que se achavam seguras de si na vida, mas que ambas se dando conta que podem aprender uma com a outra mais do que se imagina. Nancy é uma conservadora, da qual jamais sentiu os verdadeiros prazeres da vida, mas tendo que, finalmente, corresponder com o que o seu corpo sempre pedia. Leo, por outro lado, tem receio de deixar a máscara cair, pois pode revelar a sua verdadeira pessoa através das dores vindas do passado e que não deseja compartilha-las mesmo quando começa a ter um certo carinho pela sua cliente.

Tanto Emma Thompson como Daryl McCormack estão ótimos em seus respectivos papeis, pois ambos têm o desafio de atuarem em um projeto que transita quase com os elementos do mais puro teatro e isso já é um grande feito. Mas se McCormack faz com que o seu personagem vá se revelando gradualmente, por outro lado, Thompson vai se descascando do segundo ao quarto ato final de forma surpreendente, ao ponto de que sua cena final é corajosa, porém, bastante humana. Vale destacar a ligeira, mas engraçada participação da atriz Isabella Laughland, vista na franquia "Harry Potter", e que aqui ela quebra por alguns momentos a sensação de que aquele universo particular somente pertencia ao casal central da trama.

Curiosamente, há sim cenas de sexo, mas elas somente acontecem no ato final da trama, de uma forma selvagem e até mesmo quase explicita. Até lá, tudo foi uma espécie de preliminares, para que os personagens centrais se conhecessem profundamente e que aprendessem um com outro de uma forma que jamais haviam imaginado. Ao meu ver, o filme nos passa a lição de que nunca é tarde para nos descobrirmos, seja com relação ao sexo, ou ao que realmente queremos com nós mesmos.

"Boa Sorte, Leo Grande" é uma comédia de humor refinado, alinhado com momentos apimentados, reflexivos e que nos faz pensar em tentar quebrarmos certos tabus conservadores para obtermos, enfim, o nosso voo mais alto. 

Nota: O filme somente estreia dia 28 de Julho.   


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Cine Dica: PROGRAMAÇÃO CINEMATECA CAPITÓLIO 22 a 28 de Julho DE 2022

Seguindo Todos os Protocolos


A DEUSA NEGRA NO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 22 de julho, às 19h30, uma edição do Projeto Raros exibe o filme A Deusa Negra, co-produção entre Nigéria e Brasil dirigida por Ola Balogun. Antes da sessão, o pesquisador Pedro Henrique Gomes apresentará a programação da mostra Câmeras da África, que exibirá a partir do dia 29 de julho, na Cinemateca Capitólio, uma seleção de clássicos realizados no continente africano. Entrada franca.


Mais informações:  http://www.capitolio.org.br/eventos/5228/projeto-raros-a-deusa-negra/


JORNAL BOCA DE RUA É DESTAQUE DA SESSÃO AAMICCA #4

No sábado, 23 de julho, às 19 horas, na Cinemateca Capitólio, a Sessão AAMICCA apresenta o filme De Olhos Abertos (BR, 2020, 112min), seguida de debate. Como convidadas/os, estarão presentes a roteirista e diretora do documentário, Charlotte Dafol, e um/a representante do jornal Boca de Rua. Luiz Antonio T. Grassi fará a mediação. Entrada franca.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5231/sessao-aamicca-de-olhos-abertos/


DOCUMENTÁRIO SOBRE CLAUDIA ANDUJAR EM DEBATE

No domingo, 24 de julho, às 18h30, a Cinemateca Capitólio apresenta a exibição especial do documentário Gyuri, de Mariana Lacerda, que aborda a trajetória da fotógrafa Claudia Andujar com os povos Yanomami. A Cacica Kerexú Takuá (do CRIA-RS) e a professora Marília Kosby (Doutora em Antropologia da UFRGS) participam de um debate após a exibição. O valor do ingresso é R$ 10,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/eventos/5234/gyuri-debate/


CINECLUBE ACADEMIA DAS MUSAS LANÇA REVISTA

O Cineclube Academia das Musas, coletivo que pesquisa obras realizadas por mulheres no cinema, apresenta uma sessão com sete filmes da diretora experimental Cecelia Condit na quarta-feira, 27 de julho, às 19h30. A exibição marca o lançamento da quarta edição da revista anual produzida pelo Cineclube, com artigos e ensaios em torno de filmes pesquisados pelas integrantes. Entrada franca.


