A MAIOR BOMBA DO ANO, MAS GRANDE SUCESSO NO BRASIL (ALGUÉM
EXPLICA ISSO?), CHEGA AS LOCADORAS.
Quem sou eu
- Marcelo Castro Moraes
- Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
- Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
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domingo, 2 de junho de 2013
Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: João e Maria: Caçadores de Bruxas
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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sábado, 1 de junho de 2013
Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: Holy Motors
Sinopse:
Monsieur Oscar (Denis Lavant) é um homem sombrio que viaja de uma vida para a
outra. Ele alterna-se entre ser um assassino, um pedinte, um industrial, um
monstro e um pai de família. Ele parece ser um ator representando, mas onde
estão as câmeras? Oscar vaga acompanhado por Céline, que dirige o enorme carro
que o transporta pelos arredores de Paris. Como um assassino que se move de
morte em morte, ele persegue a beleza e o motor da vida, as mulheres e os
fantasmas da sua memória.
A pessoa
acostumada com o cinema convencional, não irá entender coisa nenhuma vista no
filme Holy Motors, mas se eu fosse resumir para esse publico leigo, digo que o
filme em si é uma verdadeira homenagem ao próprio cinema. Dirigido por Leos Carax (Sangue Ruim), acompanhamos o dia a
dia do protagonista (interpretado pelo ator fetiche do diretor, Denis Lavant),
que vive diversos personagens, sendo que quando é ele mesmo, está sempre se
preparando dentro de uma limusine para o próximo personagem que irá interpretar.
O que da a entender, é que o filme se passa num futuro, em que o cinema cada
vez mais procurou novas formas de atrair o publico, ao ponto dos atores e
atrizes interpretarem diversos personagens 24 horas direto, sendo que as câmeras
nem sequer são vista de tão bem escondidas.
Sendo
assim, da à sensação que estamos assistindo diversos curtas, onde uma trama
pode ser bem linear, outra completamente sem sentido e que espectador terá que
tirar suas próprias conclusões com relação ao que viu. Um dos meus momentos
preferidos é quando o protagonista entra numa sala especial, para interpretar
um personagem digital: aqui é mostrada a típica técnica de captura em
movimento, onde ele está interpretado um alienígena guerreiro, que por sua vez
começa há fazer sexo com uma alienígena. Neste momento assistimos tanto a
simulação de sexo com os atores, como também o resultado dos personagens
digitais se acasalando, numa seqüência muito engenhosa.
Como eu
disse acima, é um filme que presta homenagem ao cinema em si, sendo que vemos
tanto momentos em que representa o cinema atual (como a já citada técnica em captura em
movimento), como o inicio do cinema mudo. No começo da projeção, por exemplo,
surge uma cena de um filme mudo, onde o protagonista surge pela primeira vez
presenciando isso numa tela de cinema, mas isso logo depois de abrir uma parede
com uma chave saída de seu dedo. Bizarro? Na realidade o filme lembra até mesmo
alguns dos melhores momentos de filmes como Brazil: O filme, e o final lança
mais perguntas do que respostas para o espectador, mas isso faz que somente
aumente ainda mais a originalidade dessa
bela homenagem que o cineasta faz ao cinema. Não é a toa que toda a trama se
passa em Paris, já que a sétima arte nasceu lá.
Nunca é demais retornar as origens de uma incrível
arte como essa.
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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quarta-feira, 29 de maio de 2013
Cine Dica: Em Cartaz: Terapia de Risco
Sinopse: A trama gira
em torno da jovem Emily Hawkins (Rooney Mara), que acaba de ver o marido
(Channing Tatum) ser libertado da prisão por um crime de colarinho branco.
Mesmo aliviada, Emily tem crises de depressão e busca a ajuda de medicamentos
prescritos para conter a ansiedade. Ela também busca amparo num tratamento
psicológico, lidando com profissionais
(Jude Law e Catherine Zeta-Jones). O tratamento, por mais que comece de forma
positiva, vai gerar consequências inesperadas na vida da jovem.
A quem diga que
Terapia de Risco seria o ultimo filme de Steven Soderbergh, pois o próprio
alega que está muito cansado e que gostaria de encerrar com sua carreira de
cineasta. O caso, que isso já faz alguns anos que ele fica dizendo isso, e
nesse meio tempo, ele tem lançado pelo menos dois ou três filme por ano, sendo
que às vezes até mesmo eu me perco sobre o que já foi lançado dele (o ultimo
que eu vi no cinema foi Contagio). Caso esse venha ser o seu ultimo filme, pelo
menos ele fecharia a carreira com estilo, pois embora não seja uma obra prima,
o filme possui todos os ingredientes que fizeram a sua carreira decolar desde
Sexo, Mentiras e Video tape.
