Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Sinopse: Nick (Josh Hutcherson) pensa
ter encontrado o paraíso quando se junta ao irmão na Colombia. Uma lagoa
azul-turquesa, uma praia marfim com ondas perfeitas, um sonho para o jovem
surfista canadiano. Aí conhece Maria, uma bela colombiana, por quem se apaixona
loucamente. Tudo parece perfeito ... até que Maria lhe apresenta seu tio Pablo
Escobar (Benicio del Toro).
Escobar O Paraíso Perdido é
um olhar sobre a intimidade do universo do crime organizado, o lado mais
familiar de Pablo Escobar, figura tão idolatrada como odiada. Uma reflexão
sobre o poder, materializada no conflito psicológico vivido por Nick, quando
entra no mundo de um "Deus", e o sonho dá lugar ao pesadelo.
Curiosamente, é um filme que não se aprofunda sobre a figura de Pablo (Del Toro,
ótimo), e tão pouco na sua cruzada em ter chegado aonde chegou, mas da maneira de como ele afetou as pessoas
em sua volta, independente daqueles que ele protegeu ou não.
Sinopse: Sobrevivente de um campo de
concentração nazista, Nelly Lenz (Nina Hoss) ficou desfigurada enquanto esteve
presa. Irreconhecível após uma cirurgia de reconstrução, ela explora a
destruída Berlim à caça de Johnny (Ronald Zehrfeld), seu marido, que ela
acredita ter sido o responsável pela sua delação e, consequentemente, por todo
sofrimento.
No clássico Um Corpo que
Cai de Hitchcock, o personagem de James Stuart tenta a todo custo reconstruir
uma mulher morta que ele amava, através de outra mulher (Kim Novak). Mal sabe
ele que ambas são na realidade a mesma pessoa e que ela foi responsável por ele
cair num jogo de gato e rato no decorrer do filme. Considerado até a pouco
tempo como o melhor filme de todos os tempos, a trama de Um Corpo que Cai já serviu de
inspiração para outros filmes (como Dublê de Corpo), mas sempre com resultados
pouco originais e beirando a imitação.
Porém, Christian
Petzold (do ótimo Barbara) provou que se pode sim, tirar algo de original no
que o mestre do suspense criou e assim nasceu o seu filme Phoenix, baseado no
romance "Le Retour des Cendres", de Hubert Monteilhet, mas que, num
primeiro momento, lembra o clássico de 1958.
A primeira vista parece ser mais um de inúmeros filmes sobre o holocausto, mas
Petzold vai por outro caminho, focando mais as consequências de tais
atrocidades que afligiram inúmeros judeus naquele tempo.
Acompanhamos então
uma trama, ambientada no ano de 1945, aonde conhecemos Nelly Lenz (Nina Hoss, ótima),
uma sobrevivente dos campos de concentração nazistas que, apesar de ter
escapado do sofrimento que passou, sofreu vários ferimentos e seu rosto e ficou
totalmente desfigurado. Sem qualquer terror, vê a desunião das moléculas de sua
própria existência, até que chega a sua vida, Lene Winter (Nina Kunzendorf),
funcionária de uma agência judaica, que toma como missão cuidar e ajudar ela de
todas as maneiras que é capaz. Junto com Lene, chega também à possibilidade de
Nelly reencontrar seu marido. Mas será que ele vai reconhecê-la?
Nina Hoss interpreta
a sofrida Nelly Lenz como se fosse o ultimo papel de sua carreira. O sofrimento
dessa linda personagem nos conquista no primeiro ato, que é mais bem
compreendido no seu segundo. Nos minutos finais do arco final, pode-se dizer
que é um dos mais surpreendentes, e desde já, um dos melhores momentos do cinema
desse ano. Já que a cena por si só é muito bem executada, surpreende o cinéfilo
que assiste e que explica muito de todo o contexto da trama. Claro que, por
melhor que fosse a trama, ela não seria nada sem um grande elenco, que ainda
conta com os bons desempenhos de Nina Kunzendorf e Ronald Zehrfeld, ambos
inspirados em seus papéis. Como um todo, o filme é
modelado com inúmeros momentos inspirados, e que vão melhorando, conforme
descobrimos mais sobre os protagonistas. A narrativa é lenta, mas proposital,
para conhecermos melhor cada personagem daquele mundo, do qual aonde eles tentam
reconstruir o que foi tirado em suas vidas. O cenário destruído “pós-guerra”
nada mais é então do que representação das vidas de cada um que se encontra ali. Todavia, assim como a Fênix mitologia Grega, é uma Alemanha renascida das cinzas da sua autodestruição.
