Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte.
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Se estivesse vivo, François Truffaut completaria 80 anos de vida. Como eu escrevi bastante, não só sobre ele, como também sobre o movimento Nouvelle Vague que revolucionou a forma de se fazer cinema, não poderia deixar passar em branco essa data. Pelas fotos, sempre via nele uma pessoa de boa praça, e quando comecei a assistir a sua filmografia, percebi que eu estava certo sobre ele.
Seus filmes eram autorais, de acordo com a forma que ele queria fazer cinema da sua maneira, mas eram filmes nos quais agente se identificava, sendo menos critico (diferente do seu colega Jean Luc Godard) e mais acessível para todos, mas não menos do que incomuns, e que faziam dos filmes comuns daquela época esquecíveis. Com o seu filme Os Incompreendidos,Truffaut queria fazer, não só um retrato dele mesmo, como também um retrato do jovem Francês que queria acima de tudo, se desvencilhar das regras daquele tempo, assim como inúmeros cineastas jovens que já não agüentavam mais o cinema padrão daquele país. Com isso, tanto Truffaut, como Godard e outros jovens cineastas(quando estavam trabalhando dentro da revista “Cahiers Du Cinema” como críticos de cinema), decidiram então criar filmes que seriam mais de acordo com a visão de cada um deles e que ao mesmo tempo, falasse sobre a verdadeira frança daquele tempo, e o resto é historia (leia mais clicandoaqui).
A defesa de Truffaut, com relação ao cinema mais autora foi tanta, que ele colaborou em dizer que os filmes de Alfred Hitchcock eram obras primas e que tinha ali, uma verdadeira aula de cinema de autor, coisa que até aquele momento, os críticos americanos nunca viam dessa maneira. Por fim, deixo abaixo uma pequena, mas bela homenagem que o Google Francês fez á esse inesquecível diretor!
Sinopse: O aventureiro Tintim compra para o amigo Haddock um modelo de um galeão antigo que por coincidência era a réplica do navio de um antepassado do capitão o cavaleiro de Hadoque. O modelo é roubado e logo depois a casa de Tintim é toda revirada. O que os assaltantes procuravam? Por sua vez o capitão acha no sótão de casa as memórias do cavaleiro
Fracasso nos EUA, (mas sucesso na Europa) pelo visto, o americano não entendeu a proposta principal dessa maravilhosa aventura criada por Steven Spielberg, que era resgatar um pouco do tempo quando a aventura era mais simples e tudo era mais no preto e no branco. Se eles não entenderam, o azar é o deles, pois o filme fez sucesso ao redor do mundo, foi elogiado pela critica, ganhou um globo de ouro, e motivos é o que não faltam para se tornar o mais novo Cult do momento. Agente já compra a proposta passada pelo diretor já nos créditos de abertura (embalada pela deliciosa trilha sonora de John Willians), onde nos é apresentado o mundo de Tintim (Jamie Bell), numa forma de desenho cartunesco colorido e que remete rapidamente às aventuras a moda antiga, de uma forma bem colorida e divertida, como se fosse um pequeno curta metragem (lembrando um filme anterior do diretor, Prenda-me se for capaz).
O filme começa, e assim como o diretor fez em filmes anteriores (como Os Caçadores da Arca Perdida) o protagonista é apresentado gradualmente, gerando um pequeno suspense, e quando finalmente ele mostra o rosto, o diretor presenteia os fãs com uma pequena homenagem, tanto para aqueles que acompanhavam as HQ clássicas, como aqueles que somente curtiam o personagem pelo desenho que passava na rede cultura. A trama começa e o herói e seu cão Bilu, são jogados em uma trama de espionagem misturada com caça ao tesouro, aventura pirata, ação tanto no mar como por terra, embalado com o melhor que existe em técnica de efeitos especiais. Spielberg simplesmente cria uma verdadeira montanha russa de belas imagens, nas quais os protagonistas se envolvem com a maior naturalidade, e a câmera que os acompanha é tão elegante e vertiginosa, que ficamos nos perguntando como o diretor criou tudo aquilo (em especial, a fantástica cena de ação sem cortes que antecede o ato final). É bem da verdade, que nem tudo são flores, já que a técnica de se fazer esse tipo de animação, que é captura de movimento dos atores, para depois colocar os efeitos por cima, normalmente acaba soando meio que artificial em alguns momentos, já que os olhos não passam muita vida em determinadas partes, mas se isso era bem sentido em filmes como O Expresso Polar, aqui os responsáveis pela técnica (Weta Digital de Peter Jackson) fizeram um baita esforço para não passar esse incomodo.
