BRASILEIROS CONTEMPORÂNEOS
Sala
 Redenção – Cinema Universitário e Sesc/RS se unem mais uma vez para 
apresentar a mostra Brasileiros Contemporâneos. Serão exibidos
 seis filmes de diferentes cineastas, todos realizados nos últimos três 
anos. 
Aquarius (2016), direção de Kleber Mendonça Filho, abre a 
programação. Muito se falou sobre o filme, que se destacou de forma 
importante no Festival de Cannes em 2016. Tanto pela qualidade do filme 
quanto pela denúncia que fez ao mundo sobre os acontecimentos
 no Brasil. Pode-se analisar o filme de diferentes ângulos e gostaríamos
 de destacar apenas alguns.
Aquarius é um filme de resistência. Resistência ao esquecimento, à
 solidão, ao capitalismo que engole tudo – e também à barbárie que anda 
de mãos dadas a ele. Uma história que nos prende do início ao fim, com 
uma trilha sonora incrível e, acima de tudo,
 que faz uma ode à vida. Interessante pensar no filme em diálogo com O Quarto Verde
 (1978) de François Truffaut. Dois filmes delicados que falam de perdas,
 de memórias e de resistência. No caso de Truffaut, no entanto, a 
relação estabelecida era por
 meio da morte, já em Aquaris a relação que une todas as coisas é o desejo pela vida, que é feita de memórias de tudo o que se vive.
Sinfonia da Necrópole (2016) é o
 primeiro longa solo de Juliana Rojas, após ela ter dividido a direção de Trabalhar cansa
 (2011) com Marco Dutra. Sinfonia é um musical, isto é, Rojas constrói 
uma sátira provocativa – que começa pelo título – a respeito de dois 
elementos bastante importantes
 quando se pensa em um musical. Romantismo e padrão de beleza. Ao mesmo 
tempo, o longa trata também, como em
Aquarius, sobre especulação imobiliária. A realizadora põe na 
tela o jogo desumano que se estabelece entre os interesses do mercado e 
da sociedade. Sociedade aqui composta por pessoas mortas já que se trata
 de especulação imobiliária em um cemitério.
 Despejar pessoas mortas. A verticalização não poupa nem aqueles que já 
partiram, que um dia pensaram que tinham um lugar para cair morto. Em 
tom de comédia, mas de forma ácida, o que assistimos é uma forte crítica
 à especulação realizada de forma fria e calculista
 em busca sempre, no final das contas, de lucro, pouco se importando se 
vai prejudicar a vida – ou a morte – da população. Vale lembrar que o 
cemitério é uma alegoria da cidade que, aqui não poupa nem os vivos nem 
os mortos. O filme, de certa forma, dialoga
 com Incidente Antares, último romance escrito por Érico Veríssimo, embora a diretora tenha declarado que suas referências são todas cinematográficas.
O silêncio do Céu,
 coprodução de
 Brasil e Uruguai, terceiro longa de Marcos Dutra, é um filme sobre 
estupro. Fobia. Silêncio. Culpa. Violência. Elementos que combinados, no
 caso do filme, causam uma tensão imensa não apenas no casal 
protagonista do longa, mas também no espectador. A personagem
 sofre um estupro. O marido, que tem pânico, testemunha sem ela saber. 
Um enorme silêncio sobre a violência que a mulher sofre corrói a relação
 e desencadeia uma série de acontecimentos. Como em
Paulina, de Santiago Mitre, a forma como a personagem lida com o 
trauma perturba o marido e inquieta os espectadores, que precisam 
acompanhar o desenrolar da trama e do suspense para saber como a tensão 
terá fim.
Cinema Novo
 (2016) trata do movimento
 cinematográfico que revolucionou o cinema brasileiro nos anos 1960, 
1970. É um cine-manisfesto, um filme-ensaio e um documentário-poético 