Como eu já disse acima, final é belo, ecoante dessas mesmas memórias, um
assombroso arrepio ao som de “Speak Low” (composto por Kurt Weill). Provavelmente um dos
desfechos mais perfeitos do cinema recente.
Na sexta-feira, 24 de julho, às 20h, oProjeto Rarosfaz
uma homenagem aChristopher Lee, ator monumental que nos deixou no último mês, com a exibição de Cuadecuc, Vampir (1970,
69 minutos), dirigido pelo catalão Pere Portabella, naSala P. F.GastaldaUsina
do Gasômetro(3º andar). Com projeção em DVD e legendas em português, a sessão
tem entrada franca.
Uma das mais importantes produções clandestinas do cinema espanhol,Cuadecuc,
Vampirtraz uma combinação onírica entre ensaio,
documentário e ficção e é definido pelo próprio Portabella como um
“filme-vampiro”. Realizada com negativos roubados da televisão estatal, a
obra se constrói através
das filmagens deConde Drácula(1970), deJesús Franco, comChristopher
Leee as musasMaria RohmeSoledad Mirandano
elenco. Foi rapidamente percebida como uma alegoria sobre avampirizaçãodo povo espanhol pelo regime do generalFrancisco
Franco,mas também como uma desconstrução do cinema de
horror clássico e uma homenagem aos primeiros filmes sobre a história do
vampiro, especialmente Vampyr, de Carl Theodor Dreyer e Nosferatu, de
F. W. Murnau.
Co-idealizado pelo principal colaborador de Portabella, Joan Brossa, Cuadecuc-Vampir marca a transição
doNovo CinemaEspanhol (permitido pelo
Estado) a um período clandestino, ilegal e de total oposição às práticas
do regime de Franco. Com liberdade total e financiamento
próprio, Portabella exerce dois tipos de violência sobre a narrativa
original do filme de Jesús Franco: elimina a cor e substitui a trilha
sonora por uma paisagem de colisões entre imagem e som,em colaboração com
Carles Santos.A imagem em 16mm (os negativos utilizados eram sonoros) força tensões entreo preto ebranco,
que favorecem o estranho
"materialismo fantasmático" de uma análise reveladora dos mecanismos de
construção do ilusionismo do cinema narrativo tradicional.
Pere Portabella é um dos nomes mais importantes da cinematografia espanhola. No final dos anos
1950, fundou a produtora Films 59, responsável por alguns dos marcos inaugurais doNovo CinemaEspanhol,
como a obra de estreia de Carlos Saura, Los Golfos (1958) e El
Cochecito
(1960), de Marco Ferreri. Também co-produziu Viridiana (1961), o
retorno escandaloso de Luis Buñuel ao país. Mais recentemente, produziu
Trem de Sombras (1997), obra-prima de José Luís Guerín, um dos
principais nomes do cinema contemporâneo da Catalunha. Portabella
começou a dirigir filmes experimentais a partir da segunda metade dos
anos 1960, com destaque para Nocturno 29 (1968). Nos anos 1970, com o
endurecimento dos últimos anos do regime franquista, teve seu passaporte
cancelado e acabou proibido de realizar filmes
no país. Cuadecuc-Vampir foi exibido em Cannes e no MoMa, em Nova York,
sem a presença do diretor.
PROJETO RAROS
24/07 – 20h
CUADECUC, VAMPIR
(Espanha, 1970, 69 minutos)
Direção: Pere Portabella
Elenco: Christopher Lee, Soledad Miranda, Maria Rohm, Herbert Lom, Jack Taylor.
