Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Curso criado pelo CENA UM, que irá focar a Tetralogia
Existencial do cineasta (formada por A aventura, A noite, O eclipse e O deserto
vermelho), é destaque de hoje no Jornal
do Comércio.
Encerrou-se ontem o curso Martin
Scorsese: Cinema, Fé e Violência, criado pelo CENA UM e ministrado por Rodrigo Fonseca. Diferente dos outros cursos
que eu participei, esse começou de uma forma bem curiosa, não contando especificamente
sobre Scorsese, mas sim sobre o cinema que o moldou e fez ele se tornar o que é
hoje. Durante as primeiras horas do primeiro dia de curso, Fonseca abriu uma
janela do tempo para os interessados, dissecando um pouco sobre o que foi o
cinema neo-realista italiano, onde sempre se destaca clássicos que melhor
representam essa época como Roma: Cidade Aberta e Ladrões de Bicicletas.
Esse cinema mais real e cru,
fez com que em muitos cantos do mundo fizessem um tipo de cinema similar, como
no caso de 1959, quando surgiu a Nouvelle Vague (a nova onda) do cinema francês,
onde um grupo de críticos de cinema (liderados por Jean Luc Godard e François
Truffaut), saiu às ruas e começou a fazer um tipo de cinema mais critico, onde eles
criaram historias sobre os problemas e o dia a dia do cidadão francês, que ao
mesmo tempo, criaram um tipo de visão particular de se fazer cinema. Sendo que,
tanto como Godard e Truffaut e outros desse movimento, criaram o que hoje é
muito conhecido como o termo “cinema de autor”, onde cada um possuía uma visão
particular de se contar uma historia na tela grande. A nova onda acabou influenciando
também outras partes do mundo, como no caso do nosso país, onde em tempos de
época de chumbo, surgia o que chamamos atualmente de “cinema novo”, onde filmes
como Terra em Transe e Deus e o Diabo na Terra do Sol, se tornaram pilares e os
melhores representantes daquele período.
Com todas essas mudanças
significativas do cinema pelo mundo na época, o cinema americano é que acabou
demorando mais um pouco para acordar, principalmente por ser um país mais
conservador, mas isso não significava que estava tudo perdido. Em 1967 dois títulos
cortam as amarras de um cinema plástico, dando lugar ao lado mais critico e
reflexivo, como Bonnie Clyde: Uma Rajada
de Balas e A primeira noite de um homem. O primeiro, aliás, (de Artur Penn),
colocava o espectador na torcida, por um casal de assaltantes em plena depressão
americana dos anos 30, enquanto os oficiais da lei eram vistos como os
verdadeiros vilões da trama. O filme consagra de vez os jovens Faye Dunaway e
Warren Beatty e trás para as telas o que seria astro nos anos 70, Gene Hackman.
O final do filme é com certeza (e ainda hoje) um dos mais impactantes da historia
e o cinema, e como se isso não bastasse, Mike Nichols (que há havia abalado o
circuito um ano antes com Quem tem medo de Virginia Woolf?), coloca um jovem
(Dustin Hoffman) perdido na vida, após o termino da faculdade, se relacionar
com uma mulher bem mais velha (Anne Bancroft). E se muitos da época achavam
casos como esses isolados, eis que Dennis Hopper e Peter Fonda pegam suas motos
envenenadas e partem para as estradas dos EUA vender maconha em Sem Destino. O
cinema americano perde sua inocência e tem inicio o "novo cinema americano".
Tudo isso, serviu de prólogo
para só depois entrarmos no universo de Martin Scorsese no curso, pois todas
essas mudanças que estavam acontecendo, tanto no cinema americano como no mundo
a fora, serviu de faculdade de cinema para Scorsese, para então ele criar sua
forma particular de se fazer cinema. Nos anos 70, o cineasta chamou atenção em
Caminhos Perigosos, ganhando elogios com Alice não Mora mais aqui e consagrando
como diretor autoral em Taxi Drive, no que talvez seja o melhor filme daquele
tempo. Devido a novas mudanças que estavam acontecendo no cinema, onde títulos como
Tubarão e Star Wars, estavam reescrevendo a historia, Martin Scorsese por pouco
não desistiu de ser diretor (devido também a problemas pessoais), até cair em seu
colo (com uma ajuda de Robert De Niro), Touro Indomável, filme que, na opinião
de Fonseca, se encerra o período do "novo cinema americano".
