Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Nos dias 05 e 06 de Maio,
estarei participando do curso “MARTIN SCORSESE – CINEMA, FÉ &
VIOLÊNCIA”, que será realizado no Museu da Comunicação, criado pelo CENA UM e
ministrado pelo critico de cinema, Rodrigo Fonseca. E enquanto a atividade não
acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esse diretor, que
deu sangue novo ao cinema americano nos anos 70 e ainda hoje.
Cassino
Sinopse: Através de
três personagens básicos: um diretor de cassino (Robert De Niro) com um passado
comprometedor; uma prostituta de alta classe (Sharon Stone), que dominava a
todos, menos o seu cafetão; e um gângster (Joe Pesci), que tomava conta do
diretor do cassino e passa gradativamente, a seguir os passos dela, criado um
painel de Las Vegas dos anos 70, quando a Máfia controlava o jogo, até o
gradual surgimento das grandes corporações, que ficaram no lugar das quadrilhas
e transformaram a cidade em uma Disneylandia.
Ambicioso painel
sobre a marginalidade, a violência e o consumo de drogas. A semelhança de Os
Bons Companheiros, também baseado em um livro de Nicholas Pileggi. O
perfeccionismo de Scorsese tanto ajuda o filme a apresentar personagens bem
definidos, como também em seqüências em que exige o melhor de cada um deles. A
narração off, que se por um lado atrapalha em alguns momentos, também faz com
que o filme se torne mais ágil e apresente melhor a maioria dos personagens, em
especial, a de Sharon Stone, no melhor (e único) momento de sua carreira. Ojazzista Oscar Goodman e o cantor e ator Frankie Avalon aparecem como eles
mesmos.
Embora o filme tenha
dividido a opinião do publico e da critica na época de seu lançamento, o filme
foi melhorando conforme o tempo e hoje é um dos mais importantes da carreira do
diretor.
Curiosidade: Para
conseguir uma censura mais branda por parte do órgão emissor das categorias de
filmes dos Estados Unidos, o diretor Martin Scorsese retirou algumas cenas
consideradas mais violentas, como a em que o personagem de Joe Pesci bate com a
cabeça de um homem num vaso até que um de seus olhos saltasse da cabeça.
Cabo do Medo
Sinopse: Max Cady
(Robert De Niro), um psicopata que foi preso e condenado por estupro 14 anos
atrás, cumpriu sua pena e agora está livre. Ele pretende se vingar de Sam
Bowden (Nick Nolte), seu ex-advogado, que deliberadamente omitiu informações
que alterariam a decisão do júri. Ele pretende agora aterrorizar ao extremo
Sam, Leigh Bowden (Jessica Lange), sua mulher, e Danielle (Juliette Lewis), sua
filha adolescente, mas pretende fazer isto da forma mais legal possível, pois
enquanto cumpria pena estudou todos os aspectos legais possíveis.
Refilmagem de Circulo
do Medo (1962), J. Lee Thompson, com a presença de três atores da versão
original (Mitchum, Peck e Balsam) em papeis secundários. Scorsese pincela os personagens
com cores bem mais fortes e transforma o embate silencioso e tenso da primeira
versão, em uma perturbadora orgia de violência e terror psicológico. Apesar do
final convencional, é bem conduzido e bem interpretado por todo o elenco, em
especial, a Robert De Niro, criando um dos seus desempenhos mais assustadores
de sua carreira, e de Nick Nolte, que passa todo o desespero e a impotência que
o seu personagem sente perante a situação. Destaque para um dos primeiros
papeis de Juliette Lewis.
Curiosidade: O ator
Robert De Niro pagou US$ 5 mil a um dentista antes do início das filmagens de
Cabo do Medo, para que ele deixasse seus dentes com um aspecto realmente ruim,
que na sua opinião era o ideal para o personagem Max Cady. Após o término das
filmagens, De Niro pagou mais US$ 20 mil para que o dentista deixasse seus
dentes como estavam antes.