realizado por Eryk Rocha, filho de Galuber Rocha. O documentário ganhou o
 Olho de Ouro do Festival de Cannes de 2016.
 Sétimo filme de Rocha, este é o mais pessoal por tudo o que envolve a 
sua realização. Já que Glauber é um dos maiores expoentes do movimento. O
 longa nos oferece a possibilidade de viajar pela história do movimento 
por meio de vários depoimentos ao mesmo tempo
 em que projeta cenas dos filmes comentados. Eryk Rocha resgata 
entrevistas com falas de Glauber, é claro, e também de Joaquim Pedro 
Andrade entre outros realizadores. Um dos depoimentos em destaque é o de
 Carlos Diegues, ao lembrar o desejo dos realizadores
 por descobrir uma linguagem brasileira e de como a amizade entre eles 
foi fundamental para a construção do movimento.
Campo Grande
 (2015), segunda longa-metragem
 de ficção de Sandra Kogut, é um filme sobre calamidade. Calamidade 
pública e privada. Calamidade pública na cidade do Rio de Janeiro e de 
Campo Grande, bairro da zona oeste da cidade. E calamidade na vida 
privada de alguns moradores deste subúrbio e também
 de uma moradora da classe alta de Ipanema. Após duas crianças serem 
deixadas na porta de seu prédio em Ipanema, sem ideia se os pais irão 
voltar para buscá-los, a personagem, após resistir, se vê obrigada a 
mergulhar ao mesmo tempo no caos de sua própria vida
 e no das crianças para juntos encontrar uma saída. Filme delicado, 
muito bem dirigido por Kogut que a partir de um conflito descortina 
vários. Documentarista e com formação em artes visuais, a realizadora 
faz uso – no bom sentido -  dessa formação para construir
 uma narrativa sem melodrama, além do drama que sustenta o filme.
O Signo das Tetas (2015), segundo
 longa do maranhense Frederico Machado, é um road movie. E nele 
há caos, fragmento, delírio. Silêncios e gritos. O Signo das tetas é uma
 filme alucinado, sobre um personagem em conflito, sofrendo com 
sentimentos melancólicos. Ele erra – errante – e se
 movimenta pela vida com lembranças e memórias que insistem em não 
deixa-los (e vice-versa). E cabe a nós espectadores acompanhá-lo em sua 
jornada.
Tânia Cardoso de Cardoso
Coordenadora e curadora da Sala Redenção – Cinema Universitário.
1 de novembro | quarta-feira | 16h
9 de novembro | quinta-feira | 19h
Aquarius
(Brasil | 2016 |146min). Direção: Kleber Mendonça Filho.
Clara
 tem 65 anos, é jornalista aposentada, viúva e mãe de três adultos. Ela 
mora em um apartamento localizado na Av. Boa Viagem,
 no Recife, onde criou seus filhos e viveu boa parte de sua vida. 
Interessada em construir um novo prédio no espaço, os responsáveis por 
uma construtora conseguiram adquirir quase todos os apartamentos do 
prédio, menos o dela. Por mais que tenha deixado bem
 claro que não pretende vendê-lo, Clara sofre todo tipo de assédio e 
ameaça para que mude de ideia.
1 de novembro | quarta-feira | 19h
3 de novembro | sexta-feira | 16h
10 de novembro | sexta-feira | 19h
Sinfonia da Necrópole (Brasil
 | 2016 | 94min). Direção: Juliana Rojas.
Deodato
 é um aprendiz de coveiro não muito animado com a profissão. Sua rotina 
melhora quando Jaqueline surge no cemitério. Funcionária
 do serviço funerário, ela inicia um levantamento sobre túmulos 
abandonados com a ajuda do rapaz. A paixão o impede de pedir demissão, 
mas estranhos eventos continuam a abalar seu estado psicológico.
3 de novembro | sexta-feira | 19h
6 de novembro | segunda-feira | 16h
O silêncio do céu
(Brasil, Chile | 2016 | 102min). Direção: Marco Dutra. 
Diana
