Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Aproveite pessoal,
pois no dia 4 de setembro, às 19h30, o CineBancários de Porto Alegre, terá
sessão especial (com entrada franca) do o filme Uma Noite Alucinante 2,
comentada por André Kleinert, diretor de Programação do Clube de Cinema da
capital e autor do blog Antidicas de Cinema, e Cristian Verardi, crítico de
cinema e autor do blog Cinema Ex-machina. Lembrando, que a trilogia completa do
cineasta Sam Raimi, será exibida na sala nos dias 04 á 09 de setembro.
Mas enquanto o dia 04 não
chega, relembremos um pouco, cada filme desse cultuado diretor, que fortaleceu
o termo “terrir”dentro do gênero de terror.
UMA
NOITE ALUCINANTE 3
SINOPSE: Ash é
acidentalmente enviado para o século XIII, quando foi profetizado que alguém
viria para encontrar o Necronomicon, o Livro dos Mortos. Essa pessoa lideraria
a batalha dos humanos contra os Deadites, seres da Escuridão que também estão
atrás do livro. Este filme fecha a trilogia Evil Dead com muito humor e
situações bizarras, numa mistura de comédia, terror e aventura.
O último da trilogia foi
concretizado mais pelo desejo, e a insistência dos fãs do que pela vontade do
diretor Raimi.Campbell, agora na idade média, luta contra bruxas e demônios
alados. Produzida pela Universal, esta fita é a mais suave da série, se
comparada aos capítulos anteriores, com uma violência menos explícita e
realizada em tom mais aventuresco.
Esse tom de aventura aumenta
ainda mais, quando o herói tem que encarar inúmeros soldados esqueletos,
fazendo uma clara referencia ao clássico Jasão e os Argonautas onde o velho e bom stop
motion comanda o espetáculo.
Este filme também poderia se
chamar "Os Três Patetas encontram a Morte Demoníaca", não fosse uma
ou outra seqüência onde a violência é exagerada. O mais caro de toda a série
(custou 13 milhões de doláres), só foi realizado depois do sucesso de Darkman,
Vingança Sem Rosto porque a Universal estava com receio de por em prática as
idéias um tanto malucas do diretor Raimi. Graças aos lançamentos em DVD, os fãs
tiveram conhecimento de dois finais diferentes, dando a entender, que o final
conhecido visto nos cinemas (bem mais esperançoso), foi uma exigência dos
produtores. Já o final que Raimi queria, colocava o nosso herói numa situação muito
mais nebulosa e mais com a cara do cineasta.
Sinopse: Uma jovem mãe solteira,
que vive com o pequeno filho na casa que pertenceu á bisavó do menino. Quando o
avô decide vender a casa, a protagonista precisa procurar onde morar e
enfrentar um dilema: arcar com as responsabilidades de ser mãe ou aproveitar a
vida adolescente.
A estréia desse filme Chileno
abre também uma iniciativa que pretende incentivar a produção cinematográfica na
America Latina. A programação é organizada pela distribuidora Latinopolis, e
vai mostrar um longa Latino Americano por mês, até maio do ano que vem.
Se for dar certo ou não essa
iniciativa, para valorizar mais o cinema latino, só o tempo irá dizer, mas a
meu ver, já começa bem ao apresentar um filme em que o publico se identifica rapidamente.
A jornada difícil para a transição da fase adulta é muito bem explorada na
trama, onde vemos a jovem protagonista, divida em vários dilemas, onde o principal
é ter maior responsabilidade com o seu filho, e consigo mesma, ou abraçar uma
vida livre, mas com um futuro um tanto que indefinido e nebuloso.
Por inúmeros momentos, ficamos
tentados em julgar mal a protagonista, mas acabamos por ter que encarar situações,
que talvez nos mesmos, se estivéssemos naquela situação, faria igual ou não. Como,
por exemplo, quando ela se livra do cão do seu filho, para então depois
perceber que poderia agir de uma forma diferente nesta decisão, assim como
outras que ela terá que tomar ao longo do percurso. O filme também aumenta numa
dramaticidade caprichada, onde a trama começa à explorar mais na relação conflituosa entre a jovem e seu
sogro, onde que acaba gerando inúmeras reflexões e nos faz compreender mais
aquele universo em que eles vivem.