Alice não mora mais aqui
Sinopse: Alice Hyatt
(Ellen Burstun) fica viúva após perder o marido, um motorista de caminhão, em
um acidente. Como tem um filho, Tommy (Alfred Lutter III), para criar luta pela
sobrevivência. Inicialmente trabalha como cantora mas, em virtude de um
tumultuado envolvimento com Ben Everhart (Harvey Keitel), um homem casado e
agressivo, foge da cidade, indo trabalhar como garçonete em outra localidade.
Lá ela conhece Flo (Diane Ladd), uma colega de trabalho que não prima pela
educação mas é a amiga que Alice precisava. Lá também se envolve com David
(Kris Kristofferson), um fazendeiro divorciado.
Embora seja um filme
menor da carreira do diretor, Alice não mora mais aqui é lembrado por ter dado
o Oscar de melhor atriz para Ellen Burstun (O Exorcista) e por ser um dos raríssimos
filmes da carreira do diretor, em que uma personagem feminina seja a
protagonista principal. Burstun conquista o espectador de imediato, ao retratar
uma mulher em busca dos seus sonhos, ao lado de seu filho Tommy (Alfred Lutter,
carismático), mas no decorrer desse percurso, irá ter que passar por certos obstáculos, como no caso de certos elementos comuns já vistos no resto da filmografia do diretor, como um harvey Keitel inconseqüente e violento. Embora com um final totalmente previsível, vale a pena redescobrir esse que é um dos primeiros filmes do cineasta.
Curiosidade: Após umas produções da Disney, Jodie Foster aparece na trama como uma amiga do personagem Tommy.
A época da Inocência
Sinopse: Nova York,
1870. Um advogado (Daniel Day-Lewis) está de casamento marcado com uma jovem
(Winona Ryder) da aristocracia local, quando uma condessa (Michelle Pfeiffer),
prima de sua noiva, volta da Europa após separar-se do marido. As idéias dela
chocam a tradicional sociedade americana e, ao tentar defendê-la, o advogado se
apaixona por ela e correspondido.
Fiel adaptação do
romance homônimo de Edith Wharton. É o primeiro drama histórico-romântico de
Scorsese. Produção requintada, fotografia impecável e elenco que responde a
altura, a uma historia de preconceitos, paixões caladas e frustrações. O filme
tem um ritmo lento e suas emoções demoram a explodir, o que apenas incrementa o
retrato elaborado. Levou o Oscar de melhor figurino (de Gabriella Pescussi).
Narração off de Joanne Wood.
Curiosidade: A
previsão inicial era que "A Época da Inocência" estreasse nos cinemas
americanos no outono de 1992, mas o filme apenas estreou realmente quase um ano
depois, para que o diretor Martin Scorsese tivesse mais tempo para editar o
filme do jeito que queria.
Como é feriado hoje, decidi rever alguns clássicos de Martin
Scorsese, para me preparar para o próximo curso desse final de semana, mas não
poderia deixar de postar esse trailer que está fazendo um grande barulho pela
internet. “Vingadores” está fazendo um grande sucesso e merecido, pois é um
filme que respeita, não só o universo dos personagens, como também os fãs que
forem assistir, mas vendo esse trailer, da próxima aventura do homem morcego,
me fico me perguntando o que podemos esperar? Os segundos iniciais são de
tamanha tristeza, devido a sua bela trilha sonora, que não resta menor duvida:
Nolan fará um filme épico e que fechara com chave de ouro a sua visão pessoal
sobre o personagem. O herói morrerá para um bem maior? O vilão novamente roubara
a cena? Será possível fazer algo superior a Cavaleiro das Trevas?
Nos dias 05 e 06 de Maio, estarei
participando do curso “MARTIN SCORSESE – CINEMA, FÉ
& VIOLÊNCIA”, que será
realizado no Museu da Comunicação, criado pelo CENA UM e ministrado pelo critico de cinema, Rodrigo
Fonseca. E enquanto a atividade
não acontece, por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esse diretor,
que deu sangue novo ao cinema americano nos anos 70 e ainda hoje.
