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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Cine Dica: Noites na Cinemateca, Projeto Raros e pré-estreia de O Fim da Viagem, o Começo de Tudo

CINEMA E DANÇA DURANTE A MADRUGADA
PROJETO RAROS EXIBE CLÁSSICO DO CINEMA DE ARTES MARCIAIS
PRÉ-ESTREIA DE KIYOSHI KUROSAWA
DRAGON INN: A ESTALAGEM DO DRAGÃO

Neste sábado, 14 de setembro, às 23h59, a Cinemateca Capitólio Petrobras apresenta a terceira edição do projeto Noites na Cinemateca, que promove maratonas cinematográficas temáticas na madrugada de sábado para domingo. Nesta edição, que coincide com a realização do 26º Porto Alegre em Cena, o tema será Cinema & Dança e terá como atrações um programa de documentários, um filme surpresa (uma produção internacionalmente cultuada, lançada há mais de 30 anos) e o clássico da era de ouro dos musicais hollywoodianos Entre a Loura e a Morena, estrelado por Carmen Miranda.
O Noites na Cinemateca faz parte das ações do projeto Cinemateca Capitólio Petrobras – Programação Especial 2019. Entre os meses de março e novembro deste ano, a Cinemateca Capitólio Petrobras promoverá uma programação especial com 26 atividades com patrocínio master da Petrobras através da Lei Rouanet/Governo Federal e cooperação cultural da Fundacine – Fundação Cinema RS e Prefeitura Municipal de Porto Alegre, através da Secretaria Municipal da Cultura/Coordenação Cinema e Vídeo.
O ingresso para o Noites na Cinemateca tem o valor de R$ 20,00 (inteira) e R$ 10,00 (meia), e é válido para as três sessões da maratona. Entre uma sessão e outra, haverá pequenos intervalos para os espectadores dispostos a atravessarem essa madrugada marcada por muita música e dança poderem recarregar suas energias. Caso haja disponibilidade de lugares, também serão colocados à venda ingressos para quem desejar assistir a apenas parte da programação.
23:59 – Documentários de Dança (Movimento à Margem, A Dançarina de Ébano e O Homem que Dança)
02:00 – Filme Surpresa (110 minutos)
04:00 – Entre a Loura e a Morena (The Gang’s is All Here), de Busby Berkeley (EUA, 1943, 100 minutos)

PROGRAMAÇÃO

Documentários de Dança
Movimento à Margem, Lícia Arosteguy e Lucas Tergolina (Brasil, 2018, 20 minutos).
Localizada na Usina do Gasômetro, a sala 209 foi um espaço público dedicado ao desenvolvimento e difusão da dança contemporânea em Porto Alegre. A partir do relato dos artistas do Coletivo de Dança da Sala 209, o documentário traça um panorama do trabalho desenvolvido nesse espaço e o contexto que levou ao encerramento de suas atividades.

A Dançarina de Ébano (La Danseuse d’Ébène), de Seydou Boro (França 2002, documentário, 52 minutos).
Documentário sobre uma das maiores personalidades da dança de origem africana, Irène Tassembédo – natural de Burkina Fasso, onde o filme foi inteiramente rodado. Este “retrato filmado” contribui para a restauração de todo um segmento da história da dança, investigando os laços e as tensões existentes entre dois continentes e duas culturas. Irène Tassembédo reside na França há 20 anos. Em 1978, em Burkina Fasso, foi selecionada para freqüentar a escola Mudra-África, fundada por Maurice Béjart em Dacar e dirigida por Germaine Acogny. Conhecer Irène Tassembédo conduz à reflexão sobre um tema essencial: a questão do corpo, tanto em termos dos seus valores como do seu imaginário, e a concepção particular que ele assume para os dançarinos africanos confrontados com a aprendizagem da dança contem.
O Homem que Dança (Homme qui Danse), Rosita Boisseau e Valérie Urréa (França, 2004, documentário, 59 minutos).
Angelin Preljocaj, Christian Bourrigault, Dimitri Chamblas, Mark Tompkins, François Verret, Alain Buffard, Kader Belarbi, Josef Nadj e Philippe Decouflé são alguns dos artistas – todos do sexo masculino – retratados na tela. Amadurecido durante muito tempo, este projeto da crítica de dança Rosita Boisseau e da cineasta Valérie Urréa reúne trechos de espetáculos e entrevistas em torno de uma questão central: o homem e a dança. No documentário, o tema é explorado passo a passo a partir de um mesmo ponto de vista. Ao abrir espaço para que “os homens que fazem viver a dança contemporânea”, ou seja, intérpretes e coreógrafos com sólidas trajetórias profissionais se expressem sobre uma mesma figura, o homem e a sua identidade.