Mais informações em breve no site da Cinemateca Capitólio.


A COLMEIA, OS PRIMEIROS SOLDADOS E SEGUINDO TODOS OS PROTOCOLOS EM CARTAZ

A partir de 21 de julho, quinta-feira, a Cinemateca Capitólio exibe o suspense A Colmeia, dirigido por Gilson Vargas. Seguindo Todos os Protocolos, de Fabio Leal, e Os Primeiros Soldados, de Rodrigo de Oliveira, seguem em exibição até o dia 28 de julho. O valor do ingresso é R$ 16,00.


Mais informações: http://www.capitolio.org.br/


GRADE DE HORÁRIOS

21 a 28 de julho de 2022


21 de julho (quinta-feira)

15h – Os Primeiro Soldados

17h – Seguindo Todos os Protocolos

19h – A Colmeia


22 de julho (sexta-feira)

14h30 – A Colmeia

16h15 – Seguindo Todos os Protocolos

17h30 – Os Primeiros Soldados

19h30 – Projeto Raros: A Deusa Negra


23 de julho (sábado)

15h – Seguindo Todos os Protocolos

17h – A Colmeia

19h – Sessão AAMICCA: De Olhos Abertos


24 de julho (domingo)

15h – Os Primeiros Soldados

17h – Seguindo Todos os Protocolos

18h30 – Gyuri + debate


26 de julho (terça-feira)

15h – A Colmeia

17h – Seguindo Todos os Protocolos

19h – Os Primeiro Soldados


27 de julho (quarta-feira)

14h30 – A Colmeia

16h15 – Seguindo Todos os Protocolos

17h30 – Os Primeiros Soldados

19h30 –  Cineclube Academia das Musas: Filmes de Cecelia Condit 


28 de julho (quinta-feira)

15h – Os Primeiros Soldados

17h – Seguindo Todos os Protocolos

19h – A Colmeia

segunda-feira, 18 de julho de 2022

Cine Dica: Em Cartaz - ‘GYURI’

Sinopse: Judia, sobrevivente da Segunda Guerra, Claudia Andujar exilou-se no Brasil e dedicou a vida à salvaguarda dos povos yanomami. 

Os documentários brasileiros vão, gradualmente, registrando a linha do tempo de nossos fotógrafos que tiveram papel essencial em nossa história. “Gyuri” (2022), primeiro longa-metragem da pernambucana Mariana Lacerda, cujo o seu olhar com relação a sueca, Claudia Andujar, tenta explorar a ligação dessa última com o povo Yanomani. O documentário participou de mostras como "É Tudo Verdade" e o que acabou revelando para os interessados do ramo da fotografia, além daqueles que lutam pela causa indígena, o papel fundamental de Claudia Andujar, que hoje se encontra ainda viva com os seus 91 anos, mas disposta a falar sobre as suas décadas de luta e de sua ligação com a floresta Amazônica como um todo.

O filme se inicia, curiosamente, com duas presenças falando em língua húngara. Vemos então Claudia dialogando com o filosofo Peter Pál Plbert, professor da PUC paulistana. A curiosidade se dá em primeiro lugar porque sempre ouvimos de que Claudia era da Suíça e quando nós a ouvimos falando húngaro ficamos nos perguntando qual é sua real origem.  Ela nasceu na Europa Ocidental, porém, de origem de família Judia e que da qual foi transferida pela região da Hungria nas proximidades da Transilvânia Romena.

Quando se iniciou a terrível Segunda Guerra Mundial, com o advento do horror do nazismo, vieram as mortes e partidas. Sua família de sangue foi morta em campos de concentração, porém, ela conseguiu regressar a Europa Ocidental, passando por Viena e imigrando para os EUA. Em 1955, Claudia Andujar chegou, enfim, nestas terras brasileiras e da qual decidiu criar raízes nela.