Do diretor Camilo Becerra, é um
filme pequeno, sem muitas ambições, mas que retrata muito bem os conflitos internos do
ser humano. Em Cartaz: Sala P. F. Gastal. Avenida Presidente João Goulart, 551 - Marcílio Dias Porto Alegre.
Sinopse: Bem-vindo à Rekall,
companhia que pode transformar seus sonhos em memórias reais. Para um operário
de fábrica como Douglas Quaid (Colin Farrell), embora tenha uma bela esposa,
Lori (Kate Beckinsale), que ama, a viagem pela mente soa como as férias
perfeitas de sua rotina frustrante - memórias reais de uma vida como espião
podem ser exatamente o que ele precisa. Mas, quando a operação dá errado, Quaid
se torna um homem caçado. Perseguido pela polícia - controlada por Vilos
Cohaagen (Bryan Cranston), líder do mundo livre -, Quaid alia-se à rebelde
Melina (Jessica Biel) para encontrar o líder da resistência do submundo Kuato
(Bill Nighy) e derrotar Cohaagen.
Fazer uma nova versão de um
filme que já deu certo, principalmente de um clássico, acaba se tornando uma
tarefa das mais ingratas, e quando o resultado final fica mais do mesmo, a
situação se torna completamente mal sucedida. Quando anunciaram uma nova versão
de O Vingador do Futuro, muitos (como eu) acreditaram que seria uma adaptação
mais próxima ao conto de Philip K. Dick, mas o que vemos na tela é um verdadeiro
xerox de muitas situações vistas no filme de 1990, onde somente a trama se casa
com um novo contexto mas não muito bem elaborado.
Dirigido pelo cineasta Len
Wiseman (Anjos da Noite), a produção começa bem, principalmente que os
criadores capricharam nos efeitos visuais, para a criação das imagens que
representam, tanto a Colônia, como a Federação, sendo que os seus visuais
rapidamente remetem a outros filmes (também baseados na obra de Philip K. Dick),
como Blade Runner e Minority report. À primeira vista, Colin Farrell até
demonstra estar bem à vontade no papel de protagonista, mas rapidamente se
perde no meio do caminho, por não possuir nenhum carisma e que faz com que
agente não consiga se identificar com ele em nenhum momento. Outro fator que prejudica
a produção é o fato da insistência em manter alguns pontos que faziam sentido
na produção de 1990, mas que aqui, não faz nenhum sentido estar. Como no caso
da aparição da mutante de três peitos, que estava no filme original, mas que lá
fazia todo o sentido, pois existia mutantes em marte, mas aqui, tanto marte
como os mutantes são riscados do roteiro, e fazendo desse e outros momentos não
fazerem sentido algum.
O filme poderia sair
ganhando, se aprofundasse mais no questionamento em que o protagonista vive, se
o que ele está vivenciando é real ou um mundo de fantasia que ele desejava, no
inicio da trama. Mas em vez disso, o filme se encarrega de disparar inúmeras cenas
de ação, uma atrás da outra, e que existem unicamente para entreter, mas que se
perde no meio do caminho, principalmente por elas sempre nos lembrar de outros
filmes, como o já citado Monority Report e Eu, Robô.
Por outro lado, é preciso dar credito ao
esforço da ala feminina, que foi muito bem representada pelas atrizes Kate
Beckinsale e Jessica Biel. Á primeira alias, é carinha conhecida do universo de
filmes de ação, principalmente da cine serie Anjos da noite (também comandada por
Len Wiseman), e aqui, ela faz a mesma personagem que pertenceu a Sharon Stone
no filme original, mas com uma participação bem maior e não se intimidando em
diversas seqüência de ação.Já Biel, por mais esforçada que seja, ainda não é
dessa vez que atuou num filme que a fizesse se consagrar, como a mais nova
atriz de filmes de ação (ela busca isso desde Blade: Trinity). Quem sabe da próxima
vez e com mais sorte é claro.
Com um ato final dos mais previsíveis
e que restringe qualquer momento de se fazer uma reflexão ou questionamento
junto com o personagem pelo que ele está vivendo, O Vingador do Futuro é um
filme divertido, mas facilmente descartado quando se sai da sala do cinema, e
por incrível que pareça, fez do clássico dirigido por Paul Verhoeven, um filme mais filosófico e
pensativo. Isso e muito mais, mesmo estrelado por um brucutu (mas com carisma)
como Arnold Schwarzenegger.