DEPOIS
DAS HORAS
Sinopse: É a história
de uma noite na vida de Paul Hackett (Griffin Dunne), um operador de computador
que trabalha no centro de Manhattan e odeia seu trabalho, como também não
suporta sua solitária vida particular. Na noite em questão, cansado de ficar
sozinho em casa, foi ler em um restaurante. Lá uma bela e encantadora jovem,
que estava em outra mesa, puxa conversa dizendo que adora o livro que ele está
lendo. Logo está na mesa dele e os dois conversam animadamente, parecendo
compartilhar de alguns interesses comuns. Ela lhe diz que está indo para a casa
de uma amiga, que é escultora e mora no Soho. Ela diz que sua amiga faz um tipo
de trabalho que ela vende como peso para papel e pergunta se Paul quer comprar.
Ele não tem o menor interesse, mas a mulher que está à sua frente lhe desperta
muitas coisas, e assim diz que quer comprar. Como ela não sabe o preço dá o
telefone de Kiki Bridges (Linda Fiorentino), a escultora, e vai embora. Já em
casa, Paul liga para Kiki, usando como pretexto seu interesse por pesos para
papel. Logo Kiki lhe diz que a jovem com quem falou chama-se Marcy, que vai ao
telefone e sugere que ele a encontre no apartamento do Soho. Ele concorda
prontamente, mas o que poderia ser uma noite agradável torna-se o início de uma
noite conturbada. Os problemas já começam no caminho, quando Paul deixa voar
pela janela do táxi sua única nota de vinte dólares. As ruas de Soho estão
escuras e abandonadas, como um mau presságio. Marcy está passando alguns dias
no apartamento de Kiki, que faz esculturas estranhas, tem gostos sexuais
"excêntricos" e conversa estranhamente, ocultado ter sido queimada.
No quarto de Marcy, Paul tem a conversa sucinta de um primeiro encontro e ela
diz que seguramente eles terão grandes momentos. Entretanto tudo começa a dar e
uma sucessão de eventos infernam a vida de Paul. Esta maré de má sorte vai em
um crescendo, ao ponto de ser perseguido por uma turma que crê que Paul seja um
bandido.
Embora quase nunca citado entre os maiores filmes do
diretor, Depois das Horas pode facilmente ser considerado como um dos seus
filmes mais divertidos, graças ao seu humor negro e situações imprevisíveis em
que o protagonista se envolve. É uma verdadeira espécie de fabula urbana, um “Alice
no País das Maravilhas” ás avessas, onde tudo quanto pode acontecer de ruim a alguém
acontece, como num verdadeiro sonho ruim, onde simplesmente não consegue
acordar. A trama é tão deliciosa, que simplesmente pouco nos importamos se o personagem encontre uma solução para livrar das situações
que ele se envolve, sendo que queremos que aquilo tudo continue e que ele não
consiga uma solução para voltar para casa, pois assim, a trama terminaria.
Com uma historia tão bem redondinha, Scorsese levou o prêmio
de melhor direção no Festival de Cannes.
Sinopse: Em Os Vingadores quando um inimigo inesperado surge ameaçando a
segurança global Nick Fury diretor da agência internacional de paz conhecido
como SHIELD recruta uma equipe para livrar o mundo de uma possível destruição
Homem de Ferro Capitão América Thor Hulk Gavião Arqueiro e Viúva Negra.
Quando Nick Fury (Samuel Le Jackson) ofereceu uma proposta sobre o
projeto “Vingadores” há Tony Stark (Robert Downey Jr), no final do filme do
Homem de Ferro, teve inicio a um dos mais audaciosos projetos dos últimos anos,
e que muitos acreditaram que não daria muito certo. Após cinco anos, percebe-se
que a formula da Marvel Studio, de apresentar cada personagem com o seu próprio
filme, para então reuni-los todos juntos em Os Vingadores, foi mais do que
certeiro, pois com os piões já apresentados no tabuleiro, bastava fazer um bom
jogo, desde que tivesse um ótimo jogador no comando, e esse alguém foi Joss
Whedon. Vindo dos sucessos de séries de TV como Buff: Caça Vampiros,Whedon tem
a capacidade de desenvolver uma ótima historia, em meio a tantos personagens, e
o melhor de tudo, o diretor é fã de carteirinha desse universo e sabia muito
bem no vespeiro que estava mexendo.