Embora seja com um
elenco pequeno (diferente de outras obras como 11 Homens e um segredo), o filme
não deixa de ser uma teia de inúmeros eventos, a partir do momento que a
protagonista Emily (Rooney Mara) passa a sofrer de depressão e pede ajuda a um
psiquiatra (Jude Law), que por sua vez recorre a uma amiga e psiquiatra
(Catherine Zeta-Jones) para testar na paciente um novo antidepressivo que estão
testando. O caso que tudo ocorre de uma forma inesperada e Emily acaba matando
o seu próprio marido (Channing Tatum) num momento que parecia estar em
sonambulismo, ou efeito do remédio. Do inicio até a metade do filme, o que
assistimos é um verdadeiro jogo de cenas, onde o cineasta cria, o que parece
ser um verdadeiro retrato sobre até onde a depressão de uma pessoa pode levar,
mas nem tudo é o que parece.
Na realidade o
primeiro ato é a construção de um palco, onde os protagonistas (aparentemente)
se apresentam como eles são. Mas a partir do segundo ato, Soderbergh cria uma
verdadeira cebola de tamanho gigante, aonde aos poucos ele vai descascando-a e
revelando a verdadeira personalidade de cada um dos protagonistas e fazendo com
que tudo que imaginávamos até então fique do avesso. Com isso, é preciso dar
palmas para Rooney Mara e Jude Law, pois se no principio eles se apresentam de
uma forma, aos poucos seus personagens vão crescendo de tal forma, que a imagem
da qual ambos tinham no principio, se
torna cada vez mais distante quando eles começam a mudar radicalmente.
O
curioso é observar, que como Soderbergh gosta de fazer filmes da sua autoria,
mas que ao mesmo tempo não perde a oportunidade de fazer uma critica pessoal de
determinado assunto. Se em Traffic ele escancara a verdadeira torre de Babel
sobre o trafico de drogas, aqui ele mostra o submundo sobre o universo
farmacêutico e como eles tratam os seus pacientes como se fosse gado, fazendo
de tudo para que eles tomem os remédios novos que eles vão lançando ao longo
dos anos. Podemos interpretar o filme também como uma espécie de continuação de
Contágio, pois tanto neste como naquele, o cineasta soube muito bem retratar a
hipocrisia daqueles que controlam os remédios perante a uma situação inexplicável,
seja vinda de um vírus ou até mesmo de uma doença mental.
Embora
o final decaia um pouco em soluções fáceis, isso não é o suficiente para tirar
o brilho desse filme elegante, eficiente e que nos prende atenção do inicio ao
fim. Se for a aposentadoria do cineasta, então ele encerrou suas atividades com
honras.
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terça-feira, 28 de maio de 2013
Cine Dica: Em Cartaz: O Massacre da Serra Elétrica 3D - A Lenda Continua
Sinopse: 1974, uma
pequena cidade no interior do Texas. Uma garota escapou de um massacre que
matou cinco pessoas e é criada sem saber a verdade sobre seu passado. Já
adulta, Heather Mills (Alexandra Daddario) é surpreendida ao ser informada que
é a beneficiária da herança de uma avó que nem sabia existir. Ao lado dos
amigos Nikki (Tania Raymonde), Ryan (Trey Songz) e Kenny (Kerum
Milicki-Sanchez), Heather viaja ao Texas para conhecer a mansão que herdou.
Entretanto, ela tem duas regras a seguir: não pode vender a mansão e precisa
seguir à risca as instruções deixadas pela avó em uma carta. O problema é que,
antes mesmo de abrir esta carta, Heather é surpreendida por outro parente que
também sobreviveu ao massacre de décadas atrás.
Quando se acha que
uma franquia já deu o que tinha que dar, eis que surge mais um capitulo, seja
refilmagem, reeboot ou prequel. No caso de O Massacre da Serra Elétrica 3D - A
Lenda Continua, é na realidade uma continuação direta do clássico dos anos 70,
ignorando suas seqüência e refilmagens e injetando algo de novo. Para começar, John
Luessenhop (Ladrões) foi engenhoso em começar o filme com cenas clássicas da
obra original, fazendo o espectador desavisado se situar na trama e reconstituindo
o que aconteceu realmente após aqueles trágicos eventos.