 carrega consigo um grande trauma: ela foi vítima de um estupro dentro 
de sua própria residência. Entretanto, ele prefere esconder
 o caso e não contar para ninguém. Mario, seu marido, também tem seus 
próprios segredos - mistérios que, ocultos, estão matando aos poucos a 
relação do casal.
6 de novembro | segunda-feira | 19h
7 de novembro | terça-feira | 16h
Cinema Novo
(Brasil | 2016 | 90min). Direção: Eryk Rocha. 
Um
 ensaio poético, um olhar aprofundado e um retrato íntimo sobre o Cinema
 Novo, movimento cinematográfico brasileiro que colocou
 o Brasil no mapa do cinema mundial, lançou grandes diretores (como 
Glauber Rocha, Nelson Pereira dos Santos e Cacá Diegues) e criou uma 
estética única, essencial e visceral que mudou a história do cinema e a 
história do Brasil para sempre.
7 de novembro | terça-feira | 19h
8 de novembro | quarta-feira | 16h
Campo Grande
(Brasil | 2016 | 108min). Direção: Sandra Kogut. 
Regina
 é uma mulher de 50 anos que mora na privilegiada Zona Sul do Rio de 
Janeiro. Certo dia, ela encontra na sua porta Rayane,
 uma menina de cinco anos que claramente não é da região, e Ygor, seu 
irmão mais novo. Regina, sem saber o que fazer, pensa em levá-los ao 
orfanato, mas é convencida pela filha adolescente de deixá-los passar a 
noite. Decidida a ajudá-los a encontrar sua família,
 Regina tem contato com um mundo que não conhecia.
9 de novembro | quinta-feira | 16h
10 de novembro | sexta-feira | 16h
O Signo das Tetas (Brasil | 2015 | 68min). Direção: Frederico Machado.
Um
 homem, que vive no limite entre razão e loucura, está em busca de seu 
passado. Para isso, ele percorre diversas cidades do interior
 do Maranhão para tentar reconstruir sua história. Nesse "road movie", 
ele vai conhecer os mais variados tipos de pessoas e reencontra signos 
de sua vida, mostrando um possível caminho para sua salvação.
MOSTRA SESC DE CINEMA
Mostra Sesc de Cinema é
 resultado do edital nacional lançado em 2016 para seleção de filmes nas
 modalidades curta e longa-metragem, foram 1250 inscritos em todo o 
Brasil,
 destes 957 tiveram as documentações validadas para avaliação, sendo 850
 curtas e 107 longas. Desse universo foram selecionados para compor a 
primeira Mostra Sesc de Cinema 34 obras, sendo 8 longas e 26 curtas 
metragens. Com esse recorte espera-se apresentar
 um panorama da produção audiovisual atual nas cinco regiões do país, 
propiciando ao público acesso à conteúdos que abordam, representam e 
constituem um apanhado de temas, questões, expressões e propostas 
estéticas que possibilitem discussões e reflexões, trazendo
 contribuições para nosso desenvolvimento individual e coletivo. 
As
 obras apresentam diversas temáticas, versando sobre questões de gênero,
 sexualidade, afetividade, psique, problemas urbanos, memórias, magia e 
infância, arte e seus processos.
 As exibições por conta da confluência e relação de assuntos tratados, 
estão organizadas em programas: “Das dores da alma e do corpo”, “Dos 
afetos”, “Das questões urbanas”, “Dos processos criativos e dos 
artistas” e “Do universo infanto-juvenil”.
A
 Mostra Sesc de Cinema convida ao público para fazer essa imersão nessa 
produção audiovisual ampliada do país, composta por diversos estados, 
que certamente possibilitará nos
 conhecermos, se reconhecermos, refletir e ampliar nossos olhares.
Anderson Mueller
Coordenador de Música e Audiovisual do Sesc-RS
PROGRAMA DAS DORES DA ALMA E DO CORPO
13 de novembro | segunda-feira | 19h
14 de novembro | Terça-feira | 16h
O ESTACIONAMENTO