Filme Surpresa
Uma obra-prima do cinema europeu realizada há mais de três décadas, na qual a dança desempenha papel central. Um filme adorado pelos cinéfilos à época de seu lançamento, permaneceu meses em cartaz em Porto Alegre, mas há anos não é exibido nos cinemas brasileiros. Além de ter colecionado prêmios pelo mundo, foi um êxito tanto de público quanto de crítica.

PROJETO RAROS EXIBE CLÁSSICO DO CINEMA DE ARTES MARCIAIS
Dragon Inn: A Estalagem do Dragão, uma obra-prima do cinema de artes marciais dirigida pelo mestre King Hu, é a próxima atração do Projeto Raros! A edição especial da sessão faz parte da mostra O Cinema da Ásia, que segue em exibição na Cinemateca Capitólio Petrobras até o dia 18 de setembro. A sessão será comentada pelo pesquisador César Almeida, organizador das duas edições do livro Cemitério Perdido dos Filmes B, e curador da mostra Mestres & Dragões - A Era de Ouro das Artes Marciais, realizada na Sala Redenção em 2013. Entrada franca.

PROJETO RAROS ESPECIAL:
13/09 – 20h
DRAGON INN: A ESTALAGEM DO DRAGÃO
(Dragon Inn)
Taiwan/Hong Kong, 1967, 111 min, HD para DCP

Direção: King Hu
China, ano de 1457. O ministro da defesa é executado, e seus dois filhos são condenados ao exílio por ordem do tirânico Tsao. Temeroso por uma futura vingança dos jovens, Tsao envia cruéis soldados para assassiná-los, mas um valoroso grupo de espadachins pode mudar o rumo da batalha na Estalagem do Dragão. Um dos wuxia mais influentes de todos os tempos, obra-prima do renomado realizador King Hu. Nos anos 2000, o filme foi homenageado por Tsai Ming-liang em uma de suas obras-primas, Adeus Dragon Inn.

PRÉ-ESTREIA DE NOVO FILME DE KIYOSHI KUROSAWA
A partir de sexta-feira, 13 de setembro, a Cinemateca Capitólio Petrobras promove sessões de pré-estreia de O Fim da Viagem, o Começo de Tudo, novo filme do diretor japonês Kiyoshi Kurosawa. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos. 

O fim da viagem, o começo de tudo
um filme de Kiyoshi Kurosawa
119 min., 2019, Japão/Uzbequistão/Qatar, DCP

distribuição: Zeta Filmes
sinopse A jovem japonesa Yoko está com sua pequena equipe de TV no Uzbequistão para filmar um novo episódio para o programa de variedades que apresenta. Apesar do perfil internacional do programa, Yoko tem um jeito discreto e tímido, mas os desafios culturais e pessoais que ela experimentará ao longo da viagem mudaram sua visão da vida.

GRADE DE HORÁRIOS
12 a 18 de setembro de 2019

12 de setembro (quinta-feira)
14h – Kinoclube: Edward Mãos de Tesoura
17h – Cães Errantes
19h30 – Amor até as Cinzas

13 de setembro (sexta-feira)
14h – O Fim da Viagem, O Começo de Tudo (pré-estreia)
16h – Cassandro, o Exótico
18h – Quando os Meus Pais Não Estão Em Casa
20h – Projeto Raros (Dragon Inn + debate com Cesar Almeida)

14 de setembro (sábado)
14h – O Fim da Viagem, O Começo de Tudo (pré-estreia)
16h – Dersu Uzala
20h – O Funeral das Rosas
23h59 – Noites na Cinemateca: Cinema e Dança