Durante os seus anos dourados, decidiu dedicar os seus esforços para manter vivo o povo Yanomami. Realizar o riquíssimo acervo iconográfico sobre a Etnia que habita o extremo norte do Brasil e cerrou fileiras ao lado de socialistas em luta constante pela demarcação Indígena Yanomami, reconhecida pelo governo brasileiro no ano de 1992. Depois da abertura em Húngaro, a história de luta orquestrada ao lado dos Yanomami será narrada pelos diálogos com o Xamã Davi Kopenawa, visto recentemente no premiado "A Última Floresta" (2021) e com o ativista e missionário Carlo Zacquini.

A fotografa, infelizmente, já não tem a mesma agilidade que antes colocava em prática para defender no que ela acreditava. Precisando quase sempre de uma cadeira de rodas e quando caminha com os seus próprios pés é com certa dificuldade. Porém, ela surge na tela feliz por estar na aldeia Urihi-A, território Yanomami em plena Amazônia e visto no já citado "A Última Floresta".

A presença dela novamente em meio ao verde permite que o documentário registre imagens, costumes e os valores universais do povo desta terra que, infelizmente, luta contra a invasão do homem branco, ou mais precisamente por garimpeiros, madeireiros e posseiros. Esperasse, portanto, por dias melhores quando o local voltar a ser defendido como exige constituição Brasileira, por governos verdadeiramente democráticos e não fascistas e retrógrados como esse atual.

Embora boa parte da obra se passe em território Yanomami, Mariana Lacerda escolheu uma palavra húngara, “Gyuri”, ligada à primeira parte da trama para pronuncia-lo. A palavra se refere a um menino judeu, que deu um único beijo na pré-adolescente Claudia e presenteou-a com uma foto minúscula, que ela guarda até nos dias de hoje. O retrato convive ao lado do retrato do seu pai que teve destino trágico, pois ambos faleceram nos campos de extermínio.

Ao longo das décadas ela guardou os retratos numa espécie de escapulário e afetivo. São fotos que fizeram dela uma mulher forte, uma razão para viver e praticar a sua maior virtude. Ao defender o povo Yanomami, ela não somente protegeu vidas, como também salvou um universo rico de conteúdo e que deve ser compartilhado para todo o mundo.

“Gyuri” é o retrato de força e determinação de uma única pessoa, mas que fez toda a diferença para um povo que se encontra sempre ameaçado pela ambição do homem branco. 


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sexta-feira, 15 de julho de 2022

Cine Especial: Conhecendo 'Sete Noivas Para Sete Irmãos’

Sinopse: Depois que Adam, o irmão mais velho de uma família de caipiras, volta para sua fazenda com uma noiva, seus outros seis irmãos solteirões decidem ir até a cidade para arrumar noivas e acabam sequestrando seis moças para morar com eles na fazenda.   

Stanley Donen foi o responsável por dar uma revitalizada no gênero musical no cinema, já que na entrada da década de cinquenta o mesmo estava em decadência. Com "Cantando na Chuva" (1952), por exemplo, o diretor não só trazia os bons tempos do gênero, como também prestava uma bela homenagem a sétima e de sua difícil transição do mudo para o sonoro no começo dos anos trinta. "Sete Noivas para Sete Irmãos" (1954) é um filme preso a sua época, mas que nos encanta com a sua inocência e beleza.

O filme conta a história de Adam (Howard Kell), um rapaz simples, primogênito de uma família que vive no interior. Ele faz uma viagem à cidade para comprar mantimentos e acaba arranjando uma esposa, a garçonete Milly (Jane Powell). Incentivados pelo casório, os outros seis irmãos de Adam decidem viajar para a cidade em busca de pretendentes. Inspirado pelo mito do Rapto das Sabinas pelos romanos, Adam motiva seus irmãos a sequestrar as moças com quem querem se casar.

