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Sapucaia do Sul/Porto Alegre, RS, Brazil
Sócio e divulgador do Clube de Cinema de Porto Alegre, frequentador dos cursos do Cine Um (tendo já mais de 100 certificados) e ministrante do curso Christopher Nolan - A Representação da Realidade. Já fui colaborador de sites como A Hora do Cinema, Cinema Sem Frescura, Cinema e Movimento, Cinesofia e Teoria Geek. Sou uma pessoa fanática pelo cinema, HQ, Livros, música clássica, contemporânea, mas acima de tudo pela 7ª arte. Me acompanhem no meu: Twitter: @cinemaanosluz Facebook: Marcelo Castro Moraes ou me escrevam para marcelojs1@outlook.com ou beniciodeltoroster@gmail.com

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segunda-feira, 30 de dezembro de 2019

Cine Especial: Retrospectiva 2019 - Os 10 melhores filmes estrangeiros do ano

Coringa

2019 será lembrado como ano em que muitos filmes caminharam de mãos dadas com os problemas reais que ocorrem pelo mundo e dos quais são dificieis  de serem ignorados. Golpes de estado, capitalismo desenfreado, divisões de classes e o retorno de preconceitos que antes estavam adormecidos. Esse é o século 21 em que nós vivemos e o cinema de qualidade não fica atrás com relação a isso.
Confira abaixo o meu top 10 dos melhores filmes estrangeiros e dos quais vocês podem conferirem as críticas que eu escrevi de cada um deles na época de suas estreias.   

1º 'Coringa'

"Coringa" é a obra mais corajosa de 2019, ao conseguir nos tirar da nossa zona de conforto e fazendo a gente refletir sobre os tempos complexos em que todos nós vivemos. Leia mais clicando aqui.


2º 'Parasita' 

"Parasita" é um dos melhores filmes do ano, ao nos dizer que estamos todos perdidos ao sermos consumidos pelo sistema do capitalismo e fazendo a gente se devorar uns aos outros.  Leia mais clicando aqui. 

3º 'O Irlandês'

"O Irlandês" é uma obra nascida da persistência de um grande cineasta e nós cinéfilos só temos que agradecer por não ter desistido dela.  Leia mais clicando aqui. 

4º 'Era uma Vez em… Hollywood'

 "Era uma Vez em... Hollywood" é um sopro de criatividade vindo de um cinema autoral que Quentin Tarantino nos proporciona e nada melhor do que agora em um momento em que a fábrica de sonhos se encontra viciada. Leia mais clicando aqui. 

5º 'Nós'

"Nós" é um filme que facilmente entrará para história do cinema e que sempre passará por novas releituras ao longo das décadas. Leia mais clicando aqui. 

6º 'Midsommar'

"Midsommar - O Mal Não Espera a Noite" é um verdadeiro soco que  Ari Aster nos dá novamente e a gente só agradece. Leia mais clicando aqui. 

7º '3 Faces'

"3 Faces", não é só um dos melhores filmes de Jafar Panahi, como também simboliza o cinema da resistência do Irã dos últimos trinta anos e do qual retratou o melhor e pior daquele povo. Leia mais clicando aqui. 

8º 'Dor e Glória' 

"Dor e Glória" é Almodóvar em sua essência, onde o próprio se despi-la na tela e revelando para nós a sua real pessoa. Leia mais clicando aqui.  



9º 'Vingadores – Ultimato'

“Vingadores - Ultimato” é um espetáculo cinematográfico até então jamais visto e que fará todos fãs rirem, chorarem, aplaudirem e fazendo todos saírem do cinema com a fé revigorada perante os obstáculos da vida.   Leia mais clicando aqui.  

10º 'História de um Casamento'

"História de um Casamento" é sobre os relacionamentos atuais em frangalhos, mas cujo amor que existia no passado jamais será esquecido.  Leia mais clicando aqui. 


