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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 6 de janeiro de 2020

Cine Dica: Costa-Gavras, Joe D'Amato e O Farol (7 a 15 de janeiro)

MOSTRA COM FILMES DE COSTA-GAVRAS O FAROL EM CARTAZ HORROR ITALIANO NO PROJETO RAROS
O Farol

A partir de 7 de janeiro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra 4x Costa-Gavras, com os quatro primeiros longas-metragens do realizador greco-francês Constantin Costa-Gavras, um dos nomes mais importantes do cinema político moderno. A programação apresenta duas de suas obras políticas mais admiradas, Z (1969) e A Confissão (1971), e seus dois primeiros filmes, o policial Crime no Carro Dormitório (1965) e Tropa de Choque: Um Homem a Mais (1967), ambientado na Segunda Guerra Mundial. 
A mostra é uma realização da Coordenação de Cinema e Audiovisual de Porto Alegre, em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français. O valor do ingresso é R$ 10,00, com meia entrada para estudantes e idosos. Programação completa http://www.capitolio.org.br/novidades/3927/4x-costa-gavras/

CLÁSSICO DE JOE D’AMATO NO PROJETO RAROS

Na sexta-feira, 10 de janeiro, às 20h, a primeira edição de 2020 do Projeto Raros apresenta um clássico do diretor italiano Joe D’Amato: Buio Omega (1979, 94 minutos). A sessão será comentada pelos pesquisadores Laura Cánepa, Leandro Caraça e Carlos Thomaz Albornoz. Exibição em HD com legendas em português. Entrada franca.
Sinopse: Frank é um jovem milionário que vive numa mansão afastada da cidade. Na casa, acompanhado apenas pela sinistra governanta Iris, dedica-se ao hobby da taxidermia. Quando sua namorada, Anna, morre vitimada por uma doença misteriosa, o rapaz enlouquece e resolve roubar seu cadáver do cemitério para mantê-lo consigo no casarão. É apenas o início de uma sangrenta jornada de assassinatos e terror. Com inspirada trilha sonora do lendário conjunto Goblin, Buio Omega é uma das obras-primas essenciais do famigerado realizador italiano Joe D’Amato, autor de pérolas como Antropophagus, As Aventuras Eróticas de Aladin, Emanuelle e os Últimos Canibais, Noites Eróticas dos Mortos Vivos e Holocausto Pornô.

O FAROL ENTRA EM CARTAZ

O Farol, novo filme de Robert Eggers, o diretor de A Bruxa, entra em cartaz na Cinemateca Capitólio no dia 9 de janeiro. O valor do ingresso é R$ 16,00, com meia entrada para estudantes e idosos. Início do século XX. Thomas Wake (Willem Dafoe), responsável pelo farol de uma ilha isolada, contrata o jovem Ephraim Winslow (Robert Pattinson) para substituir o ajudante anterior e colaborar nas tarefas diárias. No entanto, o acesso ao farol é mantido fechado ao novato, que se torna cada vez mais curioso com este espaço privado. Enquanto os dois homens se conhecem e se provocam, Ephraim fica obcecado em descobrir o que acontece naquele espaço fechado, ao mesmo tempo em que fenômenos estranhos começam a acontecer ao seu redor.

GRADE DE HORÁRIOS
7 a 15 de janeiro de 2020

7 de janeiro (terça-feira)
14h – Crime no Carro Dormitório
16h – A Confissão
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – Z

8 de janeiro (quarta-feira)
14h – Tropa de Choque: Um Homem a Mais
16h – Z
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – Crime no Carro Dormitório

9 de janeiro (quinta-feira)
14h – A Confissão
16h30 – Tropa de Choque: Um Homem a Mais
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – O Farol

10 de janeiro (sexta-feira)
14h – Crime no Carro Dormitório
16h – O Farol
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – Projeto Raros: Buio Omega

11 de janeiro (sábado)
14h – Diante dos Meus Olhos
16h – Sessão Vagalume: Historietas Assombradas
17h30 – Z
20h – O Farol