Dir. Willian Bagioli | Ficção | 2016 | 16’30min  | Curitiba (PR)
Jean é um imigrante haitiano que vem para o Brasil. Para sobreviver, ele arruma emprego em um
 estacionamento de carros e passa a viver lá. Jean descobrirá que essa rotina pode ser enlouquecedora.
+
RUBY

Dir. Luciano Scherer, Guilherme Soster e Jorge Loureiro | Ficção | 2015 | 17’30 min | Porto Alegre, (RS)
Ruby é um artista "outsider" que vive sozinho em uma casa próxima à praia.
+
FILHOS DA LUA NA TERRA DO SOL

Dir. Danielle Bertolini | Documentário | 2016 | 15’36 min | Cuiabá (MT)
Filhos da Lua na Terra do Sol trata de forma poética a relação entre pessoas albinas e o sol de
 Cuiabá, considerada uma das cidades mais quentes do Brasil.
+
CARNAVALHA

Dir. Áurea Maranhão e Ramusyo Brasil | Ficção | 2016 | 16 min | São Luís (MA)
Carnavalha é um filme que mostra a preparação e a trajetória de uma menina que é perseguida por
 um estrangulador num dia de carnaval.
14 de novembro | Terça-feira | 19h
15 de novembro | quarta-feira | 16h
TROPYKAOS

Tropykaos
 é realismo caótico. Guima, um jovem poeta, tenta interagir com a 
cidade, fazer parte dela, mas parece.
 Não ter corpo para isso. É o verão mais caloroso dos últimos 50 anos e 
os raios “ultraviolentos” estão por toda parte. O Sol é a metáfora maior
 de um sistema violento que adormece e agride a todos. A sociedade, a 
família, amigos e amores se deformam com o
 calor. Guima parece despertado, parece o primeiro a sentir os 
malefícios da exposição a “Ultraviolência Solar”. Na beira do que pode 
ser o último dos carnavais, Guima enfrenta a cidade e a si mesmo 
buscando a iluminação no trópico caótico. "Melhor filme na
 mostra transições na 16ª Mostra de Cinema de Tiradentes - MG ".
15 de novembro | quarta-feira | 19h
16 de novembro | quinta-feira | 16h
22 de novembro | quarta-feira | 19h
O CACTO

Dir. Arnaldo Barreto | Ficção | 2016 | 16’44 min | Manaus (AM)
CACTO.
 Planta com aparência rude. Demanda menos atenção e cuidado que outros 
tipos de plantas.
 Se adaptam muito bem a ambientes internos. Seus espinhos tem a função 
de protegê-lo contra possíveis predadores. Não parece, mas se trata de 
uma planta bastante sensível.
+
HOTEL CIDADE ALTA

Dir. Vitor Graize | Ficção | 2016 | 25’30 min | Vitória (ES)
Três homens se encontram em um antigo hotel abandonado. Nesse edifício aparentemente sem vida,
 eles buscam construir uma nova história. Suas vozes se misturam ao ruído das ruas.
+
ENZO

Dir. Daniel Duarte | Ficção | 2016 | 17’33 min | Anápolis (GO)
Enzo tem problemas após a morte de sua mãe. Seu irmão mais velho tem que segurar a barra, enquanto
 o garoto luta para saber o que é ou não real.
+
ILHA

Dir. Ismael Moura | Ficção | 2014 | 14’35 min | Cuité (PB)
Em meio ao isolamento, pai e filho vivem presos em suas próprias correntes, tornando seus o mundo
 em uma ilha interior.
PROGRAMA DOS AFETOS
16 de novembro | quinta-feira | 19h
17 de novembro | sexta-feira | 16h
EM 97 ERA ASSIM