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domingo, 29 de dezembro de 2019

Cine Dica: Cinemateca Capitólio - Recesso e Retorno

O Farol 

A Cinemateca Capitólio deseja a todas e todos um ano novo repleto de grandes filmes, momentos transbordantes e paixões intensas! A programação de filmes será retomada no dia 7 de janeiro com mostras, filmes em cartaz e sessões especiais! A partir de 7 de janeiro, a Cinemateca Capitólio apresenta a mostra 4x Costa-Gavras, com os quatro primeiros longas-metragens do realizador greco-francês Constantin Costa-Gavras, um dos nomes mais importantes do cinema político moderno. A mostra é uma realização da Coordenação de Cinema e Audiovisual de Porto Alegre, em parceria com a Embaixada da França, a Cinemateca da Embaixada da França no Brasil e o Institut Français.
Na quinta-feira, 9 de janeiro, O Farol, aguardado novo filme do diretor Robert Eggers, entra em cartaz na Cinemateca Capitólio.No dia 10 de janeiro, a primeira edição do Projeto Raros de 2020 apresenta o clássico italiano Buio Omega, dirigido por Joe D’Amato.A Sessão Vagalume exibe nos dias 11 e 12 a animação brasileira Historietas Assombradas, de Victor-Hugo Borges.

GRADE DE HORÁRIOS
7 a 15 de janeiro de 2020

7 de janeiro (terça-feira)
14h – Crime no Carro Dormitório
16h – A Confissão
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – Z

8 de janeiro (quarta-feira)
14h – Tropa de Choque: Um Homem a Mais
16h – Z
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – Crime no Carro Dormitório

9 de janeiro (quinta-feira)
14h – A Confissão
16h30 – Tropa de Choque: Um Homem a Mais
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – O Farol

10 de janeiro (sexta-feira)
14h – Crime no Carro Dormitório
16h – O Farol
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – Projeto Raros: Buio Omega

11 de janeiro (sábado)
14h – Diante dos Meus Olhos
16h – Sessão Vagalume: Historietas Assombradas
17h30 – Z
20h – O Farol

12 de janeiro (domingo)
14h – Diante dos Meus Olhos
16h – Sessão Vagalume: Historietas Assombradas
17h30 – A Confissão
20h – O Farol

14 de janeiro (terça-feira)
14h – Tropa de Choque: Um Homem a Mais
16h – O Farol
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – Sessão ACCIRS: Elefante

15 de janeiro (quarta-feira)
14h – Crime no Carro Dormitório
16h – A Confissão
18h30 – Diante dos Meus Olhos
20h – O Farol

sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: ‘A Rosa Azul de Novalis’ - Atos e consequências

Sinopse: Marcelo, um dândi de cerca de 40 anos, possui uma memória inigualável. Revive lembranças familiares em sua cabeça e tem recordações de suas vidas passadas. 
Vindos do ótimo de "Lembro Mais dos Corvos", Gustavo e Rodrigo encaram o desafio de trazer uma nova originalidade para um filme e cuja a temática é parecida com a obra anterior deles. Simplificando, é o protagonista e seu cenário, enquanto se abre com o seu realizador. Aqui, há um ar melancólico, mas Marcelo Diorio constroe pontos particulares, que incluem um lado confrontador que nos pega desprevenidos e chegando a quase nos dar um soco. Isso por si só já dá um contorno ao filme em que faz que nos tire da nossa zona de conforto e fazendo com que até mesmo nos provoque e até mesmo  recuar o rosto.
É tudo mais explícito, onde o filme segue adquirindo pontos de contato com o protagonista, um homem que promove o isolamento contra o mundo, sexualmente convulsivo, com muitas memórias familiares e que na maioria delas se tornaram cicatrizes. Sua relação com suas memórias é o lado duro e nos dando a entender que seguem com ele como um todo. Curiosamente, Marcelo não possui vergonha alguma de se abrir, mas sim com o desejo de explicitar cada vez mais.
O cenário, por sua vez, emana o lado degradante, mas com sutileza, onde então se revela aos poucos o passado do protagonista e em uma cena bastante criativa. A história de Marcelo nesse momento se torna algo universal, independentemente de sua opção sexual, pois enxergamos ali uma pessoa marcada por magoas, desafetos e com segredos dentro do armário. Marcelo se torna a carta dentro do baralho para os realizadores desse filme, ao sintetizar um público sufocado cada vez mais por esses tempos de conservadorismo hipócrita e cheio de falsas promessas0.
Embora com excesso de cenas de sexo, elas criam um mosaico que o filme propõe desde o princípio. "A Rosa Azul de Novalis" é um projeto inquietante, mas sendo uma resposta contra esses tempos em que o indivíduo se sente sufocado por esse conservadorismo hipócrita e  intolerante.    