Felizmente, os personagens são carismáticos, e nos fazem esquecer esse pequeno problema, principalmente quando surge em cena um dos melhores personagens das historias de Tintim, Capitão Haddock, que ganhou os movimentos e interpretação de forma exemplar, pelo especialista no assunto de captura de movimento Andy Serkis. O seu desempenho como personagem é tão bom, que por alguns momentos Hadock se torna o verdadeiro protagonista da trama, e torna Tintim um mero coadjuvante por vários momentos.
Com fotografia e edição de arte que enche os olhos, As aventuras de Tintim é um filme que irá agradar a todos, tanto gregos como troianos. Se você curtia Indiana Jones no passado e curti Piratas do Caribe no presente, saiba que tudo isso se deve um pouco a Tintim. Embora suas aventuras tenham chegado ao cinema somente agora, mas antes tarde do que nunca, e afinal de contas, nunca é tarde para sentir um pouco do gostinho da nostalgia!
Boa tarde pessoal, estou morrendo de calor aqui, mas me segurando, pois o certo, é tocar o barco.Aos poucos, começa á chegada dos indicados ao Oscar 2012 nas salas de Porto Alegre, sendo que o bom disso, é que teremos a oportunidade de assistir inúmeros filmes de qualidade (ou não) que irão disputar o maior prêmio do cinema. O ruim disso é conseguir acompanhar todas estás estréias, pois para mim, além do meu serviço habitual me ocupar, tem os outros eventos da área de cinema que eu participo (como o recente Festival de Júri Popular). Mas assim quando puder, irei postar sobre o que eu achei desses filmes, desta nova safra OSCAR que esta chegando aos cinemas.
Falando em indicados ao Oscar, finalmente estréia em grande circuito, A Separação, que por sorte, já assisti e podem conferir minha critica abaixo. Além do filme sensação dos EUA no ano passado, Historias Cruzadas que gradualmente se tornou sucesso de publico e critica.
Contudo, as estréias não vivem só de Oscar, portanto temos a Filha do Mal e a reestréia no formato em 3D de A Bela e A Fera.
Lembrando que o Festival do Júri Popular que está ocorrendo no Cinebancários, irá até neste domingo. Portanto não percam, pois não é sempre que é “você” que decide qual é o melhor filme.
Sinopse: Na década de 1960. Skeeter acabou de terminar a faculdade e sonha em ser escritora. Ela põe a cidade de cabeça para baixo quando decide pesquisar e entrevistar mulheres negras que sempre cuidaram das famílias do sul. Apesar da confusão causada Skeeter consegue o apoio de Aibileen governanta de um amigo que conquista a confiança de outras mulheres que têm muito o que contar.
A Bela e a Fera 3D
Sinopse: Você é nosso convidado para conhecer o mundo mágico do mais aclamado e adorado filme dos Estúdios Disney que está ainda melhor. Nesta Edição Especial Limitada totalmente restaurada e remasterizada você curte esta bela história com uma nova sequencia musical e uma animação inédita integrada com perfeição ao filme original. No início desta fábula clássica uma feiticeira transforma um príncipe cruel em uma fera horrenda. Para quebrar o feitiço a Fera precisa conquistar o amor da linda e inteligente Bela antes que caia a última pétala de uma rosa encantada.