15 de setembro (domingo)
14h – O Fim da Viagem, O Começo de Tudo (pré-estreia)
16h – A Assassina
18h – Norte, O Fim da História

17 de setembro (terça-feira)
17h – Creepy
19h30 – Em Chamas

18 de setembro (quarta-feira)
14h – O Fim da Viagem, O Começo de Tudo (pré-estreia)
17h – Cemitério do Esplendor
19h30 – Cães Errantes

A Cinemateca Capitólio Petrobras conta, em 2019, com o projeto Cinemateca Capitólio Petrobras programação especial 2019 aprovado na Lei Rouanet/Governo Federal, que será realizado pela FUNDACINE – Fundação Cinema RS e possui patrocínio master da PETROBRAS. O projeto contém 26 diferentes atividades entre mostras, sessões noturnas e de cinema acessível, master classes e exposições.



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quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: 'O Hotel Às Margens do Rio' - A Jornada de Hong Sang-Soo

Sinopse: Um poeta de idade avançada está hospedado em um hotel e acredita que irá morrer. Recebe visita dos seus filhos e se encanta ao enxergar duas jovens que estão hospedadas no mesmo prédio. 

Hong Sang-Soo se tornou oficialmente o queridinho dos cinéfilos porto alegrenses, já que um ou dois filmes por ano desembarcam na capital, seja na Cinemateca Capitólio Petrobras ou em uma das salas de cinema da Casa de Cultura Mario Quintana. Motivos  é o que não faltam, pois se percebe em seus títulos como, por exemplo, "Lugar Certo, História Errada"(2015),"Na Praia á Noite Sozinha"(2017),"O Dia Depois"(2017) e "A Câmera de Claire"(2017) de que são obras das quais ele tenta se expressar e nos dizer o quanto é dificil ele conviver entre os erros e acertos da vida e de relacionamentos não resolvidos. "Hotel ÀS Margens do Rio" segue essa jornada do cineasta que talvez tenha chegado ao seu final, ou não.
O filme conta a história de um poeta de idade avançada e que se sente convencido que irá morrer muito em breve. Achando em que está em sua reta final, ele decide se hospedar em um hotel e chama seus filhos para visitá-lo, mas no  mesmo local, há também duas jovens, sendo que uma sofre por ter sido traida pelo homem com quem ela convivia. Em determinadas ocasições esses personagens irão se cruzar em situações no minimo curiosas.

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Hong Sang-Soo procura falar através dos seus personagens que ele apresenta, já que eles nada mais são que alter egos de sua pessoa. Ao ouvirmos, por exemplo, os pensamentos do do poeta, seriam na realidade os pensamentos do próprio cineasta vindo a tona e dos quais ele fala um pouco sobre o mundo em volta. Se há ainda alguma dúvida que os personagens são uma representação do cineasta, a figura dos filhos do protagonista, ambos realizadores de filmes, sintetizam muito bem essa minha teoria.
Em contrapartida, o cineasta novamente coloca a sua musa em cena. Min-Hee Kim tem sido uma figura constante em sua filmografia, sendo que ela é uma espécie de inspiração, além de conflito, do qual ele trabalha ao longo dos anos. Aqui, a sua personagem fala de uma relação conturbada do passado e nos dando a entender que, talvez, esteja falando do próprio cineasta que se encontra por detrás da câmera.
Assim como em seus filmes anteriores, Hong Sang-Soo faz questão de colocar os seus personagens sentados na mesa, seja comendo ou bebendo, onde então eles possam colocar para fora os seus conflitos. Se nota nesses momentos que a sua câmera se encontra sempre em movimento, como se não quisesse perder nenhum detalhe da expressão dos seus respectivos personagens e sintetizando momentos de puro conflito interno que sai dentro deles. Na medida que o filme se aproxima para o seu final nós tememos pelo pior, porém, é o desejo que Hong Sang-Soo tem na medida que ele se expressa, tanto pelos seus personagens, como também pelo andar da história. 
Com uma bela fotografia, "O Hotel Às Margens do Rio" é mais um capitulo dessa cruzada particular que Hong Sang-Soo fala sobre seus desejos, arrependimentos e redenções que ele tanto almeja alcançar. 