Comemorando os seus trinta anos de vida na época, os donos do estúdio MGM lançaram um filme que mantinha as suas velhas tradições e alinhado com o que havia de melhor em termos técnicos. Com um maravilhoso Technicolor e exibido em CinemaScope, o filme é fábula sobre os bons costumes, sobre o melhor caminho para se obter a felicidade conjugal e tudo moldado com belos momentos musicais e com muito humor. Logicamente o filme se torna envelhecido se o assistirmos com um olhar mais crítico que temos nos dias de hoje, mas basta imaginarmos estarmos naqueles tempos mais inocentes para então embarcamos na proposta principal da obra.

Se em um primeiro momento podemos taxa-lo como um filme machista, principalmente da forma como Adam quer obter a sua futura esposa, logo isso se esvai no momento em que o casal central se conhece. Se Howard Kell nada mais faz do que construir um homem perfeito para a o seu personagem Adam, por outro lado, Jane Powell cria para a sua personagem  Milly uma espécie de resposta para esse universo masculino de que, talvez, o mesmo não sobreviva por muito tempo sem ajuda do lado criativo de uma mulher. Quando ela chega ao lar de Adam, por exemplo, o local se encontra em frangalhos, além dos seis irmãos dele que mais parecem selvagens animalescos quando surgem pela primeira vez em cena.

Quando Milly coloca ordem no lugar, os irmãos logo vão aprendendo os bons costumes graças a sua cunhada e despertando neles o desejo de obterem também uma futura esposa. É no baile, por exemplo, que ocorre um dos grandes momentos do filme, em que os irmãos conhecem as suas futuras noivas e rendendo diversos números de dança e que somente naquela época os realizadores poderiam nos oferecer. Tudo é cronometrado nestas cenas, ao ponto que chegamos até mesmo nos esquecer que estamos diante de um filme, mas sim de um número circense.

Indicado a cinco Oscar, incluindo o de Melhor Filme, a obra acabou recebendo o prêmio de Melhor Trilha Sonora e da qual a mesma até hoje é sempre reconhecida quando se é ouvida. Revisto hoje, o filme é uma super produção para toda a família, da qual é preciso ter a mente aberta para embarcamos na brincadeira e nos deliciarmos com as suas belas cenas. "Sete Noivas Para Sete Irmãos" é uma obra pertencente somente a sua época, mas que nunca é demais revisitarmos ela.

Nota: O filme foi lançado em uma edição especial em DVD pela Classicline. O filme também pode ser visto pelo Youtube, Google Play Filme e Apple tv.

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quinta-feira, 14 de julho de 2022

Cine Dicas: Estreias do Final de Semana (14/07/2022)

 ELVIS

Sinopse: Elvis de Baz Luhrmann explora a vida e a música de Elvis Presley (Butler), visto através do prisma de sua complicada relação com seu enigmático empresário, o coronel Tom Parker (Hanks). A história investiga a complexa dinâmica entre Presley e Parker ao longo de 20 anos, desde a ascensão de Presley à fama até seu estrelato sem precedentes, tendo como pano de fundo a paisagem cultural em evolução e a perda da inocência na América.


CRIMES OF THE FUTURE

Sinopse: À medida que a espécie humana se adapta a um ambiente sintético, o corpo sofre novas transformações e mutações. Acompanhado por sua parceira Caprice (Léa Seydoux), o artista performático Saul Tenser (Viggo Mortensen) mostra a metamorfose de seus órgãos. Enquanto isso, um grupo misterioso tenta usar a notoriedade de Saul para jogar luz sobre a próxima fase da evolução humana.



O Telefone Preto

Sinopse: Finney Shaw um tímido, mas perspicaz, rapaz de 13 anos, é raptado por um sádico assassino (protagonizado por Ethan Hawke, ator nomeado 4 vezes para os Óscares) que o enclausura numa cave à prova de som, onde gritar não vai resolver nada.


GAROTA INFLAMÁVEL

Sinopse: A perspicaz e mimada Julie é uma jovem com seu próprio manifesto: fazer nada. Não trabalha, não estuda, não tem amigos. Agnes é uma enfermeira casada e mãe de uma filha que se encaixa nas expectativas da sociedade sem pensar muito no tema...Até que ela conhece Julie. Juntas, elas começam uma rebelião que vai levá-las ao limite dos seus respectivos mundos.


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