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Cine Dica: Programação de Cinema da Casa de Cultura Mario Quintana de 26/dez a 1º/jan

PROGRAMAÇÃO DE 26 DE DEZEMBRO A 1º DE JANEIRO
** NÃO HAVERÁ SESSÕES NOS DIAS 30, 31 E 1º (SEGUNDA A QUARTA) **
Bacurau

SALA 1 / PAULO AMORIM

15h15 – UM AMANTE FRANCÊS
(Just a Gigolo - França, 2019, 94 min). Direção de Olivier Baroux, com Kad Merad e Anne Charrier. Pagu Filmes, 12 anos. Comédia.
Sinopse: Depois de vários anos vivendo com Denise, Alex é dispensado da sua função de amante oficial. Forçado a se instalar na casa de sua irmã e de seu sobrinho de 10 anos, ele só pensa em encontrar uma nova mulher que possa sustentá-lo. E, para isso, vai contar com a ajuda do garoto.

17h – FELIZ ANIVERSÁRIO
(Fête de Famille - França, 2019, 100min). Direção de Cédric Kahn, com Catherine Deneuve, Emmanuelle Bercot, Vincent Macaigne. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Para comemorar os seus 70 anos, Andrea reúne os filhos, noras e netos em um almoço. A ideia é que seja um dia de amor e alegria, já que Romain, o filho cineasta, vai registrar o encontro. Mas a chegada de Claire, filha de um outro casamento de Andrea, traz à tona vários problemas do passado.

19h15 – E ENTÃO NÓS DANÇAMOS
(And then We Danced - Suécia/França/Georgia, 2019, 110min). Direção de Levan Akin, com Levan Gelbakhiani, Bachi Valishvili. Zeta Filmes, Drama. 14 anos.
Sinopse: Merab dança no Balé Nacional da Georgia desde criança e faz par com Mary. Mas, no auge da carreira, ele precisa lidar com a chegada do carismático e talentoso Irakli, que se torna seu principal rival e, também, seu amor secreto.

SALA 2 / EDUARDO HIRTZ

14h15 – A REVOLUÇÃO EM PARIS
(Un Peuple et son roi - França, 2019, 120min). Direção de Pierre Schoeller, com Gaspard Ulliel, Adèle Haenel. BonFilm. 14 anos. Drama histórico.
Sinopse: Em 1789, o povo francês se mostra cada vez mais descontente com o rei Luís XVI. Homens e mulheres clamam para que o monarca abandone o luxo do Palácio de Versalhes e veja a miséria das ruas de Paris. Juntos, eles vão à Assembleia Nacional para fazer pressão em nome de uma revolução. O filme fez parte do Festival Varilux de Cinema Francês em 2019.

16h30 – A VIDA INVISÍVEL
(Brasil, 2019, 140min). Direção de Karim Ainouz, com Fernanda Montenegro, Julia Stockler e Carol Duarte. Vitrine Filmes, 16 anos. Drama.
Sinopse: Filhas de imigrantes portugueses, as jovens Guida e Eurídice vivem no Rio de Janeiro dos anos 1950. A primeira está à espera de um grande amor, enquanto Eurídice sonha com uma carreira de pianista. Mas seus projetos de vida são interrompidos pela postura machista e conservadora do pai, que se vale de uma mentira para separar as duas irmãs. Inspirado no livro "A vida invisível de Eurídice Gusmão", de Martha Batalha, o filme é indicado pelo Brasil para concorrer ao Oscar de melhor filme estrangeiro.

19h - BACURAU
(Brasil, 2019, 135min). Direção de Kleber Mendonça Filho e Juliano Dornelles, com Barbara Colen, Sônia Braga, Udo Kier. Vitrine Filmes, 16 anos. Suspense.
Sinopse: Em um futuro próximo, no esquecido vilarejo de Bacurau, os moradores percebem que coisas estranhas estão acontecendo. Primeiro, a cidade some dos mapas; depois, um disco voador aparece no céu e algumas pessoas morrem violentamente. Para se proteger dos ataques, a comunidade se une e criam uma maneira bem particular de defesa. O filme ganhou o prêmio do júri no Festival de Cannes.