A grande sacada desse épico foi dar o grande destaque as personalidades
distintas de cada um dos personagens, pois além de serem seres poderosos, são
ao mesmo tempo humanos e com opiniões diferentes sobre o que estão enfrentando.
Com isso, espere só para ver as desavenças que rola entre os protagonistas no
primeiro ato, mas quem é familiarizado com o universo das HQ, sabe muito bem que
é sempre assim: Heróis se encontram, brigam, para então depois se aliarem para
um bem maior! Até lá, curtimos as apresentações de cada um deles um com outro, rendendo
cenas impactantes e inesperadas, principalmente para aqueles que não estão
muito acostumados com esse tipo de formula. Como sempre, Homem de Ferro (Robert
Downey Jr) é que da um verdadeiro show, graças ao ator cada vez mais e mais a
vontade no seu personagem, que sempre quando pode, tira sarro dos seus colegas
de cena, principalmente do Capitão America (Chris Evans), que por mais que se esforce,
fica impotente perante a aura dominante do ferroso, embora não desista de uma
briga verbal.
Com o fato do grande vilão da trama ser Loki (Tom Hiddleston, ótimo),
Thor (Chris Hernsworth) retorna para deter e tentar levar para casa seu irmão
ardiloso. Devido a isso, o Deus do Trovão, tem um papel fundamental, onde ele
simplesmente enlaça todas as pontas soltas que ficaram nos filmes anteriores. O
que muitos ficaram preocupados era o fato que alguns personagens secundários,
ficarem apenas de figurantes em meio a tantos titãs, mas tanto Viúva Negra (Scarlett
Johansson) como Gavião Arqueiro (Jeremy Renner) tem os seus grandes momentos de
importância, sendo que esse ultimo, aliás, se torna (mesmo sem querer) o catalisador
para o grande conflito do segundo ato.
Mas sem sombra de duvida, a grande surpresa de toda a trama, ficou
justamente para um personagem que até hoje não havia emplacado direito no
cinema, que foi Hulk. Depois da visão pessoal (incompreendida) de Ang Lee em
Hulk (2003) e do apenas “bom” filme de O Incrível Hulk (versão de 2008 e que já pertencia
ao universo criado pela Marvel Studio no cinema), o personagem finalmente consegue dar o
seu show na tela grande, seja quando está na forma humana (Mark Ruffalo, à
vontade no papel) seja quando está transformado e desferindo sua força, tanto
em seus aliados, como também contra os vilões. Espere só para ver quando o grandão
der de encontro com Loki, sendo que a cena em si, faz qualquer um ter vontade
gritar um olé e bater palmas. A cena por
sinal faz parte do terceiro ato, onde todos os heróis principais estão unidos e
prontos para enfrentar a invasão alienígena, que simplesmente toma e destrói boa
parte de Nova York. A seqüência é digna de nota, pois apesar de inúmeros efeitos
especiais, jamais ficamos tontos e muitos menos perder o fio da meada, coisa
que acontece muito bem nos terríveis filmes dos transformers (aprenda Michael
Bay).
Com pouco mais de duas horas, Os Vingadores realiza o sonho de qualquer
fã de HQ, que é assistir seus heróis preferidos, sendo adaptados com dignidade,
numa trama que rende inúmeros momentos emocionantes, divertidos e muito bem
orquestrados, dando uma verdadeira aula de como deveria ter sido feito as
outras adaptações que envolvia muitos personagens juntos. E como não poderia
ser diferente, aguarde nos créditos uma cena surpresa reveladora. Pois embora Os Vingadores feche um circulo, ele
desencadeia o nascimento de um novo, e isso vale não somente para os heróis do estúdio, mas também
para todos aqueles que ousarem fazer novas adaptações de HQ para o cinema, pois
dificilmente irão escapar de uma comparação, para o bem ou para o mal. Os próximos
heróis levados para a telona que se cuidem.
