Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
Me acompanhem no meu:
Twitter: @cinemaanosluz
Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com
Não ta sendo fácil para o gaucho
se levantar nestes últimos dias, pois o frio veio pra ficar. Mas para aqueles
que têm força de vontade, não custa puxar as cobertas quentinhas da cama, se
levantar e tomar um banho (brrr), para então, encarar a rua e aproveitar as áreas
culturais desse final de semana. No meu caso, estarei participando do curso do
CENA UM, a respeito do cineasta Pedro Almodóvar. Portanto quem se inscreveu
comigo, nos veremos por lá.
Quanto às estréias do final de
semana, elas são poucas, liderado pelo mais novo filme de Wallter Salles, Na
Estrada, contudo, Valente se destaca em sessões de pré-estréia. O mais novo
filme da Pixar vem para arrancar elogios do publico e critica e tentar apagar a
má repercussão de Carros 2.
Confiram as estreias:
PRE-ESTRÉIAS:
VALENTE
Sinopse: A jovem princesa
Merida não quer saber da vida de realeza e não gosta nem de pensar em ser
apenas mais uma esposa para o filho de algum lorde. Indo contra as tradições e
os costumes, ela desafia seus pais ao perseguir o sonho de se tornar uma
arqueira e, com isso, coloca em risco o reinado de seu pai, o Rei Fergus.
VIOLETA
FOI PARA O CÉU
Sinopse: O drama biográfico
Violeta Foi Para o Céu é um mergulho na vida de Violeta Parra, compositora,
cantora e folclorista chilena que representa uma paixão nacional equivalente à
Édit Piaf na França.
ESTREIAS:
NA
ESTRADA
Sinopse:Nova York,
Estados Unidos. Sal Paradise (Sam Riley) é um aspirante a escritor que acaba de
perder o pai. Ao conhecer Dean Moriarty (Garrett Hedlund) ele é apresentado a
um mundo até então desconhecido, onde há bastante liberdade no sexo e no uso de
drogas. Logo Sal e Dean se tornam grandes amigos, dividindo a parceria com a
jovem Marylou (Kristen Stewart), que é apaixonada por Dean. Os três viajam
pelas estradas do interior do país, sempre dispostos a fugir de uma vida
monótona e cheia de regras.
Um Verão
Escaldante
Sinopse: Paul (Jérôme
Robart) trabalha como ator figurante, mas sonha em ser um pintor. Através de um
amigo, ele conhece o artista plástico Frédéric (Louis Garrel), que é casado com
uma famosa atriz de filmes italianos chamada Angèle (Monica Bellucci). Fazendo
um pequeno papel em um filme de guerra, ele acaba conhecendo Elisabeth (Céline
Sallette) durante uma filmagem e os dois começam a se relacionar. Livres em sua
maneira de viver, Frédéric e Angèle viajam para Roma para passar um período por
lá e convidam os dois namorados para ficar com eles em sua casa. Uma vez lá, o
quarteto passa a vivenciar uma experiência que poderá mudar suas vidas.
Nos
dias 14 e 15 de Julho, estarei participando do cursoTODAS AS CORES DE PEDRO ALMODÓVAR,criado peloCENA UMe ministrado pelo Doutor em Ciências
da ComunicaçãoJosmar Reyes.E enquanto os dois dias não vêm, por
aqui, estarei escrevendo um pouco sobre o que eu sei desse cineasta, que
adora explorar o universo feminino de várias maneiras possíveis.
Kika
Sinopse:
Kika é uma maquiadora contratada por Nichoilas, um escritor norte-americano
radicado em Madri, para maquiar o corpo de seu enteado Ramón e deixá-lo
apresentável no velório. Porém, Ramón não está morto, ele sofre de catalepsia,
e acaba despertando durante a maquiagem. Como resultado, Ramón e Kika começam
um relacionamento. Tudo vai bem para o jovem casal até que Nicholas retorna de
uma longa viagem. Primeiro Kika se envolve com o escritor, e depois Andréa
Caradortada, uma bizarra apresentadora de um programa sensacionalista de TV,
suspeita que Nicholas é um serial killer e passa a espionar a vida de todos em
busca de um um furo jornalístico.