12 de janeiro (domingo)
14h – Diante dos Meus Olhos
16h – Sessão Vagalume: Historietas Assombradas
17h30 – A Confissão
20h – O Farol

14 de janeiro (terça-feira)
14h – Tropa de Choque: Um Homem a Mais
16h – O Farol
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – Sessão ACCIRS: Elefante

15 de janeiro (quarta-feira)
14h – Crime no Carro Dormitório
16h – A Confissão
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – O Farol

domingo, 5 de janeiro de 2020

Cine Dica: Em Cartaz: 'Frozen 2' - Conhece a ti mesmo

Sinopse: De volta à infância de Elsa e Anna, as duas garotas descobrem a verdadeira origem dos seus pais.  

Acho que nem os próprios realizadores da Disney tinham tamanha ideia do que "Frozen" (2013) proporcionaria, ao ponto de não se tornar somente um sucesso de bilheteria, como também um símbolo para as jovens feministas e até mesmo para a comunidade LGBT. A Música "Livre Estou" se tornou uma espécie de hino para as garotas que buscam independência e que se identificavam facilmente com a princesa Elsa. Eis que então chega "Frozen 2", filme que não supera o original, mas dá continuidade ao melhor que havia naquele filme e explorando o amadurecimento e novas revelações sobre o passado de Elsa e Anna.
Dirigido por Jennifer Lee, Chris Buck, o filme retorna à infância de Elsa e Anna, onde as duas garotas descobrem uma história do pai, quando ainda era príncipe de Arendelle. Ele conta às meninas a história de uma visita à floresta dos elementos, onde um acontecimento inesperado teria provocado a separação dos habitantes da cidade com os quatro elementos fundamentais: ar, fogo, terra e água. Esta revelação ajudará Elsa a compreender a origem de seus poderes.
No filme não há o típico embate entre o bem o mal, mas sim retrata a encruzilhada de auto descoberta que as duas protagonistas terão que trilhar para saber sobre suas verdadeiras origens e tentar salvar o seu reino. Em meio a isso, o filme é modelado por diversas canções caprichadas e que cada uma delas vai revelando novas camadas da personalidade dos personagens principais vistos na tela. Se por um lado a música "Minha Intuição" não supera a badalada "Livre Estou", do outro, os primeiros acordes da letra com certeza faram com que muitos não se esqueçam dela.
Curiosamente, a trama faz diversas referências ao filme original, porém, consegue criar uma trama em que não obriga o marinheiro de primeira viagem a ter que assistir obrigatoriamente a primeira a aventura. Temos aqui um filme de origem, onde se entrelaça com eventos anteriores, mas soando de um modo fresco e muito bem-vindo. Ponto para Disney que soube não se repetir, mas sim em dar um novo passo para esses personagens tão adorados por pessoas de todas as idades.
Elsa e Anna, por exemplo, são a força matriz do filme como um todo, sendo que a primeira terá que usar todas as suas forças para obter revelações, por vezes, doloridas. Em contrapartida, Anna nos surpreende ao alcançar novos patamares, mesmo não possuindo os mesmos poderes da irmã, mas abraçando uma autoestima contra as adversidades que terá que enfrentar. Aliás, o ato final nos é revelado desdobramentos surpreendentes, onde colocará as duas protagonistas em situações inéditas e abrindo portas para uma nova fase da vida delas.
Infelizmente o filme se perde um pouco ao dar espaço para personagens dispensáveis, como no caso, por exemplo, de  Kristoff que se torna um alivio cômico sem graça, sendo que a sua subtrama em querer se declarar para Anna só atrapalha o ritmo da trama. Em contrapartida Olaf, novamente, rouba a cena no filme, onde a sua nova fase com pensamentos existencialistas irá fazer muitos cinéfilos caírem na gargalhada. Mas também é justamente com o próprio Olaf que o filme nos brinda com uma cena emocionante e que fará a plateia respirar fundo e cair em lagrimas facilmente.
"Frozen 2" é uma continuação digna de nota e que fará muitas meninas saírem por aí com o desejo de se tornarem mais independentes e enfrentarem os problemas do dia a dia de frente. 