Após esse período, Scorsese renderia
títulos nos anos 80, que embora não fossem sucessos a principio, seria reconhecido
tempo depois como O Rei da Comédia e Depois das Horas. Apesar de se render a
filmes mais convencionais como A Cor do Dinheiro, o cineasta faria um dos seus
filmes mais corajosos de sua carreira que foi a Ultima Tentação de Cristo.
Embora a produção tenha gerado inúmeros protestos pelo globo, serviu para Scorsese
fortalecer sua aura de cinema de autor. Com isso, no inicio dos anos 90,
entrega um dos melhores filmes sobre a máfia que é os Bons Companheiros (90),
refilma um clássico com estilo em Cabo do Medo (91), retorna ao passado nos
fins do século 19 em A Época da Inocência (93) e cria um dos seus melhores filmes
desse período que é Cassino (95). Isso graças à forma em que ele montou o
filme, fazendo da trama uma verdadeira montanha russa cheia de acontecimentos, obrigando
o espectador a não piscar os olhos e dando a sensação que três horas de duração
(tempo do filme) passassem voando.
Embora tenha sofrido alguns arranhões
com Vivendo no Limite,Scorsese ataca com tudo nos anos 2000, fazendo uma feliz
parceria com Leonardo Dicaprio em Gangues de Nova York, O Aviador, Os Infiltrados
(Oscar de melhor filme e diretor), A Ilha do Medo e provando que se pode fazer
arte com 3D em A Invenção de Hugo Cabret. Lembrando também, que Fonseca deu destaque
aos documentários que Scorsese dirigiu também ao longo da carreira, como no
caso de No Direction Home: Bob Dylan ,
embora eu deva reconhecer, que infelizmente não vi nenhum dessas produções, mas
nunca é tarde para conhecê-las.
O que vem a seguir sobre
Scorsese (Sinatra?) só o futuro irá dizer, mas com relação ao curso, digo que
foi um dos melhores que eu participei, pois Rodrigo Fonseca não só dissecou
sobre a carreira do cineasta, como também falou do cinema em si e dos ingredientes
que moldou ele. Com tudo isso, só venho
a agradecer ao CENA UM e ao Fonseca, e
com essa matéria, encerro (por enquanto) sobre Martin Scorsese, dando lugar a outras matérias,
como no caso as próximas com relação aos cursos sobre Michelangelo Antonioni e
Como se ver um Filme 2. Portanto aguardem e boas sessões a todos.
Como o curso sobre Martin
Scorsese se inicia amanhã, encerro aqui esse especial, onde eu simplesmente revi
(e descobri) grandes clássicos desse mestre do cinema. Com o termino desse
especial, dou destaque a outro mestre, Michelangelo Antonioni, que também terá
um curso sobre ele neste mês, no qual irei participar. Portanto aguardem.
Abaixo, dedico aos filmes de
Scorsese, onde ele fez parceira com Leonardo Dicaprio, que muitos apontam, como
uma pareceria similar que ele fez por anos com Robert De Niro, mas isso só o
tempo irá dizer.
Gangues de Nova York
Sinopse: Em plena Nova York de 1840, o jovem Amsterdam (Leonardo
DiCaprio) busca se vingar de William "The Butcher" Cutting (Daniel
Day-Lewis), o assassino de seu pai (Liam Neeson), que era o líder da gangue
Dead Rabbits. Em sua jornada Amsterdam acaba se tornando amigo e homem de
confiança de William, apaixonando-se também por Jenny Everdane (Cameron Diaz),
uma bela jovem que é integrante de uma gangue rival.