O filme tem um começo vertiginoso, com habitual
humor corrosivo do diretor, algumas seqüências kitsch e cenas de sexo que
beiram o explicito. O resultado de tudo isso é muita diversão com o toque
dramático, polêmico e surreal no melhor estilo do cineasta. Fourque Abril e
Rossy de Palma estão deliciosamente engraçadas, sendo que Abril, no papel de
uma jornalista sensacionalista (Andrea Caracortada), veste figurinos de Jean
Paul Gaultier.
Má Educação
Sinopse: Quando criança, Ignácio (Gael García Bernal) estudou em um
colégio interno católico. Lá ele sofreu abusos sexuais por parte de seu
professor de Literatura, o padre Manolo (Daniel Gimenez Cacho), que marcaram
sua vida para sempre. Ignácio se apaixona por um colega de colégio, Enrique
(Fele Martínez), que termina sendo expulso. Vinte anos mais tarde, os três
personagens se reencontram. Este reencontro marcará não só a vida, mas também a
morte de alguns deles.
Confesso que vi esse filme somente uma vez e já não
me lembro muito dele. Portanto, farei algo diferente aqui, dando espaço
ao próprio Almodóvar, sobre o porquê de ter criado esse filme. Confiram:
" É um filme muito íntimo, mas não é
autobiográfico. Não falo de minha vida no colégio (...). Obviamente minhas
memórias foram importantes na hora de escrever o roteiro, já que vivi nos
locais e momentos onde a história se passa. ‘Má Educação’ não é um ajuste de
contas com os padres que me educaram mal, nem com a Igreja em geral. Caso
tivesse necessidade de me vingar, não teria esperado quarenta anos para
fazê-lo. A Igreja não me interessa, nem como adversária. O filme não é uma
comédia, ainda que haja humor nem um musical infantil, ainda que crianças
cantem. É um film noir, ou, pelo menos, gostaria de considerá-lo assim. O
gênero noir admite bem a mistura com outros gêneros, sempre que a narração
respire esse ar fatal, sem o qual o negro seria cinza. No noir pode não haver
polícia nem armas, nem sequer violência física, mas tem de haver mentiras e
fatalidade, qualidades que normalmente uma mulher encarna: a femme fatale. Ela
é consciente de seu poder de sedução e é fria, razão pela qual não se altera
facilmente. É alguém que perdeu os escrúpulos e não se interessa em
recuperá-los. Para ela, o sexo não é fonte de prazer e sim de dor para os
demais. Em A Má Educação, a femme fatale é um enfant terrible, o personagem
interpretado por Gael Garcia Bernal”.
Sinopse: O Espetacular Homem-Aranha é a história de Peter Parker um
estudante rejeitado por seus colegas e que foi abandonado por seus pais ainda
criança sendo então criado por seu Tio Ben e pela Tia May. Como muitos
adolescentes Peter tenta descobrir quem ele é e como ele se tornou apessoa que
é hoje. Peter também está começando uma história com sua primeira paixão Gwen
Stacy e juntos eles lidam com amor compromissos e segredos. Quando Peter
descobre uma misteriosa maleta que pertenceu a seu pai ele começa uma jornada
para entender o desaparecimento de seus pais - o que o leva diretamente à
Oscorp e ao laboratório do Dr. Curt Connors antigo sócio de seu pai. Procurando
por respostas e uma conexão Peter comete um erro que o coloca em rota de
colisão com o alter-ego do Dr. Connors O Lagarto. Como Homem-Aranha Peter tem
que tomar decisões que podem alterar vidas para usar seus poderes e moldar seu
destino de se tornar um herói.
As comparações com essa nova
reinvenção do herói nas telas, com a já clássica trilogia comandada por Sam
Raimi são inevitáveis, mas não quer dizer que não seja possível separá-las uma
da outra. Para começar, são filmes completamente diferentes, mas que
curiosamente, segue com o mesmo trajeto em inúmeros pontos da historia, mas apresentada
de uma forma fresca, como estivéssemos vendo pela primeira vez a origem
clássica do herói. Isso não quer dizer que essa nova versão esteja livre de
certos deslizes, ao começar pelo fato da Sony vender o filme “como a historia
não contada”, sendo mais especificamente sobre os pais de Peter, que jamais
foram citados na trilogia anterior. Mas se era para tocar neste ponto de
interrogação sobre eles, porque não seguiram adiante no decorrer da trama?