Após uma mirabolante
desculpa (coisas de família), o roteiro entrega algo já bem familiar para os
fãs do gênero: grupo de adolescentes com os hormônios em ebulição, fazem uma
viagem para se hospedarem num determinado lugar, para então cada um deles servirem
de vitimas para Leatherface. Claro que é preciso ter uma heroína linda (talvez virgem) e a bola da vez é Heather, personagem vivida por Alexandra Daddario,
que descobre ter fortes ligações de sangue com a família do assassino. Com os peões
prontos no tabuleiro, ocorrem as típicas cenas de perseguição, que a gente já
sabe muito bem quem vive e quem morre e com altas doses mutilação e sangue,
algo que não foi visto no clássico de Tobe Hopper.
Mas para tentar
surpreender o publico, o ato final entra num território arriscado, onde faz com
que a gente se esforce em ter simpatia com o vilão, fazendo dele uma espécie de anti-herói
e vitima das circunstâncias, enquanto as autoridades locais, que acreditam que
são a lei e a ordem, acabam se tornando os verdadeiros vilões da trama. Não sei
se é correto mexer no que já funcionou e o que deixa o futuro do gênero indefinido,
fazendo a gente temer que sempre surja uma justificativa para que não temamos tanto
esses monstros tão conhecidos nossos.
Seria a onda do
politicamente correto aterrissando até mesmo nos filmes hiper violentos? Espero
que não! Me Sigam no Facebook e Twitter:
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Cine Dica: Programação de 28 de maio a 2 de junho do Cinebancários
CineBancários estreia documentário
sobre ativista do grupo Sendero Luminoso
O CineBancários estreia dia 28 de maio
o documentário Sibila, sobre a trajetória da ativista política Sybila Arredondo
de Argueda. Dirigido por Teresa Arredondo, sobrinha da protagonista.
O filme é uma co-produção entre o Peru, o
Chile, a França e a Espanha e permanece em exibição no CineBancários de 28 de
maio a 2 de junho, nas sessões das 15h e 17h, com ingressos a R$ 6,00 para
público geral e R$ 3,00 para bancários e jornalistas sindicalizados, idosos,
estudantes e clientes do Banrisul.
Com Sibilia, a diretora peruana Teresa
Arredondo recupera em detalhes uma história dramática, que marcou profundamente
a sua família. Quando decidiu fazer seu primeiro longa documental, optou por
abordar este fato que, além de ter ressonâncias íntimas, está diretamente
relacionado à história recente de seu país. Em entrevista concedida por ocasião
do lançamento do filme, a diretora afirmou lembrar em detalhes da noite em que
a história da sua família mudou: “Nós recebemos um telefonema dizendo que minha
tia Sybila estava na prisão acusada de fazer parte do Sendero Luminoso. Eu
tinha sete anos e o silêncio protetor de meus pais me fizeram transformar a
imagem dela em um mistério. Ela ficou na prisão por 15 anos. Hoje ela está
livre e eu quero chegar perto dela, para escutar e entender." O Sendero
Luminoso é uma organiza&cc edil;ão terrorista de inspiração maoísta fundada
na década de 1960 por estudantes e professores de universidades do Peru. A
guerrilha foi quase considerada extinta no final da década de 90, mas
reapareceu na primeira década dos anos 2000.
A diretora Teresa Arredondo nasceu em Lima, no
Peru, em 1978. Estudou documentário na Universidad Autónoma de Barcelona. Lá
ela fez seu primeiro curta-metragem, In Crescendo (2007). Seu segundo
curta-metragem, Días con Matilde (2011), foi premiado em diversos festivais.
Sibila é seu primeiro longa-metragem e ganhou o prêmio de direitos humanos no
BAFICI, o Festival Internacional de Cinema de Buenos Aires.
Sibila, de Teresa Arredondo.
Chile/Peru/França/Espanha, 2012, 95 minutos. Documentário.
Classificação indicativa: 12 anos.
Abismo Prateado entra em cartaz no
CineBancários na sessão das 19h
O CineBancários exibe de 28 de maio a
2 de junho, na sessão das 19h, o longa Abismo Prateado de Karim Aïnouz, baseado
na canção Olhos nos Olhos, de Chico Buarque.
Violeta (Alessandra Negrini), é uma
dentista de 40 anos, casada e com um filho adolescente, que está pronta para
começar mais um dia em sua rotina, entre seu consultório, a academia e um novo
apartamento em Copacabana. Parece ter uma vida dos sonhos, até que recebe um
recado no celular, o que muda drasticamente seu cotidiano, fazendo com que ela
passe por uma dolorosa experiência, durante a qual busca entender a situação,
andando pelas ruas do Rio de Janeiro.