Um retrato interessante, sobre os primórdios de uma das mais conhecidas cidades dos EUA, através de brigas de gangues, que por sua vez, seriam a semente que germinaria posteriormente outros gângsteres mais conhecidos da historia. Baseado no livro homônimo, a produção faz uma extraordinária reconstituição de época que impressiona, pois é sempre interessante ver as tão conhecidas ruas da cidade, como elas eram anteriormente naquele período. Bom exemplo disso é a seqüência inicial (após a primeira guerra de gangue) em que a câmera se afasta e faz uma panorâmica, mostrando como seria a cidade de longe naquele tempo. Daniel Day Lewis (que já havia trabalhado com o diretor em A Época da Inocência) constrói o seu William "The Butcher" Cutting um ser assustador, por vezes engraçado pelo seu tom sarcástico, mas jamais se esquivando do seu adversário e que não mede esforços para manter o poder que adquiriu na cidade. O filme também marca o inicio da pareceria de Scorsese com Leonardo Dicaprio, que posteriormente renderiam mais ótimos filmes juntos e que a meu ver, seria uma espécie de laço para atrair um publico mais jovem e acabasse conhecendo o tipo de cinema do cineasta. Com direção de arte, fotografia e figurinos primorosos, Gangues de Nova York pode-se figurar tranquilamente entre melhores super produções dos últimos 10 anos, não só pelo seu requinte, mas pela sua coragem em retratar as origens, por uma perspectiva obscura, de uma das maiores cidades do mundo.
O Aviador
Sinopse: Howard Hughes (Leonardo DiCaprio) ficou milionário já aos 18 anos, devido à herança que seu pai, um inventor texano, deixou para ele. Pouco depois ele se mudou para Los Angeles, onde passou a investir na indústria do cinema. Hughes ajudou a carreira de vários astros, como Jean Harlow (Gwen Stefani), e ainda trabalhou em filmes de grande sucesso, como "Hell's Angels", que dirigiu. Paralelamente Hughes se dedicou a uma de suas maiores paixões, a aviação, e se envolveu com as atrizes Katharine Hepburn (Cate Blanchett) e Ava Gardner (Kate Beckinsale).
Um dos melhores filmes do
cinema recente, ao retratar a era de ouro do cinema, através da perspectiva de
Howard Hughes(Leonardo Dicaprio, ótimo) , que não mede esforços para adquirir
lucro, tanto no cinema daquele tempo, como nos primórdios da aviação. O inicio
do filme, possui uma fotografia que remete ao lindo technicolor, que gradualmente
vai mudando, conforme os anos vão passando. O filme explora os altos e baixos
de Hughes, que além de ter que enfrentar pessoas gananciosas, tanto do cinema
no inicio, como monopólio da Pan American, também
sofria um mal de saúde, mais precisamente uma fobia absurda por germes, em que
acreditava que estavam em todo lugar.
Leonardo
Dicaprio apresenta aqui um dos seus melhores desempenhos, em que ele
simplesmente some na pele de Hughes, e o que vemos, é um homem com uma mente
engenhosa para os negócios, mas frágil perante as suas paranóias e que acabam
sendo prejudiciais, tanto fisicamente como mentalmente. O filme também valeu a
primeira vitoria de Cate Blanchett no Oscar, onde ela interpretou de uma forma
incrível (e sem exageros) um dos ícones do cinema que foi Katharine Hepburn.
Assim como recentemente Michelle
Williams fez em Sete dias Com Marilyn,
Blanchett não imitou Hepurn, muito pelo contrario, ela criou um personagem
diferente, que embora lembrasse a atriz, fizesse com que ela ficasse mais a vontade
em cada cena em que aparece, roubando a cena
até mesmo de Dicaprio.
Com um final
arrebatador e que não se preocupa em explicar o destino do protagonista, O
Aviador (assim como Gangues de Nova York), mostrou que Scorsese tinha mão firme
para super produções de época (vide posteriormente A Ilha do Medo e A Invenção
de Hugo Cabret).
Os Infiltrados
Sinopse: A polícia trava uma verdadeira guerra contra o crime organizado em Boston. Billy Costigan (Leonardo DiCaprio), um jovem policial, recebe a missão de se infiltrar na máfia, mais especificamente no grupo comandado por Frank Costello (Jack Nicholson). Aos poucos Billy conquista sua confiança, ao mesmo tempo em que Colin Sullivan (Matt Damon), um criminoso que foi infiltrado na polícia como informante de Costello, também ascende dentro da corporação. Tanto Billy quanto Colin sentem-se aflitos devido à vida dupla que levam, tendo a obrigação de sempre obter informações. Porém quando a máfia e a polícia descobrem que entre eles há um espião, a vida de ambos passa a correr perigo.