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sexta-feira, 3 de janeiro de 2020

Cine Dica: Em Blu-Ray - DVD – VOD: 'A Rebelião' - Eles estão entre nós

Sinopse: Chicago  é ocupada por extraterrestres e seus detratores estão prontos para agir. O conflito ocupa os dias e as noites dos colaboradores e dos dissidentes que estão localizados dos dois lados. 

A sombra dos governos autoritários que é sentido nos dias atuais, principalmente para quem vive na América Do Sul, não é algo novo e o cinema fez o seu papel em sintetizar esses tempos nebulosos. Filmes como, por exemplo, "1984" (1984) e Farenheit 451 (1966), são obras que representam os temores de uma civilização que sentia na pele tempos em que a liberdade de expressão estava sendo ameaçada e, por fim, extinta. "Rebelião" é um filme que usa a ficção como pano de fundo para falar sobre o nosso tempo atual, muito embora o resultado poderia ter sido muito melhor.
Dirigido por Rupert Wyatt, mesmo diretor de "Planeta dos Macacos - A Origem" (2011), o filme se passa em um bairro de Chicago, quase uma década após uma invasão alienígena no planeta Terra. Acompanhamos como é a vida das pessoas nos dois lados do conflito, o dos colaboradores e o dos dissidentes. Chega uma hora que esses dois grupos se colidem e nos revelando situações surpreendentes.
A sua abertura já começa de uma forma que nos fisga facilmente pois, diferente de outros títulos do gênero, o filme não começa com um show de efeitos visuais e mostrando a destruição orquestrada pela invasão, mas sim de uma forma mais simples e já nos colocando no cenário pronto da trama. Além disso, as cenas são bastante verossímeis, onde elas falam como a população está sendo cada vez mais observada pelos alienígenas, controlando o sistema do planeta e resultando em uma cada vez maior divisão entre os ricos e os pobres. Qualquer semelhança com a nossa realidade não é mera coincidência, pois a proposta é exatamente essa.
É uma pena, portanto, que o filme se perca um pouco com um número elevado de personagens que entram e saem de cena e fazendo a gente se perder em algumas situações da trama. O que faz sentindo é o personagem  Mulligan (John Goodman), agente a serviço do governo autoritário, mas que tem uma ligação com o passado dos pais de Gabriel, interpretado pelo ator Ashton Sanders do filme "Moonlignt" (2017). Do elenco secundário, a personagem mais mal aproveitada acaba sendo a da atriz Vera Farmiga e tendo somente grande relevância somente no final da trama.
Até lá, o filme transita entre momentos de suspense, tensão e discursos políticos que nos soam familiares nos dias de hoje. A trama não poupa nem mesmo o próprio governo dos EUA, que se vendeu para os invasores e para assim obterem recursos para continuarem sendo uma potência que sempre quiseram. Se a proposta é ousada, por outro lado, faltou um pouco mais de cuidado para ela ter sido maior ainda.
"Rebelião" é aquele tipo de filme cuja a sua proposta corajosa não se sustentou nas telas dos cinemas, mas que merece uma segunda chance na sua casa. 


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Cine Dica: Programação da Cinemateca Paulo Amorim de 2 a 8 de Janeiro

PROGRAMAÇÃO DE 2 A 8 DE JANEIRO DE 2020 SEGUNDAS-FEIRAS NÃO HÁ SESSÕES


SALA 1 / PAULO AMORIM

15h – E ENTÃO NÓS DANÇAMOS
(And then We Danced - Suécia/França/Georgia, 2019, 110min). Direção de Levan Akin, com Levan Gelbakhiani, Bachi Valishvili. Zeta Filmes, Drama. 14 anos.
Sinopse: Merab dança no Balé Nacional da Georgia desde criança e faz par com Mary. Mas, no auge da carreira, ele precisa lidar com a chegada do carismático e talentoso Irakli, que se torna seu principal rival e, também, seu amor secreto.