Nos dias 05 e 06 de Maio, estarei participando do
curso“MARTIN SCORSESE –
CINEMA, FÉ & VIOLÊNCIA”, que será realizado noMuseu da Comunicação, criado
peloCENA UMe ministrado pelo critico de cinema,Rodrigo Fonseca.E enquanto a atividade não acontece,
por aqui, estarei postando tudo o que eu sei sobre esse diretor, que deu sangue
novo ao cinema americano nos anos 70 e ainda hoje.
A Última
Tentação de Cristo
Sinopse: Jesus
(Willem Dafoe) é um carpinteiro que vive um grande dilema, pois é quem faz as
cruzes com as quais os romanos crucificam seus oponentes. Resumindo, Jesus se
sente como um judeu que mata judeus. Vivendo um terrível conflito interior ele
decide ir para o deserto, mas antes pede perdão a Maria Madalena (Barbara
Hershey), que se irrita com Jesus, pois não se comporta como uma prostituta e
sim como uma mulher que quer sentir um homem ao seu lado. Ao retornar, Jesus
volta convencido de que é o filho de Deus e logo salva Maria Madalena de ser
apedrejada e morta. Então reúne doze discípulos à sua volta e prega o amor, mas
seus ensinamentos são encarados como algo ameaçador, então é preso e condenado
a morrer na cruz. Já crucificado, é tentado a imaginar como teria sido sua vida
se fosse uma pessoa comum.
Baseado no livro do grego
Nikos Kazantzakis, Scorsese e o roteirista Paul Schrader dão um retrato mais humano de Cristo,
incluindo até desejos eróticos. Na época, o filme provocou polêmica e até
ameaças contra a sua exibição. Apesar de proibido (veladamente ou não) em
vários países, inclusive no Brasil, é na verdade um relato sensível e
respeitoso do fundador do Cristianismo. Com uma abordagem ousada, porém, pode
não agradar aos que vêem em Cristo uma figura de acordo com os conceitos
tradicionais. O ato final, onde Cristo é crucificado, mas que também ocorre
uma reviravolta até então inédita do que nos já conhecemos dessa historia tão
conhecida, está entre os melhores momentos do filme.
Curiosidade: Em meio
às filmagens, Willem Dafoe ficou três dias sem conseguir enxergar por ter
exagerado na utilização de lentes oculares para dilatar suas pupilas ao brilho
do sol.
Caminhos
Perigosos
Sinopse: Little
Italy, cidade de Nova York. Charlie (Harvey Keitel) trabalha ao lado do tio, um
mafioso respeitado, coletando pagamentos e realizando cobranças. Ele enfrenta o
descontentamento de sua família, devido ao relacionamento que mantém com Teresa
(Amy Robinson). Charlie na verdade não nasceu para o crime e deseja iniciar
vida nova ao lado da namorada. Só que Johnny Boy (Robert De Niro), seu melhor
amigo, o mete em uma enrascada quando se recusa a pagar uma dívida de jogo.
Este retrato da marginalidade
nova iorquiana marcou o inicio da colaboração entre Scorsese e De Niro, que
juntos fariam Taxi Drive, Touro Indomável e dentre outros. Foi o primeiro filme
do diretor, que fez com que ele chamasse
atenção, tanto do publico como da
critica, e carrega várias das marcas registradas, compondo um registro visceral
e dinâmico da vida nas ruas barra-pesadas da metrópole americana. Caminhos
Perigosos também pode ser apresentado como um símbolo de um cinema mais cru, direto
e sem papas na língua, diferente do cinema previsível que o publico americano
daquela época estava acostumado.
Curiosidade: Foi o crítico Jay Cocks quem sugeriu a mudança
do título original para "Mean Streets", tendo por base uma citação de
Raymond Chandler que dizia "down these mean.