Na primeira vez que vi Os
Infiltrados (numa sessão inesquecível), fiquei me perguntando por que o
cineasta não trabalhou antes com Jack Nicholson, pois o seu personagem
Costellho está entre os melhores desempenhos da carreira do ator. Claro que
muitos vão dizer que ele já fez personagens melhores (como em Um Estranho no
Ninho), ou até alguns dizendo, que Jack Nicholson sempre faz um personagem
parecido, se comparados as suas atuações anteriores. Mas não a como negar, que
sempre em que ele surge em cena, ele domina a tela, graças ao seu tom
sarcástico e psicótico.
A produção em si, é um
dos melhores jogos de gato e rato do cinema recente, onde ninguém é confiável.
Sendo assim, tanto o personagem de Dicaprio (policial infiltrado na gangue),
como de Matt Damon (informante de Costello, infiltrado na policia), passam para
o espectador todo o peso que sentem devido ao seu serviço, onde a cada momento,
podem levar um tiro na cabeça (literalmente). O filme também é lembrado pelo
ótimo desempenho de praticamente todos do elenco, como no caso Mark Wahlberg
(indicado ao Oscar) e Martin Sheen, que exercem momentos fundamentais e peças
chaves durante a trama. O ato final reserva momentos imprevisíveis para
historia, em que deixa o espectador de queixo caído, principalmente para aquele
pouco familiarizado ao cinema de Scorsese, mas isso foi essencial, para o sucesso
do filme e pela (finalmente) consagração do cineasta no Oscar, onde produção
levou os prêmios de melhor filme e
melhor diretor.
A Ilha do Medo
Sinopse: 1954. Teddy Daniels (Leonardo DiCaprio) investiga o desaparecimento de um paciente no Shutter Island Ashecliffe Hospital, em Boston. No local, ele descobre que os médicos realizam experiências radicais com os pacientes, envolvendo métodos ilegais e anti-éticos. Teddy tenta buscar mais informações, mas enfrenta a resistência dos médicos em lhe fornecer os arquivos que possam permitir que o caso seja aberto. Quando um furacão deixa a ilha sem comunicação, diversos prisioneiros conseguem escapar e tornam a situação ainda mais perigosa.
Martin Scorsese cria aqui uma
verdadeira mistura de filme noir com O Gabinete do Dr Galigari, para ilustrar
um suspense psicológico que apresenta uma trama aonde mostra até que ponto a
nossa mente pode nos enganar para nos não podermos ver certas verdades. Já no
inicio, o diretor mostra que o cenário da trama não é um bom lugar graças a uma
ótima trilha sonora que impõe medo e insegurança do que esta por vir. Leonardo
Dicaprio novamente esbanja talento num personagem que já a primeira vista
mostra inúmeras camadas de problemas que logo serão descascadas ao longo do
filme. Mark Ruffalo , Ben Kingsley , Emily Mortimer e Michelle Williams
completam um super elenco nesse suspense de primeira e com um dos finais mais
corajosos dos últimos anos.
Chegamos a um final de semana repleta de atrações. Depois do final de semana anterior, em que Os Vingadores dominou todas as paradas, a VIII festival do Fantaspoa invade a capital, prometendo um cardápio bem diversificado neste ano. Eu estarei hoje na abertura do festival, no Cinebancários(19horas), que além da abertura (com a exibição do filme Nervo Craniano Zero), na entrada do cinema(17h30min), terá á inauguração da exposição Demons Divas, pegando o embalo do festival.
Fora isso, nas estréias convencionais, tem Luzes das Trevas, que é uma espécie de continuação do clássico O Bandido da Luz Vermelha e a refilmagem bem sucedida de Anjos da Lei. Lembrando também, que estarei sábado e domingo participando do curso sobre Martin Scorsese no Museu da Comunicação. Ou seja, estarei envolvido com o cinema até o pescoço neste final de semana, e vocês também.
Sinopse: Retrata a trajetória de Jorge Bronze, conhecido
pelo codinome Tudo-ou-Nada (André Guerreiro). Ele é filho do famoso Bandido de
Luz Vermelha (Ney Matogrosso), que assaltava casas de ricos paulistanos e foi
transformado em ícone pelo jornal Notícias Populares. Por outro lado, aborda a
vida de Luz Vermelha em um presídio de segurança máxima, mostrando como ele
lida com a fama de ser um dos criminosos mais famosos do Brasil.