Ingressos: R$ 6,00 para público geral
e R$ 3,00 para bancários e jornalistas sindicalizados, idosos, estudantes e
clientes do Banrisul.
Abismo Prateado, de Karim Ainouz.
Brasil, 2011, 100 minutos. Com Alessandra Negrini e Thiago Martins. Drama.
Classificação Indicativa 14 anos.
Cineterapia exibe Má Educação de
Almodóvar, seguido de bate papo com Manuela D'ávila
O Cineterapia deste mês apresenta o
filme Má Educação, de Pedro Almodóvar (La mala educación, Espanha, 2004, 106
minutos), seguido de bate-papo com a jornalista e deputada federal Manuela
D’Ávila. A exibição tem entrada franca e acontece na segunda-feira, dia 27, às
20h, no Cinebancários.
Considerado um verdadeiro mergulho na
alma masculina e buscando quebrar tabus, a película traz o personagem Ignácio,
um rapaz educado em colégio católico que se apaixona pelo colega de classe,
Enrique. No entanto, Ignácio acaba despertando interesse maior em seu professor
e diretor da escola, Padre Manolo.
Passados os anos, os dois rapazes se
reencontram diante de um bloqueio criativo de Enrique, que agora é cineasta.
Ignácio é aspirante a ator e apresenta a ele o roteiro “A Visita”, parcialmente
elaborado a partir de experiências de vida de ambos.
Em sua 24ª edição e quarto ano consecutivo, o
projeto disponibiliza clássicos que estudam novas formas de desenvolver a
sensibilidade e possibilita análise comportamental por destacados pensadores,
psiquiatras e escritores gaúchos. Já participaram do evento nomes como Thedy
Correa, Frank Jorge, Tatata Pimentel, Jorge Furtado, entre outros.
A mediação da conversa fica por conta dos
terapeutas Cínthya Verri e Roberto Azambuja.
Reservas de ingressos deverão ser feitas pelo e-mail projetocineterapia@gmail.com
Mais informações e horários das sessões, vocês conferem
na pagina da sala clicando aqui.
Mais informações e horários das sessões, vocês conferem
na pagina da sala clicando aqui.
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segunda-feira, 27 de maio de 2013
Cine Dica: Em DVD e Blu-Ray: DJANGO LIVRE
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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domingo, 26 de maio de 2013
Cine Especial(HQ): ESTRANHOS NO PARAÍSO: PARTE 6
"Eu não sei de que tecido é feita
essa nossa vida, mas do outro lado de nossas dores mortais, há um lugar de
santuário".
-Katchoo.
ESTRANHOS NO PARAÍSO - SANTUÁRIO
Sinopse:Após
dez anos sem ver sua melhor amiga, Francine a encontra por acaso em um
restaurante de hotel, mas perde Katchoo de vista antes que possa falar com
ela.Deprimida, mergulhada em um casamento infeliz, Francine desmorona em
lembranças de Katchoo, David e de suas vidas juntos. Aos poucos são reveladas
as razões para as duas terem se separado por tanto tempo. Enquanto isso, a
senhora Peters, preocupada com a infelicidade crônica de sua filha, entra em
contato com Katina Choovanski e proporciona o reencontro das duas.
Às vezes, a gente se
pega recordando de um passado distante, de uma época que não volta mais e que
se da conta de que os pequenos momentos valeram por toda uma vida. Numa época
da escola em que eu era desprezado pelos outros alunos (por ser diferente), nunca
me esqueço de uma amiga que veio até mim para a gente se entreter no salão. Não
era nada demais, apenas ficávamos correndo um do outro, mas são pequenos
momentos como esse que sinto muita saudade. Mas então o que dizer de pessoas
que cruzam as nossas vidas, que nos completa, mas que por um motivo ou outro o
destino acaba nos separando?
Com esse pensamento,
não tinha como não me identificar com Francine, que ao rever de longe a sua
melhor amiga (e grande amor) Katchoo, imediatamente ela se lança em um mar de lembranças,
que na realidade correspondem aos arcos anteriores Love Me Tender, Inimigos
Mortais e Tempos de Colégio. Para os fãs brasileiros dessa HQ, não foi fácil descobrir
como seria esse reencontro, pois a primeira vez que vimos uma Francine mais
velha e observando Katchoo de longe, foram á exatos intermináveis dez anos e que o
ultimo volume Tempos de Colégio havia
sido lançado á seis longos anos. Não foi fácil, mas antes tarde do que nunca e editora HQM lança, não só o melhor arco da série
até aqui, como também a melhor leitura que eu tive nesse ano.
