Sinopse: Passion
conta a história de uma cruel luta pelo poder entre duas executivas de alto
nível. Christine é elegante, confiante e ambiciosa. Já Isabelle, a tímida mas
brilhante novata protegida por Christine, começa a ter algumas de suas ideias
roubadas... Christine entra num jogo perverso, humilhando e dominando Isabelle.
Mas quando esta última tem um caso com um dos amantes de sua colega de
trabalho, a guerra é declarada entre as duas.
Para o bem ou para o
mal, Brian De Palma sempre ficou marcado pela sua forma de filmar, que por
vezes lembra muito a forma que Alfred Hitchcock filmava. Porém, a sua visão
pessoal de se fazer cinema foi cada vez mais se desvencilhando da visão do
mestre do suspense e que conforme o tempo acabou ganhando identidade própria.
Nos últimos anos, De Palma tentou se renovar em filmes como o perturbador Guerra
sem Cortes, mas os fãs pelo visto clamaram para ele retornar em fazer o seu
cinema de antigamente e a resposta é Passion.
Se formos observar,
Passion na realidade chega um tanto que atrasado nos cinemas, pois mais parece
um filme dos anos 90 e aqueles vistos no inicio do ano 2000. Se por um lado
isso é falho, por outro da á sensação de nostalgia da forma que o cineasta
gostava de fazer um filme noir no seu estilo como Vestida para Matar, Femme
Fatale e Irmãs Diabólicas. Aqui há uma trama de desejo, ambição, traição e surpresas,
que embora boas, por vezes soam meio que forçadas.
O elenco encabeçado
por ótimas atrizes como Rachel McAdams, Noomi Rapace e Karoline Herfurth compensam nos momentos que a gente sente a
sensação que faltou alguma coisa na trama, principalmente nos momentos de
virada da historia. Pelo menos, De Palma continua um gênio na forma de se fazer
suspense, onde se destaca a cena do balé, que se divide com uma cena importante
de assassinato. É nesse momento que
assistimos os dois momentos chaves numa única tela dividida em duas, remetendo
os bons e velhos tempos do cineasta.