Aproveite pessoal, pois no dia 4 de setembro, às 19h30, oCineBancários de Porto
Alegre, terá sessão especial (com entrada franca) do o filmeUma Noite
Alucinante 2,comentada
porAndré Kleinert,diretor de Programação doClube de Cinemada capital e autor do blogAntidicas de Cinema, eCristian Verardi,crítico de cinema e autor do blogCinema Ex-machina.Lembrando, que a trilogia completa do
cineastaSam Raimi,será exibida na sala nos dias 04 á 09
de setembro.
Mas enquanto o dia 04 não chega, relembremos um pouco,
cada filme desse cultuado diretor, que fortaleceu o termo“terrir”dentro do gênero
de terror.
Uma Noite Alucinante 2
Sinopse: Uma espécie de meio-termo
entre seqüência e refilmagem de A Morte do Demônio. Ash continua aprisionado na
floresta perseguido pelo espírito maligno do primeiro filme. Ele deverá fazer
de tudo para sobreviver mais uma noite no inferno dentro da floresta, enquanto
faz de tudo também para não enlouquecer.
Inovador, com
movimentos de câmera surpreendentes. Diferente do que muitos imaginam esse
filme não é uma seqüência do filme original e sim uma recriação da mesma trama,
com a diferença do prólogo ser um tanto diferente, um orçamento mais generoso e
mais voltado para o lado do humor negro (a parte que o protagonista tenta matar
a sua própria mão é hilário). Muito embora, podemos interpretar o inicio do
filme, como uma espécie de resumo do filme anterior, e o que vemos a seguir,
são eventos posteriores do dia seguinte.
Com mais dinheiro,
Sam Raimi em nenhum momento desacelera, e nos proporciona seqüências inesquecíveis
e que desafiam a própria lógica do absurdo. Talvez tenha sido um dos últimos grandes
filmes da década de 80, a usar o stop motion, que começaria a sair de cena conforme
os anos fossem passando (o diretor voltaria a usar bastante em Uma noite
Alucinante 3). É claro, que quando se fala nestes filmes de Raimi, todo mundo
se lembra de sua câmera vertiginosa, acelerada, sem limites e que nos faz agente
ficar nos perguntando como ele teve a capacidade de fazer certas cenas. Bom
exemplo disso é quando a câmera (representando a entidade demoníaca) corre em
meio à floresta, chegando à cabana, atravessando ela, para então finalmente
pegar Ash e o fazer parecer uma espécie de boneco de papelão girando no ar.
É claro que, fora
toda a proeza do cineasta, o sucesso de Uma Noite Alucinante se deve muito também ao seu companheiro de longa data Bruce
Campbell. Dono de uma cara debochada, e cheia de carisma, o ator nunca
demonstrou certa versatilidade na carreira, mas sempre transbordou sua veia cômica
que lembra muito o estilo dos Três Patetas. Mesmo num filme que era para gerar
puro medo, sua interpretação como Ash, gera momentos em que o publico não para
de rir, mesmo nas situações mais grotescas horripilantes.
Com um final que da
um belo gancho para a seqüência seguinte, Uma Noite Alucinante 2 é o meu filme
preferido, dessa “trilogia terrir” sem nenhuma igual, que gerou imitadores, mas
jamais foi superada e muito menos será num (infelizmente) possível remake.
Curiosidades:O autor
Stephen King é um grande fã de Uma Noite Alucinante – A Morte do Demônio, tendo
convencido o produtor Dino De Laurentiis a produzir sua continuação durante um
jantar. Foi considerada a possibilidade de que Uma Noite Alucinante 2 fosse uma
refilmagem do original. Como não foi possível conseguir os direitos para exibir
algumas cenas, o início da história foi recriado.
Há exatos 30 anos, o mundo perdia uma
das mais belas e talentosas atrizes do cinema, Ingrid Bergman. No principio,
sempre quando eu ouvia o nome da atriz, imediatamente me lembrava do clássico
Casablanca, mas ao decorrer dos anos, quando me aprofundei mais e mais na historia
do cinema, acabei me dando conta que ela foi muito mais longe do que poderia se
imaginar.
Abaixo, deixo os meus cinco filmes preferidos
estrelados por essa inesquecível atriz.