SALA 3 / NORBERTO LUBISCO

15h – ESTAREMOS SEMPRE JUNTOS
(Nous Finirons Ensemble - França, 2018, 135min). Direção de Guillaume Canet, com François Cluzet, Marion Cotillard, Gilles Lellouche. Imovision, 14 anos. Comédia dramática.
Sinopse: Preocupado com os rumos da vida, Max decide tirar um final de semana de folga em sua casa de praia. Mas seus planos são interrompidos com a chegada de Eric, Vincent, Isabelle, Marie e Antoine, seus amigos de longa data e que planejaram uma festa surpresa para ele. O longa é uma continuação de “Além da Eternidade”, que Canet lançou em 2010 com os mesmos atores.

17h30 – A ROSA AZUL DE NOVALIS
(Brasil, 2019, 70min) Direção de Gustavo Vinagre e Rodrigo Carneiro, com Marcelo Diorio. Sessão Vitrine, 18 anos. Drama.
Sinopse: Marcelo tem uma memória impressionante. Ao mesmo tempo em que é capaz de lembrar seus encontros com homens de aplicativos, ele consegue dar detalhes de histórias familiares e também tem recordações de suas vidas passadas. Em uma delas, ele foi Novalis, poeta alemão que perseguia uma rosa azul.

19h15 – A RESISTÊNCIA DE INGA
(Héraðið - Islândia/Dinamarca/Alemanha/França, 2019, 92min). Direção de Grímur Hákonarson, com Arndís Hrönn Egilsdóttir, Sveinn Ólafur Gunnarsson. Imovision, 14 anos. Drama.
Sinopse: Inga acaba de ficar viúva e precisa assumir os negócios da fazenda que tinha com o marido no interior da Islândia. Decidida a começar uma nova vida de acordo com suas convicções, ela decide lutar contra a corrupção e injustiça dentro de sua comunidade e se rebela contra uma poderosa empresa local.


PREÇOS DOS INGRESSOS:
TERÇAS, QUARTAS e QUINTAS-FEIRAS: R$ 12,00 (R$ 6,00 – ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). SEXTAS, SÁBADOS, DOMINGOS, FERIADOS: R$ 14,00 (R$ 7,00 - ESTUDANTES E MAIORES DE 60 ANOS). CLIENTES DO BANRISUL: 50% DE DESCONTO EM TODAS AS SESSÕES. 

Professores tem direito a meia-entrada mediante apresentação de identificação profissional.
Estudantes devem apresentar carteira de identidade estudantil. Outros casos: conforme Lei Federal nº 12.933/2013. Brigadianos e Policiais Civis Estaduais tem direito a entrada franca mediante apresentação de carteirinha de identificação profissional. *Quantidades estão limitadas à disponibilidade de vagas na sala. A meia-entrada não é válida em festivais, mostras e projetos que tenham ingresso promocional. Os descontos não são cumulativos.
Tenha vantagens nos preços dos ingressos ao se tornar sócio da Cinemateca Paulo Amorim. Entre em contato por este e-mail ou pelo telefone (51) 3226-5787.

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quinta-feira, 26 de dezembro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: ‘Liberdade é Uma Grande Palavra’ – Expectativa vs realidade sofrida

Sinopse: Mohammed passou 13 anos no campo de detenção na Base Militar Americana de Guantánamo, onde foi submetido à fome, à tortura e à humilhação. Aos 38 anos, este  palestino tem a chance de uma escolha: ficar em Guantánamo ou começar uma nova vida no Uruguai, o único país que lhe abriu as portas.  