Exibição em DVD com legendas em português
GRADE DE HORÁRIOS
21 a 26 de julho de 2015
21 de julho (terça-feira)
15:00 – Hamlet
17:00 – Batguano
19:00 – Jornada ao Oeste
22 de julho (quarta-feira)
15:00 – Hamlet
17:00 – Batguano
19:00 – Jornada ao Oeste
23 de julho (quinta-feira)
15:00 – Hamlet
17:00 – Batguano
19:00 – Jornada ao Oeste
24 de julho (sexta-feira)
15:00 – Hamlet
17:00 – Batguano
19:00 – Jornada ao Oeste
20:00 – Projeto Raros (Cuadecuc, Vampir, de Pere Portabella)
25 de julho (sábado)
15:00 – Hamlet
17:00 – Batguano
19:00 – Jornada ao Oeste
26 de julho (domingo)
15:00 – Hamlet
17:00 – Batguano
19:00 – Jornada ao Oeste
Sala P. F. Gastal
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Av. Pres. João Goulart, 551 - 3º andar - Usina do Gasômetro
Fone 3289 8133 www.salapfgastal.blogspot.com
Sinopse: Dr. Hank Pym
(Michael Douglas), o inventor da fórmula/ traje que permite o encolhimento,
anos depois da descoberta, precisa impedir que seu ex-pupilo Darren Cross
(Corey Stoll), consiga replicar o feito e vender a tecnologia para uma
organização do mal. Depois de sair da cadeia, o trambiqueiro Scott Lang (Paul
Rudd) está disposto a reconquistar o respeito da ex-mulher, Maggie (Judy Greer)
e, principalmente, da filha. Com dificuldades de arrumar um emprego honesto,
ele aceita praticar um último golpe. O que ele não sabia era que tudo não
passava de um plano do Dr. Pym que, depois de anos observando o hábil ladrão, o
escolhe para vestir o traje do Homem-Formiga.
Muitos reclamam que a Marvel
somente usa a velha fórmula de sucesso de sempre (aventura com toques de humor)
desde o seu primeiro Homem De Ferro (2008), mas que pelo visto tem dado muito certo.
Na realidade o estúdio bem que ousa em arriscar algo de novo, principalmente no
caso de levar para o cinema personagens desconhecidos pelo público em geral,
como foi no caso de Guardiões das Galáxias do ano passado e rendeu um grande
sucesso. Agora, adaptar um personagem como o Homem Formiga que, embora tenha
sido membro fundador dos Vingadores, sempre foi um personagem que sozinho nunca
conseguiu segurar uma HQ solo e sem duvida esse poderia ser o primeiro grande
tiro no pé do estúdio.
Poderia, porque a Marvel acerta
novamente, mesmo com as jaz conhecidas diferenças criativas que o estúdio teve
com o diretor Edgar Wright (Todo Mundo Quase Morto) e contratando em seu lugar
o diretor de comédias Peyton Reed (Sim Senhor!). A troca não poderia deixar de
ser mais do que acertada, pois Reed respeitou a visão original que Wright tinha
com relação ao universo do personagem e preservou muito daquilo que ele havia
criado: filme de aventura familiar com boas doses de humor certeiro.
O filme resgata um pouco
daquele clima de filme de aventura ao estilo “sessão da tarde”, sendo que, não
é a toa que a trama começa justamente nos anos 80, época mais dourada para esse
gênero. O filme já dá entender que é também conectado ao universo já estabelecido
da Marvel no cinema, mas que felizmente, isso se torna um mero detalhe no decorrer
do filme e não lhe exige que você seja obrigado a assistir o que já passou no
cinema (diferente do que aconteceu no último Vingadores). Aliás, é preciso dar
uma salva de palmas para os técnicos de efeitos visuais, ao apresentar um Michael
Douglas rejuvenescido e idêntico o da época de quando ele ganhou um Oscar pelo
filme Wall Street.
Voltando ao presente, descobrimos
que o Dr. Hank Pym (Douglas) tenta a todo o custo em fazer com que o seu
invento de encolhimento não caia nas mãos do ambicioso e ex-pupilo Darren Cross
(Corey Stoll). Para isso, recorre ajuda a sua filha Hope Van Dyne (Evangeline
Lilly) e a um ex- presidiário Scott Lang (Paul Rudd), especialista em roubos,
mas que procura uma forma de se redimir e voltar a rever a sua filha. A reunião
do trio se cria mais do que uma aliança, mas uma forma de resolver os problemas
familiares que cada um deles tem.
É ai que vem o grande charme
desse filme, pois a ação, pelo menos na primeira uma hora da trama, é deixada
um pouco de lado, para dar espaço às típicas histórias de conflitos entre pais
e filhos que, embora previsíveis, aqui funcionam como uma beleza e se casam
muito bem com as cenas de humor, que por sinal são muitas. É muito divertido
ver o velho Homem formiga ensinando passo a passo o seu sucessor, desde a
maneira melhor de usar a sua roupa especial (a cena da fechadura é hilária), como
também saber controlar e pedir ajuda as inúmeras formigas que existem. Neste ponto, os efeitos especiais são fantásticos,
mostrando inúmeros detalhes desse mundo diminutivo e nos brindando então com um
novo olhar desse universo estabelecido do estúdio.