17h – FELIZ ANIVERSÁRIO
(Fête de Famille - França, 2019, 100min). Direção de Cédric Kahn, com Catherine Deneuve, Emmanuelle Bercot, Vincent Macaigne. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Para comemorar os seus 70 anos, Andrea reúne os filhos, noras e netos em um almoço. A ideia é que seja um dia de amor e alegria, já que Romain, o filho cineasta, vai registrar o encontro. Mas a chegada de Claire, filha de um outro casamento de Andrea, traz à tona vários problemas do passado.

19h15 – UM AMANTE FRANCÊS
(Just a Gigolo - França, 2019, 94 min). Direção de Olivier Baroux, com Kad Merad e Anne Charrier. Pagu Filmes, 12 anos. Comédia.
Sinopse: Depois de vários anos vivendo com Denise, Alex é dispensado da sua função de amante oficial. Forçado a se instalar na casa de sua irmã e de seu sobrinho de 10 anos, ele só pensa em encontrar uma nova mulher que possa sustentá-lo. E, para isso, vai contar com a ajuda do garoto.

SALA 2 / EDUARDO HIRTZ

14h - BACURAU
(Brasil, 2019, 135min). Direção de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, com Barbara Colen, Sônia Braga, Udo Kier. Vitrine Filmes, 16 anos. Suspense.
Sinopse: Em um futuro próximo, no esquecido vilarejo de Bacurau, os moradores percebem que coisas estranhas estão acontecendo. Primeiro, a cidade some dos mapas; depois, um disco voador aparece no céu e algumas pessoas morrem violentamente. Para se proteger dos ataques, a comunidade se une e criam uma maneira bem particular de defesa. O filme ganhou o prêmio do júri no Festival de Cannes.

16h30 – A VIDA INVISÍVEL
(Brasil, 2019, 140min). Direção de Karim Ainouz, com Fernanda Montenegro, Julia Stockler e Carol Duarte. Vitrine Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse:Filhas de imigrantes portugueses, as jovens Guida e Eurídice vivem no Rio de Janeiro dos anos 1950. A primeira está à espera de um grande amor, enquanto Eurídice sonha com uma carreira de pianista. Mas seus projetos de vida são interrompidos pela postura machista e conservadora do pai, que se vale de uma mentira para separar as duas irmãs. Inspirado no livro "A vida invisível de Eurídice Gusmão", de Martha Batalha, o filme é indicado pelo Brasil para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

19h – A REVOLUÇÃO EM PARIS
(Un Peuple et son roi - França, 2019, 120min). Direção de Pierre Schoeller, com Gaspard Ulliel, Adèle Haenel. BonFilm. 14 anos. Drama histórico.
Sinopse: Em 1789, o povo francês se mostra cada vez mais descontente com o rei Luís XVI. Homens e mulheres clamam para que o monarca abandone o luxo do Palácio de Versalhes e veja a miséria das ruas de Paris. Juntos, eles vão à Assembleia Nacional para fazer pressão em nome de uma revolução. O filme fez parte do Festival Varilux de Cinema Francês em 2019.

SALA 3 / NORBERTO LUBISCO

15h15 – A RESISTÊNCIA DE INGA
(Héraðið - Islândia/Dinamarca/Alemanha/França, 2019, 92min). Direção de Grímur Hákonarson, com Arndís Hrönn Egilsdóttir, Sveinn Ólafur Gunnarsson. Imovision, 14 anos. Drama.
Sinopse: Inga acaba de ficar viúva e precisa assumir os negócios da fazenda que tinha com o marido no interior da Islândia. Decidida a começar uma nova vida de acordo com suas convicções, ela decide lutar contra a corrupção e injustiça dentro de sua comunidade e se rebela contra uma poderosa empresa local.