Por eu frequentar bastante o centro de Porto Alegre vejo quase sempre haitianos trabalhando nas ruas em empregos, pro vezes, informais. Quando os mesmos vieram para o Brasil havia uma promessa de uma vida melhor, mas que, infelizmente, foram afetados pelo golpe de 2016 assim como todos nós. "Liberdade é Uma Grande Palavra" trata mais ou menos disso, onde vemos um imigrante procurar uma nova vida em um país estrangeiro, mas tendo que passar por uma burocracia infindável.
Dirigido por Guillermo Rocamora, o documentário registra o dia a dia de Muhammad, um homem palestino que passou 13 anos na Prisão de Guantánamo. Depois de anos de tortura, fome e humilhação, ele tem a oportunidade de começar uma nova vida com sua esposa no Uruguai. O diretor Guillermo Rocamora acompanha Muhammad nos dois anos em que ele tem o apoio financeiro do governo, enquanto ele lida com a burocracia, procura por emprego e tenta se reabilitar à vida fora da prisão.
Guillermo Rocamora não procura em momento algum dialogar com Muhammad, mas sim, com a sua câmera, acompanha-lo em seu dia a dia e na luta por um lugar ao sol em terra estrangeira. Com isso, a câmera se torna o nosso olhar perante os fatos em que o protagonista enfrenta, desde conhecer os novos costumes do local, como também se encaixar em um mercado de trabalho que já não é dos melhores. Pelo fato da trama se passar entre a divisa entre Uruguai e Brasil, Muhammad encara uma realidade já muito familiar para nós brasileiros, mas que para ele, aos poucos, se torna um verdadeiro inferno.
Ao longo da projeção, testemunhamos um Muhammad transitando entre a razão, serenidade, para momentos em que tenta conter dentro de si uma explosão. Através de suas palavras, além do seu olhar, conhecemos um pouco mais sobre o seu passado sombrio do qual conviveu em Guantánamo e como ele luta todos os dias para se esquecer daquilo. Porém, na medida em que o filme avança, concluímos que o governo local tem um certo limite para oferecer ajuda, ao escancarar um lado burocrático que, não só os imigrantes, como também todo o verdadeiro cidadão de bem passa para tentar obter a felicidade.
Muhammad, portanto, se torna um de milhares de imigrantes que migram para diversos países, para fugir dos conflitos de suas terras natais, mas que acabam enfrentando um outro tipo de guerra interna e da qual não há lados vencedores nesta história. Em tempos em que o socialismo está sendo cada vez mais evitado por países que pregam a todo custo o capitalismo, Muhammad é apenas uma gota de um grande problema e do qual nem a parcialidade da mídia conseguirá esconde-la.
"Liberdade é Uma Grande Palavra" fala da engrenagem atual burocrática, da qual afeta aqueles que desejam a liberdade e que vivem de um sonho cada vez mais distante. 



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Cine Dicas: Estreias Do Final De Semana (26/12/19)

Cats 

Sinopse: Todo ano, uma tribo de gatos chamada Jellicles precisa tomar uma grande decisão em uma noite especial.

Aqueles Que Ficaram 

Sinopse: Na Hungria, após o fim da Segunda Guerra Mundial, uma nação de sobreviventes do holocausto tenta se curar através do amor. 

Deus é Mulher e Seu Nome é Petúnia

Sinopse: Em Stip, pequena cidade na Macedônia, é uma tradição anual que o padre jogue uma cruz de maneira no rio. Dezenas de homens mergulham atrás dela, visando sorte e prosperidade. Petúnia, no entanto, chega antes, suscitando a revolta dos que não entendem como uma mulher ousa participar do ritual.  


Minha Irmã em Paris 

Sinopse: A famosa atriz Julie Varenne está desesperada por não agradar mais seu público. Quando finalmente consegue um bom contrato para estrelar uma comédia, se submete a um procedimento estético que não dá muito certo.

Minha Mãe é Uma Peça 3

Sinopse: Depois do sucesso como apresentadora de TV, Dona Hermínia está de volta, agora com o título de vovó, graças à gravidez de Marcelina.

O Último Amor de Casanova 

Sinopse: Perto da morte, o conquistador Giacomo Casanova (Vincent Lindon) confessa ter vivido um único amor marcante em sua vida.


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quarta-feira, 25 de dezembro de 2019

Cine Dica: Em Cartaz: Star Wars - 'A Ascensão Skywalker' - A velha e boa jornada do herói

Sinopse: Os conflitos internos dos sobreviventes da Resistência e a luta dos mesmos contra a Primeira Ordem estão em evidência. Uma antiga força do mal parece ter retornado das cinzas. Está na hora do fim de uma saga. 