Saber quem eles eram e porque
eles foram embora, isso simplesmente é deixado de lado na primeira hora de
filme e serviu unicamente de desculpa, para o protagonista adentrar num
universo até então desconhecido dos seus pais, para então ele adquirir os seus poderes e
conhecer a sua contra parte nesta primeira aventura, o Dr Curt Connors. Ou
seja, uma coisa levou a outra, em coincidências que beiram de uma maneira forçada,
mas depois delas acontecerem, o filme retorna aos momentos sobre a construção do
herói, de uma forma gradual e sem pressa e mesmo já sabermos de cor e salteado
o que irá acontecer, nos simpatizamos, tanto com o protagonista, como também
com o seus simpáticos tios cheio de lição de moral, interpretados de forma
competente pelos veteranos Martin Sheen e Sally Field.
Andrew Garfield até que cumpre de
uma maneira satisfatória, a responsabilidade de interpretar um personagem tão
conhecido por todos. Sua forma de interpretar é natural, fazendo nos convencer
que realmente ele é um adolescente cheio de conflitos e duvidas interiores
(embora seus chiliques na boca e nos olhos tenham me incomodado um pouco).
Curiosamente, ele consegue muito bem separar a personalidade de Peter Parker,
com a do Homem Aranha, que surge soltando piadinhas a todo o momento no
decorrer do filme, fazendo o fã mais antigo, se lembrar dos bons e velhos
tempos do personagem nas HQ, o que torna isso um grande acerto. Falando em bons
e velhos tempos, os produtores acertaram em não repetir o casal do filme
anterior e trouxeram a vida o verdadeiro primeiro amor de Peter, Gwen Stacy, interpretada de uma forma competente por Emma Stone, que cá entre-nos,
consegue passar muito mais personalidade de sua personagem, se comparada a
contra parte das HQ.
Em contrapartida, o personagem Curt
Connors (Rhys Ifans)se divide em dois atos completamente
diferentes. Se em um primeiro momento nos simpatizamos com ele, em sua busca
para ajudar a humanidade (e na tentativa de adquirir um novo braço), por outro
lado, ele acaba se tornando um vilão sem sal, ao se tornar no monstro lagarto,
cujo objetivo é tornar á sua idéia megalomaníaca em realidade, de transformar
todas as pessoas em lagartos! Se o filme investisse unicamente em seu conflito
em tentar controlar o seu monstro interior, garanto que sairiam ganhando.
Quanto à direção, fica muito claro do
porque de Marc Webber ser escolhido para o comando, pois após bem sucedido 500
Dias Com ela, era uma questão de lógica que ele seria convidado, para comandar
tramas que ficassem em voltas de um relacionamento complicado. No caso do casal
aracnídeo, Webber torna bem verossímil, e porque não em alguns momentos,
superior ao casal visto na trilogia original, principalmente pelo fato do casal
de atores ter tido uma boa química, tanto dentro como fora da tela. Já nos
momentos quando o filme engrena para as cenas de ação, Webber não cria nada de revolucionário
em termos de efeitos visuais ou truques de câmera, mas elas acontecem de uma
forma gradual e promissora, embora não espere algo tão inesquecível, como a fantástica
cena de ação no trem em Homem Aranha 2, que ainda hoje continua insuperável.
Entre altos e baixos, O Espetacular
Homem Aranha até que se sai bem como uma boa aventura, sem com muitas ambições e
tão pouco revolucionário, em termos de trama e ação. Se o novo universo cinematográfico
do aracnídeo era para começar dessa forma, na próxima aventura, talvez as
coisas fiquem mais claras e sem promessas a não serem cumpridas no meio do
caminho.
E sim, Stan Lee faz sua ponta habitual,
hilária digas se de passagem.
Nos dias 14 e 15 de Julho, estarei participando do curso TODAS AS CORES DE PEDRO ALMODÓVAR, criado pelo CENA UM e ministrado pelo Doutor em Ciências da Comunicação Josmar Reyes. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um pouco sobre o que eu sei desse cineasta, que adora explorar o universo feminino de várias maneiras possíveis.
Ata-me!
Sinopse: Antonio Banderas (A
Máscara do Zorro) interpreta Ricky, um rapaz recém saído de uma clínica para
doentes mentais e que deseja construir família com uma esposa dedicada. Para
sua noiva, ele escolhe a rainha do cinema de segunda classe Marina (Victoria
Abril), a quem rapta e mantém como prisioneira. À medida que esta relação
bizarra se desenvolve, eles descobrem um amor incomum que sobrevive devido a
algo além de prazer e dor.