17h – ESTAREMOS SEMPRE JUNTOS
(Nous Finirons Ensemble - França, 2018, 135min). Direção de Guillaume Canet, com François Cluzet, Marion Cotillard, Gilles Lellouche. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Preocupado com os rumos da vida, Max decide tirar um final de semana de folga em sua casa de praia. Mas seus planos são interrompidos com a chegada de Eric, Vincent, Isabelle, Marie e Antoine, seus amigos de longa data e que planejaram uma festa surpresa para ele. O longa é uma continuação de “Além da Eternidade”, que Canet lançou em 2010 com os mesmos atores.

19h30 – A ROSA AZUL DE NOVALIS
(Brasil, 2019, 70min) Direção de Gustavo Vinagre e Rodrigo Carneiro, com Marcelo Diorio. Sessão Vitrine, 18 anos. Drama.
Sinopse: Marcelo tem uma memória impressionante. Ao mesmo tempo em que é capaz de lembrar seus encontros com homens de aplicativos, ele consegue dar detalhes de histórias familiares e também tem recordações de suas vidas passadas. Em uma delas, ele foi Novalis, poeta alemão que perseguia uma rosa azul.

PREÇOS DOS INGRESSOS:
TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 
Professores tem direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional.
Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional.
*Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala.
A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos. Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelo telefone (51) 3226-5787.

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quinta-feira, 2 de janeiro de 2020

Cine Dica: Em Cartaz: 'O Farol' - No limiar da loucura

Sinopse: Thomas Wake trabalha como guardião de um farol. Ele contrata o jovem Ephraim como ajudante. Com o passar dos dias, o rapaz demonstra uma curiosidade quase incontrolável em relação ao que se passa naquele local.  

Robert Eggers chamou atenção do público e da crítica com o seu filme "A Bruxa" (2015), obra que deu muito o que falar, ao tirar o cinéfilo de sua zona de conforto e fazendo o mesmo testemunhar algo bem imprevisível. O filme transitava entre horror fantástico e psicológico e nos dando assim uma experiência pouco vista dentro do gênero. Eis que então o cineasta repete a dose no filme "O Farol",  fazendo a gente se perguntar sobre o pior que poderá acontecer a seguir, uma vez que o realizador consegue fazer com que não desviemos o nosso olhar.
A trama se passa no início do século XX, onde Thomas Wake (Willem Dafoe), responsável pelo farol de uma ilha isolada, contrata o jovem Ephraim Winslow (Robert Pattinson) para substituir o ajudante anterior e colaborar nas tarefas diárias. No entanto, o acesso ao farol é mantido fechado ao novato, que se torna cada vez mais curioso com este espaço privado. Enquanto os dois homens se conhecem e se provocam, Ephraim fica obcecado em descobrir o que acontece naquele espaço fechado, ao mesmo tempo em que fenômenos estranhos começam a acontecer ao seu redor.
Os primeiros segundos do filme já nos dão uma dica do que virá a seguir. O filme nos é apresentado com uma tela quadrada, alinhado com uma fotografia em preto e branco suja e sintetizando o clima mórbido que irá impregnar o cenário logo em seguida. Aliás, o cenário em si me lembrou muito o ótimo filme húngaro "Cavalo de Turin" (2011), de Béla Tarr, mas cujo os desdobramentos de ambas as tramas ressoam diferentes uma da outra.
No melhor estilo "pós terror", o filme ganha contornos de horror psicológico, cuja as situações que acontecem na tela podem ser, ou não, frutos de uma mente fragmentada. Com apenas um cenário e dois personagens, o filme vai cada vez se tornando mais claustrofóbico na medida em que a trama avança e tornando a convivência de ambos no mesmo local insuportável. Por alguns momentos, por exemplo, o mistério em torno do farol fica em segundo plano, pois os dois protagonistas se destacam por possuírem personalidades distintas e segredos para serem revelados logo em seguida. Tanto Willem Dafoe como Robert Pattinson estão impressionantes em cena e na medida em que a trama avança seus personagens vão cada vez mais abraçando o limiar da loucura. Robert Pattinson, aliás, nos brinda no que talvez seja a melhor interpretação de sua carreira e provando que a sua participação na franquia "Crepúsculo" foi um mero acidente de percurso. O confronto verbal de ambos em cena é em vários momentos tenso e fazendo do cenário se tornar mais claustrofóbico e degradante para ambas as partes.
Mas assim como ocorreu em clássicos do gênero de horror como, por exemplo, "O Iluminado" (1980), o verdadeiro mostro da trama talvez não se encontre dentro do armário, mas talvez em uma mente humana que transita entre a realidade e a loucura. Claro que o cineasta brinca com a nossa perspectiva com relação ao que acontece na tela, mas também nos dá a possibilidade de tirarmos as nossas próprias conclusões com relação aos desdobramentos da trama. O ato final é corajoso em sua proposta, mas assim como ocorreu em "A Bruxa", irá fazer muitos se perguntarem o que aconteceu dentro da história.
"O Farol" é um filme incomodo, imprevisível e são graças a esses ingredientes que o tornam tão  imperdível. 