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terça-feira, 10 de setembro de 2019

Cine Dica: Em Blu-Ray - DVD – VOD: 'A Mula' - Conservador Genuíno

Sinopse: Um homem de quase 90 anos com problemas econômicos aceita trabalhar no transporte de drogas para um cartel mexicano em Illinois. Com o dinheiro fácil que consegue, ele tenta ajudar seus parentes, mas um agente da Narcóticos o acompanha. 

Clint Eastwood pertence a velha guarda de um cinema conservador e do qual atualmente busca um lugar ao sol. Porém, não estou falando do extremismo geopolítico disfarçado de conservadorismo que assola não só o Brasil como outros países do mundo atual, mas sim de um conservadorismo que busca, ao menos, manter regras coerentes, dar voz para ambos os lados e não ao contrário que ocorre nestes tempos nebulosos. No seu mais novo filme "A Mula", Easwood procura dialogar com essa nova geração e cujo os seus velhos princípios se chocam com uma realidade nenhum pouco acolhedora.  
No filme, Eastwood interpreta Earl, um paisagista e decorador de flores, do qual ganha muito prestigio, mas que acaba meio que ignorando a sua família ao longo dos anos. Porém, devido aos avanços tecnológicos, Earl entra em falência e acaba aceitando se tornar uma espécie de mula ao transportar drogas para um cartel mexicano em Illinois. Porém, a força tarefa, liderada pelo agente Colin (Bradley Cooper) começa a ficar em seu encalço.  
Diferente da ala jovem do cinema americano atual, Clint Eastwood não se preocupa com a sua imagem em cena, pois ele retrata um Earl fragilizado, mas ao mesmo tempo disposto ao tentar buscar algum sustento para ele e a sua família. Em sua jornada pelo universo das drogas, Earl encara pessoas perigosas, como se elas saíssem de um típico filme de ação e cheio de estereótipos. O mesmo vale para a ala da justiça, da qual vemos o personagem de Cooper como alguém destemido e insubornável. 
Por conta disso, Earl acaba se tornando o personagem mais humano em cena, como se sua figura fosse uma forma de desiquilibrar essa linha tênue que divide os possíveis bons e maus da trama, sendo que, talvez, no mundo real nem exista essa classificação. Enquanto os demais personagens são moldados por estereótipos, Earl é moldado pelas suas ações que definem a sua pessoa, ou seja, genuinamente humana. Isso faz com que ele se torne um dos melhores personagens da filmografia de Eastwood, já que Earl não pertence em nenhum dos dois lados, mas sim somente da realidade que ele próprio havia construído.  
É por essa realidade, aliás, que Earl busca a sua redenção, mesmo sabendo que já pode ser muito tarde para poder obtê-la. Entre os seus personagens familiares, se destaca a sua ex-mulher, interpretada pela veterana Dianne Wiest e da qual não se envergonha de ainda amar alguém que sempre foi um ausente em sua vida. Não deixa de ser comovente, por exemplo, as cenas em que os grandes interpretes contracenam juntos e se tornando os melhores momentos do filme como um todo.  
Porém, é preciso destacar a relação entre o mocinho e bandido, mesmo quando esses estereótipos são unicamente usados para separar essas duas pessoas que, mesmo de gerações diferentes, possuem vidas similares. Em uma cena digna de nota, a caça dá conselhos ao seu caçador, para que esse último não venha a se tornar que nem ele futuramente. Quando ambos se colidem no ápice do filme, não há vitórias e nem derrotas, mas somente pessoas comuns tendo que aceitar as consequências de suas próprias escolhas.  
"A Mula" é um filme digno da filmografia de Clint Eastwood e do qual somente comprova que o seu lado conservador não se mistura com esses tempos de extremismo geopolítico. 



