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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Cine Dica: Passion (2012)


Sinopse: Passion conta a história de uma cruel luta pelo poder entre duas executivas de alto nível. Christine é elegante, confiante e ambiciosa. Já Isabelle, a tímida mas brilhante novata protegida por Christine, começa a ter algumas de suas ideias roubadas... Christine entra num jogo perverso, humilhando e dominando Isabelle. Mas quando esta última tem um caso com um dos amantes de sua colega de trabalho, a guerra é declarada entre as duas.

Para o bem ou para o mal, Brian De Palma sempre ficou marcado pela sua forma de filmar, que por vezes lembra muito a forma que Alfred Hitchcock filmava. Porém, a sua visão pessoal de se fazer cinema foi cada vez mais se desvencilhando da visão do mestre do suspense e que conforme o tempo acabou ganhando identidade própria. Nos últimos anos, De Palma tentou se renovar em filmes como o perturbador Guerra sem Cortes, mas os fãs pelo visto clamaram para ele retornar em fazer o seu cinema de antigamente e a resposta é Passion.
Se formos observar, Passion na realidade chega um tanto que atrasado nos cinemas, pois mais parece um filme dos anos 90 e aqueles vistos no inicio do ano 2000. Se por um lado isso é falho, por outro da á sensação de nostalgia da forma que o cineasta gostava de fazer um filme noir no seu estilo como Vestida para Matar, Femme Fatale e Irmãs Diabólicas. Aqui há uma trama de desejo, ambição, traição e surpresas, que embora boas, por vezes soam meio que forçadas.
O elenco encabeçado por ótimas atrizes como Rachel McAdams, Noomi Rapace e Karoline Herfurth compensam nos momentos que a gente sente a sensação que faltou alguma coisa na trama, principalmente nos momentos de virada da historia. Pelo menos, De Palma continua um gênio na forma de se fazer suspense, onde se destaca a cena do balé, que se divide com uma cena importante de assassinato. É nesse momento  que assistimos os dois momentos chaves numa única tela dividida em duas, remetendo os bons e velhos tempos do cineasta.
Pode não ser um retorno definitivo ao cinema que o consagrou, mas é sempre bom ver Brian de Palma indo contra a maré e fazendo cinema do seu modo.  


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Cine: Especial: Cinema 2014: O que vem por ai: Parte 2


Na falta de idéias criativas, os produtores de cinema sempre se rendem ao passado, mais precisamente aos heróis e vilões que fizeram sucesso. Esse ano se tem novamente uma leva de personagens conhecidos que retornam as telas para conquistar uma nova geração de cinéfilos e despertar uma nostalgia dos antigos. Só para se ter uma ideia, irá haver dois filmes do Hércules em 2014. Abaixo solto cartazes e trailer de  Robocop, Godzilla, Os Cavaleiros do Zodíaco: Lenda do Santuário, Malévola, Hércules, Hércules: As Guerras Trácias, As Tartarugas Ninja, Noé e Drácula 3D.












Hércules: As Guerras Trácias (ainda sem trailer)

Tartarugas Ninja (ainda sem trailer)  


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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Cine Dica: Em Blu-Ray e DVD: É O FIM


Sinopse: Os grandes amigos Seth Rogen e Jay Baruchel vão em uma festa na casa do ator James Franco, que reuniu diversas celebridades no local, como Jonah Hill, Rihanna, Jason Segel e Emma Watson. Tudo corria bem até que um aparente terremoto se revela como sendo o dia do julgamento final. Rogen, Baruchel, Franco, Hill, Danny McBride e Craig Robinson acabam se vendo presos no local na torcida para que o mundo pare de acabar do lado de fora.