Dir. Zeca Brito| Ficcão | 2016 | 90 min | Porto Alegre (RS)
No
 ano de 1997, quatro amigos iniciam um tempo de descobertas. Eles vivem o
 auge da adolescência
 e seus hormônios começam a falar mais alto. Sob o ponto de vista de 
Renato, um tímido garoto de 15 anos, somos levados para este universo. 
Junto aos amigos, Moreira, Alemão e Pilha, ele se depara com as 
primeiras dúvidas e anseios da juventude. E a principal
 delas é perder a virgindade. A solução encontrada é recorrer a uma 
profissional, mas, para isso, precisam de dinheiro. Enquanto encaram os 
deveres escolares e os primeiros grandes amores, os quatro tentam 
conseguir a verba para cumprirem seu objetivo e entrarem
 de vez na vida adulta. Nessa jornada, vão descobrir algo que não se 
ensina nos livros do colégio nem nas revistas masculinas: o valor da 
verdadeira amizade.
17 de novembro | sexta-feira | 19h
20 de novembro | segunda-feira | 16h
O ÚLTIMO RETRATO

Dir. Arthur Tuoto | Ficção | 2016 | 15’25 min | Curitiba (PR)
Amanda precisa lidar com a ausência de Pedro.
+
ESTADO ITINERANTE

Dir. Ana Carolina Soares | Ficção | 2014 | 25 min | Belo Horizonte (MG)
Vivi
 quer escapar de uma relação opressora. Em período de experiência como 
cobradora de ônibus,
 ela trabalha desejando não voltar para casa. A semana passa 
rápido,entre as paradas no ponto final e o itinerário os encontros com 
outras cobradoras fortalecem a mulher trabalhadora e seu desejo de fuga.
 Logo é final de semana e o centro de Belo Horizonte
 já não parece tão longe do bairro Boa Vista.
+
AINDA NÃO LHE FIZ UMA CANÇÃO DE AMOR

Dir. Henrique Arruda | Ficção | 2015 | 15’51 min | Natal (RN)
Greg e Alessandro estão no quarto, se olhando. O sentimento de culpa e nostalgia daquele momento
 até pode marcar para sempre a vida dos dois, mas é apenas uma passagem para permitir que o amor caminhe livremente entre eles.
+
ROSINHA

Dir. Gui Campos| Ficção | 2016 | 14’51 min | Brasília (DF)
No alvorecer da existência, uma rosa desabrocha ao receber as carícias dos últimos raios do sol.
 Um filme sobre amor e sexualidade na terceira idade, e a luta para sobrepujar as convenções sociais.
PROGRAMA DAS QUESTÕES URBANAS
20 de novembro | segunda-feira | 19h
21 de novembro | terça-feira | 16h
A BATALHA DE SÃO BRÁS

Dir. Adrianna Oliveira | Documentário | 2016 | 27’06 min | Belém (PA)
Mercado
 de São Bráz, Belém, Pará, Norte do Brasil. Durante o dia, o espaço é 
uma feira em um prédio
 histórico abandonado, construído em uma época de grande riqueza na 
cidade. Mas nos sábados à noite, o lugar se transforma em uma das 
manifestações do hip-hop: a Batalha de MC’s. Jovens da periferia da 
cidade se reúnem para saber quem é o melhor MC da noite.
+
CATADORES DE HISTÓRIAS

Dir. Tania Quaresma | Documentário | 2016 | 76 min | Brasília (DF)
O
 filme mostra o cotidiano de Catadoras e Catadores de materiais 
recicláveis, que tiram seu sustento
 do que a sociedade descarta e chama de "lixo". Partindo do "lixão da 
estrutural", maior "lixão a céu aberto da América Latina", que fica em 
Brasília, a 18 quilômetros do Palácio do Planalto, o documentário 
desvenda a multifacetada realidade dessas (es) profissionais
 que, apesar das condições sub-humanas de trabalho, conseguem dar 
exemplo de união, dignidade, solidariedade e cidadania. Filmado 
principalmente em Brasília, o longa metragem traz também imagens de 
outras regiões do Brasil, compondo um painel que ajuda a entender
 o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, editado em 2011 e o Movimento 
Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis - MNCR.
21 de novembro | terça-feira | 19h
22 de novembro | quarta-feira | 16h
HOMENS E CARANGUEJOS