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Cine Curiosidade: Curta-metragem trata do afeto entre cães e moradores de rua

As gravações do documentário começam neste mês e financiamento coletivo pretende reverter parte dos recursos para entrevistados

Está em produção o documentário “O Afeto e a rua”, dirigido por Thiago Köche (Manifesto Porongos), que aborda a relação entre pessoas em situação de rua que vivem com cachorros em Porto Alegre. Independente e sem recursos públicos, um financiamento coletivo será lançado na última quarta-feira (04). Parte dos valores arrecadados serão revertidos para os entrevistados.
Algumas pessoas a serem entrevistadas já foram selecionadas em diferentes bairros da Capital. Um dos moradores cuida de mais de 20 cachorros que estavam abandonados. "Nossa ideia é dar protagonismo às pessoas em situação de rua, cidadãos que muitas vezes são invisibilizados pela sociedade. Ao mesmo tempo, também visamos sensibilizar as pessoas para a adoção de animais", ressalta Köche.
A educadora social Veridiana Machado destaca a importância da produção do documentário. "Esse projeto pode demonstrar de forma muito bacana o quanto essa relação é importante e como essas pessoas conseguem cuidar de seus cães. Isso vai contra o pensamento recorrente da maioria das pessoas, que acredita que os animais não estão sendo bem cuidados".


Cenário de exclusão
Segundo dados do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o Brasil tinha em 2015 mais de 100 mil pessoas em situação de rua. Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que existem cerca de 30 milhões de animais abandonados no País. Dessa forma, o projeto O Afeto e a Rua visa debater esses dois temas.
Conforme a Fundação de Assistência Social e Cidadania (Fasc), aproximadamente 4 mil pessoas estão em situação de rua na capital gaúcha. Os dados são baseados em atendimentos das equipes de abordagem social. Já movimentos sociais de luta por moradia estimam que esse número possa ser ainda maior em Porto Alegre.

Financiamento coletivo
Diferentemente da maioria dos financiamentos coletivos, a proposta de recompensas do projeto O Afeto e a Rua pretende reverter parcela dos recursos obtidos em apoio às pessoas e aos animais que aparecerão no curta-metragem. "Perguntaremos a essas pessoas o que elas precisam. Imaginamos demandas como colchões, cobertas, barracas ou roupas. Além disso, os cachorros ganharão roupinhas para o frio e uma revisão veterinária. Com isso, visamos não apenas dar vez e voz às pessoas em situação de rua, mas também ajudá-las de alguma forma. E claro, a nossa esperança é que alguém as veja e queira, eventualmente, dar um trabalho ou mesmo um lar", sublinha a produtora Karen Lose.
O financiamento coletivo para realizar o filme será realizado através do site Catarse (catarse.me/oafetoearua). Para obter mais informações sobre o projeto, acesse o link da página em facebook.com/oafetoearua.
A equipe também contará com a co-direção da jornalista Samantha Klein e com a edição de som e trilha sonora de Humberto Schumacher. O principal trabalho do diretor Thiago Köche é o documentário Manifesto Porongos (2016), que foi selecionado para 26 festivais nacionais e internacionais e vencedor de 9 prêmios, e que pode ser assistido aqui.  


Contatos para entrevistas
Samantha Klein (51) 99166.0582
Thiago Köche (51) 99971-1010

segunda-feira, 9 de setembro de 2019

Cine Especial: Clube de Cinema de Porto Alegre: 'LIMITE' (1931)

Sinopse: A trama começa por nos apresentar três pessoas, um homem e duas mulheres, num pequeno barco no mar alto. Já sem agua, debaixo de forte sol e prestes a ficar sem comida, apresentam-se no extremo da desolação. 