CASABLANCA
Sinopse: Casablanca é a rota
obrigatória de quem está fugindo dos nazistas na Segunda Guerra Mundial. É lá
que Rick (Humphrey Bogart) vai reencontrar Ilsa (Ingrid Bergman), anos depois
de terem se apaixonado e se perdido em Paris.
Clássico dos clássicos de 1942, o
filme possui um dos finais mais conhecidos da historia. Cinema do mais alto nível,
romance, intriga, suspense, a inesquecível As Time Goes By, cantada por Dooley
Wilson e um ótimo elenco. Um clássico para ver e rever sempre. Oscar de melhor
filme, roteiro adaptado e direção.
Curiosidades: Durante a seqüência em
que o Major Strasser desembarca no aeroporto, os oficiais vistos de cima foram
interpretados por anões, para que a pista parecesse maior.Casablanca custou US$ 900 mil aos
cofres da Warner Bros. Sua estréia estava inicialmente prevista para junho de
1943, mas como em novembro de 1942 os Aliados desembarcaram no norte da África
e libertaram a verdadeira Casablanca, a Warner resolveu por lançar o filme
imediatamente.
Quando Fala o Coração
Sinopse: A dra. Constance Petersen
(Ingrid Bergman) trabalha como psicóloga em uma clínica para doentes mentais. O
local está prestes a mudar de direção, com a substituição do dr. Alexander
Brulov (Michael Chekhov) pelo dr. Edward (Gregory Peck). Ao chegar o dr.
Edwards surpreende os médicos locais pela sua jovialidade e também por seu
estranho comportamento. Logo Constance descobre que ele é na verdade um
impostor, que perdeu a memória e não sabe quem é nem o que aconteceu com o verdadeiro
dr. Edwards.
Delirante alegoria que teve a preciosa
colaboração de Salvador Dalí nas cenas de sonho. Há uma arrepiante cena de violência
contra um garoto durante uma cena de flashback Trilha sonora envolvente de
Miklos Roza, premiado com um Oscar.
INTERLÚDIO
Sinopse: Um agente do governo (Cary
Grant) estadunidense chantageia a filha de um nazista (Ingrid Bergman), para
forçá-la a espionar um agente alemão que mora no Rio de Janeiro.
Com a linguagem cinematográfica ainda
moderna, Hitchock concilia tensão e romantismo de maneira peculiar e
expressiva, embora algumas situações do roteiro de Bem Hecht tenham envelhecido
dramaticamente. Marcantes desempenhos de Claude Rains e principalmente de
Bergman que oferece uma provocante sensualidade, ousada para os padrões da
época.
Curiosidades: Em Interlúdio
tradicional aparição do diretor Alfred Hitchcock surge com aproximadamente uma
hora de filme, em meio à festa realizada na mansão de Alexander Sebastian. Em muitas das cenas em que contracenou
com Ingrid Bergman, o ator Claude Raines estava sobre um caixote, para dar a
impressão que ele era bem mais alto que a atriz.
Sonata de Outono
Sinopse: Depois de ser uma mãe
negligente por anos, a famosa pianista Charlotte visita sua filha Eva em sua
casa, onde descobre que Helena, outra filha sua, mentalmente deficiente, também
lá mora. Aos poucos a tensão entre Charlotte e Eva vai crescendo.
Outro grande momento da carreira do
diretor sueco, que obteve da sua compatriota Ingrid Bergman (na única vez que
trabalharam juntos) e da sua atriz favorita Liv Ullmann desempenhos
extraordinários, onde ouso dizer, estão entre os melhores desempenhos das duas
atrizes. Pois chega a um momento, em que realmente da a entender, que elas
podem ser mãe e filha realmente, e que chegaram a um momento da vida, em por o
cartas na mesa. Bergman foi isso, arrancava o melhor de cada ator e atriz que
trabalhava, doa o que doer.
O Médico e o Monstro (1941)
Sinopse: Londres, século XIX. O médico e
pesquisador Harry Jekyll (Spencer Tracy) crê que bem e mal existam em todas as
pessoas. Jekyll tem muita determinação para provar sua teoria, que é criticada
por quase todos que conhece, inclusive Charles Emery (Donald Crisp), o pai de
sua noiva Beatrix (Lana Turner). Após trabalhar incansavelmente em seu
laboratório, Jekyll elabora uma fórmula. Não querendo colocar em risco a vida
de ninguém, ele mesmo a bebe. Como resultado seu lado demoníaco é revelado, que
ele chama de Mr. Hyde. Mas o pior ainda estava por vir, pois inicialmente
Jekyll acreditava poder controlar as aparições de Hyde, mas logo ele veria que
estava totalmente enganado.