Dir. Paulo de Andrade | Ficção | 2016 | 25 min | Recife (PE)
Josué
 está apenas começando a abrir os olhos para o espetáculo multiforme da 
vida e o que ele
 encontra é um mar de miséria. Ao seu redor, uma paisagem peculiar 
formada por lama, caranguejos e seres anfíbios, habitantes da terra e da
 água, meio homens e meio bichos. Seres humanos que se fazem irmãos de 
leite dos caranguejos.
+
LIMPAM COM FOGO

Dir. César Vieira, Conrado Ferrato e Rafael Crespo | Documentário | 2014 | 84’33 min | São Paulo (SP)
“Limpam
 com Fogo” joga luz sobre o problema dos incêndios de favelas em São 
Paulo. Entre pesquisadores
 e políticos, que apontam soluções e complicações, o filme apresenta as 
histórias das vítimas, que mostram como a cidade pode ser cruel com seus
 moradores menos privilegiados. O documentário conta com entrevistas 
reveladoras sobre a relação dos incêndios com
 a especulação imobiliária, trazendo depoimentos do prefeito Fernando 
Haddad (2013-2016), do jornalista Leonardo Sakamoto, de urbanistas de 
renome como Nabil Bonduki, Ermínia Maricato e Ana Paula Bruno, do líder 
do MTST, Guilherme Boulos, além de outras autoridades,
 como os vereadores que participaram da polêmica CPI dos incêndios no 
ano de 2012.
23 de novembro | quinta-feira | 16h
24 de novembro | sexta-feira | 19h
ORQUESTRA INVISÍVEL LET’S DANCE

Dir. Alice Riff | Documentário | 2016 | 19’55 min | São Paulo (SP)
A história de seu Osvaldo, o primeiro DJ do Brasil.
+
CENTRAL

Dir. Tatiana Sager | Documentário | 2016 | 86’30 min | Porto Alegre (RS)
Notícia
 constante nas mídias nacional e internacional, o Presídio Central de 
Porto Alegre é o
 tema do documentário Central. No filme, dirigido por Tatiana Sager e 
co-dirigido por Renato Dornelles, representantes do Poder Judiciário, do
 Ministério Público e pesquisadores analisam a situação crítica da 
prisão, considerada a pior do país pela CPI do Sistema
 Carcerário, da Câmara dos Deputados, em 2008, e alvo de denúncias de 
violações dos direitos humanos feitas à Organização dos Estados 
Americanos (OEA), em 2013. Policiais militares, familiares e, 
principalmente, presos, falam sobre o cotidiano da cadeia, descrevendo
 graves problemas como a superlotação. Imagens inéditas mostram o 
interior das galerias, onde os guardas não entram, e os próprios 
presidiários, organizados em facções, detêm o comando.
PROGRAMA DOS PROCESSOS CRIATIVOS E DOS ARTISTAS
23 de novembro | quinta-feira | 19h
24 de novembro | sexta-feira | 16h
PEDAÇOS DE PASSÁROS

Dir. Andrei Miralha e Marcilio Costa | Ficção | 2015 | 13’12 min | Ananindeua (PA)
O pássaro como metáfora das relações do homem no mundo contemporâneo. Fragmentos, pedaços da vida
 cotidiana abordados poeticamente. “Pedaços de pássaros”.
+
LEVINO

Dir. David Alves e Gui Campos | Documentário | 2016 | 21’38 min | Brasília (DF)
Levino de Alcântara regeu e ensinou música por mais de 70 anos. Aos 91 anos de idade, ele revisita
 suas histórias e revela seus sonhos para o futuro.
+
SOLON

Dir. Clarissa Campolina | Ficção | 2016 | 16’22 min | Belo Horizonte (MG)
Uma
 fábula sobre o surgimento do mundo, apresentado a partir do encontro de
 uma paisagem devastada
 e uma criatura misteriosa. Solon habita o espaço extremamente árido e 
infértil. Aos poucos, ela se destaca da paisagem, aprende a se 
movimentar e explorar seu corpo. Verte água por suas extremidades e 
inicia sua missão de regar e nutrir a terra. A paisagem
 se altera e a própria personagem também. Nasce o mundo. Nasce a mulher.
 