Embora menos mordaz do que
seus sete filmes anteriores da época, Almodóvar trata com ironia assuntos
sérios como paixão, drogas, menores abandonados e o próprio cinema. Fotografado
em cores berrantes, é simpático e interessante. Musica de Ennio Morricone, que
por vezes, soa soberba e eficaz. Apesar de poucas cenas de sexo, curiosamente
foi classificado com “X” (pornô) nos EUA.
A
Flor do Meu Segredo do
Sinopse: Com seu
casamento em crise, autora de livros de romance açucarados entra em depressão e
não consegue mais escrever suas tramas amenas. Quando sua editora recusa seu
livro mais recente, ele procura emprego num jornal. Lá, o editor do jornal
passa a admirá-la e a ajuda a sair da crise emocional.
Almodóvar faz uma incursão rara ao melodrama,
confessadamente inspirado em suas memórias de infância, para realizar uma obra
tocante, que se equilibra delicadamente entre o poético e o cômico ao fazer um sensível
inventário das relações afetivas da protagonista. Destaque para o elenco, no
qual brilham Marisa Paredes (a escritora) e Chus Lampreave como sua mãe. Indispensável
na filmografia do diretor.
Desde
semana passada circula em Porto Alegre, a edição de Julho do Jornal das Artes,
um jornal que fala do melhor que está rolando na área cultural na capital, criado pelo editor João Clauveci. Eu o conheci
no curso sobre Martin Scorsese e desde então, tenho tido contato com ele, pois ele
me ofereceu um espaço no jornal, dando uma opinião pessoal, com relação à 7º
arte logicamente. Nesta edição, se encontra matéria que eu fiz sobre Xingu e a repercussão
das palavras de Fernando Meirelles, sobre o desempenho do filme em território gaucho.
Quem
quiser adquirir um fascículo, ele pode ser encontrado nos pontos culturais da
capital gaucha como a Usina do Gasômetro, Casa de Cultura Mario Quintana e
Museu da Comunicação. Ou então, vejam a versão online clicando aqui.
Nos dias 14 e 15 de Julho, estarei participando do curso TODAS AS CORES DE PEDRO ALMODÓVAR, criado pelo CENA UM e ministrado pelo Doutor em Ciências da Comunicação Josmar Reyes. E enquanto os dois dias não vêm, por aqui, estarei escrevendo um pouco sobre o que eu sei desse cineasta, que adora explorar o universo feminino de várias maneiras possíveis.
A Lei do Desejo
Sinopse: Um intenso triângulo de paixões envolvendo um cineasta gay, sua irmã transexual e um jovem indeciso quanto à sua sexualidade.
Lançado no Brasil, quase dez anos depois de seu lançamento, este é o filme mais radical, ousado e pessoal de Almodóvar. Ele quebra quase todos os tabus, sexuais, religiosos e morais, realizando mais uma de suas assumidas odes á estética kitsch. O filme é acido e combina em doses equilibradas de tragédia e humor rasgado. Amantes de Almodóvar consideram este o seu melhor filme. Já os demais espectadores podem se divertir com o universo surreal e hedonista do roteiro.
De
Salto Alto
Sinopse:Anos após ter abandonado sua filha Rebecca, a cantora Becky está
de volta a Madrid. O reencontro é constrangedor, até porque Rebecca está casada
com Manuel, ex-amante da mãe. Junte-se aos três a atual amante Isabel e a
confusão está formada. Manuel aparece morto. Resta saber qual das três o matou.
Nono filme do cineasta que deixa levar para territórios até então pouco explorados em seu cinema. A narrativa eletrizada se atenua um pouco, os momentos melodramáticos superam os cômicos, os personagens parecem ganhar mais relevo, desenhados em seus mínimos detalhes. Embora seja uma produção antes de outros clássicos do diretor como Carne Tremula, Fale com Ela e Tudo sobre Minha Mãe, é de se espantar de como o filme era muito a frente de seu tempo, em termos de historia, que dificilmente se via algo parecido naquele tempo (1991).