Anjos da Lei
Sinopse: Jenko e Schimidt se
formaram na mesma turma da academia de polícia mas eles são bem diferentes.
Mesmo assim um completando o outro das maneiras mais inusitadas possíveis eles
acabam formando uma boa dupla . Agora os dois foram designados para trabalhar
disfarçados juntos com o Capitão Walters em uma área dominada pelos jovens
e o traficante Eric. O problema é que os dois parecem ter entrado fundo demais
nessa coisa de se infiltrar e a farra vai comer solta. Será que vai dar certo?
Conspiração Americana
Sinopse: Mary Surrat (Robin
Wright) é a única mulher acusada pelo assassinato do presidente Abraham Lincoln.
Sendo ela principal suspeita por uma conspiração contra o estado é defendida
por Frederick Aiken (James McAvoy) um herói de guerra que não quer o caso mas
está determinado que a mulher tenha um julgamento justo. Logo ele descobre
que Surrat está protegendo outro conspirador: seu filho que está desaparecido.
Paraísos Artificiais
Sinopse:Erika é uma DJ de
relativo sucesso e muito amiga de Lara. Juntas durante um festival onde Erika
trabalhava elas conheceram Nando e juntos vivem um momento intenso. Entretanto
logo em seguida o trio se separa. Anos depois Erika e Nando se reencontram em
Amsterdã onde se apaixonam . Só que apenas Erika se lembra do verdadeiro
motivo pelo qual eles se afastaram pouco após se conhecerem anos antes.
Um Homem de Sorte
Sinopse: Enquanto estava no meio do conflito no Iraque
o sargento da Marinha norte-americana Logan Thibault (Zac Efron) encontra a
fotografia de Beth (Taylor Schilling) sem conhecê-la e passa a considerar o
fato como uma espécie de amuleto em terras inimigas. Quando retorna para seu
país decide que vai encontrá-la e através de um pedido de
emprego que fez para a mãe dela Nana (Blythe Danner) começa a manter contato
mas mantendo em segredo o verdadeiro motivo de sua vinda. Só que Beth tem
problemas pessoais com seu ex-marido com quem tem um filho mas o romance entre
os dois acaba brotando apesar de toda a desconfiança que ela mantém sobre o
misterioso funcionário da casa.
Nos dias 05 e 06 de Maio, estarei
participando do curso“MARTIN
SCORSESE – CINEMA, FÉ & VIOLÊNCIA”,que será realizado noMuseu da Comunicação, criado
peloCENA UMe ministrado pelo critico de cinema,Rodrigo Fonseca. E enquanto a
atividade não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esse
diretor, que deu sangue novo ao cinema americano nos anos 70 e ainda hoje.
O REI DA COMÉDIA
Sinopse: Conta a história de Rupert Pupkin, aspirante a
comediante obcecado por se tornar um rei da comédia. Ele encontra seu ídolo e
pede para fazer uma participação no talk show dele, porém é sempre enrolado.
Pupkin não desiste e começa a mostrar o lado mais doentio de sua obsessão na
busca de conseguir o que almeja.
Roteiro e montagem são muito bem construídos, onde o
cineasta consegue fazer a trama balançar, tanto para a comédia como para o
drama, que embora sejam gêneros diferentes, não soe nada forçado ou muito menos
exagerado. O grande momento do filme vem dos momentos de delírio e grandeza de Rupert, alternando entre seu diálogo
improvisado no quarto/porão de sua casa, e a conversa com Jerry num restaurante
luxuoso; e o programa de auditório imaginário com fotos em tamanho real de Lisa
Minelli e Jerry Langford.
Os desempenhos são ótimos,
devido a ótima ideia de Scorsese em
alongar alguns momentos, em que o filme aumenta no suspense de uma forma
gradual, através de seu tom cada vez mais desconcertante, em que as investidas
de Rupert se tornam mais fortes, tornando o desenrolar da trama inesperado. Uma
crítica sombria ao culto dos famosos, que embora não tenha dado muitos louros
para o diretor na época, rapidamente o filme se tornou cultuado ao longo do
tempo.