+
BANHO DE CAVALO

Dir. Michele Saraiva e Francis Madson | Ficção | 2016 | 5’48 min | Porto Velho (RO)
Banho de Cavalo é sucessão de micronarrativas poéticas sobre uma árvore (Castanheira), uma Amazônia,
 corpos e sujeitos como invenções de determinados pensamentos hiperbolizado da região.
27 de novembro | segunda-feira | 16h
28 de novembro | terça-feira | 19h
CORES E FLORES PARA TITA

Dir. Susan Kalik | Documentário | 2016 | 92 min | Salvador (BA)
Ao
 documentar a foto-ativista, Andréa Magnoni, na construção de uma 
exposição em homenagem ao
 seu tio Renato “Tita”, homem trans morto em 1973, o filme aborda a 
Transgeneridade através dos fatos sobre o tio, que ela traz à tona: sua 
real identidade de gênero, um provável estupro, e as consequências que o
 levaram ao suicídio aos 15 anos. Construindo
 um diálogo entre o vilipêndio vivenciado por ele, há mais de 40 anos, e
 a luta contra a transfobia nos dias atuais, o filme traz à luz 
depoimentos de pessoas trans que foram fotografadas para a composição da
 exposição fotográfica homônima, realizada por Magnoni
 em maio de 2016. São quatro mulheres trans/travestis e quatro homens 
trans em diferentes idades e vivências, em depoimentos sobre suas 
conquistas, suas dores, descobertas e, principalmente, sua militância e a
 coragem de lutar para serem respeitados por serem
 quem são.
27 de novembro | segunda-feira | 19h
28 de novembro | terça-feira | 16h
A DAMA DO RASQUEADO

Dir. Marinete Pinheiro | Documentário | 2017 | 75 min | Campo Grande (MS)
A
 trajetória da cantora Delinha, que juntamente com Délio criaram o 
gênero rasqueado no antigo
 Mato Grosso, seguindo a vida artística cantando somente músicas 
autorais aos 80 em MS anos é a cantora com a maior discografia da 
história.
29 de novembro | quarta-feira | 16h
30 de novembro | quinta-feira | 19h
MATÉRIA DE COMPOSIÇÃO

Dir. Pedro Aspahan | Documentário | 2013 | 12’22 min | Belo Horizonte (MG)
Documentário
 sobre o processo de criação da composição musical contemporânea na 
relação com o
 cinema. Entregamos um mesmo vídeo ensaio a três compositores: Guilherme
 Antônio Ferreira, Teodomiro Goulart e Oiliam Lanna, e encomendamos 
deles uma peça musical que dialogasse com o vídeo. Dois anos depois, 
após acompanhar todo o processo, da composição aos
 ensaios, concerto, gravação e mixagem das músicas, chegamos a este 
filme.
PROGRAMA DO UNIVERSO INFANTOJUVENIL
30 de novembro | quinta-feira | 16h
ASTROGILDO E A AERONAVE

Dir. Edson Bastos | Ficção | 2016 | 13’30 min | Ipiaú (BA)
Astrogildo
 anuncia para jornalistas do mundo inteiro que o seu mais novo invento, 
uma Astronave
 que liga o homem à Deus, vai voar dentro de um dia. Com a ajuda de 
Finício, um menino que sonha em conhecer seu pai, que foi para o céu com
 a ajuda de um avião, Astrogildo terá de enfrentar seus medos para 
conseguir voar.
+
O MELHOR SOM DO MUNDO