O cinema sempre esta sendo invadido por filmes apocalípticos, sendo uns cheios de aventura e efeitos visuais (2012), ou outros levados mais para o drama (Melancolia). No caso de É o Fim, além de ser uma comedia em meio ao juízo final, é uma inusitada historia, que mostra como iria reagir certas celebridades no dia do julgamento. O que vemos não é atores interpretando personagens e sim eles mesmos, sendo uma situação pouca vezes vista no cinema.
Claro, que não quer dizer que a personalidades deles mostrada no filme seja exatamente o que é na vida real, sendo que eu acredito que seja uma representação caricata do que as pessoas acham do que eles sejam fora das telas. Sendo assim, vemos os nossos conhecidos atores e comediantes James Franco, Jonah Hill, Seth Rogen, Jay Baruchel, Danny McBride e Craig Robinson agindo não muito diferente dos personagens que eles interpretaram nos filmes (como Ligeiramente Grávidos e Segurando as Pontas). Ou seja: podem esperar muito palavrão, piadas com conotação sexual e várias referências divertidas com relação á outros filmes conhecidos como Harry Potter, 127 horas, Forrest Gump, O Exorcista e Homem que mudou o Jogo.  
Mas o lance mais divertido do filme é que quando começa o apocalipse, muitas pessoas são levadas para o céu, mas as inúmeras pessoas que estão na festa de James Franco acabam não indo, sendo que muitas celebridades morrem (Michael Cera é uma delas) e o restante fica isolado na mansão tentando sobreviver. Durante esse tempo, Jay Baruchel começa acreditar que eles estão ainda na terra por serem pecadores e precisam a aprender de que maneira precisam provar que merecem o céu. Claro que não faltam motivos para eles provarem para eles mesmos que cada um deles não merece a passagem para o paraíso de jeito nenhum, sendo que no ato final, quando um deles consegue a chance, perde unicamente por ser egoísta e mal educado em poucos segundos.
O filme em si, não passa de uma brincadeira no bom sentido, passando a mensagem que vale a pena ser tolerante, compreensivo e companheiro com o próximo, pois basta agir assim  que ganhará a sua passagem na hora do juízo final. Claro que não se pode levar a sério em nenhum momento ao assistir o filme, principalmente para aqueles que forem mais conservadores, pois o filme não poupa nem piadas com relação a Deus e a Jesus Cristo. Sendo assim, seguidores de certo pastor chamado Feliciano passem longe.          
Com participações divertidas como de Emma Watson, É O FIM é a típica comedia para se divertir numa boa, mesmo quando seu cérebro grita para você dizendo que está desperdiçando o seu tempo de vida com isso.


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Cine: Especial: Cinema 2014: O que vem por ai: Parte 1


Não muito diferente dos últimos anos, o cinema de 2014 será novamente invadido por adaptações de HQ. Uns vão viver, outros irão morrer, mas o importante é o cinéfilo que sai ganhando ao assistir boas aventuras no cinema. Abaixo, confiram os trailers  de O Espetacular Homem Aranha 2, Capitão America: Soldado Infernal, X-Men: Dias de Futuro Esquecido, 300 Ascensão do Império e Guardiões das Galáxias.  








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segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Cine Dica: Em Blu-Ray e DVD: EU, ANNA



Sinopse: Sem conseguir dormir direito há semanas devido à recente separação, o detetive Bernie Reid (Gabriel Byrne) ronda a cidade de madrugada. Ao atender uma chamada, ele parte para um apartamento onde encontra um homem morto. Lá vê de relance uma mulher, Anna Welles (Charlotte Rampling), que lhe chama a atenção. Eles apenas se conhecem realmente em uma festa de solteiros e não demora muito para que engatem um relacionamento. O que Bernie não imaginava era que Anna era a assassina que estava procurando.
  
Baseado no best seller internacional de Elsa Lewin, Eu,Anna é o primeiro longa metragem do diretor britânico Barnaby Southcombe, onde em menos de uma hora e meia, nós  joga em um filme de suspense elegante e que nem tudo que nos é apresentado é 100% explicado de imediato. Na verdade, a grande alma do filme fica na própria protagonista, interpretada de uma maneira assombrosa pela atriz britânica Charlotte Rampling (Melancolia). Durante todo o filme, ficamos ao lado de Anna, que sofre com o divorcio recente, mas ao mesmo tempo busca um novo parceiro numas festas de solteiros.
Em uma dessas festas, acaba conhecendo o inspetor chefe Bernie Reid (Gabriel Byrne), que ao mesmo tempo sofre com um possível divorcio, também está investigando um assassinato que aconteceu na cidade. De alguma forma, Anna está envolvida nesse crime, mas até aonde ela é culpada? O diretor destrincha as respostas em flashback, que tanto mostra a noite do crime aos poucos, como também mostra a queda psicológica de Anna e os motivos que a levaram até ali.
Na verdade ao poucos, percebemos que a protagonista não está bem, sendo que ela se mostra realmente sã, no momento que dialoga com a sua filha Emmy (Hayley Atwell), que (aparentemente) mora com ela e com a sua neta recém nascida. Através dessa relação é que se tiremos certas pistas sobre o que se passa realmente com Anna e o que aconteceu com ela. As respostas que vem não são fáceis, principalmente que se cria um sentimento confuso no espectador que assiste com relação à Anna, sendo que não sabemos se sentimos pena ou ficamos bravos com ela devido as suas ações.          
Embora estreando na direção, Barnaby Southcombe surpreende ao criar uma trama que prende a atenção do cinéfilo do começo ao fim e fazer um belo casamento com a sua forma de filmar ao lado de uma trilha sonora de suspense bastante bela de se ouvir. Todos esses ingredientes culminam num final surpreendente, triste, ao mesmo tempo corajoso e poucas vezes visto no cinema. O desempenho de Charlotte Rampling fortalece isso e mesmo sendo mãe do diretor, ela não foi poupada em cenas fortes e que se exigia o melhor dela.     
Embora curto Eu, Anna é uma pequena aula de como se faz um belo suspense, que embora a trama soe familiar, quando se é bem dirigida nos emociona pelos destinos dos personagens que ficam em abertos, que são vitimas de suas próprias ações e que não desejavam estar naquela posição melancólica.        