À história da relação da mãe com a filha se adiciona outra, a do assassinato de Manuel, e posteriormente a do amor que o juiz nutre por Rebeca. A sobreposição de histórias, ao contrário dos filmes mais recentes, não serve para dimensionar a história principal (utilização clássica de trama e sub-trama), mas justamente como efeito de ligeira irreverência pós-moderna, criando um sentimento de imperfeição lúdica muito freqüente até A Flor do Meu Segredo.
Em De Salto Alto, como na maior parte de seus filmes, Almodóvar cria um universo de drama queens, paixões fulminantes, personagens que precisam desesperadamente de atenção, egoísmos, traições e lutas pelo poder. Pode não ser um dos melhores da carreira do cineasta, mas é um dos mais gostosos e interessantes de se assistir.
Sinopse: Billy Beane
(Brad Pitt) é o gerente do time de baseball Oakland Athletics. Com pouco
dinheiro em caixa, ele desenvolveu um sofisticado programa de estatísticas para
o clube, que fez com que ficasse entre as principais equipes do esporte nos
anos 80.
Embora seja uma trama,
que envolva um esporte que brasileiro nenhum entende ainda, o filme pode ser
muito bem apreciado, pois ele vai mais para o lado da superação e reinvenção.
Brat Pitt, embora já tenha visto em papeis melhores, está bem neste filme, mas prefiro-o,
quando ele desaparece em seus personagens excêntricos, tipo visto em oClube da
Lutapor exemplo. Mas a agradável surpresa fica por conta de Jonah Hill, conhecido
pela sua veia cômica, em comedias como O Pior Trabalho do Mundo. Aqui, ele interpreta
com maestria o discreto e inteligente Peter Brand, o que valeu uma indicação ao
Oscar de ator coadjuvante.
É um típico filme que
o cinema americano faz bem, para concorrer ao Oscar, sendo que o diretor
Bennett Miller cumpre o seu dever de casa, mas nada que demonstre certa
genialidade. Se os bons tempos da Sessão da Tarde voltassem, esse seria o filme
correto para assistir naquele horário.
Tão Forte e Tão Perto
Sinopse: Oskar Schell
(Thomas Horn) é um garoto muito apegado ao pai, Thomas (Tom Hanks), que
inventou que Nova York tinha um distrito hoje desaparecido para fazer com que o
filho tivesse iniciativa e aprendesse a falar com todo tipo de pessoa. Thomas
estava no World Trade Center no fatídico 11 de setembro de 2001, tendo falecido
devido aos ataques terroristas. A perda foi um baque para Oskar e sua mãe,
Linda (Sandra Bullock). Um ano depois, Oskar teme perder a lembrança do pai. Um
dia, ao vasculhar o guarda-roupas dele, quebra acidentalmente um pequeno vaso
azul. Dentre há um envelope onde aparece escrito Black e, dentro dele, uma
misteriosa chave. Convencido que ela é um enigma deixado pelo pai para que
pudesse desvendar, Oskar inicia uma expedição pela cidade de Nova York, em
busca de todos os habitantes que tenham o sobrenome Black.
Neste drama baseado
no romance de Jonathan Safran Foer, a tragédia de 11 de setembro funciona como pano
de fundo, para a jornada do garoto paranóico (Thomas Horn, espetacular), na sua
busca por pistas em que o seu pai (Ton Hanks) deixou, para encontrar um segredo
escondido. Durante o filme, vemos o amadurecimento do jovem, perante o mundo
que ele teme, após aquele dia fatídico, mas que de uma simples busca, se torna uma
pequena aventura de auto descobrimento. Em meio à descobertas e reflexões
dolorosas, o protagonista recebe o auxilio de um simpático idoso mudo,
interpretado de uma forma magistral pelo veterano Max Von Sydow (O Sétimo Selo), que
guarda em si, um segredo a muito guardado. É uma boa historia de superação, que
poderia ter sido visto já alguns anos, mas como aquela data demorou á
cicatrizar na alma dos americanos, demorou certo tempo para ser realizada. Com
o tempo, não me surpreenderia que novos filmes comecem a chegar as telas, explorando
aquela data, após a poeira ter jaz baixado a muito tempo.
Curiosidade: A
intenção do diretor Stephen Daldry era lançar o filme em setembro de 2011 para
que coincidisse com o aniversário de 10 anos do atentado, mas não ficou pronto
a tempo.