Dir. Pedro Paulo de Andrade | Ficção | 2015 | 18 min | São Paulo (SP)
Vinicius não coleciona figurinhas, nem carrinhos, nem gibis. Ele coleciona sons. Mas será possível
 encontrar o melhor som do mundo? 
+
O MENINO DO DENTE DE OURO
Dir. Rodrigo Sena | Ficção | 2014 | 14’41 min | Natal (RN)
Na
 ida para o colégio, Wesley, 12 anos, acaba se envolvendo em uma trama 
perigosa e lucrativa.
 Abordando o limiar da inocência de uma criança e o despertar para a 
juventude, o curta-metragem apresenta atalhos e oportunidades na vida de
 um jovem de periferia.
+
O CHÁ DO GENERAL

Dir. Bob Yang | Ficção | 2016 | 22 min | São Paulo (SP)
Um general aposentado chinês recebe a visita inesperada de seu neto.
+
MEU TIO QUE ME DISSE

Dir. Vanusa Angelita Ferlin | Ficção | 2015 | 10 min | Florianópolis (SC)
Tatiana
 é uma menina muito curiosa e está intrigada com o fato de toda a cidade
 estar eufórica
 com a data de Natal. Numa manhã de dezembro, sua mãe se depara com a 
pergunta que ela um dia teria a certeza que viria: Papai Noel existe 
mesmo? A partir da resposta da mãe, a “pergunta” vai ao quintal brincar 
com os amigos dela, que respondem com muita imaginação.
+
LIPE, VOVÔ E O MONSTRO

Dir. Felipe Steffens e Carlos Mateus| Ficção | 2016 | 8’48 min | Porto Alegre (RS)
Um
 menino vai passar o final de semana no sítio dos avós. Durante uma 
pescaria, ele conhece um
 segredo de seu avô, e acaba fazendo uma nova e inusitada amizade. Este 
filme foi realizado em conjunto com os alunos do 2º ano da escola 
municipal de ensino fundamental Vereador Antônio Giudice, em Porto 
Alegre.
+
PARQUE PESADELO

Dir. Aly Muritiba, Francisco Gusso e Pedro Giongo | Ficção | 2015 | 13’30 min | Curitiba (PR)
As flores brancas nas costas do menino começaram a escurecer. Na guerra para salvar as lendas
 Jurupari está prestes a desaparecer.
CINEMAS EM REDE
Exibição filme
CineDHebate Direitos Humanos
Exibição filme Horizonte Perdido
Horizonte Perdido (EUA | 1937 | 132min). Direção: Frank Capra
08 de novembro | quarta-feira | 19h
Uma
 revolução eclodiu na China e o diplomata Robert Conway é forçado a 
fugir com outros quatro americanos. Mas o avião deles é sequestrado e 
acabam
 indo parar no Tibet, precisamente numa comunidade utópica em que seus 
membros parecem não envelhecer.
SINGULARIDADES
Exibição filmes Sob águas claras e inocentes e Tomou café e esperou
29 de novembro | quarta-feira | 19h
Sob águas claras e inocentes (Brasil | 2016 | Drama
 | 18min). Direção: Emiliano Cunha
O
 curta traz um retrato das últimas horas de vida de um personagem, 
interpretado por vários atores. Enquanto se despede das pessoas
 próximas, busca a redenção e a reconstrução da sua identidade. 
+
Tomou café e esperou
(Brasil | 2013 | Ficção | 13min). Direção: Emiliano Cunha
Carlos vai até a cozinha e prepara um café. O tempo que separa o ontem do agora. Um filme sobre as coisas não faladas, sobre
 os gestos não vividos, sobre os toques não sentidos.
Tânia Cardoso de Cardoso
Coordenadora e curadora
Sala Redenção – Cinema Universitário
(51) 3308-4081
 


 