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Cine Dica: DEPOIS DO ALMOÇO SEGUE EM CARTAZ NO CURTA NAS TELAS

A comédia Depois do Almoço, dirigida por Rodrigo Diaz Diaz, continua em cartaz dentro do projeto Curta nas Telas, entre os dias 17 e 23 de janeiro. As exibições ocorrem na sala 2 do Arcoíris Vitória, acompanhando as sessões das 17h e 19h de Confissões de Adolescente, de Daniel Filho. 

Depois do Almoço narra as descobertas amorosas de duas amigas num típico almoço de domingo onde os maridos estão entretidos com o futebol e os filhos arrumam problemas. Após algumas discussões triviais, segredos são expostos, entre eles um sonho erótico revelador. 
O filme fez parte da 4ª edição da série Fucking Different, projeto idealizado pelo alemão Kristian Petersen, que propõe que diretores expressem suas ideias sobre sexo & amor entre mulheres e que diretoras expressem suas ideias sobre sexo & amor entre homens. As edições anteriores do projeto Fucking Different foram realizadas em Berlim (2005), Nova York (2007) e Tel-Aviv (2008). As compilações foram exibidas em diversos festivais internacionais, como o Festival de Berlim.
  
DEPOIS DO ALMOÇO, de Rodrigo Diaz Diaz (São Paulo, ficção, 13 minutos, 35mm, 2010)
  
Elenco: Gilda Nomacce, Lulu Pavarin 
Produção: Paula Pripas 
Fotografia: Carlos Firmino 
Roteiro: Elzemann Neves 
Direção de Arte: Renata Rugai 
Empresa(s) produtora(s): Filmes de Abril 
Edição de som: Ana Luiza Pereira 
Figurino: Ingrid Furtado 
Montagem: Rodrigo Diaz 

Sobre o Curta nas Telas

O projeto Curta nas Telas é fruto de uma parceria entre a Prefeitura Municipal de Porto Alegre, o Sindicato das Empresas Exibidoras do Rio Grande do Sul e a Associação Profissional dos Técnicos Cinematográficos do Rio Grande do Sul e Brasileira de Documentaristas (APTC – ABD/RS). Seu objetivo é divulgar a produção nacional de curtas-metragens, por meio da exibição dos filmes selecionados no circuito de cinemas de Porto Alegre. Em 40 edições foram exibidos 283 curtas de todo o Brasil. Os doze curtas selecionados na 41ª edição estarão em exibição até 20 de maio de 2014.
Os próximos selecionados na 41ª edição do Curta nas Telas a entrar em cartaz

FUNERAL À CIGANA, de Fernando Honesko – 24 de janeiro a 6 de fevereiro de 2014, no Cineflix

5 HORAS RUMO NORTE, de Paula Sabbaga – 7 a 20 de fevereiro de 2014, no Cinemark.

UMA PRIMAVERA, de Gabriela Almeida – 21 de fevereiro a 6 de março de 2014, no Cinespaço Wallig

PIOVE, IL FILM DE PIO, de Thiago Mendonça – 7 a 20 de março de 2014, na Cinemateca Paulo Amorim

LINEAR, de Amir Admoni – 21 de março a 3 de abril de 2014, no Guion.