Retornando a trama,
Francine acaba por sem querer perdendo a chance de falar com Katchoo e
imediatamente sucumbe a depressão e bebida em um bar. No retorno para casa, ela
mergulha em boas lembranças em que vivia com Katchoo e David. São impressionantes
nesses momentos os desenhos que Terry Moore cria, pois na pagina 15 ele faz uma
transição entre o futuro e o presente de uma forma tão perfeita, que da a sensação
que estamos assistindo aqueles flashback que acontecem em determinados filmes. De
quebra, Moore cria uma bela homenagem há um dos quadros do pintor Potthast, em
que os protagonistas estão observando em um museu e é aonde acontece uma incrível
coincidência.
De volta ao futuro, Francine deseja loucamente voltar para
casa, mas não se refere ao seu antigo lar com a mãe, mas sim se referindo a
Katchoo. Para a surpresa do leitor, a mãe dela toma uma difícil decisão. Após isso,
somos levados a saber onde Katchoo está vivendo, para logo em seguida receber
uma importante ligação que mudaria os seus próximos dias. Até a pagina 42,
Terry Moore cria um cenário, onde a trama transita entre o humor pastelão e o
mais puro drama, sendo que esse ultimo é muito bem representado por uma Francine
em frangalhos, arrependida de ter tomado certas decisões na vida e de se dar
conta de que não tem como mudar isso.
Mas para a sua surpresa, Katchoo se encontra em sua cozinha,
ao lado de sua mãe e filha fazendo biscoitos. É ai leitor, que a personagem se
desmonta e é nas próximas paginas que
Terry Moore me pegou de jeito: duas paginas, onde o escritor soube transitar
tranquilamente entre a literatura e HQ, onde somos brindados com uma das leituras
mais emocionantes e tristes que eu li esse ano, pois eu me identifiquei tanto
com ela, que faço questão de escrevê-la aqui embaixo para sentir as palavras,
junto com as paginas originais publicadas nos EUA:
SANTUÁRIO: POR KATCHOO.
Quando eu tinha 13 anos,
vi um colega da minha escola
morrer
no concreto, ao
lado de um ônibus escolar.
Na barulhenta brincadeira
das
crianças empurrando,
o garotinho foi atirado
na frente do ônibus que se
aproximava e acabou atropelado.
Esperando pela ambulância,
nós ficamos ao redor
dele,
como uma parede de vida,
e assistimos a sua morte.
Primeiro ele balbuciou
sem poder se mexer, seus
olhos
fechados bem forte.
Mas enquanto a multidão
relembrava o terrível momento,
de
novo e de novo, de vários
pontos de vista, o garoto foi se calando.
Ele abriu
os olhos e olhou além de nossas
silhuetas para ver o sol, numa calmaria de paz.
Então percebi que ele não mais via o céu,
nem sentia a brisa
do outono,
nem sentia dor alguma ou ouvia o som,
dos professores chorando.
Eu não
sei de que tecido
é feita essa nossa vida,
mas do outro lado de nossas
dores
mortais, há um lugar de santuário.
Eu sei por que uma vez estive ao lado
de um
garotinho e o vi encontrá-lo.
Anos depois, segurei a mão de Emma
até ela achar seu santuário
na neve
que caia do lado de fora de sua janela.
Então eu encontrei no banco de
traz
Há algo mais importante
que os
trabalhos que temos e
os papeis que interpretamos.
Algo além da forma
e
da direção das nossas mudanças.
Tem a ver com quem tocamos e porque,
e isso importa
mais do que
podemos entender ou talvez lembrar.
Então, não importa o que aconteceu
ou que foi dito naquele
verão horrível
dez anos atrás, se Francine precisa de mim
eu vou estar aqui
para ela, para segurar
sua mão e fazê-la saber que não esta sozinha.
Eu devo
isso a ela, não da pra ver?
Nos olhos dela, encontrei o meu santuário.
E agora,
quando a vida é feita de sombras
bloqueando o sol, Francine também procura por
isso.
Mas não é irônico que ela procure em mim
por algo que vi nela todo esse tempo?
Não sei, talvez o santuário não seja
realmente encontrado no
sol, na neve ou
nas lagrimas da pessoa amada.