Curiosidade:
Martin Scorsese declarou em entrevista que ele e Robert De Niro não trabalharam
juntos por sete anos devido à intensa carga emocional queO Rei da Comédiatrouxe
para ambos;
Robert
De Niro usou provocações anti-semitas para irritar Jerry Lewis, durante a
realização da cena em que seu personagem destrói a casa de campo. Lewis ficou
chocado com as ofensas, mas manteve a atuação.
Sinopse: No verão de 1956 o
jovem Colin Clark (Eddie Redmayne) vindo de Oxford em busca de sucesso na
indústria do cinema trabalhou como assistente no set de filmagem de O Príncipe
Encantado. Esta produção reunia duas grandes estrelas Sir Laurece Olivier
(Kenneth Branagh) e Marilyn Monroe(Michelle Williams) que estava nesta época em
lua-de-mel com seu novo marido o dramaturgo Arthur Miller (Dougray
Scott).brQuase 40 anos mais tarde foi publicado o diário de Miller intitulado
The Prince The Showgirl and Me ( O Príncipe a Vedete e Eu ) mas uma semana
faltava e estas páginas desaparecidas foram publicadas mais tarde com o título
My Week With Marilyn ( Minha Semana com Marilyn ). Quando Arthur Miller deixa a
Inglaterra Colin decide mostrar a Marilyn os prazeres da vida britânica esta
torna-se uma semana idílica em que ele acompanhou uma estrela ansiosa para
fugir dos holofotes de Hollywood e da pressão do trabalho.
Não
deve ser fácil, para nenhum interprete interpretar outro interprete, principalmente
quando esse ultimo, se tornou algo mais ao longo da historia do cinema. No caso
de Marilyn Monroe, ela se transformou num dos grandes símbolos da era de ouro
do cinema, mas nem por isso, intimidou Michelle Williams, que aceitou o desafio
de interpretá-la, numa pequena passagem verídica de sua vida. Baseado no diário
de Colin Clark, acompanhamos o mesmo (interpretado por Eddie Redmayne), no dia
a dia das filmagens do clássico Príncipe Encantando, que na época foi dirigido e atuado
pelo Sr Laurence Olivier (brilhantemente interpretado por Kenneth Branagh), que
acaba em maus lençóis, quando não consegue tirar um melhor desempenho da atriz durante as gravações das cenas.
Dirigido
por Simon Curtis (Sra. Dalloway), o filme é fiel nas passagens escritas por
Colin Clark, embora não vemos uma autentica Marilyn Monroe, e sim uma interpretação
original de Michele Williams, que não quis a todo o momento imitar a atriz de
uma forma exata, mas sim, criou uma interpretação na qual ela imaginava o que Marilyn
poderia ter sido em vida. Com isso, vemos uma Marilyn que se apresenta de uma
maneira que agente sempre conheceu, mas que aos poucos vai se descascando,
demonstrando ser uma pessoa frágil psicologicamente, que embora tenha tudo, não
conseguiu exatamente realizar os seus sonhos em vida. Williams transmite a todo
o momento, uma Marilyn que deseja se desvencilhar do mundo que a rodeia, mas que se
da conta que já é tarde demais em largar aquilo tudo, tendo apenas que se
conformar com os poucos momentos de felicidade que tem. Desses momentos de
felicidade, um deles se torna Colin, que vira uma espécie de guia para nos durante
á historia, para assim então, conhecermos melhor esse ícone da sétima arte. O grande charme também
da produção, fica pela ótima reconstituição de certas passagens da época, que
soube muito bem passar o que foi realmente a problemática produção de O Príncipe
Encantando, e nestes momentos, Kenneth Branagh está extraordinário, ao representar um dos maiores
atores de todos os tempos que foi Olivier. Os momentos em que ele explode no set, por não conseguir tirar um
melhor desempenho de interpretação de
Marilyn, são momentos que beira tanto para tensão como para um humor refinado,
que somente Branagh consegue passar.
Com destaque a uma pequena, mas importante participação da veterana Judi
Dench, Sete Dias com Marilyn, não é um filme sobre astros, mas de pessoas
comuns presas ao seu trabalho, para torná-las imortais nas telas, mesmo que com
isso, tenham um alto preço a se pagar em suas vidas pessoais.