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Sócio e Diretor de Comunicação e Informática do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Cine Dica: Em Cartaz: 'Judy' - Muito Além do Arco Íris

Sinopse: Com a carreira em baixa, a estrela Judy Garland aceita estrelar uma turnê em Londres, em pleno inverno de 1968, por mais que tal trabalho a mantenha afastada dos filhos. 

Do sucesso instantâneo, para a decadência de grandes astros, hollywood possui muitas histórias a serem contadas. Talvez uma das mais famosas seja da estrela do "Magico de Oz" (1939) Judy Garland, que viu o sucesso da fama se tornar o seu principal pesadelo e fazendo com que praticamente destroçasse a sua vida pessoal como um todo. O filme "Judy - Muito Além do Arco Íris" é uma espécie de prelúdio antes da queda dessa grande estrela, mas que foi até o fim em busca do seu verdadeiro lar.  
Dirigido por Rupert Goold, o filme se passa no Inverno de 1968. Com a carreira em baixa, Judy Garland (Renée Zellweger) aceita estrelar uma turnê em Londres, por mais que tal trabalho a mantenha afastada dos filhos menores. Ao chegar ela enfrenta a solidão e os conhecidos problemas com álcool e remédios, compensando o que deu errado em sua vida pessoal com a dedicação no palco. 
Conhecida como a fábrica de sonhos hollywood também foi a máquina que mastigou diversas vidas cheias de talento, mas que tiveram forças o suficiente para manter a sua própria sanidade a todo custo. Rupert Goold é cru nos primeiros minutos de projeção, onde faz uma dura crítica a essa fábrica, onde fez com que muitos talentos, alguns até novos demais para isso, se submetessem a uma realidade que dariam muitos frutos, mas com um alto preço a ser pago. Judy Garland, portanto, se tornou um símbolo genuíno sobre esse assunto e exemplos vindos de sua vida atribulada é o que não faltam.  
Porém, o filme procura não fazer uma adaptação de sua vida por completo, mas sim nos derradeiros últimos meses antes de sua morte. O que vemos, portanto, é a última chance de uma pessoa poder brilhar nos palcos, mas usando o seu talento para conseguir algum dinheiro e ajudar os filhos. Era difícil pensar em uma atriz que pudesse sintetizar essa essência do que era Judy Garland naquele momento, mas eis que Renée Zellweger nos surpreende interpretando-a e se tornando no seu melhor trabalho na carreira.  
Conhecida mundialmente pelo filme "O Diário de Bridget Jones" (2001), Renée Zellweger se tornou uma das principais estrelas do início do século 21 e ganhando, enfim, um oscar de atriz coadjuvante pelo filme "Cold Mountain"(2003). Porém, escolhas erradas em atuar em filmes errados vieram, era tachada pelo seu físico não hollywoodiano e colecionando relacionamentos que a levaram a um estresse pessoal infindável. Parecia o fim de sua carreira, mas eis que ela retornou aos poucos nas telas do cinema e abraçando no que, talvez, seja o papel mais importante de sua vida.   
Logicamente se percebe que há uma similaridade se formos comparar a vida pessoal de ambas as atrizes e é nesse ponto que Zellweger surpreende. Ao invés de imitar cada trejeito da falecida atriz, Zellweger opta em fazer a sua versão do que ela foi em vida e aproveitando dessa forma em poder exorcizar os seus próprios demônios pessoais. Não deixa de ser surpreendente, por exemplo, a primeira cena dos shows que Judy fez em Londres, onde vemos uma Renée Zellweger simplesmente desaparecendo em cena e dando lugar a uma Judy Garland com um olhar perdido e a procura de uma solução para a sua vida.  
Em termos de produção técnica o filme fica em segundo plano, já que tudo é sustentado graças ao talento da atriz em cena. Porém, é preciso reconhecer a bela reconstituição da época, cuja as cores quentes de tempos mais dourados oscila com uma realidade fria em que Judy Garland estava passando. Só acho uma pena, portanto, não retratarem com mais detalhes os tempos mais dourados de hollywood, já que os primeiros minutos de filme nos mostra a realidade mais dura que ocorria por detrás das cortinas.  
Acima de tudo, é um filme sobre ganhos e perdas, que nos diz que grandes astros do cinema são mais humanos do que qualquer um e que buscam, por vezes, um lugar ao sol. Judy Garland buscou o seu verdadeiro lar até os seus últimos momentos, mas talvez se dando conta que o seu principal objetivo em vida era continuar caminhando e jamais desistindo. Cabe agora Renée Zellweger fazer o mesmo e usando a sua experiência ao interpretar Judy Garland como um bom exemplo.  
"Judy - Muito Além do Arco Íris" é sobre as vitórias e derrotas que as grandes estrelas do cinema passam em vida, mas cujo o maior prêmio é servirem de exemplo para as futuras gerações e entrar para a história. 


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