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Cine Dicas: Estreias Do Final De Semana (02/01/20)

'Frozen 2'

Sinopse: Quando eram crianças, Elsa e Anna escutaram do pai a história sobre uma floresta encantada, impossível de penetrar. Anos mais tarde, quando adultas, Elsa começa a escutar um chamado deste lugar misterioso.

'O Farol' 

Sinopse: Thomas Wake trabalha como guardião de um farol. Ele contrata o jovem Ephraim como ajudante. Com o passar dos dias, o rapaz demonstra uma curiosidade quase incontrolável em relação ao que se passa naquele local.  

O Caso Richard Jewell 

Sinopse: Nas olimpíadas de 1996, Richard trabalha como voluntário no evento. Ele  encontra uma mochila abandonada embaixo de um banco. Após alertar a polícia local, descobre-se que nela está uma bomba. Ele consegue salvar as pessoas, mas acaba se tornando o principal suspeito. 


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terça-feira, 31 de dezembro de 2019

NOTA: 'Feliz 2020' - Que derrotemos o fascismo e fortalecendo o nosso cinema e a cultura como um todo



2019 será lembrado como um ano em que o Brasil sofreu com diversos retrocessos em vários setores e com a cultura não poderia ter sido diferente. Escancarando o fato que não entende nada de cultura e cinema brasileiro, o Presidente Bolsonaro cortou recursos, desprezou o nosso cinema e ameaçando até mesmo na extinção da ancine e que da qual, infelizmente, será comandado por um evangélico disposto a censurar tudo por ele. O pior disso é ver o Presidente querer frear os recursos para os realizadores unicamente por acreditar que o Brasil não faz bons filmes.
Isso comprova a sua mentalidade limitada, da qual não busca informação e que, não tenho menor dúvida, pouco se esforça em ler a nossa história cinematográfica. Com relação a isso, deixo essa imagem acima para fortalecer a nossa fonte de conhecimento com relação ao nosso cinema brasileiro. Os críticos de cinema da Abraccine, alinhado com o Canal Brasil, lançou nos últimos anos uma coleção chamada "100 melhores" que fala um pouco sobre a história do nosso cinema brasileiro e destacando as principais obras que entraram para a nossa história. Dizer que o Brasil não sabe fazer filmes não só demonstra uma falta de informação, como também se comprova o seu desden contra o nosso patrimônio cultural.
Que 2020 enfrentemos esse fascismo, para então derrota-lo e fortalecer a nossa sétima arte que merece e sempre merecerá respeito. A gente só perde quando a gente desiste e, ao menos da minha parte, não desistirei de apreciar e defender uma arte que sempre amei.  

Feliz 2020 para todos que nasceram nesse maravilhoso país de "Bacurau" e boas sessões de cinema para todos nós.   


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