Filha do Mal
Sinopse: Filha do Mal mostra a história de uma mulher que foi convencida de que a mãe matou três pessoas após enlouquecer. Quando descobre que os assassinatos eram parte de um ritual exorcista ela parte com uma equipe para filmar um documentário.
A Beira do Abismo
Sinopse: O filme mostra a história de um ex-policial procurado pela justiça que resolve se matar pulando do alto de um prédio de Nova Iorque. Uma vez notificada a polícia da cidade se mobiliza para tentar impedir que o homem acabe com a própria vida levando para o local inclusive uma policial psicóloga especialmente requisitada pelo suicida.
Românticos Anônimos
Sinopse: Angélique Delange (Isabelle Carré) é uma talentosa confeiteira, que faz chocolates requintados reconhecidos por público e crítica especializada. Entretanto, como fica ansiosa quando olham para ela, Angélique prefere o anonimato e finge ser apenas uma entregadora. Sem emprego, ela consegue trabalho na Fábrica de Chocolates, que está à beira da falência. Só que, ao contrário do que imaginava a princípio, consegue a vaga de representante comercial da empresa. Ela pensa em pedir a mudança de cargo, mas é surpreendida com o convite para jantar de Jean-René Van Den Hudge (Benoît Poelvoorde), dono da empresa. O problema é que Jean-René, assim como Angélique, é extremamente tímido e possui muitas dificuldades em manter contato com outras pessoas.
Viagem 2: A Ilha Misteriosa
Sinopse: A nova viagem começa quando Sean capta uma mensagem codificada vinda de uma ilha misteriosa localizada em umponto onde não deveria haver nada. Um lugar com formas de vida estranhas montanhas de ouro vulcões mortais e diversos segredos surpreendentes. Continuação do filme Viagem ao Centro da Terra de 2008.
Pulp Fiction: "Não odeia isso? O quê? Os silêncio...
"Não odeia isso? O quê? Os silêncios que incomodam. Por que temos que falar de idiotices para nos sentirmos bem? Não sei. É uma boa pergunta. É assim que sabe que encontrou alguém especial. Quando pode calar a boca um minuto e sentir-se à vontade em silêncio.”
Taxi Driver: "Está falando comigo? Está falando comigo? Está falando comigo? Então com quem diabos você está falando? Está falando de mim? Pois eu sou a única pessoa aqui. Com quem você pensa que está falando?"
A Mosca: Os insectos não têm política e não conhecem a compaixão. Nunca se deve confiar num insecto.
O CineBancários recebe, de 31 de janeiro a 5 de fevereiro, o 4º Festival do Júri Popular 2012, exibindo curtas metragens e animações de todo o país finalizados recentemente, muitos deles premiados e inéditos. O Festival será exibido simultaneamente em 21 cidades do Brasil e tem entrada franca. Sessões às 15h, 17h e 19h.
Neste ano, três filmes merecem destaque. Eles foram selecionados para o Clermont-Ferrand na França, o maior e mais importante festival de curtas do mundo: A fábrica de Aly Muritiba, O céu no andar debaixo, de Leonardo Cata Preta e Dona Sônia pediu uma arma para seu vizinho Alcides de Gabriel Martins.
Outro filme que deve ser visto, selecionado para o Festival de Rotterdam, na Holanda, juntamente com Dona Sônia pediu uma arma para seu vizinho Alcides, é o paranaense Ovos de dinossauro na sala de estar, de Rafael Urban.
Em sua 4ª edição, o Festival o Júri Popular segue integrando a opinião de públicos de diferentes lugares e levando o curta-metragem a cada vez mais plateias. É um festival sem júri oficial, sendo que cada espectador recebe uma cédula antes das sessões e vota em todas as categorias como Melhor Fotografia, Melhor Roteiro e Melhor Ator entre outras.