Na minha crítica sobre o filme "Han Solo" (2018) eu havia feito uma observação que os fãs mais fanáticos pela franquia "Star Wars" exigem por demais desse universo criado por George Lucas. Quando ele havia realizado o clássico "Star Wars - Uma Nova Esperança" (1977) ele queria prestar uma homenagem aos velhos clássicos filmes de aventura que ele assistia antigamente quando criança. Embora tenha usado recursos revolucionários para época para a realização do projeto, o filme nada mais era do que a velha e boa fórmula de sucesso sobre a jornada do herói, mas que funciona até mesmo nos dias de hoje haja o que houver.
Quando os engravatados do estúdio Disney decidiram retomar a franquia com uma nova trilogia os ingredientes para o sucesso já  estavam lá o tempo todo. "Star Wars - O Despertar da Força" (2015) nada mais é do que uma releitura do clássico de 1977, mas obtendo identidade própria ao nos apresentar uma trama redondinha, com algumas surpresas, mas cumprindo com as nossas expectativas. Já a segunda parte, "Star Wars - Os Últimos Jedi" (2017) possui uma trama mais ousada, explorando o lado mais humano e falho dos protagonistas, mas desagradando os fãs mais fanáticos que reclamaram de forma até mesmo desnecessária. Portanto, a nova trilogia se encerra de uma forma mais simplista com "Star Wars - A Ascensão Skywalker", um filme que remete aos melhores momentos da trilogia clássica, mas que irá desagradar também aquele fã fanático que exigia algo além dessa proposta.
Novamente dirigido por J.J. Abrams, a trama revela que o imperador Palpatine (Ian McDiarmid) estava escondido nas sombras, fazendo todos a voltarem a temer seu poder e, com isso, a Resistência toma a frente da batalha que ditará os rumos da galáxia. Treinando para ser uma completa Jedi, Rey (Daisy Ridley) ainda se encontra em conflito com seu passado e futuro, mas teme pelas respostas que pode conseguir. Além disso, há a sua complexa ligação com Kylo Ren (Adam Driver), que também se encontra em conflito devido a Força.
Pelo fato de o filme anterior ter tido começo, meio e fim, esse novo "Star Wars" começa de uma forma simples e direta, mas pegando os fãs da velha guarda desprevenida, principalmente com a revelação de que Palpatine ainda está vivo. Esse é o primeiro exemplo do que veremos a seguir no decorrer da aventura, já que há muitos elementos que irão nos lembrar da trilogia clássica, principalmente de "Star Wars - O Retorno de Jedi" (1983) e fazendo a gente se relembrar de momentos críticos daquele filme. E diferente do filme anterior, a trama não se divide em várias, mas sim se concentra somente na nova trindade, ou seja, Rey, Finn (John Boyega) e Poe (Oscar Issac).
Embora eles jamais serão o que Luke, Leia e Solo foram para uma geração, por outro lado, são personagens carismáticos e com o tempo soubemos aprecia-los. Rey, por exemplo, dá continuidade de forma digna sobre o significado da jornada do herói iniciada por Luke na saga e o talento de Daisy Ridley colabora com isso. Infelizmente os roteiristas foram infelizes ao quererem acrescentar algo a mais sobre a sua real origem, mas isso não tira o brilho de uma personagem que não caminha em direção a um destino, mas sim por uma escolha que virá a tomar a partir dos seus princípios.
Falando em roteiristas, os mesmos cometem alguns atos falhos em alguns momentos em que, por vezes, acaba sendo apenas um acréscimo desnecessário.  Sobre o destino de alguns personagens, por exemplo, os realizadores tentam a todo momento nos pregar uma peça em nós com relação ao que irá acontecer com eles, quando na verdade não irá acontecer nada. Uma forma de brincar com as nossas expectativas, mas de uma forma muito forçada.
Em contrapartida, é preciso reconhecer que os mesmos criaram uma boa ideia de como inserir Leia na trama, mesmo quando Carie Fincher não pode concluir o seu trabalho no longa. A forma como é selado o destino da personagem não só é digno de nota, como também causa uma reviravolta na trama e na cruzada final em que Kylo Ren precisará trilhar. É nesse ponto também que se dá continuidade a um dos momentos mais dramáticos de "O Despertar da Força" e fazendo a gente já ter uma ideia sobre o que irá acontecer em seguida.
O ato final, por sua vez, transita entre o previsível como também para momentos de pura nostalgia e que fará o fã de mente mais aberta adquirir um grande sorriso na cara. Não é nada revolucionário, mas sim apenas o capítulo final de uma grande aventura formada por nove capítulos e que aqui se encerra com certa dignidade e com nenhum peso de pretensão ou algo do gênero. Resta saber o que a Disney fará com a franquia daqui em diante, mas acredito que chegou a hora dos Skywalker finalmente descansarem.
"Star Wars: 'A Ascensão Skywalker" é um final necessário para uma aventura que começou há muito, muito tempo em um 1977 distante e que mudou o cinema como um todo para sempre. 


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