MEMÓRIAS EXTERNAS DE UMA MULHER SERRILHADA, de Eduardo Kishimoto – 4 a 17 de abril de 2014, no Espaço Itaú de Cinema.

CHAPA, de Thiago Ricarte – 18 de abril a 1º de maio de 2014, no GNC Moinhos.

A DESCOBERTA, de Ernesto Molinero – 2 a 15 de maio de 2014, no Cinemark.


DIA ESTRELADO, de Nara Normande – 16 a 29 de maio de 2014, no Cineflix.



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sexta-feira, 17 de janeiro de 2014

Cine Dica: Em Cartaz: A grande beleza


Sinopse: Em Roma durante o verão o escritor Jap Gambardella (Toni Servillo) reflete sobre sua vida. Ele tem 65 anos de idade e desde o grande sucesso do romance O Aparelho Humano escrito décadas atrás ele não concluiu nenhum outro livro. Desde então a vida de Jep se passa entre as festas da alta sociedade os luxos e privilégios de sua fama. Quando se lembra de um amor inocente da sua juventude Jep cria forças para mudar sua vida e talvez voltar a escrever.
  
Dono de uma visão incomum na forma de filmar, Paolo Sorrentino havia surpreendido a critica internacional ao arrancar um ótimo desempenho de Sean Penn no filme Aqui é o Meu Lugar e agora chega aos cinemas brasileiros com o seu surpreende A Grande Beleza, cujo protagonista vive em conflitos internos e com relação ao mundo que vive. Aqui existe uma critica feroz (atenção na cena da conversa entre amigos), com relação à alta sociedade da Itália, mais precisamente de Roma, que por mais que vivam no luxo e festas, não escondem o fato de não saberem qual é o seu lugar naquele mundo cheio de luzes e cores. Tudo isso, através de um olhar amadurecido do protagonista, que se vê cansado de tudo, mas buscando algum sentido entre amigos e nas ruas da capital italiana.
Jep Gambardella, interpretado pelo ótimo ator Toni Servillo (visto recentemente A Bela que Dorme) fica perambulando e se fascinando pela sua cidade. Vale destacar, que isso é muito bem representado nos maravilhosos primeiros dez minutos de projeção, onde o diretor avança de um lado para o outro com a câmera, capturando o mais de essencial da cidade e fazendo um resgate da Roma de ontem e hoje. Em meio a isso, testemunhamos o protagonista dançando em meio a inúmeras pessoas (aparentemente) felizes e desfrutando do melhor que as suas vidas podem lhe oferecer consigo próprias.
Em meio a um circulo de pessoas da alta, vemos diálogos maravilhosos, que ao mesmo tempo são tapa na cara para alguns personagens, que se desconstroem com palavras duras, mas verdadeiras. Jep é um que não possui papas na língua, sendo que ele não suporta o fato de ver seus conterrâneos com a faca e o queijo nas mãos, mas ficam dizendo que sempre se sacrificaram na vida, quando na realidade nunca sentiram na pele o verdadeiro significado da palavra. Essa alienação é ainda bem mais sentida no momento que essa classe da alta mergulha num universo cheio de festas, bebida, drogas e sexo, sendo que eles experimentam esses ingredientes noite após noite, talvez por acreditarem que faça eles realmente se sentirem-se vivos.     
Jep, por mais que queira, não se sente acomodado nesse universo que vive, que por vezes se refugia ao passado, se lembrando tanto do seu primeiro amor, como também indo á lugares que o faça se lembrar da grande beleza que foi aquela visão de quando jovem. Ao mesmo tempo ele começa a experimentar algum sentido disso tudo, no momento que começa a dialogar e a observar personagens super interessantes, desde as confissões de um padre quase papa, como também as girafas que somem, que são sequências de grande conteúdo e beleza. Tudo isso moldado por momentos que lembram o melhor da filmografia de Federico Fellini (principalmente A Doce Vida), mas Sorrentino sempre deixou claro que jamais buscou inspiração através da obra desse grande diretor.      
Embora seja um tanto que longo em alguns momentos, A Grande Beleza nos encanta pelo seu incrível visual fantástico e por nos apresentar uma fábula adulta contemporânea que nos remete ao passado glamoroso do cinema Italiano, mas que sobrevive ainda aos dias de hoje com estilo.    


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