A avaliação do público resultará na premiação nas seguintes categorias: Grande Prêmio, Ficção, Documentário, Direção, Roteiro, Fotografia, Montagem, Direção de Arte, Ator, Atriz e trilha Sonora. O filme que receber o Grande Prêmio terá inúmeras gratificações, dentre eles: cópia 35mm do CTAv, prêmio aquisição Petrobras Porta Curtas, distribuição em festivais pelo Curta o Curta, e disponibilização de diversos vídeos do site Pond5.
Mais informações dos dias e horários das sessões, vocês confiram na pagina da sala clicando aqui
Recebi, agora de manhã, o selo Liebster do meu colega de blogs Marcelo Bonavides.
O selo homenageia os blogs que possuem menos de 200 seguidores.
Marcelo dirige o blog Estrelas Que Nunca se Apagam (veja a lista ao lado), voltada para ao resgate de artistas e de inumeras áreas culturais do Brasil.
Sinopse: Um gigantesco réptil mutante surge em virtude de testes nucleares. A monstruosa criatura cria um rastro de destruição no seu caminho até Tóquio, que corre o risco de ser totalmente destruída se o dinossauro não for detido.
Ganhando merecido destaque, no ultimo curso que eu participei (Historia do cinema de horror) comandado por Carlos Primati, o clássico do cinema japonês criado por Ishirô Honda merece ser redescoberto por essa nova geração cinéfila. Quando eu conheci Godzilla, foi somente quando eu vi as suas continuações que reprisava alguns anos atrás no SBT, mas eu não tinha nenhum contato com o primeiro filme e nem ao menos interesse em ir atrás. Talvez isso se deva de eu ter me acostumado á continuações tão medíocres e uma versão americana de 1998 mais medíocre ainda, e com isso, esperava algo parecido no primeiro fime, que foi um grande engano da minha parte. Redescobrindo o clássico de 1954, percebemos como a idéia da criação da criatura foi de um momento mais que propicio, que infelizmente, acabou sendo que banalizada nas continuações. Na época que a produção foi lançada, a recém se fazia dez anos que o Japão sofreu um golpe duro pelas costas, que foi a bomba de Hiroshima, e ao mesmo tempo, o mundo vivia com medo com relação às bombas atômicas.
O monstro em si, é uma metáfora desse medo em que os japoneses estavam vivendo, como também, representava a força da natureza incontrolável e que nada pode ser feita contra ela. Algo parecido no que se vê até hoje, para quem mora no Japão, depois de desastres como terremotos e tsunamis. Em contrapartida, a trama representa muito bem a força e a união do povo japonês perante as dificuldades, em cenas em que mostra a dor, mas a perseverança e coragem desse povo. Não é a toa que o filme fez um tremendo sucesso de publico e critica, gerou varias continuações (tendo sido criado uma versão americana dois anos depois) e ter gerado a mania de monstros de seriados japoneses.
Do elenco, destaque para o veterano Takashi Shimura, figura bastante conhecida nos clássicos filmes de Akira Kurosawa (Viver). Embora o filme tenha envelhecido em alguns aspectos, deve-se notar que é uma produção muito bem cuidada e bem pensada, tanto na fotografia, como em efeitos especiais que se tinha há oferecer na época, mas é na trilha sonora em que a parte técnica realmente se destaca. Criada pelo compositor Akira Ifukube, a trilha possui seis temas, sendo que, “Main Title’’ é a melodia que personificaria a lembrança do Godzilla ao público em geral. Basta ouvir os primeiros acordes do tema inicial, que associação ao mostro é imediata, sendo que ela voltaria em todas as continuações do personagem.
Revendo esse clássico, não é a toa que até hoje Godzilla é considerado o rei dos monstros e que serviu de fonte para a criação de outros filmes (como o medo pós "11 de setembro" usado como metáfora no filme Cloverfield).