Em termos de ação, o filme
não deixa nada a desejar, mesmo não tendo a mesma escala de grandiosidade de
filmes como Vingadores. As cenas que vemos o protagonista aumentando, diminuindo
e enfrentando os vilões são dinâmicas e se casando muito bem com uma montagem de
cenas frenéticas. Difícil dizer qual é a melhor sequência, mas aquela cena em
que o herói e vilão (Jaqueta Amarela) se enfrentam em meio aos brinquedos de um
quarto, para se encaminhar para momentos imprevisíveis, serve somente para provar
o quão longe o personagem pode chegar dentro do cinema, desde que seja muito
bem dirigido.
Com pistas que dão a
entender que o personagem irá futuramente se interagir cada vez mais com os personagens
já estabelecidos do universo cinematográfico da Marvel, Homem Formiga é uma
prova que aventuras de super heróis no cinema podem ser tanto descompromissadas,
como também ricas em detalhes dos quais nós meros mortais não enxergamos ao
olho nu.
Sinopse: Dr. Hank Pym (Michael Douglas), o inventor da fórmula/ traje que permite o encolhimento, anos depois da descoberta, precisa impedir que seu ex-pupilo Darren Cross (Corey Stoll), consiga replicar o feito e vender a tecnologia para uma organização do mal. Depois de sair da cadeia, o trambiqueiro Scott Lang (Paul Rudd) está disposto a reconquistar o respeito da ex-mulher, Maggie (Judy Greer) e, principalmente, da filha. Com dificuldades de arrumar um emprego honesto, ele aceita praticar um último golpe. O que ele não sabia era que tudo não passava de um plano do Dr. Pym que, depois de anos observando o hábil ladrão, o escolhe para vestir o traje do Homem-Formiga.
A Nação que Não Esperou por Deus
Sinopse: O documentário gira em torno da tribo indígena Kadiwéu que vive no Mato Grosso do Sul. A diretora visitou a tribo primeiramente em 1999 para gravar outro filme e agora em 2013/2014. Nesses quase 15 anos, a luz elétrica, a televisão e as igrejas evangélicas chegaram ao local, além da luta de terra dos Kadiwéu contra os pecuaristas. A intenção é analisar os diferentes caminhos da tribo perante os acontecimentos.
Phoenix
Sinopse: Sobrevivente de um campo de concentração nazista, Nelly Lenz (Nina Hoss) ficou desfigurada enquanto esteve presa. Irreconhecível após uma cirurgia de reconstrução, ela explora a destruída Berlim à caça de Johnny (Ronald Zehrfeld), seu marido, que ela acredita ter sido o responsável pela sua delação e, consequentemente, por todo sofrimento.
Sentimentos que Curam
Sinopse: Boston, Estados Unidos. O fato de Cameron (Mark Ruffalo) ser maníaco-depressivo não impediu que Maggie (Zoe Saldana) se envolvesse com ele. O casal teve duas filhas, mas os constantes colapsos nervosos de Cameron fizeram com que eles deixassem de morar juntos, por mais que mantivessem contato constante. Em 1978, devido às dificuldades financeiras, Maggie resolve fazer um curso de especialização em Nova York, com duração de 18 meses. A saída para que o plano dê certo é que Cameron deixe o hospital psiquiátrico em que vive para voltar a morar em casa, cuidando das garotas, com Maggie visitando o trio aos finais de semana. Trata-se de um grande desafio para Cameron, que precisa assumir de vez as responsabilidades de pai e aprender a controlar a própria doença.
Nós Somos as Melhores!
Sinopse: Bobo (Mira Barkhammar) e Klara (Mira Grosin) têm 12 anos e são amigas inseparáveis. Elas são fãs de punk e sentem-se deslocadas na escola e em suas famílias, já que todos dizem que o punk morreu. Um dia, como provocação a um grupo de garotos, elas resolvem montar uma banda. Não demora muito para que convidem para o grupo Hedvig (Liv LeMoyne), devido ao seu talento no violão. Entretanto, Hedvig é cristã e nada tem a ver com o estilo punk de ser, tendo que ser iniciada no movimento por Bobo e Klara.