Talvez, quando é o momento certo,
essas coisas simplesmente captem o reflexo
de nossa própria alma e nos lembrem
de
quem realmente somos e de eu nosso lar
nunca esta tão longe assim – apenas além
das silhuetas que escurecem o sol.
Por
causa dessas duas paginas, é que o arco Santuário me
pegou de jeito e me fez querer escrever sobre o que já foi publicado de Estranhos no Paraíso até aqui no Brasil. Eu nunca vi texto
e imagem (um traço quase vivo) se casarem de uma forma tão perfeita, pois não
só nos emocionamos com os pensamentos de Katchoo, como também nas
imagens de uma Francine apertando
fortemente a mão em sua boca, pois da a entender que ela não está acreditando
no que está vendo, que o seu santuário de paz está a sua frente. Acima de tudo,
foi um texto que me identifiquei muito, que me fez mudar de opinião sobre
certos pensamentos pessoais que eu tinha ao longo desses anos e que me fez
revisitar o passado, mesmo ele não estando ao meu alcance.
Após essa explosão emocional de imagens e texto, Terry Moore
intensifica mais ainda o casório de HQ + literatura. Da pagina 55 á 62, existe
paginas somente com textos, onde descreve a conversa das duas protagonistas após
o encontro na cozinha, sendo que as paginas ao lado somente ilustram uma única imagem,
mostrando ambas sentadas nos fundos da casa. O dialogo explora ainda mais o que
havia acontecido com ambas durante os anos que ficaram separadas, mas deixa
certas questões no ar, como o fato do verdadeiro destino de David no futuro. O
restante do arco retorna ao presente, onde vemos o primeiro conflito das amigas.
Embora tenhamos ficado confortáveis sabendo que no futuro
elas se reencontrariam, não tem como não ficar tenso durante a primeira discussão
de ambas, que chega a um ponto de elas serem muito cruéis uma com a outra. O
caso que ambas estão certas, mas ao mesmo tempo ambas estão erradas em diversas
questões: Katchoo jamais foi muito sincera com a sua amiga com relação a certas
passagens do seu passado, e com o fato de esconder isso de Francine, acaba
colocando a amizade com a sua amiga em cheque. Já Francine , ao negar os verdadeiros
sentimentos que sente por Katchoo, sempre fez com que a relação entrasse numa
verdadeira montanha russa de idas e vindas e sem saber no que vai dar. Ambas se
amam, mas nunca souberam exatamente administrar esses sentimentos que tinham
uma pela outra.
O conflito chega ao ponto, que acreditamos que foi essa
passagem em suas vidas que as levou a não se verem mais, mas até termos certeza
disso, Terry Moore cria momentos de alivio cômico, como o fato da personagem
Casey, que é casada com o famigerado Fred Femurs, começar a dar em cima
de David, principalmente após o seu marido escancarar a sua obsessão que ainda
tem por Francine. Ao mesmo tempo, novamente o universo de Darcy Parker retorna
para bater a porta na vida dos protagonistas, mas dessa vez (aparentemente) os deixa
numa sensação de puro êxtase. Em meio a tudo a isso, Francine retorna para casa
e decidida a se entregar ao amor por Katchoo, mas como sempre, surge algo para
não acontecer exatamente isso.
O final do
arco termina com momentos muito engraçados, principalmente protagonizados por
Casey, que ao longo da série irá ter sua participação aumentada. Mas embora (aparentemente)
todos tenham terminado juntos novamente, os últimos quadrinhos deixam um
grande gancho para o próximo arco, onde o mundo de Darcy Parker irá retornar
para deixar a vida dos protagonistas do avesso. Mas embora eu considere que
esse final não tenha terminado de uma forma perfeita (que difere do seu inicio
arrebatador), Santuário é desde já a melhor HQ do ano, por fazer mexer com os
nossos sentimentos, e como eu disse acima, faz com que a gente repense sobre
certas questões da vida, como amor, amizade e escolhas que tomamos ao longo de nosso
percurso.
O mal disso
tudo, é temer a possibilidade de tão cedo a editora HQM
não publicar o próximo arco, sendo que tem ainda
mais dez volumes pela frente, para então
finalmente chegar ao seu final. Torcer para que essa demora de lançamento de
arco para outro não aconteça, pois Estranhos no Paraíso é leitura obrigatória,
não só para fãs que curtem HQ de qualidade, como também para aqueles que curtem
uma bela historia sobre seres humanos comuns, com os seus sentimentos conflitantes
e até aonde podem ser levados por eles.
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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