Mal havia se passado dez anos da obra original, e os estúdios da MGM haviam decidido fazer uma refilmagem. Essa produção é
ainda lembrada, levando em conta principalmente as interpretações de Spencer
Tracy e Ingrid Bergman, principalmente ela, sendo que aqui, ela cria a melhor versão da personagem Ivy. Contudo, por ter sido feito numa época em que as produções de cinema eram mais afetadas
pela censura, esse filme é um tanto que mais contido que a obra anterior, não
causa tanto impacto, e a imagem do médico para o monstro não é das melhores mas
que ganha algum ponto levando em conta o grande esforço de Spencer Tracy.
Curiosidades: A MGM inicialmente escalou Ingrid Bergman
para interpretar a personagem Beatrix Emery, com Lana Turner interpretando Ivy
Peterson. Foi Ingrid Bergman quem convenceu os produtores a trocar os
personagens das atrizes, já que acreditava que a personagem Ivy era mais
desafiadora.
Aproveite pessoal, pois no dia 4 de
setembro, às 19h30, o CineBancários de Porto Alegre, terá sessão especial (com entrada franca) do o
filme Uma Noite Alucinante 2, comentada por André Kleinert, diretor de
Programação do Clube de Cinema da capital e autor do blog Antidicas de Cinema,
e Cristian Verardi, crítico de cinema e autor do blog Cinema Ex-machina.
Lembrando, que a trilogia completa do cineasta Sam Raimi, será exibida na sala nos dias
04 á 09 de setembro.
Mas enquanto o dia 04 não
chega, relembremos um pouco, cada filme desse cultuado diretor, que fortaleceu
o termo “terrir”dentro do gênero de terror.
Uma Noite Alucinante:
A Morte do
Demônio
Sinopse: Cinco estudantes da
Universidade de Michigan decidem passar um final de semana em uma casa isolada.
Lá eles encontram o livro dos mortos, um documento que data da época da
Babilônia e que está relacionado ao livro dos mortos egípcio. Enquanto
vasculham a casa os amigos gravam em fita alguns encantamentos demoníacos,
escritos no livro. A partir de então eles são possuídos por espiritos, um a um.
O primeiro alvo é Cheryl (Ellen Sandweiss), brutalmente estuprada pelas forças
do mal. Ash (Bruce Campbell), seu irmão, resolve levá-la a uma cidade próxima,
mas descobre que a única ponte que leva ao local está destruída. Logo a
transformação de Cheryl em demônio é concluída, resultando em seu ataque aos
amigos.
Com pouco mais de US$ 350 mil no bolso,
e com amigos da faculdade (dentre eles Bruce Campbell), Sam Raimi inaugurou, o
que acabou se tornando conhecido como filmes de terror “terrir”, onde o filme
(mesmo sendo terror) possuía pitadas de humor negro ao estremo que, na maioria
das vezes, o publico soltava gargalhadas. Muito embora, esse primeiro filme da
trilogia é um pouco mais serio e bem mais perturbador, com cenas de violência ao
extremo e muito sangue jorrando. Mesmo com um orçamento apertado, Raimi
surpreendeu a todos com o uso da câmera, aonde ela ia para todos os lugares,
desde o giro de 360º graus e cenas em que ela esta correndo atrás de alguém por exemplo. Tudo de uma
maneira vertiginosa, contagiante e que viria a se tornar sua marca registrada
na maioria dos seus filmes.
Com cenas fortes, o filme ficou proibido em alguns
países, sendo que na Alemanha, foi lançado nos cinemas e em vídeo no mesmo dia,
devido a problemas com a censura local. O filme foi posteriormente proibido de
ser exibido nos cinemas, mas permaneceu no top 10 local durante algumas
semanas. Com o sucesso alcançado, o filme gerou mais duas sequências, e deu
enorme prestigio ao diretor, que um dia viria a dirigir a trilogia bilionária
do Homem Aranha.