“Limite”, o único filme concluído por Mario Peixoto, filmado em 1930 quando o realizador tinha 22 anos de idade. Um filme que, tendo estreado em 1931, não chegou a ter distribuição comercial e cuja única cópia esteve em risco de destruição em 1959 por deterioração, mas que, graças a um trabalho de restauro durante os vinte anos seguintes, foi recuperado e alcançou finalmente a consagração em 1988, quando foi eleito pela Cinemateca Brasileira como o melhor filme brasileiro de todos os tempos.
O que torna o filme tão especial é o cuidado, o planejamento e sensibilidade colocados em cada plano, na sua interação com a banda sonora (apenas musical), na utilização de meios puramente cinematográficos (de uma forma que para mim se aproxima da magia) para expressar este sentimentos de aprisionamento, desolação e fuga (diria que tão louca como o amour fou nos filmes surrealistas) da sociedade. É para mim difícil encontrar paralelos no cinema para a expressão destes sentimentos com esta força. Talvez só na fuga de Karin no fim do “Stromboli” ou no suicídio de Alain Leroy no “Le Feu Follet”. Mas esses são filmes diferentes.
Este é um filme que deve ser o mínimo explicado e não o tentarei adiantar mais. Como afirma o próprio Peixoto, a experiência oferecida por “Limite” não pode ser adequadamente capturada pela linguagem, mas foi feita para ser sentida. Para ele o espectador deve ser subjugado às imagens como “angustiantes acordes de uma sintética e pura linguagem de cinema”. O seu filme é como um “grito almejando ressonância ao invés de compreensão”. Para ele “o filme não ousa (ou não quer) analisar. Ele mostra. Ele se afirma como um diapasão, capturando o fluxo entre passado e presente, detalhes de objetos e contingências como se sempre tivesse existido nos seres e nas coisas, ou destes se desprendendo tacitamente”.

NOTA: Filme será exibido para associados e não associados na próxima terça-feira (10/09/19) na Sala Redenção as 19h.  Av. Paulo Gama, 110 - Farroupilha, Porto Alegre.


Faça parte do Clube de Cinema de Porto Alegre.  
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Cine Dica: Melhor Filme Nacional do Ano Segue no Cinebancários

Bacurau

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PROGRAMAÇÃO CINEBANCÁRIOS DE 12 a 18 DE SETEMBRO:

BACURAU
Brasil I Drama I 2019 I 132min. I Direção: Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles
Sinopse: Num futuro recente, Bacurau, um povoado do sertão de Pernambuco, some misteriosamente do mapa. Quando uma série de assassinatos inexplicáveis começam a acontecer, os moradores da cidade tentam reagir. Mas como se defender de um inimigo desconhecido e implacável?


HORÁRIOS DE 12 a 18/9 (não há sessões nas segundas);

Dia 12 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

Dia 13 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

Dia 14 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

Dia 15 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

Dia 17 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

Dia 18 de setembro:
15h: BACURAU
17h30: BACURAU
20h: BACURAU

EM BREVE:

TORRE DAS DONZELAS
Brasil I 2018 I Documentário I 97min I Direção: Susanna Lira
Sinopse:Há desejos que nem a prisão e nem a tortura inibem: liberdade e justiça.Há razões que nos mantêm íntegros mesmo em situações extremas de dor e humilhação: a amizade e a solidariedade. O filme traz relatos inéditos da ex-presidente Dilma Rousseff e de suas ex-companheiras de cela do Presídio Tiradentes, em São Paulo, resultando em um exercício coletivo de memória feito por mulheres que acreditam que resistir ainda é um único modo de se manter livre.


OS JOVENS BAUMANN
Brasil I 2019 I Drama I 70min. I Direção: Bruna Carvalho Almeida
Sinopse: 1992. Os Jovens Baumann, últimos herdeiros de uma prestigiosa família de Santa Rita d’Oeste, sul de Minas Gerais, desapareceram sem deixar vestígios. 2017. Uma caixa com fitas VHS é encontrada, contendo registros caseiros de seus últimos momentos, durante suas férias na fazenda da família. Através da compilação desses arquivos familiares, o filme reorganiza os fragmentos de um mistério até hoje sem solução.

Nossos ingressos podem ser adquiridos por R$ 12,00 na bilheteria do cinema ou no site ingresso.com . Idosos, estudantes, bancários sindicalizados, jornalistas sindicalizados,portadores de ID Jovem e pessoas com deficiência pagam R$ 6,00. Aceitamos Banricompras, Visa, MasterCard e Elo.

CINEBANCÁRIOS
Rua General Câmara, 424 – Centro – Porto Alegre
Fone: 34331205
Email: cinebancarios@sindbancarios.

NOTA: Confira a minha crítica sobre Bacurau clicando aqui.